23 fevereiro 2006

Para quando o canil?

Quem circula pelas ruas da vila, mas ultimamente também nas restantes freguesias, já reparou certamente na quantidade de cães vadios que por ali andam. Sem dono, sem vacinas, sem ninguém que lhes deite uma mão. Há muito (pelo menos dois anos) que se fala na construção de um canil que sirva os concelhos da comunidade intermunicipal do Vale do Minho, que ficará em Monção, mas a obra demora o seu tempo e enquanto isso os animais vão aumentando, principalmente depois de um domingo de caça.
Inclusivamente, na Assembleia Municipal de Dezembro último chegou mesmo a aprovar-se uma proposta que pedia a construção de instalações provisórias para acolher cães vadios no nosso concelho, enquanto a estrutura supra-concelhia não estiver concluída. Mas já lá vão quase dois meses e ainda não se vê nada.
Bem sei que um equipamento deste tipo, mesmo que com carácter provisório, obriga a determinadas exigências, quer em termos de saúde pública, quer em requisitos técnicos, mas a situação começa a tornar-se preocupante. Quem passa, por exemplo, na rotunda junto à Central de Camionagem, já decerto reparou no aglomerado de cães que por ali anda, um dos quais não hesita em atirar-se aos carros que passam. E quando se atirar a uma pessoa, a uma criança, por exemplo? Como será?
Neste momento, já existem dois canis nas redondezas de Paredes de Coura. Um deles é em Fornelos, Ponte de Lima, utilizado pelos muncípios da Valimar. Será que não há possibilidade de acolher, temporariamente reforce-se, os cães vadios de Paredes de Coura? O outro abriu há pouco tempo em Cerveira, concelho que vai depois usufruir também do canil intermunicipal de Monção. Também aqui será que não têm espaço para mais alguns animais?
Não se esqueçam que, da maneira como as coisas estão, a tendência é para a população de cães vadios aumentar de dia para dia...

17 fevereiro 2006

Breves da Assembleia

Educação ambiental - A dominar grande parte do período de antes da ordem do dia, Paula Caldas apresentou uma outra proposta onde pedia à Câmara para dar formação e educação ambiental aos munícipes antes de aplicar as multas por incumprimento do regulamento de recolha dos resíduos urbanos. Em causa algumas pessoas que não sabem separar os lixos que vão para a reciclagem. Por este andar, só falta pedir à Câmara que também dê aulas sobre como conseguir uma alimentação equilibrada ou qual a melhor forma de amanhar o peixe. Já a questão dos receptáculos para recolha de lixos não deixa de ser pertinente. É que, se são suficientes para um utilizador individual, já um comerciante, seja restaurante ou florista, tem muita dificuldade em utilizar os novos contentores.


Fregueses - A polémica já vinha da última Assembleia e continuou nesta sessão. Entre Maria José Fontelo e Joaquim Felgueiras Lopes. Com a primeira a dizer que os presidentes de junta servem os fregueses e o último a não gostar de ser comparado a um taberneiro e a dizer que "os presidentes de junta foram muito maltratados". A deputada municipal do PSD não se ficou e resolveu esclarecer o autarca da vila, explicando-lhe que fregueses é o termo correcto para denominar os habitantes das freguesias. Pelo andar da carruagem, na próxima reunião da Assembleia Municipal vai haver um dicionário à disposição dos deputados.


Novos actores, velhos personagens - Foi a primeira reunião da Assembleia Municipal a que assisti depois das eleições de Outubro. Eram, portanto, algumas as caras novas que por ali apareceram, quer na bancada do PS, quer na do PSD, já que a CDU continua a ter Catarina Moreira, agora, como única representante. Mas, muitas das personagens continuam as mesmas, também quer de um lado como do outro. No PSD a troca de lugares entre Maria José Fontelo e José Augusto Viana era evidente. A primeira deixou a vereação e tomou o lugar de líder da bancada social-demcorata, trocando de lugar com o segundo que é agora vereador. No PS, com a subida de Manuel Monteiro para a vereação, coube a Vitor Paulo Pereira o lugar de porta-voz dos socialistas na Assembleia Municipal. Pelo menos a fazer fé num comentário de Fernando Carranca de Oliveira, um dos personagens da oposição que resistiu às eleições de Outubro, que o apelidou de "novo Monteiro".

