31 maio 2012

Nem à minha carteira…

Tribunal conclui que portagens não trouxeram benefícios ao Estado - notícia da Rádio Renascença

Pois! E o pior de tudo é que falta um mês para o final das isenções por discriminação positiva e do lado do Governo a prometida reavaliação continua sem avançar.

É ali ao lado!

Como dizia um comentador num post mais abaixo, a Câmara de Viana do Castelo anunciou que o apoio financeiro que habitualmente dá à VianaFestas, entidade municipal responsável pela organização da Romaria da Senhora d’ Agonia, vai sofrer este ano um corte de 20%. Ou seja, um corte de 50 mil euros, tendo em conta os 250 mil euros atribuídos em 2011.
E isto apesar de, como realça a autarquia, a romaria deste ano ter mais um dia do que no ano passado, em virtude do dia da padroeira calhar a uma segunda-feira. Ao mesmo tempo, o município vai também reduzir a sua participação na logística das festividades, nomeadamente nas bancadas e na iluminação. Cortes que, explica a Câmara, vão permitir usufruir da festa, mesmo cortando em coisas que lhe davam qualidade.
Será exemplo a seguir?

30 maio 2012

Eles andam aí! (2)

A tese de Júlia Paula Costa, presidente da Câmara Municipal de Caminha, de que a denúncia anónima que levou a Polícia Judiciária a efectuar buscas naquela autarquia estaria relacionada com questões político-partidárias, parece ter encontrado eco no PSD local. Só que, enquanto a autarca se limita a deixar as coisas no ar, a concelhia social-democrata vai mais longe e, criticando o facto de as buscas da PJ terem sido do conhecimento da comunicação social ainda antes dos inspectores chegarem à Câmara, não hesita em apontar responsabilidades (da fuga de informação, não da denúncia) a uma ex-assessora daquela autarquia.

Curiosamente,  a tal ex-assessora que o PSD de Caminha acusa sem identificar mas identificando ainda assim, estará agora a colaborar com o vizinho município de Vila Nova de Cerveira. Que, como os social-democratas caminhenses fazem questão de lembrar, é presidido pelo líder distrital do Partido Socialista. Será que a ex-assessora de que falam agora, é a mesma desta notícia?

Festival de queixas (2)

A entrevista de Filipe Lopes e João Carvalho, dois dos responsáveis pela empresa organizadora do Festival de Paredes de Coura, ao Notícias de Coura, continua a dar que falar. Desta feita com o próprio João Carvalho, aos microfones da Rádio Vale do Minho, a garantir que se mantém as mesmas boas relações, de há duas décadas, entre Ritmos e Câmara Municipal de Paredes de Coura. Explicações que fazem parte duma reportagem mais alargada sobre o Festival de Paredes Coura, e que podem ser escutadas a partir dos 5 minutos e 18 segundos no vídeo acima.

“A entrevista pôs toda a gente a dizer que nós éramos contra a Câmara. Não somos contra a Câmara”, esclarece João Carvalho, realçando que existe uma relação de amizade entre os organizadores e o presidente da autarquia. Mas, deixa o desabafo, “estamos descontentes com o corte, que foi este ano muito grande, ao Festival de Paredes de Coura, numa altura em que o Festival se vê à rasca para sobreviver”.

Eles andam aí!

A Câmara Municipal de Caminha foi, ontem, alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária. Justificação? Só a de que teve origem numa denúncia anónima, com informações contraditórias a surgirem na comunicação social por parte de fontes da autarquia, com uns a falarem em queixas de aproveitamento político e outros a ligar as buscas com episódios de contratação pública.

Certo, certo, só o facto de, nos últimos meses, as autoridades terem andado por diversas vezes de volta da Câmara de Caminha e da actuação dos seus responsáveis, nomeadamente com acusações de peculato e queixas sobre irregularidades nos concursos de contratação de funcionários. Aliás, já depois de concluídas as buscas no interior dos Paços do Concelho, a presidente da Câmara veio a público informar que os inspectores da PJ levaram documentação relativa à contratação de duas jornalistas para a assessoria do município. Mas não só, pois no rol de documentos confiscados também estariam alguns relacionados com a construção do canil municipal, cópias das horas extraordinárias e ajudas de custo de três funcionárias, das despesas de representação da presidente da Câmara e uma cópia da listagem das lembranças atribuídas por Júlia Paula Costa no Natal.

A autarca, contudo, desvaloriza a situação, realçando que ninguém foi constituído arguido, e afirma estar a ser alvo de perseguição política, que apelida de cobarde por estar assente em denúncias anónimas. “Estão aqui em causa fins político-partidários”, critica Júlia Paula Costa, sem, contudo, mencionar nomes, mas pedindo uma investigação rápida, tendo em conta o período de eleições autárquicas que se avizinha. Pois… Se calhar até tem razão!

