28 julho 2006

Taboão: o azar de um restaurante


É fim de semana outra vez e por isso lembro-me do último e da desilusão que apanhei no restaurante da praia fluvial do Taboão. Aberto há pouco mais de um mês, com uma nova gerência, parecia ter tudo para transformar aquele espaço num ponto de paragem obrigatório em Paredes de Coura mas… infelizmente, deixa muito a desejar.
Não falo, obviamente, das qualidades gastronómicas, que deixo a quem de direito para apreciar. Refiro-me, contudo, à má qualidade do serviço ali prestado: lento, pouco higiénico e, em certos aspectos, abusador.
Imagine-se, por exemplo, sentado numa mesa onde estão dois copos dos anteriores ocupantes. O funcionário, depois de muita insistência, lá os leva mas deixa na mesa a marca dos copos. Daqueles e de outros que passaram pela mesma mesa ao longo dia. Os copos, porque um pano molhado a mesa não viu.
E a lentidão? Pode ser até falta de experiência mas, com o restaurante vazio, ter de esperar quase vinte minutos para ver o gelado pedido chegar finalmente à mesa é um bocado demais. E que dizer, por último, da atitude, pouco digna a meu ver, de alterar o preço tabelado dos gelados durante o fim de semana. Para aproveitar o maior número de pessoas que frequenta a praia fluvial naquele período e que não têm outra alternativa à volta? Só pode.
É pena que tudo isto contribua para uma fraca imagem de uma casa que, à partida, teria tudo para ganhar, a começar pela localização excelente que bate aos pontos qualquer outro restaurante do concelho.

27 julho 2006

Afinal, ele ainda mexe...

Nove meses após ter perdido a Junta de Freguesia de Formariz, Arlindo Alves, o antigo presidente, continua a dar que falar. É que, mais de um ano depois das Águas do Minho e Lima terem colocado um tubo de saneamento a atravessar o Coura junto à Ponte de Mantelães, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga veio agora dar razão ao antigo presidente da Junta, que sempre contestou aquela estrutura e a sua proximidade ao rio, por um lado, e a própria ponte, por outro lado.
O Tribunal terá considerado que a obra era ilegal e obriga agora a Águas do Minho e Lima a repor a situação anterior. A empresa, como lhe compete, já anunciou ir recorrer da decisão judicial, mas uma coisa é certa, Arlindo Alves conseguiu uma vitória que não cai bem a muita gente.

26 julho 2006

Apoio a deficientes avança

O BOM - Depois de anunciado em Maio, parece agora cada mais perto da realidade o centro de actividades para cidadãos com deficiência que vai resultar da parceria entre a Câmara de Paredes de Coura e a APPACDM de Viana do Castelo. Ao que foi noticiado, vai ser recuperada a antiga Casa dos Magistrados que terá capacidade para acolher 30 pessoas portadoras de deficiência, todas maiores de 16 anos. Num concelho com 100 casos registados, é uma noticia muito boa.

O MAU -
Bem escolhida a Casa dos Magistrados para acolher esta estrutura, até porque aparentemente estaria desocupada, estranha-se contudo que o presidente da Câmara venha agora dizer que vai ser preciso investir ali para cima de 500 mil euros, porque o edifício "está muito perto da ruína". E não estava há dois anos, quando a autarquia o adquiriu por cerca de 250 mil euros, no que foi considerado um bom negócio? Na altura, recorde-se, o objectivo era instalar ali alguns serviços da Câmara que estariam limitados em termos de espaço nos Paços do Concelho. Mas até hoje, nada foi mudado.

O ÓPTIMO -
Não esquecer que a compra da Casa dos Magistrados visava também a recuperação urbanística da envoltente dos Paços do Concelho. Objectivo que parece não ter sido esquecido, mesmo com o novo destino que lhe pretendem dar. Resta a conhecida situação das intalações da Empresa de Transportes Courense que, a manterem-se naquele local, teimam em não dar luz verde à viabilização dos projectos camarários que querem uma nova vida para aquela zona.

