A Assembleia Municipal de Paredes de Coura discute amanhã, em sessão extraordinária, a adesão do município ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). Em cima da mesa vai estar o pedido de empréstimo de mais de 3,5 milhões de euros, que o executivo municipal já aprovou na semana passada, com a oposição a lembrar que o acumular da dívida também se ficou a dever a alguns investimentos não prioritários e desnecessários.
O empréstimo em questão destina-se a pagar as dívidas a fornecedores da autarquia courense até 31 de Março último. Dívidas essas que ascendem a mais de 3,7 milhões de euros, muito embora, como o próprio presidente da Câmara admitiu na última sessão da assembleia municipal, existam verbas que não estão incluídas na listagem de dívidas, nomeadamente as respeitantes às obras delegadas nas juntas de freguesia. Ao mesmo tempo, contudo, constata-se que, de Março até Setembro, já foram pagos cerca de 470 mil euros de dívidas antigas, o que a não ser assim elevaria o total em dívida a fornecedores para 4,2 milhões de euros.
Mas, colocando de parte, para já, a listagem de dívidas a fornecedores, que inclui facturas que remontam a 2004, urge analisar as consequências que esse empréstimo, ao abrigo do PAEL, implicará nos courenses. É que, ao pedir a adesão ao referido programa, a Câmara de Paredes de Coura apresenta também um plano de ajustamento financeiro onde explica o que se propõe fazer para garantir o pagamento, em 14 anos, dos 3,5 milhões de euros.
Medidas que visam a redução da despesa mas também o aumento da receita, razão pela qual se aposta na maximização dos preços cobrados pelos serviços prestados pelo município. Traduzindo, isto significa que água e saneamento, por exemplo, vão ver os seus tarifários aumentados 3% já no próximo ano e depois gradualmente ao longo de cinco anos até atingir um aumento de 15% Ao mesmo tempo elevam-se os tarifários das piscinas municipais (10%), centro cultural (50%) e pavilhão municipal (75%). Paralelamente, o plano de ajustamento financeiro prevê também um reforço da fiscalização dos serviços camarários, de modo a que seja gerada mais cobrança. Tudo junto, a autarquia prevê um aumento da receita municipal na ordem dos 63 mil euros.
Pouco, muito pouco, para suportar os 4,15% de juros do empréstimo a que se candidata. Por isso mesmo, a trajectória passa também pela redução da despesa, que se prevê ser conseguida com a racionalização do período de abertura de alguns serviços municipais, à semelhança do que acontece actualmente com o CEIA que só funciona por marcação. Essa hipótese, aliás, já tinha sido avançada para as piscinas municipais. Ao pacote junta-se o alargamento dos cortes na iluminação pública e a redução do montante dos apoios dados às associações concelhias, que diminuirão 19% no próximo ano e depois serão reduzidos sucessivamente, até totalizarem menos 27% em 2017. Ao mesmo tempo, o plano de ajustamento financeiro prevê ainda a racionalização e diminuição das ofertas culturais no concelho, sem prejuízo da qualidade, explicam, mas com inevitável redução na frequência. No final, estima-se, a poupança rondará qualquer coisa como 1,4 milhões de euros.
No balanço de tudo isto, há que ter ainda em consideração duas coisas. A primeira é que a Câmara de Paredes de Coura não é a única a pedir dinheiro emprestado para pagar as dívidas ao abrigo do PAEL e que o programa só tem disponíveis mil milhões de euros, pelo que poderá haver necessidade de proceder a rateio e aí o valor a distribuir pelos interessados deverá ser menor do que aquilo que pediram. Se será suficiente para fazer face aos planos da autarquia, isso agora já é questão para outras reuniões. Por outro lado, o facto da autarquia courense aderir ao PAEL vai obrigar o município a acertar as contas e a ter de começar a pagar aos fornecedores num prazo médio de 60 dias.
Ninguém duvide, contudo, que os efeitos deste empréstimo se vão prolongar muito para além dos 14 anos previstos para o seu pagamento. Por isso mesmo a oposição na câmara, mesmo tendo votado favoravelmente o pedido de adesão ao PAEL, reconhece que a capacidade para iniciar novos investimentos está muito afectada e que há riscos de incumprimento que não podem ser minimizados. Talvez por isso recomendem acréscimo de rigor na gestão corrente da autarquia.
Diz o povo que a verdade é como o azeite..."vem sempre ao de cima".Andaram sempre a esconder o valor real da divida até agora. Gastaram sem rei nem roque,sem qualquer controlo...e agora !!Gastou-se demais em festas,subsidios,excesso de funcionários e algumas obras perfeitamente desnecessárias e pelos vistos agora vamos todos os courenses pagar as respetivas dividas e com juros.Já estamos a pagar as dividas do Estado e agora ainda aparecem as da camara. È uma situação vergonhosa. De Tanto dinheiro que se esbanjou que nem sobrou cheta para fazer umas paquenas obras de comservação numa casa em Rubiães pertencente a uma familia carenciada e doente,como noticiou o Jornal N.Coura.
