31 julho 2010

O voto que vale 5000 árvores

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Um simples clique nesta página da Toyota Portugal, pode ajudar a trazer para Paredes de Coura mais 5 mil árvores. A iniciativa desta marca de automóveis visa a reflorestação de áreas que foram palco de incêndio e, todos os anos desde 2005, tem plantado largos milhares de árvores com este propósito.

Este ano Paredes de Coura surge no leque de possíveis destinos das 5 mil árvores. Vamos desperdiçar a oportunidade, ou vamos votar neste concelho?

30 julho 2010

Entretanto, mais a jusante…

parece que não são as salmonelas a causar preocupação. O mesmo rio, problemas diferentes.

Afinal… sempre havia

Não que isso fizesse alguma diferença às centenas (milhares?) que resolveram acalmar o calor num mergulho retemperador nas águas da praia fluvial do Taboão, mas afinal, análises recentes, de um e de outro lado da barricada que se ameaçou formar antes do Festival de Paredes de Coura, vieram confirmar: há salmonelas no rio Coura!

A utilização da águas do Coura fica agora à mercê do bom senso de cada um, diz o presidente da Câmara. Pois, já assim o era anteriormente, uma vez que as análises do Centro de Saúde já indicavam a presença de salmonelas. A autarquia ainda apresentou um relatório em sentido contrário, com base em análises feitas semanas antes por uma empresa privada, que a organização do festival se encarregou de divulgar juntos dos participantes. Aguarda-se, agora, o envio desta nova informação.

27 julho 2010

Já se vê o fundo?

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Câmara suporta transporte de 300 crianças – Notícia do Diário de Notícias

É, também por situações como esta, que muitos municípios do país têm as contas a arder. No caso concreto de Paredes de Coura, o pioneirismo de concentrar todas as escolas primárias do concelho num único espaço trouxe vantagens, claro, mas trouxe também a desvantagem de ter de se assegurar o transporte de todos os alunos para a vila. Uma despesa de cerca de 45 mil euros todos os meses, multiplicada por dez meses… é fazer as contas.

Um buraco anual de 450 mil euros que vai “moendo” as contas do município courense e que, como refere Pereira Júnior, se arrasta desde o ano passado. Tem solução à vista? Pois, isso agora… Se até para dar andamento a obras que têm financiamento garantido por fundos comunitários que nunca mais chegam, a Câmara se viu obrigada a contrair um empréstimo, será que a verba para pagar o transporte escolar vai demorar menos tempo a entrar nos cofres do município?

Nota: Para aqueles que vão já começar a dizer que a culpa é da Câmara por ter concentrado todas as escolas, convém lembrar que, se não o tivesse feito na altura, certamente não teria outra hipótese agora, altura em que o Ministério está a juntar, sem grande planificação e aviso, tudo o que é escola com menos de 20 alunos…

26 julho 2010

Fim de semana de inferno

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Depois de um fim de semana carregado de incêndios por toda a região, esta noite não promete ser muito diferente…

23 julho 2010

A notícia que tem algumas inverdades

Já me habituei, por alturas do Festival de Paredes de Coura, a ouvir e ler na comunicação social, algumas coisas que não são do mais correcto sobre o município. O chamar Taboão ao rio Coura, confundindo o nome do rio com o da praia fluvial que por ele é atravessada, é talvez o mais comum. E, curiosamente, nem sequer é exclusivo de alturas do Festival. A par deste, talvez o facto de alguma imprensa teimar em ver Paredes de Coura como cidade, vá-se lá saber porquê (porventura confundidos pela placa que indica o lugar de Cidade ali mesmo antes de chegar à zona do festival).

Agora, o que nunca tinha visto (mas há sempre uma primeira vez para tudo) é chamar área protegida à praia fluvial do Taboão. São coisas insignificantes, é certo, e na pior das hipóteses só abonam a favor da fraca qualidade de quem escreve e difunde estas notícias sem ter informações que as suportem. E a demonstrar que, se calhar, tão importante como promover o concelho junto dos participantes do Festival de Paredes de Coura, seria divulgá-lo, e bem, junto de quem durante dias a fio, só escreve sobre Paredes de Coura e muitas vezes não conhece aquilo sobre que escreve.