16 fevereiro 2006

Comerciantes querem parquímetros (2)

O período antes da ordem do dia da última reunião da Assembleia Municipal versou, quase na totalidade, sobre o estacionamento em Paredes de Coura, em virtude quer da discussão tida em torno do assunto, quer dos limites temporais impostos pelo presidente da mesa. O regimento estipula apenas uma hora para este período da reunião, onde muitas vezes são abordados os assuntos que mais directamente dizem respeito ao cidadão comum. Na última reunião havia dez inscrições para falar, mas no final do tempo regulamentar, apenas quatro deputados conseguiram apresentar as suas ideias.
Mas voltemos ao estacionamento. Com a proposta de Paula Caldas para a colocação de parquímetros na vila em discussão, a que se poderia ter juntado uma outra também oriunda do grupo municipal do PSD, mais parecia que a oposição queria dar uma ajudinha à Câmara com vista à ocupação dos parques. Senão vejamos: o objectivo dos parquímetros seria o de levar as pessoas que habitualmente deixam o carro no estacionamento à superfície durante todo o dia a passarem a utilizar os subterrâneos e, a outra proposta do PSD visava o estacionamento gratuito nos parques nos dias da feira quinzenal.
Duas maneiras de aumentar a taxa de ocupação dos dois parques da vila que, actualmente, deixam muito a desejar. Maria José Fontelo questionou o presidente da Câmara a propósito dos índices de ocupação e, na resposta, Pereira Júnior, mesmo sem dar a conhecer os números exactos, sempre foi dizendo que a receita de cada um ronda os 750 EUR.
"Dá para pagar a luz e pouco mais", admitiu o autarca que não escondeu que o objectivo inicial do estacionamento à superfície limitado, teoricamente, a 90 minutos, era o de canalizar mais pessoas para os subterrâneos, no que não foram bem sucedidos, pelo que encara os parquímetros como a única maneira de controlar esse tempo. Mas lembrou que "se os courenses não gostam de ir para os parques, eu não queria obrigá-los a ir para lá".

Concorda com os parquímetros?

Aproveitando a discussão do assunto na última reunião da Assembleia Municipal, aqui fica mais um inquérito, desta feita sobre a instalação de parquímetros nas ruas da vila. Deixe a sua opinião.

Comerciantes querem parquímetros

Os comerciantes de Paredes de Coura defendem a instalação de parquímetros nas ruas do centro da vila, como forma de garantir estacionamento temporário aos seus clientes. A proposta foi levada à última Assembleia Municipal pela deputada Paula Caldas, do PSD, também ela com um espaço comercial naquela zona.
Paula Caldas aproveitou aquela reunião para interpelar o presidente da Câmara e dar conta do desagrado dos comerciantes que vêem os espaços de estacionamento à superfície ocupados durante quase todo o dia com os mesmos carros, que chegam de manhã e só saem ao fim do dia. A deputada municipal do PSD chegou mesmo a sugerir um eventual tarifário para os parquímetros, falando num valor simbólico para a primeira hora e um agravamento do custo das seguintes, de modo a garantir um "estacionamento de rotatividade".
A proposta, contudo, acabaria por ser chumbada, pois alguns deputados, concordando com a instalação de parquímetros, não concordaram com o tarifário sugerido, nem mesmo com outra sugestão de Paula Caldas e de Maria José Fontelo, que defendiam a criação de uma tarifa mais acessível ou até a utilização gratuita dos parques subterrâneos por parte de todos os que trabalhassem na vila.
De qualquer das formas, mesmo que fosse aprovada, dificilmente a proposta seria aplicada, pois o presidente da Câmara desde logo adiantou que a ideia de taxar o estacionamento à superfície não era nova, mas que cada máquina custa cerca de 4000 EUR, sendo necessárias pelo menos 6 máquinas, pelo que o valor total ascende a vários milhares de euros, verba que a autarquia não terá disponível no momento.

