13 agosto 2012

O nome do rio é Coura (2)

E pronto, começou a asneirada…

Anfiteatro natural na margem do rio Taboão volta a receber cinco dias de música a partir desta segunda-feira. – TVI 24

O nome mais esperado desta 20.ª edição do festival, nas margens do rio Taboão, provavelmente o dos portuenses Ornatos Violeta, que regressam após dez anos de silêncio para encerrar o festival na sexta-feira. – Lusa (replicado, com erro e sem revisão, em páginas de vários órgãos de comunicação social)

Depois de, no fim-de-semana, muitos festivaleiros terem aproveitado para acampar junto ao rio Taboão, o arranque é feito segunda à noite com a nova música nacional em foco. – Correio da Manhã

A partir de segunda-feira, o Festival Paredes de Coura festeja 20 anos. Nomes como Kasabian, Anna Calvi, dEUS e Ornatos Violeta sobem ao palco da Praia Fluvial do Rio Tabuão. – Jornalismo Porto Net

Talvez devido aos trunfos naturais das margens do Rio Tabuão, é também possível reencontrar músicos apaixonados por Paredes de Coura — e quem sabe ficar amigo deles. – Público (P3)

O passe para os quatro dias de festival custa €80,00 e dá direito a acampar nas margens do Rio Tabuão. – Blitz

Aquilo que se disse no post anterior começa a ser visível na comunicação social, à medida que as notícias sobre o Festival de Paredes de Coura se multiplicam. Não há a mínima preocupação de apurar o verdadeiro nome das coisas. E há mesmo casos que são de bradar aos céus, seja porque se tratam de órgãos de comunicação social especializados (caso da Blitz, que se farta de escrever sobre Paredes de Coura) e que mesmo assim persiste no erro, seja por se tratar de uma rádio local que replica uma notícia da Lusa sem sequer corrigir um erro que, tendo em conta a rádio em questão, salta aos olhos. Se fosse noutra, ainda se perdoava. Sendo na Rádio Vale do Minho, custa muito mais a engolir.

 

PS: De realçar, já agora, a atitude daqueles que, alertados para o erro, logo corrigem a asneira. Nesse campo, o Público serve de exemplo.

09 agosto 2012

O nome do rio é Coura

Concordo com o que Hernâni Von Doellinger, escreve, no seu blogue Tarrenego!, irritado com algo que também a mim me faz espécie: a mania que os jornalistas têm de, quando escrevem sobre o Festival de Paredes de Coura, se referir ao “rio Taboão”, confundindo o nome do rio com o da praia fluvial onde o festival decorre. Afinal, o festival vai já na sua vigésima edição e, teimosamente, ainda há quem escreva sobre ele, mas não conheça o local onde ele se realiza!

07 agosto 2012

Só se estranha não ter acontecido antes…

 

P. Coura: 3 indivíduos detidos em flagrante delito durante furto ao antigo sanatório de Paredes de Coura – notícia da Rádio Geice

A notícia só causa estranheza por ter demorado tanto tempo até aparecer alguém a aproveitar-se dum espólio que está “ao Deus dará” ali para os lados de Mozelos, Paredes de Coura. Desde o encerramento do antigo sanatório, convertido em hospital psiquiátrico, que se têm multiplicado os casos de vandalismo e aproveitamento ilegal, ou pelo menos imoral, das instalações que o Ministério da Saúde deixou completamente ao abandono. E depois temos ainda a polémica em torno dos processos dos antigos doentes que foram deixados nas instalações de Mozelos à mercê de serem “consultados” por quem quer que fosse, a que se juntou mais tarde a utilização do espaço exterior do antigo sanatório para a criação de porcos, transformando-o numa autêntica pocilga.

Situações que só comprovam o estado de abandono a que aquele edifício, outrora imponente na paisagem courense, foi votado. Nem o projecto dum grupo privado de turismo, a que se associou a Câmara de Paredes de Coura, de transformar aquele espaço num hotel com campo de golfe, veio inverter a situação. As ideias nunca passaram do papel, ou eventualmente da mente dos envolvidos, mas serviram, pelo menos, para se constatar que o dono do imóvel, supostamente o Estado português, nunca se interessou por ele, tal foram as dificuldades tidas para encontrar a verdadeira entidade a quem a autarquia courense queria entregar o cheque pela compra do imóvel.