29 maio 2012

Uma feira que já era

feira 2Paredes de Coura ainda tem feira quinzenal? Tem! E tem dias que até consegue ali juntar um aglomerado humano digno de ser visto. Tem outros que… são o espelho do que é a feira actualmente, uma amostra daquilo que já foi. E, se dúvidas existissem, a notícia divulgada pela Rádio Vale do Minho na semana passada, a propósito do sorteio de lugares vagos na feira courense, tudo clarificava. Por um lado vemos que, neste momento, há 13 lugares vagos, quase todos no Largo 5 de Outubro e a maioria deles destinado à venda de têxteis. Mas por outro lado, de acordo com a notícia da Vale do Minho, temos apenas dez feirantes interessados no sorteio.

Desconheço se, até à hora limite para as inscrições, apareceram mais candidatos a ocupar os lugares vagos, mas se tal não aconteceu, a oferta maior do que a procura demonstra claramente o pouco interesse que a feira quinzenal de Paredes de Coura tem para os feirantes. Aliás, como admite a própria autarquia, que fala na concorrência de outras feiras do Vale do Minho e na nova realidade das trocas comerciais.

Ao mesmo tempo vemos a autarquia de Valença a apostar na feira semanal daquela localidade, dinamizando mais uma edição daquele mercado, aos domingos, uma vez por mês. Uma acção que, contudo, poderá não passar da primeira edição, já que os comerciantes valencianos não viram com bons olhos esta ideia da Câmara, alegando que a realização de uma edição extra da feira de Valença vai prejudicar ainda mais o comércio tradicional do concelho e a autarquia prometeu avaliar a experiência após esta primeira feira extra.

De qualquer das formas, esta situação vem confirmar as palavras da Câmara de Paredes de Coura, quando fala na concorrência dos mercados vizinhos, e atestar a pouca importância da feira courense no panorama regional. E o melhor é nem sequer falar na feira de Vila Nova de Cerveira onde, recorde-se, há alguns meses apareceram mais de 400 candidatos para o sorteio de… 19 lugares.

23 maio 2012

Mais um centenário em 2013

Foto retirada daqui.

Assinala-se, a 15 de Janeiro do próximo ano, o centenário do falecimento de Narciso Alves da Cunha. E já há livro prometido e tudo, da autoria de José Augusto Pacheco, professor da Universidade do Minho e presidente da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, que aproveitou a apresentação do seu livro de crónicas na última feira do livro para lembrar a efeméride e o projecto que tem em mãos. Desconhece-se, contudo, se, à semelhança do que aconteceu com o centenário da implantação da República e com o cinquentenário da publicação de “A Casa Grande de Romarigães”, também esta data vai ser devidamente assinalada pela Câmara Municipal de Paredes de Coura.

22 maio 2012

O ruído de uns e de outros

vista nocturna 1Depois do que se disse neste post, não fica mal lembrar que os problemas originados pelo ruído da noite não são exclusivos de Paredes de Coura, muito pelo contrário, especialmente nesta altura de festas estudantis. Que o digam os moradores de Lisboa, Coimbra e Porto (ou melhor, Matosinhos), com queixas semelhantes mas que vêem o caso ser encarado de forma diferente. Uns com reforço na fiscalização e mão pesada da autarquia, outros com tentativa de sensibilização dos afectados e outros ainda, talvez por verem o tribunal negar-lhes o direito ao sossego, optam por medidas mais drásticas e dispendiosas. É só escolher!

Isto é que é confiança!

O PSD de Vila Nova de Cerveira tem um novo líder que promete começar a trabalhar já nas eleições autárquicas de Outubro do próximo ano. Nada de mais, até porque as autárquicas de 2013 são o próximo acto eleitoral com que se deparará (se não houver novidades lá para S. Bento).

Curioso só o optimismo, a meu ver exagerado do presidente da distrital social-democrata, o deputado Eduardo Teixeira, que vê no novo líder do PSD cerveirense a pessoa certa para conquistar a presidência da Câmara local. Nada de mais, não fosse, nos últimos actos eleitorais, o PSD ter perdido sempre as eleições autárquicas naquele concelho. Em 2001 conseguiu apenas um vereador, com 31,27% dos votos. Quatro anos depois logrou eleger dois vereadores, subindo aos 33,79% (contra 61,35% dos socialistas), mas em 2009 voltou a cair, perdendo um dos vereadores e ficando abaixo dos 30%. Haja optimismo, portanto!