14 fevereiro 2006

Assembleia Municipal

Ontem à noite houve Assembleia Municipal. Houve mesmo! Não estava anunciado em lado nenhum, nem sequer nos Paços do Concelho, mas o certo é que houve.
Da agenda faziam parte, além dos pontos habituais, a primeira alteração ao orçamento aprovado pela Câmara, a par com o pedido para contraír mais um empréstimo.
E ainda uma alteração ao regimento da Assembleia Municpal, mais uma das várias que José Pacheco, seu presidente, tem promovido com vista à reorganização daquele órgão autárquico. Umas mais polémicas que outras, uma mais visíveis que outras, mas sempre no mesmo sentido, o de provocar o melhor funcionamento da Assembleia Municipal, no que tem sido bem sucedido. Ainda ontem , aliás, o presidente da Assembleia Municipal explicou aos presentes que está atento à realidade de outras assembleias da região, e talvez do país, e sempre que se justificar trará para Coura novas alterações.
Já agora, refira-se que também noutros concelhos o trabalho de José Pacheco tem sido alvo de curiosidade e fonte de inspiração para a criação de regimentos. Ainda recentemente, numa pesquisa pela Net, dei de caras com uma página de um deputado da Assembleia Municipal de Alcoentre que, encarregue de renovar o regimento daquele órgão, não hesitou em pegar noutros já existentes, entre os quais o de Paredes de Coura.

13 fevereiro 2006

Incêndios

Todos os dias a sirene dos Bombeiros de Paredes de Coura tem tocado a chamar pessoal. Todos as noites têm havido incêndios florestais, de pequena ou grande dimensão, no concelho. E ainda estamos em Fevereiro...
Fará sentido continuar a ter, a nível nacional, a chamada época de fogos florestais? Perguntem aos voluntários que têm andado, noite após noite, de volta das chamas e terão a resposta adequada. Na minha opinião julgo que aquela sazonalidade há muito deixou de fazer sentido e concelhos há onde, de Janeiro a Junho, são mais os fogos que no pico do Verão.
Diz-me um bombeiro, em conversa, que muitos dos fogos têm tido origem em pequenas fogueiras ateadas para fazer frente ao tempo frio nos campos. Mas também nas queimadas que se fazem no final da limpeza dos montes, levadas a cabo para, ironicamente, evitar os incêndios naquelas florestas.
As autoridades bem apelam à limpeza das matas, por um lado, e ao cuidado com as fogueiras, por outro, mas muitas das vezes basta um pequeno descuido para que uma limpeza de prevenção se transforme num grande incêndio. O Governo, ontem, pode ter dado uma ajuda para evitar estes casos, com o anúncio da construção de centrais de biomassa, que vão produzir energia a partir dos desperdícios das florestas. Resta saber se vão ser criadas e fomentadas estruturas para proceder à recolha e encaminhamento dos detritos ou se ainda vamos ter de cortar árvores para abastecer essas centrais.

09 fevereiro 2006

Respeitinho

Ambiciosos e desejados. O mínimo que se pode dizer dos projectos do novo presidente da Junta de Freguesia de Formariz para a sua terra. Ele que, nas páginas do último Notícias de Coura diz querer que a freguesia volte a ser respeitada, até porque considera que é, a seguir à vila, a que maior potencial tem. Não sei em que pressupostos assenta essa afirmação, nem se os seus colegas de outras freguesias de Paredes de Coura verão com bons olhos esse ataque de bairrismo, mas cada qual é livre de pensar o melhor da sua terra.
É certo que nem todos os planos anunciados são da responsabilidade da Junta de Freguesia, cabendo à Câmara a sua promoção, mas ainda assim não é demais destacar alguns dos projectos. Uma creche, que bem falta faz não tanto aos moradores mas também às quase duas centenas de trabalhadores da zona industrial, saneamento básico (já com meio caminho andado), melhorias na rede viária e a revelação de que o projecto da autarquia para a ligação à auto estrada vai passar a Sul da freguesia, com um provável nó de acesso a desaguar na zona industrial, onde Eugénio Pereira diz que vão ser instaladas mais unidades fabris.
Só não lhe fica bem criticar algo que poderia ter ajudado a evitar. Falo do já famoso tubo de saneamento paralelo à Ponte de Mantelães. Diz que, quando chegou ao poder já lá estava e nada podia ser feito, mas não me lembro de o ver ao lado do anterior presidente da Junta na contestação aos propósitos das Águas do Minho e Lima.

08 fevereiro 2006

Para Tribunal! Já!

