14 dezembro 2009

Os substitutos

Isto de ter filhos pequenos tem destas coisas: está uma pessoa a tentar arranjar inspiração para escrever alguma coisa sobre a última sessão da Assembleia Municipal de Paredes de Coura e só nos vem à cabeça uma ideia relacionada com um programa de desenhos animados onde uma família dispõe de uma linha telefónica especial através da qual pede substitutos para pessoas de que não gostam e que desejam ver… substituídas. Na Assembleia Municipal, contudo, parece que o substituto é igual ao substituído. Ou seja, com Maria José Fontelo ausente do grupo municipal do PSD, depois de não ter feito parte dos planos eleitorais dos social-democratas, parece que o seu lugar já foi ocupado.
E por quem, pergunta-se? Por João Cunha, presidente da concelhia do Partido Social Democrata que parece ter herdado o estilo incisivo da antiga líder do grupo municipal laranja, pese embora ainda com alguma desorganização a pautar as suas intervenções. Mas, estou em crer, com a prática tudo pode ser aperfeiçoado. A começar, por exemplo, pelo demonstrar mais respeito pela intervenção do público. Com uma agenda cheia, a reunião prolongou-se para lá das duas horas da manhã e, no final, quando foi dada a palavra ao público, João Cunha parecia estar com pressa e abandonou a sala. É certo que o interveniente do público era António Esteves,  antigo vereador socialista, que o responsável do PSD já ouviu muitas vezes, e também presidente da concelhia rival, mas ficou muito mal na fotografia a saída extemporânea de João Cunha.
No outro verso da moeda temos Décio Guerreiro. A prestação do antigo vereador social-democrata foi irrepreensível, a demonstrar serenidade e, ao mesmo tempo, a mostrar que é ele quem controla o grupo municipal do PSD. De forma ponderada obrigou mesmo ao adiamento da alteração ao regimento, argumentando que não participou na reunião preparatória, a que faltou. Noutros tempos, episódios semelhantes teriam resultado (e resultaram mesmo) numa acesa troca de palavras entre alguns elementos da bancada social-democrata e o presidente da mesa. Mas prevê-se que vai ter de ter um bom jogo de cintura para, não impedindo, pelo menos não permitir que as intervenções do presidente da concelhia do PSD entrem por um caminho que, pelo que foi possível observar na reunião, não é certamente aquele que Décio Guerreiro vai seguir.
Atitude diferente dos seus antecessores tiveram também os dois eleitos da CDU (não, não é APU…), com uma acção comedida mas que deixou marca. E que promete mais para próximas reuniões.

1 comentário:

  1. o Joao Cunha nao tinha pressa nao....tinha era sede !!!!e os bares nao tardavam a fechar!!!!!!!!!!!!

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