27 novembro 2008
Enquanto uns não andam, outros não param...
A pedido de várias famílias?

25 novembro 2008
A força que o vento traz (2)
Por isso mesmo, a cerimónia de inauguração de amanhã, com a presença de José Sócrates, vai servir também para a assinatura do segundo protocolo entre a Empreendimentos Eólicos do Vale do Minho e a companhia de teatro sedeada em Paredes de Coura. Uma parceria que se vai estender até 2011 e que possibilitará a continuação da dinamização da cultura, que não só do teatro, nos municípios associados das Comédias do Minho.
Um trabalho que a Associação Comédias do Minho tem desenvolvido nos cinco concelhos do Vale do Minho, e de onde têm saído projectos culturais com bastante interesse, quer com adultos, quer, sobretudo, com crianças. É, penso que ninguém contestará, um projecto que deve continuar nos próximos anos. Assim haja mais mecenas.
24 novembro 2008
A força que o vento traz

Mas, no meu entender, o mais importante da passagem do primeiro-ministro por terras de Viana do Castelo foi a certeza que deixou de que o futuro do desenvolvimento do país passa pelas energias renováveis, nomeadamente a eólica e a hídrica. Sócrates, que chegou mesmo a considerar as renováveis como “a tábua de salvação” para a economia poder sair da actual crise, parece mesmo apostado em garantir que a sua previsão será realidade. De tal forma que volta ao Alto Minho esta semana para mais uma inauguração, desta feito do maior parque eólico construído na Europa, que inclui 120 aerogeradores, parte dos quais instalados em Paredes de Coura.
Um investimento de 361 milhões de euros que contou com a participação das autarquias onde os parques eólicos foram erigidos. E contou é a palavra certa, porque como é sabido a maior parte dessas autarquias resolveram alienar a parte que lhes cabia no bolo final das eólicas alto-minhotas. Quem sabe se por não estarem tão confiantes como José Sócrates e não partilharem das suas previsões optimistas. Quem sabe se por verem, na venda da sua quota na Ventominho, a “tábua de salvação” para a crise que já se instalara em muitos cofres municipais. Para Paredes de Coura, por exemplo, foi um “negócio da China”, como explicou o presidente da Câmara.
Habituados que estamos, já, a ver as enormes torres a orlar as serras alto-minhotas, esperemos, agora, que as previsões do primeiro-ministro não estejam muito longe do correcto. É que, se José Sócrates vê nas energias eólica e hídrica o coração do desenvolvimento do país, o Parque Eólico do Alto Minho I, pela sua dimensão e capacidade produtiva, bem pode ser considerado o pacemaker dessa operação de retoma económica.
21 novembro 2008
De que é que estão à espera?
Construído, ao que me lembro, ao abrigo de um protocolo qualquer entre a Câmara Municipal e a FIFA, o polidesportivo está, desde a sua conclusão, ou pelo menos aparente conclusão, vedado com uma rede que impede a sua utilização e, já agora refira-se também, não oferece qualquer segurança. Basta alguém encostar-se para que os painéis da rede cedam e tombem.
Mas a questão principal nem é essa, a questão principal é saber porque é que, tanto tempo depois de terminados os trabalhos, aquele espaço ainda está vedado ao público. E depois é ver os grupos de jovens que por ali passam a lamentarem-se por não poderem usufruir de um espaço com boas condições para a prática desportiva. É claro que por lá também passam aqueles, mais críticos, que dizem que o polidesportivo está bem é assim, fechado, porque os jovens, quando começarem a utilizá-lo, vão é estragá-lo. Pois, mas isso é outro problema.
E por isso lanço mais uma vez a pergunta: alguém sabe porque é que o polidesportivo não abre?
18 novembro 2008
Arte ou vandalismo?
Por esse país fora já vi vários exemplos de como o grafitti pode ser utilizado para dar mais cor, mais beleza, a algumas zonas degradadas, nomeadamente nos grandes centros urbanos, onde este tipo de actuação tem mais expressão. Aliás, considero que em Paredes de Coura este tipo de expressão artística podia até ser aproveitado para revestir as paredes do túnel e eventualmente evitar o que aconteceu em Viseu. Já agora, ressalve-se, que a maioria das intervenções que vi nem sequer tinham cariz político, muito embora este seja um tipo de propaganda bastante utilizado, sobretudo nos partidos mais à esquerda, existindo murais muito emblemáticos um pouco por todo o país.