Uma autêntica "guerra de comadres" a que se vive actualmente na comunicação social local, com uns a criticarem os outros e os outros a dizerem mal daqueles, tu cá, tu lá. E tão amigos que eles foram!...
Uma polémica que em nada abona para o concelho e que, a acreditar nas partes envolvidas, parece ter origem em situações verdadeiras. Parece que uns só dizem mal dos outros e os outros não querem ficar atrás, mas esquecem-se que, no fim disto tudo, quem paga somos nós, que queremos uma comunicação social isenta e temos de levar com partidarismos políticos exarcebados de um lado e de outro.
Parece que esqueceram o que é o respeito mútuo, já para não falar dos princípios básicos da boa educação e do bom, repito, do bom jornalismo, e já misturam informação com opinião, comentário com reportagem, à boa maneira das novelas mexicanas. E esquecem-se que, todos juntos podem fazer um futuro melhor (onde é que eu já ouvi isto?), podem defender melhor os interesses do concelho e dos seus munícipes, ao invés de olharem apenas para o seu umbigo.
Basta de politiquices sem vergonha. Esqueçam o partido que vos elegeu e abracem uma causa mais nobre. Se não conseguirem, então, o melhor é pegar cada qual nos seus artigos e debaterem opiniões e juízos de valor em Tribunal, até porque os últimos escritos praticamente a isso obrigam. Só não nos façam perder mais tempo.

06 fevereiro 2006

Pensamento do dia

Honório Novo, deputado do PCP na Assembleia da República, pediu esclarecimentos ao Governo sobre o prolongamento do IC1 até Valença. A resposta dada desilude quem pensava que o anúncio feito por Sócrates há alguns meses era para ter efeitos imediatos, porque o prolongamento só se equaciona lá para 2013.
E o que diz o deputado sobre o anúncio de obras e investimentos feitos pelo governo e por alguns autarcas? Que "na maioria dos casos não constituem mais que meros expedientes para enganar as populações, ao fazer crer que a respectiva realização vai ser possível a curto prazo quando de antemão bem se sabe que tal não sucederá no âmbito temporal dos respectivos mandatos."
Vieram-me à memória as declarações de Décio Guerreiro na última edição de O Coura (onde domina quatro (???) páginas do jornal), em que acusava Pereira Júnior de, apesar de defender a ligação rápida à auto-estrada, não a desejar efectivamente, porque se o quisesse há muito que teria arranjado uma solução alternativa. E entre promessas, desejos, críticas e confusões, continuamos nós, eleitores e cidadãos, à espera da alternativa.

03 fevereiro 2006

Câmara com falta de espaço

A Câmara de Coura precisa de mais espaço. Isso mesmo defendem alguns dos funcionários da autarquia que não escondem o seu desagrado face às condições de trabalho que, dizem, não oferecem privacidade e deixam muito a desejar em termos de espaço. Uma situação que afecta alguns serviços mais do que outros, com especial incidência nas áreas técnicas, cujos funcionários se queixam de falta de espaço para desenvolverem o seu trabalho, chegando mesmo a haver máquinas instaladas nos corredores dos Paços do Concelho.
E a solução para esta alegada falta de espaço está ali tão perto, mesmo nas traseiras do edifício da Câmara, na antiga casa dos magistrados, no velho quartel dos bombeiros e no prédio ocupado pela Empresa de Transportes Courense. Não é de hoje que a autarquia tem interesse naqueles espaços. O quartel há muito que é da Câmara, a casa dos magistrados já foi adquirida há quase dois anos, mas faltam as oficinas da Courense para completar o pleno e aproveitar todas as potencialidades daquela área.O objectivo da Câmara é transferir a empresa de transportes para a zona industrial de Formariz, mas o negócio não tem sido fácil, nem com os anteriores, nem com os actuais proprietários da Courense. Se houvesse acordo, estariam praticamente resolvidos os problemas de falta de espaço e de privacidade de que se têm queixado alguns funcionários da autarquia. Não esquecer, contudo, que a mudança da Courense para Formariz implica, necessariamente, novos acessos, ou pelo menos o alargamento dos que existem actualmente, que dificilmente servem para a passagem de autocarros. Porque não aproveitar e criar um novo acesso àquela área que até poderia dar origem a uma nova frente de construção na freguesia?