ResponderEliminarJá tinha falado desta situação, mas não é tudo, antes do Final do Ano vai haver despedimentos, certinho e direitinho, como é que sei, simples não há dinheiro, quem vai pagar todos nos, quem vai sofrer primeiro os trabalhadores, pois dos Gabinetes não vai sair ninguém pois zangam-se as comadres, enfim digno de qualquer filme de gansters, no entanto aguarde-mos.............................
ResponderEliminarContinuo a dizer e a acreditar que com muita inteligência o futuro será muito maravilhoso. Não é Coli?
ResponderEliminarPorque razão se continua a gastar o que se não têm, é necessário um terceiro vereador? Deveríamos de facto apoiar o festival? O Futebol, Associações, Misericórdia (250000€), Para o Ano temos um aumento de 3% nas taxas mas nos anos seguintes têm que chegar aos 15%? Quem vier que resolva e faça os aumentos necessários. Assim como os cortes paras as Associações??? A isto chamo cobardia, sabemos que é necessário mas adiamos, chamam a isto o interesse máximo para Coura fora com estes gatunos....................
ResponderEliminarAfinal em Coura também temos um pinóquio.
Estamos lindos, estamos. Dívidas a fornecedores de mais de 4 ME???? Mas isto é a Câmara de Lisboa ou quê???? E agora pagamos, nós, os courenses! Água mais cara, serviços mais caros. E aquela história de que fala o blogue, do reforço da fiscalização, cheira-me a caça à multa!
ResponderEliminarÉ o que dá o fazer obra só por fazer, para deixar marca. Deixa marca mas é nas contas da câmara e quem vier atrás que se lixe.
Não tenho dúvidas que nas próximas eleições o PS vai perder. Tem de perder. Ninguém pode dar novo voto de confiança a estes senhores que nos endividaram desta forma. Tenho dito.
Quantas vezes dou comigo a pensar porque vivo num país de corruptos! Num país de esterco político! Num país de políticos que querem o poder para gastarem os dinheiros dos impostos deste povo humilde e desgraçado! Data de seita de ladrões! Sem o mínimo de princípios! Sem o mínimo de interesse pelo bem estar do seu povo! Naquele dia que se toma posse e se ocupa a cadeira do poder, é a grande festa destes animais desumanos! O pensar desta escumalha é este: "Cá estou eu no sítio certo, para fazer uma bruta vivenda! ter bons carros topo de gama! Férias no estrangeiro! E até dar uns passeios fora do país à custa de quem trabalha, com o pagamento dos impostos! E agora aqueles que são o povo anónimo e que votaram em mim oú não! que se lixem!..." É infelizmente esta a mentalidade estúpida destes animais irracionais! Destes bandidos! Que tem e continuam a desgraçar este país e este povo!!!... Mas também não o posso deixar de dizer-lo aqui! Nós meus caros! Também somos os cupados de toda esta situação! Continuamos a ser levados pelo "folclore!" pelos "Troliteiros!" pelos "gatunos!" que estão a li mesmo na nossa frente!... Por isso já algúem trata até os Empresários por "ignorantes!" Outros tratam-nos por "piégas! Porque continuamos a ser BURROS???!!!... Está na hora de abrir-mos os olhos! BASTA! BASTA! BASTA! De esta gatunagem no fim de nos roubarem, ainda por cima nos insultam!!!....
ResponderEliminarÉ preciso responsabilizar quem deixou chegar as contas a este ponto. Se fosse um de nós já estávamos presos há muito!
ResponderEliminarHá gente mesmo ignorante!
ResponderEliminarSó sabem falar mal do festival! Se não fosse o festival metade do comércio courense já não existia. Deviam era ser inteligentes e aproveitar o festival. Se um dia ele vai embora, Coura morre!
O dinheiro investido no Festival pagava a divida, quanto a Coura morrer, morre porque investese no que não deve.
EliminarEspero pelo menos, que logo a oposição se abstenha, pois esta divida deve ter o selo de quem a fez.
ResponderEliminarEspero que os futuros aumentos sejam bem discutidos, para o povo saber quem os delineou, pois eles são agora planeados no futuro quem vai pagar esta divida vai realizar aumentos para pagar o que hoje gastam, lindo parece poesia de ladrão larápio, mafioso, façam lá um balanço dos últimos 20 anos o que temos é divida........
Sempre vamos ficar com o tunel Pereira Junior!
ResponderEliminarSenhor Eduardo Bastos não sei nem me interessa se vai oú não vai publicar aquilo que vou escrever neste seu blog parcial! não isento! não independente! O senhor só publica aquilo que bem lhe interessa! Já várias pessoas me tinham dito que o senhor não era homem de princípios!
ResponderEliminarNa altura defendi-o! Hoje realmente estou convencido que era aquilo que me disseram a seu respeito!
Termino, que pela minha parte não haverá neste blog mais qualquer comentário! E já agora posso lhe fazer esta pergunta? O senhor também é daqueles que está a pensar num tachito no psd????!!!!......
Caro ps anterior...que eu saiba a noticia acima publicada é verdadeira,potanto não percebo porque está tão ofendidio. As verdades para o bem e para o mal,devem ser ditas. Homens sem principios são aqueles que levaram o nosso concelho à bancarrota.
ResponderEliminarentao está todo mundo com medo de dar a cara estao com medo do padrinhos. vergonha?
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