Mas o sentido inicial da minha intervenção vem a propósito do cenário com que me deparei, há dias, nas traseiras do Centro Cultural de Paredes de Coura. A zona por detrás do palco, mais concretamente as escadas que dão acesso à varanda do piso superior, ostenta nas paredes um conjunto de inscrições que, sinceramente, de arte não me parece ter nada. E, atenção, não quero com isto entrar em falsos moralismos, a verdade é que o aspecto global é mesmo muito desolador.
Tendo em conta o papel preponderante que o Centro Cultural tem desempenhado na promoção da cultura do, e no concelho, tenho para mim que aquele cenário em nada abona nesse sentido. É claro que a entidade responsável por aquele equipamento, a Câmara Municipal, nada pode fazer para evitar situações deste tipo. Nem sequer mesmo para minimizar os danos causados, porque o revestimento do Centro Cultural não é dos melhores para limpar grafittis.
O problema é que as inscrições não são o único estrago que por ali fizeram. A zona das escadas parece um autêntico cinzeiro, tal a elevada quantidade de pontas de cigarro que por ali existe, num sinal claro de falta de limpeza. E o que dizer do piso daquela zona, totalmente danificado, com as lajes levantadas e até o próprio isolamento da cobertura do edifício já deteriorado? Não deve demorar muito tempo a verificarem-se infiltrações…
14 novembro 2008
A todo o gás!
Sem prazo de execução ainda apontado na agenda, a rede de distribuição de gás chega à vila dez anos depois do concelho ter sido atravessado pelo gasoduto que liga à vizinha Galiza. Desconhece-se, contudo, se o abastecimento à vila vai ser feito com recurso a gás natural, ainda que por intermédio de um depósito como acontece noutras localidades, ou se será o chamado “gás de cidade” a circular por debaixo das ruas courenses.
Uma coisa, contudo, é certa. Ou melhor, duas. A primeira é que se trata de uma melhoria que pode facilitar a vida a quem reside na vila, que assim deixa de se preocupar com a botija do gás. A outra já não será tão benéfica, pelo menos numa primeira fase. É que a instalação da rede vai obrigar a obras de vulto que vão servir não só para a rede de distribuição de gás, mas também para instalar a rede de fibra óptica. Vamos voltar a ter as ruas esburacadas durante semanas, naquela que é uma das faces piores do progresso.
Mas a questão principal nem será a realização dos trabalhos. O principal, digo eu, é que a vila sofreu grandes melhoramentos a nível da rede viária há poucos anos, mesmo poucos, mas como estas questões não eram previsíveis na altura, vai ser preciso estragar o que foi feito para depois tentar repor como estava. Não se esperam manifestações, mas a autarquia não se vai escapar de algumas críticas mais duras. Eu, sinceramente, só critico se, no final, as coisas não ficarem como estavam. Até lá, é confiar.
11 novembro 2008
Já compraram um cofre novo?
Política psicológica
10 novembro 2008
Multas (3)

Mas afinal o desmentido não surgiu, os rumores continuaram, e até na última edição de O Coura o assunto já foi abordado, ainda que muito ao de leve. Mas explicações, nada… Será que anda tudo a esconder o que não tem esconderijo possível? Será que estão na expectativa de que tudo se resolva sem vir a público?
Recapitulemos: o Tribunal de Contas pode aplicar uma multa à Câmara de Paredes de Coura. E ao seu presidente. E aos seus vereadores. A história remonta à construção do Centro de Educação e Interpretação Ambiental, em Vascões, que além de um edifício novo incluiu também a recuperação da antiga escola primária e da casa do professor.
Ora, parece que é precisamente aqui que surgem os problemas. Ao que o Mais pelo Minho apurou, na altura de apresentar o projecto, e respectivos custos, esqueceram-se de incluir no lote a recuperação da antiga escola primária e depois, já com a obra feita, não foram de modas e vá de inserir essa empreitada na célebre rubrica de trabalhos a mais. Só que no Tribunal de Contas estranharam o valor dos extras e fizeram o que se esperava, avisaram que ou as contas eram revistas ou a multa seria a doer.
