29 dezembro 2006

Passagem de Ano

A Câmara de Paredes de Coura oferece o espumante e o bolo-rei. O "Kalhambeke" dá a música (fica aqui um cheirinho). A alegria e a boa disposição têm de ser por conta de cada um de nós. A ver se o tempo nos dá uma boa passagem de ano.

28 dezembro 2006

Orçamento na Assembleia

Amanhã há assembleia municipal e o principal ponto da ordem de trabalhos é a discussão e votação do Plano e Orçamento para 2007 da Câmara Municipal de Paredes de Coura. São cerca de 23 milhões de euros, com o saneamento à cabeça dos projectos autárquicos.
Ponto de interesse desta Assembleia vai também ser verificar qual a reacção da oposição. É que, recorde-se, na última reunião deste órgão, PSD e CDU abandonaram a sala em bloco, ainda antes de se entrar na ordem de trabalhos, em divergência com o presidente da mesa.
Será que desta vez repetem a façanha? Afinal de contas, em discussão só vai estar o documento mais importante para o governo do concelho no próximo ano. E ainda por cima tem alguns outros assuntos a serem abordados antes e ainda vai demorar um bocadinho até se chegar a este ponto… Se calhar é tempo a mais para estar dentro da sala e mais vale abandonar outra vez a reunião.
A propósito disto, ou talvez não, trago aqui um artigo da edição de hoje do Jornal de Notícias, em que o presidente da Assembleia Municipal de Carrazeda de Ansiães defende honorários mais aliciantes para os deputados municipais, de modo a alterar o clima de passividade “quase total” que se verifica naquele órgão. Defende aquele responsável que, “com senhas de presença de pouco significado, as pessoas não se empenham minimamente”. Além disso pede aos partidos para escolherem pessoas “mais dinâmicas e interessadas” para as suas listas.
Em Paredes de Coura parece que o cenário é em tudo semelhante ao de Carrazeda de Ansiães. Também, sinceramente, quem é que acha que 57 euros de senha chegam para compensar três horas de sessão, num país onde o ordenado mínimo, para cerca de 240 horas mensais de trabalho, é de pouco mais de 400 euros… Enfim!

Sara

Mais um caso de suspeita de violência em crianças a marcar a actualidade do país. A pequena Sara, de apenas dois anos, morreu ontem aqui bem perto de nós, em Monção, aparentemente devido a maus tratos sofridos. Desde 2003 esta é já a oitava morte do género. Bem sei que à luz da Lei todos são inocentes até prova em contrário, mas a Sara, e outros como ela (muitos infelizmente) são, serão sempre inocentes. Até na morte.
Casos como este estão a tornar-se cada vez mais frequentes. E todos sabemos que muitas situações de maus tratos a crianças nunca chegam ao conhecimento público. As comissões de protecção a menores necessitam de ter um papel mais activo na prevenção, e não só na resolução, deste tipo de casos. Mas para isso precisam de ter mais poderes e menos burocracia. Não se pode perder tempo em reuniões e mais reuniões, o que é preciso é agir. De imediato! Às vezes será até preferível tomar uma decisão mais precipitada e depois corrigi-la.
Também as famílias e amigos têm um papel importante nesta problemática. Não basta olhar e virar as costas, é preciso assumir e dar a conhecer este tipo de situações que permanecem com as crianças até ao fim da vida. Deixo aqui um anúncio feito pelo Instituto de Apoio à Criança que relembra isso mesmo, que uma criança nunca esquece.

27 dezembro 2006

CEIA de ano novo


Primeiro foi na Primavera, depois em Setembro, com a presença de José Sócrates. Seguiu-se Novembro ou Dezembro, mas apenas com o secretário de Estado Ambiente. Mas a Primavera foi-se, o primeiro-ministro não veio e o secretário de Estado alinhou pelo mesmo diapasão. Resultado: o Centro de Educação e Interpretação Ambiental do Corno de Bico vai ser, finalmente, inaugurado no próximo dia 2 de Janeiro. Sem ministro, aparentemente sem qualquer membro do Governo sequer, mas com uma certeza, muito tempo perdido.
Antes de mais convém esclarecer que, apesar de inicialmente agendada para a Primavera, a inauguração do CEIA nunca poderia ter acontecido antes de Setembro, até porque em Agosto ainda eram visíveis as obras por concluir. Apesar disso, de Setembro até agora já lá vão quatro meses que poderiam ter sido devidamente aproveitados, não fosse a questão da pompa da inauguração. Que até se compreende, tendo em conta que atrás do primeiro-ministro viria toda a comunicação social e projectaria esta nova estrutura por todo o país.
Por outro lado, ficaram a perder todos aqueles que poderiam já ter utilizado os serviços deste investimento de um milhão e duzentos mil euros, incluindo muitos alunos de Paredes de Coura que já têm programadas visitas ao CEIA desde o início do ano lectivo, aguardando apenas pelo abrir das portas. E nem sequer faltavam funcionários, porque estes já foram admitidos em Setembro.
Porque é que não se fez como noutras obras de Paredes de Coura, colocadas em funcionamento logo após a sua conclusão e inauguradas oficialmente muito tempo depois. Quem não se lembra da Escola Básica Integrada, inaugurada um ano depois da sua abertura, ou do Centro de Saúde que Jorge Sampaio inaugurou já com muitos anos de utilização?
Enfim, agora que o tempo passou, resta esperar pela eficaz dinamização de um equipamento que, penso eu, tem tudo para ser um pólo de atracção das camadas mais jovens. E não só!