17 maio 2012

Tarde piaste…

JN 16.05.2012Mão amiga fez-me chegar a notícia que reproduzo acima. Pois… parece que há quem se tenha deixado dormir, embalado pelas promessas de tecnologia acessível a todos, e só tenha acordado agora para a triste realidade que é a distribuição da TDT em Portugal. O caso em foco é no Minho, mas nas notícias das últimas semanas não têm faltado exemplos de situações semelhantes um pouco por todo o país. É o que temos, dirão alguns! Mas podíamos ter mais, claro que podíamos. Haja quem reclame!

03 maio 2012

Um PSD com duas caras?

Terá o PSD courense uma cara no concelho e outra fora dele? A questão foi levantada por Carlos Barbosa, do grupo municipal do PS, na última Assembleia Municipal de Paredes de Coura, que voltou a abordar a questão do anúncio do encerramento do Tribunal de Paredes de Coura.

Carlos Barbosa, que tem assento na assembleia da CIM Alto Minho, em representação dos socialistas da AM courense, lembrou que naquele órgão foi também apresentada uma moção a repudiar o encerramento dos tribunais de Paredes de Coura e de Melgaço, documento que, destacou, terá merecido a oposição dos elementos do PSD representados na assembleia da comunidade intermunicipal. Ora, um dos elementos social-democratas que está nessa assembleia é precisamente Décio Guerreiro, líder da bancada do PS na AM courense e que, recorde-se, na última reunião tinha votado favoravelmente uma moção socialista a contestar o encerramento do tribunal courense.

Mesmo sem ver o seu nome referido, Décio Guerreiro acusou o toque e não tardou a responder ao líder da banca socialista, esclarecendo que votou contra não por estar a favor do encerramento dos tribunais mas por se tratar de um “documento político demasiado pesado”, explicando ainda que o próprio presidente da CIM, o autarca socialista de Melgaço, considerou que o momento não era oportuno. Apesar disso, afirmou em declaração de voto na altura, “este meu voto não retira o apoio à luta de Coura e de Melgaço”. As explicações, contudo, não pareceram convencer os colegas da assembleia courense, com Carlos Barbosa a referir que Rui Solheiro, apesar de questionar o momento em que era apresentada a moção, acabou por a votar favoravelmente.

Também Joaquim Felgueiras Lopes aproveitou para mandar a sua achega ao social-democrata, lamentando que “tenhamos uma posição em Coura e outra fora de Coura”. Insinuação que levou Décio Guerreiro a dizer que estava a ser acusado de não defender o seu concelho, quando o que estava em causa era um documento de combate político contra a ministra. “Repudio tudo o que são ataques baratos e baixos que nada dignificam quem os faz nem a AM de Paredes de Coura”, acabaria por dizer o líder do PSD. Carlos Barbosa, por seu turno, informou a assembleia que iria pedir o CD com as gravações da reunião da CIM para provar o que tinha dito antes. “Não retiro uma vírgula ao que disse aqui”, concluiu o representante do PS.

02 maio 2012

Festival de queixas

iphone02052012Queixas, críticas e lamentos. É isto que se pode ler na edição do Notícias de Coura que hoje chegas às bancas, numa entrevista a dois dos elementos da Ritmos, empresa responsável pela organização do Festival de Paredes de Coura, que não hesitam em apelidar de “ridículo” o apoio que a Câmara courense dá a este evento, chegando mesmo a dizer que “coloca em causa a realização do Festival”.
Os dois empresários vão ainda mais longe e dizem que, neste momento, o Festival de Paredes de Coura dá prejuízo  - “é o único mau negócio que a Ritmos tem” - e é suportado pelos lucros de outros eventos organizados pela empresa. Por isso mesmo os organizadores explicam que, se continuam a organizar o Festival de Paredes de Coura, “é por amor à terra”.
Filipe Lopes e João Carvalho, não perderam também a oportunidade de responsabilizar a Câmara de Paredes de Coura pelo não aproveitamento devido do Festival. “Não existe turismo em redor do Festival”, esclarecem, apelando a uma maior envolvência em torno deste evento de forma a aproveitar o potencial que tem para a promoção do concelho.
Depois, voltam à carga com um discurso que, aqui há uns anos, chegou a marcar uma reunião do executivo courense, dizendo que há outras autarquias dispostas a pagar o dobro do que paga a Câmara de Paredes de Coura para terem o festival no seu concelho. Identificando-se como os maiores investidores no concelho, os dois empresários dizem que a autarquia “tem medo de assumir que o Festival é um evento de excelência”, lamentando ainda que nunca tenham sido homenageados pelo município courense.