Nada se fez, tudo se continuou a degradar. A um ponto que, olhando hoje para o edifício, torna-se praticamente certo que a sua recuperação é virtualmente impossível. Muitos, contudo, continuam a tirar proveito da sua existência. Desde os praticantes de geocaching, que o elegem para alguns jogos e aventuras, até aos apaixonados pela fotografia, que vêem no velho edifício um cenário surreal para alguns ensaios fotográficos. Sem esquecer os que nutrem algum interesse pelos fenómenos paranormais e que se debruçam em discussões sobre possíveis assombrações que se passeiam pelos corredores do antigo hospital psiquiátrico.

Se calhar o problema do velho sanatório de Mozelos é precisamente esse. Está assombrado! Não por alguma alma penada, ao estilo de um qualquer filme de terror, mas assombrado pelo esquecimento das entidades que o deixaram caminhar, lentamente mas não sem aviso, rumo a um futuro que passará, inevitavelmente, por mais furtos como o de hoje. Valham-nos, ao menos, os vizinhos atentos!

03 agosto 2012

Vai uma, vai duas… vendido!

Cinco anos depois a Câmara de Paredes de Coura volta a tentar vender três apartamentos que tem em dois edifícios do concelho. Objectivo: encaixar no seus cofres qualquer coisa na ordem dos 250 mil euros que, nesta altura de apertar o cinto, parecem fazer muita falta ao município courense.

E o destino do dinheiro que eventualmente se venha a conseguir com esta venda já está traçado. “Vamos investir em obras concretas no concelho”, garante o presidente da Câmara que, depois da tentativa falhada de 2007, quer agora aproveitar a presença dos emigrantes por Terras de Coura para ver se algum deles desembolsa os valores que o município está a pedir. Em causa estão dois apartamentos T3, um avaliado em 100 mil euros, outro em 80 mil, e ainda um apartamento T2, avaliado em 70 mil euros.

A ver se, desta vez, alguém se chega à frente com os valores pedidos pela autarquia. Não vale, contudo, fazer publicidade enganosa porque, dizer que os prédios em causa foram construídos há cerca de quatro anos é fugir um bocadinho à verdade. Um bocadinho de dez anos, em alguns casos…

Depois das freguesias… as paróquias

Ainda a discussão sobre a agregação e extinção de freguesias não chegou ao adro e já a procissão admite avançar para outros caminhos. Isto porque a Diocese de Viana do Castelo tem em mente a criação de zonas pastorais que, na prática, vão resultar na fusão de várias paróquias. A falta de fiéis, mas sobretudo de sacerdotes, a isso parece obrigar.

Será que, tendo em conta os envolvidos, este processo de fusão será mais pacífico que os das freguesias?

02 agosto 2012

As “Maias”… em Agosto

Na última edição de O Coura já o assunto veio à baila. Falo das coroas de “Maias” que, feitas por várias escolas e instituições do concelho, estiveram em exposição em algumas das varandas da vila, nomeadamente nos edifícios públicos. Bem, estiveram não, porque algumas ainda lá se encontram, como alertou aquele jornal.

Mas, se a situação já estava mal há duas semanas, quando O Coura escreveu sobre o assunto, está pior agora. É que, pelos vistos, quem de direito não se preocupou com a má imagem, de desleixo sobretudo, que este cenário dá, com as coroas secas dependuradas em vários edifícios, e elas lá continuam. Mesmo nos locais onde, na semana passada, andaram funcionários municipais a colocar as armações das Festas do Concelho de Paredes de Coura, como se pode ver na imagem deste post.

Não seria de ter aproveitado o pessoal, as escadas e a máquina que andou a prestar apoio a este serviço, e ter retirado, ali mesmo ao lado, algumas das coroas que parecem querer eternizar (sem sucesso) o mês de Maio?