

Estas coisas das sondagens, como é hábito dizer-se, valem o que valem. E no caso de se tratar de um inquérito feito através da Internet o seu valor é ainda mais subjectivo. De qualquer das formas, dão-nos sempre uma vaga ideia da forma como andam as ideias. Falo a propósito do inquérito que habitualmente ocupa lugar de destaque na coluna da direita deste blogue e que, nas últimas semanas, questionava sobre quem seria o candidato que PS e PSD deveriam apresentar nas autárquicas do próximo ano.
Numa análise assim ao de leve, e sempre tendo em conta que os resultados duma iniciativa deste género nada têm de científico, destaca-se, logo à partida, o facto de, no Partido Socialista, a escolha da maioria dos participantes não ter recaído sobre o actual autarca. Cansados de Pereira Júnior? As razões são desconhecidas, mas o certo é que, no que ao PS diz respeito, Pereira Júnior foi apenas uma terceira escolha. Quem de direito que ire daí as ilações, se a isso se quiser dedicar.
Por outro lado, realce-se o facto de António Esteves, presidente da concelhia socialista, ter sido o nome que mais votos recolheu, eleito por 29% dos participantes. Mais uma vez desconhecem-se as razões, por isso só podemos especular se se trata de recompensa pelo trabalho feito nos últimos mandatos ou outra coisa qualquer. A fechar o pódio, com 21% das votações, surge José Augusto Pacheco, actual presidente da Assembleia Municipal de Paredes de Coura. É público, contudo que a promoção a líder do Executivo camarário não é vista com bons olhos por alguns elementos do seu próprio partido.
Do lado dos social-democratas, a surpresa pode residir na votação maioritária (21%) que foi atribuída a Paula Caldas, logo seguida de João Cunha, o novo líder do PSD courense, que ficou a um voto de distância da deputada municipal. Conhecido o terceiro mais votado, Fernando Carranca com 17%, fica-se com a ideia de que, mais uma vez, esteve em destaque a eterna rivalidade a que se assiste no PSD de Paredes de Coura.
Mas há, no meu entender, mais duas situações dignas de reparo. Por um lado, verifica-se que os nomes que o PSD tem levado a sufrágio nas últimas eleições, foram relegados para segundo plano. Por outro lado, registe-se que uma grande percentagem (16%) dos participantes optava por outro nome para concorrer à Câmara.
Na coluna da direita está agora novo inquérito, que reúne, numa única questão, os três mais votados de cada partido. Participe!