E no entretanto, erguem-se e derrubam-se paredes no Largo Visconde de Mozelos…
17 fevereiro 2011
Porque é que tudo tem a ver com política?
Nova biblioteca em 2012
O concurso público para encontrar o construtor ainda decorre, só terminando na próxima semana, mas parece ser já uma certeza que a construção da nova biblioteca municipal de Paredes de Coura vai avançar dentro de pouco tempo. Um milhão e duzentos mil euros depois, deveremos ter o novo edifício pronto a entrar em funcionamento em 2012, pelo menos assim o augura o presidente da Câmara.
Uma obra que se justifica, tendo em conta a falta de condições da antiga biblioteca e que dará vida à antiga escola primária do concelho, de que hoje só restam as ruínas. Ao mesmo tempo homenageia-se a passagem de Aquilino Ribeiro por terras de Coura, dando à nova biblioteca o nome do escritor de “A Casa Grande de Romarigães”.
E por falar em Casa Grande de Romarigães, voltou a andar pela comunicação social a intenção da Câmara Municipal, e também do filho do escritor, de transformar o edifício que inspirou Aquilino Ribeiro num museu dedicado àquela figura das letras lusas. Uma ideia que, contudo, não sairá da gaveta tão cedo, devido a “problemas de financiamento”. Costuma dizer-se que mais vale tarde que nunca, mas o certo é que as atenções já se deveriam ter virado para a Casa do Amparo há muito tempo, para evitar que atingisse o estado de degradação, descuido e irresponsabilidade que a marca nos dias de hoje. Pessoalmente, não creio que a sua transformação em museu seja o primeiro passo a dar, até porque, nos tempos que correm, tal será de muito difícil concretização. Mas, mesmo sem ser museu, há muito que pode ser feito.
15 fevereiro 2011
Faça-se luz! (2)
Para quem ainda tem dúvidas sobre algumas das consequências dos cortes selectivos da iluminação pública, fica aqui a ligação para uma notícia publicada na edição de hoje do jornal Correio do Minho. O título, acho eu, diz tudo: “Falta de luz propicia assaltos”.
13 fevereiro 2011
Faça-se luz!
Na sexta-feira um amigo perguntava-me em que ponto estava aquela ideia dos municípios do distrito de Viana do Castelo de poupar na factura da EDP, se já tinham começado os cortes periódicos da iluminação pública. Não lhe soube responder. Sinceramente não sei se essa medida já está a ser aplicada por cá ou não,mas pelo que li na altura e depois no início do ano, parece que a EDP só estará tecnicamente habilitada para satisfazer esse pedido dos autarcas lá mais para o Verão.
Entretanto, contudo, parece não haver necessidade de poupança. Pelo menos é essa a imagem que passa num vídeo carregado esta semana no Sapo Vídeos que dá conta da passagem de um casal de turistas por Paredes de Coura. Dois minutos e trinta seis segundos que pouco mostram do concelho, centrando-se praticamente na zona envolvente da igreja do Espírito Santo. Nada tenho contra o conteúdo do vídeo, mas basta dar uma olhadela para perceber que alguma coisa não está como deveria estar. Seria de noite? Não, mas não deixa de ser irónico.
10 fevereiro 2011
09 fevereiro 2011
Não deixa de ser irónico…
CIM disponível para salvar Coliseu de Viana – Notícia da Rádio Geice
… que há pouco mais de um ano a Câmara de Viana do Castelo não quisesse ter nada a ver com a Comunidade Intermunicipal Minho-Lima (CIM). E agora, com os cofres da Câmara sem verba para sustentar a construção do Coliseu de Viana, pode ser a mesma CIM que foi rejeitada a dar a mão à autarquia para levar por diante aquele projecto. Ironias à parte, não deixa de ser questionável o facto de se avançar para uma obra daquela envergadura sem ter o seu financiamento assegurado. Dá a ideia de que se quer dar um passo maior do que a perna.
08 fevereiro 2011
Especificidades a aproveitar
Foto jornal Público
Sou daqueles que defende que o ambiente pode ser um bom catalisador para o desenvolvimento de uma região, mais do que de um concelho porque o ambiente não conhece fronteiras. Por isso, é com agrado que recebo a notícia de hoje do Público que dá conta do esforço da Câmara Municipal de Paredes de Coura para a preservação de uma planta que encontrou nesta região um ambiente propício e, dada a sua exclusividade, apresenta-se como uma oportunidade a não desperdiçar.
O narciso-amarelo foi alvo de um estudo do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto e da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, que chegaram à conclusão que, apesar de ser um dos concelhos onde esta espécie é mais abundante, é necessário assegurar a sua protecção e preservação, nem que seja necessário vedar alguns núcleos mais sujeitos a ameaças. Conclusões a que a Câmara de Paredes de Coura promete não ficar indiferente, até porque vê no narciso-amarelo a possibilidade de ter um “ex-libris” do interior do Alto Minho.
Haja acompanhamento e bom senso e o narciso-amarelo bem que pode ser um bom atractivo para cativar um outro tipo de visitantes. Turismo ambiental, pois claro, sector que ainda tem muito para dar, neste e noutros concelhos. Com conta, peso e medida, certamente, e sem esquecer que não basta pensar apenas nos que vêm de fora, mas nas implicações que as acções a tomar podem ter junto dos que cá vivem.
02 fevereiro 2011
Perguntas de resposta fácil
O deputado comunista Honório Novo quer saber em que pé estão as coisas relativamente à desejada/projectada/prometida/adiada ligação de Paredes de Coura à A3 e vai daí apresentou no Parlamento um pedido de informação dirigido ao Ministério das Obras Públicas. E aproveitou para criticar o Governo por ainda não ter avançado com esta promessa antiga e até hoje por cumprir. Está a tentar “atirar areia para os olhos” da população local, considera o deputado.
Antes de mais, não deixa de ser estranho que tenha sempre de ser um deputado da oposição a zelar pelas acessibilidades dos courenses. Do CDS-PP, com Daniel Campelo, há largos anos, a Honório Novo, já foram várias as intervenções sobre o mesmo assunto. Aliás, referia-se que Honório Novo nem sequer foi eleito por Viana do Castelo, mas assume-se como defensor dos interesses dos PCP neste distrito também. De qualquer das formas, pergunta-se: não deveriam também ser os deputados socialistas a querer saber o que se passa com a ligação à A3? Ou será que já sabem?
De qualquer das formas, Honório Novo não precisava de ter tido o trabalho de questionar o Ministério da Obras Públicas sobre este assunto. Bastava ter vindo a Paredes de Coura e qualquer pessoa lhe poderia dar as respostas que procura. Mantém o Governo a intenção de construir esta ligação? Mantém, ideias e projectos não ocupam espaço. Que razão invoca para justificar tantos atrasos na construção desta ligação? São vários. Primeiros os técnicos, depois os políticos, depois os económicos. Os dois primeiros foram sendo ultrapassados, os últimos, aparentemente, não. Em que ponto estão os estudos e projectos há tanto tempo anunciados? Não sabemos, mas também não interessa, porque é consciência geral que, não obstante projectos e estudos, o mais certo é a obra, em tempo de crise, não sair sequer do papel.
Dito isto, até que o título de “obra de Santa Engrácia do Alto Minho”, utilizado por Honório Novo, não assenta mal. Ou esse ou o de “promessa antiga que queria concretizar antes do fim do meu mandato mas que já não vai ser possível”. É escolher!