09 abril 2010

SC Courense: nova direcção com um olho no campo e outro nas contas

Eleita recentemente, a nova direcção do Sporting Clube Courense assume a consolidação financeira e o controle de custos como uma das principais prioridades do clube para este mandato. Mas os resultados desportivos também não foram esquecidos, bem como a continuidade da aposta na formação e um alargamento do campo de actuação do Sporting Clube Courense. Ideias para conferir numa entrevista concedida ao Mais pelo Minho por António Gonçalves, novo presidente do clube.

MPM – Quais são os principais projectos para este mandato como presidente?
AG - O projecto básico deste mandato será a consolidação financeira e controlo de custos. No fundo tentar assegurar o futuro imediato e a médio/longo prazo do clube, cientes nós dos riscos em termos de opinião pública que corremos, pois estamos a falar de futebol e o futebol para muitas pessoas são resultados. Mas não duvidem que vamos, dentro das nossas possibilidades e com os pés bem assentes no chão, tentar que os resultados sejam de acordo com o historial do clube e que dignifiquem o concelho como maior instituição desportiva do mesmo, tentando olhar e aproveitar na medida dos possíveis a muita qualidade que nos rodeia e que já temos nos nossos quadros. Face ao crescente número de atletas, na medida dos possíveis, e com muito trabalho e se possível com o apoio da sociedade courense, temos de tentar que as nossas instalações sejam dignas de os acolher, tentando construir os tão desejados balneários, casas de banho, bar mais acolhedor… No fundo tentar aliar ao magnífico relvado uma envolvência mais agradável e funcional. Não podemos deixar de lado o “problema” que é a sede. Os sócios a devido tempo serão chamados a pronunciar-se sobre o assunto. Mas o que realmente fica como grande alavanca de motivação será a tentativa de aproximação do clube aos courenses, quer de Coura, quer de qualquer parte do mundo, tentado que o clube tenha um número de associados de acordo com os seu pergaminhos.
MPM - Vai continuar a aposta na formação, seja para alimentar o escalão principal seja para funcionar como catapulta para os jogadores courenses alcançarem outros clubes?
AG - A aposta na formação é o caminho a seguir, quer seja no Courense ou noutro clube qualquer, temos que ter a noção da realidade e entender que não se pode continuar a gastar o que se gasta e tentar investir esse dinheiro ao longo da formação dos atletas, tentando depois como é natural tirar proveito desse investimento. Mas esse é um caminho que se vai impondo com o tempo, não podendo ainda a curto prazo tirar o devido fruto em termos de equipa sénior, mas para lá se caminha. Não querendo levantar muito a ponta do véu em termos de futebol de sete, ou seja dos mais pequenos, temos em mente a introdução de um projecto inovador para o concelho.
MPM - Há alguma possibilidade de fusão entre equipas do Courense e do Castanheira para evitar repetições de equipas no mesmo escalão, como acontece actualmente com os juniores?
AG - Sim existe essa possibilidade e é de todo desejável, estamos a falar de pessoas sérias e adultas das duas partes, o que de certo levará a que se chegue a um entendimento.
MPM - Como está o clube no que respeita a saúde financeira? A Câmara tem cumprido o acordado? Os patrocínios actuais são suficientes para programar um clube com futuro?
AG - Como todos os clubes não está bem. A Câmara cumpre com o estabelecido, mas um clube não pode estar dependente apenas das entidades oficiais, tem que procurar apoios privados e sobretudo procurar “fazer” dinheiro usando a astúcia e a criatividade, e é precisamente aí que no próximo Verão se verá o Courense em novas actividades. Mas a maior dificuldade neste momento do clube prende-se com o transporte para jogos dos atletas, sobretudo dos mais novos, problema esse que vai ser posto na medida dos possíveis à consideração das entidades responsáveis.
MPM - A nível desportivo, quais as ambições para o Courense nas próximas épocas?
AG - Como já dei a entender na primeira questão vamos tentar alcançar o melhor possível, e isso em futebol pode ser muito. Não escondo que gostava que o clube neste mandato conquistasse títulos, quer em formação, quer na conquista de uma taça distrital em seniores. Mas vamos lutando no dia a dia.
MPM - Fala-se na possibilidade de alargar o leque de modalidades oferecidas pelo Courense. Alguma em especial?
AG - Sim temos esse sonho e a prioridade será o futsal, tentando aproveitar a possibilidade de utilização de atletas do futebol de 11, podendo ser utilizados atletas dos planteis sénior e júnior. Mas o clube sozinho não consegue suportar esse investimento, vamos tentar que surja um sponsor, e já houve alguns contactos, que patrocine a equipa e tentar ainda este ano ou mais tardar no próximo arrancar com o projecto. Temos ainda a intenção de arrancar com um clube de escuteiros, coisa que ainda não existe no concelho.
MPM - A direcção agora eleita apresenta algumas novidades. Como surgiram estes nomes? Como vão ficar distribuídos a nível de responsabilidades?
AG - Podemos dizer que apresenta muitas novidades, os nomes foram surgindo fruto em parte da grande coesão no departamento de formação, pois a grande maioria deles são pais ou mães de atletas e ainda se está a recuperar antigas glórias do clube, pessoas que deram muito ao clube, mas que ainda tem muito mais para dar. Em temos de responsabilidade o Luis Rocha (Nizo) ficará com o pelouro do futebol sénior, ficando a formação sob a supervisão do Mário Braga (Marocas), sendo que as questões financeiras ficam a cargo da Celina Sousa, cabendo a secretaria ao Paulo Fernandes, tudo isto, claro está, salvaguardado pelo trabalho de todos os vogais, não podendo nem sendo desejável referir que este vai ter aquele ou outro serviço, mas sim criar uma equipa de trabalho onde sejam um por todos e todos por um.

Fotos retiradas do blogue do SC Courense

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