Na última edição de O Coura, ficamos a saber que a Câmara de Paredes de Coura colocou a Casa do Outeiro, em Agualonga, à disposição da Universidade do Minho. Ficaria resolvida, desta forma, uma situação que há muito assombra a autarquia courense: o que fazer com aquele espaço, que recebeu de herança. Nos últimos anos muitos foram os projectos falados ali para aquele espaço, desde pólo do Instituto Politécnico de Viana do Castelo a Centro de Dieta Atlântica, passando pela promessa eleitoral de José Augusto Sousa de transformar aquele espaço num pólo dinamizador das actividades locais.
O certo é que os anos passam e, tirando um ou outro assalto no passado, nada ali se fez. Vai daí, a oferta que a Câmara de Paredes de Coura fez à Universidade do Minho até poderia ser vista como a luz no fundo do túnel para aquela propriedade. Poderia, reforço, porque dias depois de ser conhecida este desenvolvimento na conturbada história da Casa do Outeiro, eis que leio uma entrevista de António Cunha, reitor da Universidade do Minho, em que este se lamenta da falta de dinheiro naquela instituição, devido aos cortes orçamentais, chegando mesmo a sugerir o “fundraising” como solução para essa falta de verba.
Ao confrontar as duas notícias, retiro uma conclusão: vamos entregar a quem não tem dinheiro, a solução para algo que não fizemos porque também não temos dinheiro. Por outras palavras, custa a crer que, face à actual situação financeira da Universidade do Minho, surja nos próximos anos alguma solução para a Casa do Outeiro.
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