22 julho 2010

E se todos cumprissem a lei não haveria crime…

Paredes de Coura: "Há dezenas de pessoas a banhos", garante Ritmos – notícia da Blitz

Pois há! Como sempre houve, ainda antes de existir praia fluvial propriamente dita ou análises (públicas ou privadas) a dizer isto ou aquilo. Não é por ser desaconselhada a prática balnear que as pessoas vão deixar de ir a banhos se a isso estiverem dispostas. Se assim fosse não assistiríamos, em cada fim de semana de Verão, a casos de pessoas que perderam a vida em praias não vigiadas. Pois se até é proibido tomar banho nessas zonas!…

É claro que o rio é uma atracção extra para quem vem ao Festival de Paredes de Coura, e a qualidade das suas águas deve preocupar os organizadores do mesmo e o timming do surgimento de salmonelas, nos últimos anos, tem sido de uma pontaria precisa. Mas não se pode, à toa, colocar em causa análises de uma entidade credível, só porque existem resultados diferentes de uma empresa credível. É fazer como diz o presidente da Câmara e deixar ao critério dos banhistas a utilização ou não das águas do Coura. Assim como assim, pelos comentários que circulam pela internet, quem vem ao festival não está preocupado com as salmonelas e não me parece que vá haver polícia a proibir os mergulhos no rio…

 

PS: Já em relação às questões políticas, faz muito bem João Carvalho em não comentar. Mas eu questiono: que questões políticas serão essas?

A notícia que se esperava

O Festival de Paredes de Coura é já para a semana e com ele chega uma notícia já esperada, a de que o Centro de Saúde de Paredes de Coura volta a funcionar 24 horas por dia, depois de em Abril último ter fechado as portas no período nocturno. E esta era uma notícia esperada porque se trata de uma das cláusulas do protocolo firmado entre a autarquia courense e o Ministério da Saúde, em 2007.

Isso mesmo afirmou o presidente da Câmara que, além dos quatro dias do Festival de Paredes de Coura, quer alargar esta abertura excepcional também já ao próximo fim de semana, altura em que decorre por cá o Festival Jota. E porque não também às Festas do Concelho, pergunto eu? Não serão tantos os milhares de visitantes como no Festival, mas são mais, muitos mais, que os utentes habituais do Centro de Saúde.

Ah! E já agora, aproveito para lamentar… que esta seja a única cláusula do protocolo de 2007 que o Ministério da Saúde se digna a cumprir, já que, a fazer fé em notícias vindas a público na comunicação social esta semana, nem sequer o horário supostamente alargado até à meia-noite (ou até às 22 horas), parece que consegue cumprir.

21 julho 2010

A notícia que se repete

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Tem sido assim nos últimos anos. Chega a altura do festival e sucedem-se as notícias sobre a qualidade das águas do Coura na praia fluvial do Taboão. Este ano, sinceramente, nem sequer estava à espera que notícias deste género aparecessem, uma vez que a praia já estava fora do roteiro nacional de zonas balneares e, por isso mesmo, interdita a banhos. Mais eis que, afinal, há “dados contraditórios” e a notícia surge.

É que embora oficialmente a praia esteja interdita a banhos, a Câmara Municipal de Paredes de Coura contratou, e bem, os serviços de um laboratório para fazer análises periódicas às aguas do rio naquela zona. Ao mesmo tempo, também o Centro de Saúde realiza análises às águas do Rio Coura. O que é curioso é que, respeitantes a um mesmo período, as duas análises dão valores diferentes e enquanto as da Câmara asseguram a qualidade dos banhos, as do Centro de Saúde acusam, como no ano passado por esta altura, a presença de salmonelas no rio.

Uma situação “intrigante”, considera o presidente da autarquia courense, que deixa ao critério dos utentes da praia fluvial do Taboão a ida ou não a banhos, informando-os dos resultados das análises feitas. Mas… quais análises? As boas ou as más? Ou será que vão afixar as duas e depois os banhistas optam por respeitar as que lhes merecerem melhor consideração.

Independentemente desta situação, não nos podemos esquecer que são as análises feitas pelo Centro de Saúde que servem de base à posterior classificação do Taboão como zona balnear. Ora, se os resultados são os que surgem agora na comunicação social, afinal parece que nem tudo está tão controlado como se defendia há uns tempos.

16 julho 2010

A herança

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Não escolhemos quem vem antes de nós, nem aquilo que poderemos vir a herdar de quem parte antes de nós. Ou será que podemos escolher o que vamos ter no futuro? Na política, nomeadamente na vida autárquica, seria desejável que soubéssemos hoje com o que o vamos contar amanhã, mas nem sempre assim. E depois há quem queria ajustar contas por isso!

Veja-se, por exemplo, o que acontece actualmente em Barcelos, concelho que, depois de um longo reinado social-democrata, com Fernando Reis quase a imortalizar-se na presidência da autarquia, foi em Outubro último conquistado pelos socialistas. E agora, oito meses volvidos e com uma auditoria às contas municipais ainda a decorrer, eis que o novo inquilino da cadeira do poder barcelense admite colocar o seu antecessor em tribunal, por ter optado por um caminho que comprometeu gravemente o futuro do concelho.

