Quem circula pelas ruas da vila, mas ultimamente também nas restantes freguesias, já reparou certamente na quantidade de cães vadios que por ali andam. Sem dono, sem vacinas, sem ninguém que lhes deite uma mão. Há muito (pelo menos dois anos) que se fala na construção de um canil que sirva os concelhos da comunidade intermunicipal do Vale do Minho, que ficará em Monção, mas a obra demora o seu tempo e enquanto isso os animais vão aumentando, principalmente depois de um domingo de caça.
Inclusivamente, na Assembleia Municipal de Dezembro último chegou mesmo a aprovar-se uma proposta que pedia a construção de instalações provisórias para acolher cães vadios no nosso concelho, enquanto a estrutura supra-concelhia não estiver concluída. Mas já lá vão quase dois meses e ainda não se vê nada.
Bem sei que um equipamento deste tipo, mesmo que com carácter provisório, obriga a determinadas exigências, quer em termos de saúde pública, quer em requisitos técnicos, mas a situação começa a tornar-se preocupante. Quem passa, por exemplo, na rotunda junto à Central de Camionagem, já decerto reparou no aglomerado de cães que por ali anda, um dos quais não hesita em atirar-se aos carros que passam. E quando se atirar a uma pessoa, a uma criança, por exemplo? Como será?
Neste momento, já existem dois canis nas redondezas de Paredes de Coura. Um deles é em Fornelos, Ponte de Lima, utilizado pelos muncípios da Valimar. Será que não há possibilidade de acolher, temporariamente reforce-se, os cães vadios de Paredes de Coura? O outro abriu há pouco tempo em Cerveira, concelho que vai depois usufruir também do canil intermunicipal de Monção. Também aqui será que não têm espaço para mais alguns animais?
Não se esqueçam que, da maneira como as coisas estão, a tendência é para a população de cães vadios aumentar de dia para dia...