Mais! Parece que não só a Câmara, enquanto instituição, seria multada, mas também todos os que aprovaram os valores do fecho de contas da construção do CEIA que, tendo em consideração as actas das reuniões da autarquia, foram aprovadas por unanimidade. Ou seja, aparentemente os membros do Executivo aprovaram o que, muito certamente, lhes foi fornecido pelos serviços camarários como sendo correcto, e arriscam-se agora a pagar, literalmente, por esse excesso de confiança. É caso para dizer que, às vezes, assinar de cruz pode ter destas coisas…
04 novembro 2008
Uma questão de confiança
Mas, enquanto se fala nos protagonistas, esquecem-se os actores secundários, que engrossam as listas de candidatos a vereadores. Tal já não deverá suceder em Caminha, concelho onde a actual presidente da Câmara está agora a sentir na pele a (má) escolha dos que a acompanharam nas eleições de há três anos e que agora lhe voltaram as costas. É que, na maior parte das vezes, a escolha dos restantes elementos das listas não está dependente do aval do candidato a presidente. Pelo contrário, enquanto o lugar de presidente, qual testa de ferro, até pode ser ocupado por um suposto independente, os lugares seguintes tendem a dar resposta às “solicitações” da concelhia local.
Resultado, em Caminha, há meses que Júlia Paula, a autarca social-democrata retirou a confiança política a seu antigo número dois. Aliás, retirou-lhe a confiança política e todos os pelouros. Só não conseguiu, porque não o pode fazer, retirar-lhe o tapete e metê-lo na rua. Bento Chão, o vereador em questão, não foi de modas e fincou pés na vereação, servindo agora de contrapeso entre um Executivo social-democrata com três vereadores mais ele próprio e uma oposição socialista que conta igualmente com três vereadores.
Ainda na semana passada se colocou do lado da oposição e o PSD viu chumbadas algumas propostas que uma maioria no Executivo supostamente garantiria a aprovação e aprovadas outras que não pretendia (caso da redução do IMI para 0,2%). “Traição”, acusam os social-democratas que se viram, de repente, sem maioria. De tal modo que já dizem que Bento Chão e a oposição aliaram esforços para não deixar trabalhar a Câmara. E não me admiraria se, nas próximas autárquicas, o antigo vereador social-democrata aparecesse nas listas socialistas.
É o que dá não poder escolher a equipa com quem se quer trabalhar. Nesse aspecto concordo com a sugestão que foi feita para alterar a lei eleitoral e que transformava, de certo modo, a eleição do presidente da Câmara numa escolha parecida com a do primeiro-ministro: o presidente era eleito pelo povo e escolheria depois a sua equipa de trabalho, podendo até basear essa escolha em critérios técnicos em vez dos habituais critérios políticos. Mas, e nestas coisas há sempre um mas, quem nos garante que não existiriam outros “critérios” a determinar as escolhas?
03 novembro 2008
E vão três...
Três anos passaram desde a primeira publicação no Mais pelo Minho. Três anos a escrever o que me vai na alma sobre esta regiao que me acolheu. Em cada post a convicção de que o se publicava era a minha opinião. Em cada comentário a certeza de que cada qual tem o seu ponto de vista e a liberdade necessária para o exprimir.
Em trẽs anos muita coisa mudou. Mudou o mundo, mudou o Minho, mudou o nosso concelho. Mudou o Mais pelo Minho, pouco mas com alguns ajustes que foram sendo feitos. E vai continuar a mudar, com a ajuda de todos os que por aqui passam.
O futuro próximo passa por alguns retoques no layout do blogue, que pouco mudou desde a sua fundação, mas seguir-se-à a criação de um novo espaço de comentários, mais dinâmico, e a abertura do blogue a novos autores, que vão trazer ao Mais pelo Minho novos pontos de vista, novas abordagens da realidade desta região. Em nome do Minho, em nome de todos os leitores.
E enquanto as mudanças não chegam, fica o agradecimento a todos quantos por aqui passam, uns mais anónimos que outros, uns mais participativos que outros. É com todos eles que apagamos as velas de mais um aniversário.
Eduardo Bastos