Esta ideia de processar os antigos autarcas por alegados erros de gestão, lembrou-me das críticas que, nas últimas campanhas eleitorais, com especial destaque na última, também se fizeram por Paredes de Coura, nomeadamente com José Augusto Caldas a considerar que o futuro do concelho estaria hipotecado “e com um grau de liberdade diminuído por força de algumas más decisões do passado”. Em Outubro o Partido Socialista voltou a conquistar a presidência da Câmara de Paredes de Coura, mas se em 2013 o PSD sair vitorioso do confronto, será que também vamos ter ajuste de contas por cá?

Por outro lado, este assunto de querer justificar um mau futuro com decisões do passado e querer punir quem as tomou, levanta também outra questão: é que, para o mal ou para o bem, quem decidiu e planeou recebeu do eleitorado essa carta branca, para, pelo menos durante quatro anos, tomar as decisões que entendesse. E, no final desses quatro anos, quem esteve no poder foi, necessariamente, avaliado. Ora, se quem supostamente tomou más decisões for reconduzido na presidência com os votos da maioria dos eleitores, será que quem os reconduziu terá ser também alvo de processo judicial?

O que é certo é que, se a ideia de Barcelos vingar e os antigos autarcas forem mesmo responsabilizados por erros de gestão (e estamos a falar em erros políticos e não de índole criminal), isso representará um agrilhoamento das decisões políticas de um presidente de Câmara. É que nem sempre aquilo que hoje se vê que não resulta, apresentava maus resultados aquando da sua decisão.

07 julho 2010

Taboão no bom caminho

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Até ao momento, as análises feitas às águas do rio Coura, na praia fluvial do Taboão, não apresentam indícios de salmonelas. A garantia é dada pelo presidente da Junta de Freguesia de Formariz, que assegura que desde as análises do ano passado não se verificaram mais incidentes.

É tarde, pode até dizer-se, já que as análises positivas do ano passado ditaram o afastamento da praia fluvial do Taboão do rol de espaços reconhecidos como zonas balneares. Mas é um passo na direcção correcta. Resta esperar que não chova antes do Festival…

06 julho 2010

Turismo: atractivos vs acessos

 CIMG2030 A falta de acessos é muita vezes apontada, inclusivamente por mim, como uma das principais lacunas de Paredes de Coura. Os empresários da hotelaria, por exemplo, são dos que mais se queixam nesse aspecto, argumentando que, sem acessos, só vem a Paredes de Coura quem quer mesmo cá vir. Mas, creio eu, a questão não se prende apenas com acessibilidades, mas também com atractividade. Ou seja, não basta ter bons acessos, mas é preciso também ter motivos de atracção para trazer gente ao concelho.

No passado fim de semana tive a ocasião de verificar isso mesmo, que muitas vezes não são necessárias auto-estradas para trazer gente a determinado lugar e, noutros casos, com a auto-estrada mesmo ao lado, não existem condições que atraiam visitantes. No sábado, por exemplo, almocei num restaurante inserido numa aldeia “perdida” nas fraldas do Gerês, a 12 quilómetros da sede do concelho e com acessos onde os automóveis têm de pedir autorização a cavalos, vacas e cabras para poderem passar. É, no entanto, um restaurante que se orgulha de encher todos os fins de semana e onde a reserva é quase obrigatória. A paisagem, a ementa e a qualidade do serviço parecem, por isso, dispensar um acesso rápido, o que no caso concreto até se agradece, para preservar a rusticidade da zona.

No dia seguinte observei o outro lado da história. Duas povoações, separadas entre si por escassos quilómetros, que há largos anos se orgulhavam de receber milhares de visitantes e que hoje, com uma auto-estrada (gratuita, ainda por cima) a passar-lhes quase por cima, vivem como que paradas no tempo, sem grandes turistas. O motivo é simples: perderam o seu principal atractivo, as termas que lhes deram nome e visibilidade. De que lhes vale, neste cenário, a auto-estrada? De quase nada, porque apesar de aparecerem no mapa, nada têm para oferecer a quem se digne ali entrar. Ou seja, têm acessos, mas não têm factores de atractividade.

E ao observar estas duas realidades, que partilham com Paredes de Coura a interioridade e a proximidade com a fronteira, não posso deixar de me questionar: e nós, temos capacidade para atrair mais visitantes? Com ou sem bons acessos?