Bombeiros em greve no Festival


Depois da greve de ontem, os funcionários dos Bombeiros de Paredes de Coura prometem voltar à luta dentro de três semanas, caso até lá a direcção não chegue a acordo com eles. Recorde-se que os os funcionários da Associação Humanitária (motoristas e administrativos), reclamam o aumento dos ordenados e a redução do horário de trabalho para 40 horas semanais.
Ontem terão sido cumpridos os serviços mínimos, mas o transporte de doentes ficou por realizar. Pior cenário esperam os grevistas durante a próxima jornada de luta que vai acontecer precisamente durante o Festival de Paredes de Coura. Uma situação que em nada abona em prol da imagem do concelho, mas que não deverá afectar minimanente o Festival, até porque, pagando, haverá sempre outras corporações disponíveis para prestar o serviço de assistência àquele evento.

25 julho 2006

Outra vez os bombeiros

Sem comandante, sem quartel, sem direcção e, qualquer dia, sem pessoal. Assim vão os Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura, que marcaram para hoje um dia de greve, reivindicando aumento de ordenados e a alteração dos horários de serviço.
Há dois anos que esperam pela confirmação do comandante interino como responsável pela corporação, o quartel nunca mais sai do papel e a direcção há muito que está fragilizada, com o presidente a suspender o mandato consecutivamente. E agora greve? Que mais pode acontecer à corporação courense?
E agora foram os funcionários, os únicos que podem fazer greve, mas qualquer dia até os voluntários se recusam a prestar serviço. E depois? Como é que ficamos? Vejam lá se se entendem e dão um rumo à associação de uma vez por todas. Se não há direcção, peçam eleições. Se não há comandante, exijam a sua nomeação junto das estruturas responsáveis. Se não há quartel, não tivessem feito disso cavalo de batalha. Mas não se esqueçam que antes desta direcção, deste comandante, mesmo deste quartel, os Bombeiros de Paredes de Coura já cá estavam. Onde eram precisos.

20 julho 2006

Na praia com o farnel


Primeiro ponto – De que adianta a sinalização a proibir o que quer que seja, no caso a prática de jogos e a utilização de mesas na praia fluvial, se depois não há ninguém para fiscalizar? É que todos os fins de semana os “turistas” abancam no Taboão de mesa numa mão e merenda na outra. Não há como evitar, não há como controlar, nem sequer parece ser essa a intenção do funcionário municipal que por lá anda.

Segundo ponto – Porque é que em vez de proibir não se criam as condições para evitar este tipo de situações.
Por um lado o relvado é grande e poderia criar-se uma zona para jogos mesmo na relva, como parecem preferir os veraneantes.
Por outro lado, é notória a ausência em Paredes de Coura de um espaço que as excursões que por aqui passam, e já começam a ser algumas, possam utilizar para fazer as refeições. É claro que há sempre quem diga que não é este tipo de turismo que vai trazer futuro ao concelho, mas pode ser um começo. Temos ali um espaço verde de eleição, mas não existe nas proximidades uma mesa sequer, um parque de merendas por mais pequeno que fosse e, como não existe, os “turistas” optam por estragar a paisagem com uma infinidade de pequenas mesas que trazem de casa. Porque não implementar este tipo de estrutura do outro lado do rio, numa área que até nem sequer está bem cuidada e onde jazem ainda alguns restos do último festival.
Já agora, e volto a insistir na mesma tecla, é preciso levar o turismo até à praia fluvial, porque muitos dos que por ali passam nem sequer chegam a subir à vila, logo não ficam a conhecer Paredes de Coura e o que esta tem para lhes oferecer.

14 julho 2006

Estado da Nação


Não sei se o discurso do nosso primeiro ministro consegue bater este retrato da nação.

13 julho 2006

TV Coura

Para muitos courenses esta seria a televisão do futuro. Só com (boas) notícias sobre Paredes de Coura. As menos boas ficariam de fora, porque, como dizia Teresa Guilhereme (é inevitável, fala-se de televisão e ela aparece): "isso agora não interessa mesmo nada"!
Vá lá, vamos todos criticar a RTP.

12 julho 2006

Se outros o dizem...

Em entrevista ao Jornal Regional, a Directora Regional da Educação do Norte fala da reestruturação do parque escolar, com o encerramento de escolas. Diz que é uma decisão sempre difícil de tomar e de aceitar e dá o exemplo de Paredes de Coura para explicar que pode até causar problemas políticos.
"Pode perguntar ao autarca de Paredes de Coura, que fechou as escolas todas por sua decisão, e fez um centro escolar. Um centro escolar que é bom até em Nova Iorque. Tomara Nova Iorque ter uma escola da qualidade daquele centro escolar. Resultado: esteve quase a perder as eleições." Se são os de fora que o dizem, imagine-se o que não irá na cabeça de muita gente do Partido Socialista e não só em Coura!

10 julho 2006

Trânsito

As férias ainda mal começaram e o trânsito em Paredes de Coura é o que se vê. Quando chegar Agosto, com as festas do concelho e o festival, então é que não se vai conseguir andar na rua.

08 julho 2006

Venham as torres


Foi ontem apresentado no Porto aquele que será o maior parque eólico da Europa, com 120 torres a produzir 240 MW de energia. Boas notícias, especialmente se tivermos em conta que parte do parque vai ficar instalada em Paredes de Coura.
Trata-se de um investimento de mais de 340 milhões de euros que vai trazer também para o nosso concelho aquelas torres de produção de energia eólica que já podemos observar ali para os lados da Serra de Arga. É que, em Caminha e Cerveira o vento já produz energia há alguns meses, seguindo-se agora a instalação nos concelhos de Valença, Monção, Melgaço e, claro, Paredes de Coura. Só espero é que a confusão que reina para os lados de Insalde, com duas comissões a gerir os baldios, não coloque entraves a este projecto vital para o país.

06 julho 2006

Contrastes

De um lado a imagem que se quer para o futuro. Do outro os restos de um passado que não pode ser esquecido. Dois lados de uma mesma moeda que não vivem um sem o outro? Ou apenas uma mancha de sujidade que teima em não querer sair?

03 julho 2006

Devagar se vai ao longe

Nos últimos tempos, recorrer a alguns organismos públicos, em Paredes de Coura e noutros pontos do país, requer alguma paciência e bastante tempo disponível. Entre Finanças, Escola e Correios lá vai mais de um par de horas.
Comecemos pelas Finanças. Com os portugueses forçados a aderir às novas tecnologias, é preciso aceder à Internet para comprar o selo do carro. Quem não tem e não conhece quem arranje só tem uma solução, ir à repartição de Finanças. Mas é bom que vá com tempo, porque o sistema tem dado muitos problemas e há quem lá tenha estado quase uma hora só para pedir a senha necessária para entrar no sistema informático.
Mas não é o único local onde é preciso perder tempo. O período de matrículas leva muitos pais a acorrer às escolas e Paredes de Coura não é excepção. E com tanta papelada para preencher não é de estranhar perder quase uma hora às voltas com este assunto. Felizmente que parece que vai finalmente avançar a matrícula automática e deixa, assim, de ser preciso, ano após ano, preencher os mesmos documentos, com os mesmos dados do ano anterior, e do outro antes.
Restam os Correios que, muito embora não tenham fechado como se chegou a temer, descuraram e de que maneira os níveis de serviço de outros tempos. Ainda a semana passada tive necessidade de por lá passar e por ali estive meia hora, com apenas duas pessoas à frente. É que, se noutros tempos o correio, nas freguesias rurais, ia parar às mercearias onde era depois distribuído pelos moradores do lugar, hoje em dia são as estações dos CTT que parecem autênticas mercearias. Entre seguros, brinquedos, livros, filmes, camisolas, máquinas fotográficas e uma variedade de outros artigos, ainda continuam a vender envelopes e selos. Mas com um funcionário apenas, que nem sequer pode ir à casa de banho porque para isso tem de fechar o seu posto de trabalho, é difícil providenciar um atendimento mais eficaz.