20 dezembro 2006

23 milhões para 2007


Pouco mais de 23 milhões é o montante do orçamento da Câmara Municipal de Paredes de Coura para o próximo ano. A proposta foi levada à discussão na penúltima reunião do Executivo e aprovada por unanimidade, apesar de algumas críticas por parte do PSD.
Na base das críticas dos social democratas esteve o pouco tempo disponível para analisar aquele que é “apenas” o documento orientador das políticas do concelho para o próximo ano. De acordo com as declarações de Décio Guerreiro e José Augusto Viana de Sousa naquela reunião, os documentos forem recebidos somente três dias antes, ou seja demasiado em cima da hora da reunião, deixando pouca margem de manobra aos dois vereadores da oposição que manifestaram a sua impossibilidade de analisar detalhadamente os números do orçamento naquele curto espaço de tempo.
Ainda assim, mesmo aprovando o documento, não deixam de criticar, nomeadamente, a verba reservada para a área da protecção civil e prevenção de incêndios, que consideram “claramente insuficiente” face às necessidades do concelho. Outro aspecto criticado diz respeito aos valores indicados para a rede pré-escolar, onde defendem um reforço daquela verba, continuando a cair na asneira de juntar pré-escolar e creches no mesmo saco.
Apesar de tudo, os dois vereadores do PSD realçam o empenho no saneamento básico no concelho e os 2,4 milhões de euros destinados a investimentos nas freguesias, criticando, contudo, o facto de cerca de 20% do orçamento ser atribuído a “obras do passado”, que há muito estão terminadas.

17 dezembro 2006

Agricultor debaixo do tractor


De acordo com as estatísticas do Governo Civil de Bragança, no presente ano morreu mais gente no distrito em acidentes com tractores do que em acidentes de viação, incluindo no malogrado IP4. Ao todo registaram-se seis mortes em acidentes de viação contra uma dezena de vítimas em acidentes com tractores e máquinas agrícolas.
Solução apontada pelo Governo Civil: obrigatoriedade de carta de condução especial para quem deseja conduzir um tractor ou manobrar máquinas agrícolas pesadas. Tem o meu apoio.
Desconheço se as estatísticas de Bragança se adequam também à realidade de Paredes de Coura, mas lembro-me de vários episódios, recentes, de acidentes com tractores. Não quer dizer que com uma carta de condução especial se evitem os acidentes. Há-se sempre haver azares. Mas, pelo menos, obriga a que os condutores deste tipo de veículos tenham um mínimo de conhecimentos de procedimentos mecânicos a respeitar no uso dos tractores, a começar pela obrigatoriedade da barra de protecção que poderia ter salvo muitos malogrados em acidentes com tractores.
Mas se vão pegar no caso dos tractores, convém não esquecer um outro perigo, na minha opinião muito maior, até porque cada vez são em maior número. Falo dos “microcarros”, também conhecidos como “papa-reformas”, que não necessitam de carta de condução e muitas vezes são conduzidos por pessoas que nunca viram um sinal de trânsito na vida. O problema é que circulam nas mesmas estradas que os outros veículos, alguns até em auto-estradas (??). Imagine-se o perigo, pense-se em o evitar.

14 dezembro 2006

Parcómetros: em que é que ficamos?


Os parcómetros já chegaram a Paredes de Coura e, aparentemente já começaram a dar frutos, pois parece que muitos daqueles que têm o carro estacionado na vila o dia todo já estão a procurar outros poisos. Agora, contudo, é preciso ver o que está mal: se as máquinas, se os sinais.
É que, um olhar mais atento mostra duas realidades diferentes e é preciso saber em qual é que se fia o automobilista e por qual é que vai fiscalizar a GNR. Por um lado temos os sinais de trânsito, que limitam o estacionamento a 90 minutos e pago entre as 8 e as 20 horas dos dias úteis. Por outro lado temos as máquinas que emitem os comprovativos de estacionamento, que aceitam um máximo de duas horas de estacionamento e que, por sua vez, indicam o horário das 8.30 às 19.30 horas como período de estacionamento pago.
Parece óbvio que, como automobilista, vou optar por respeitar o que dizem as máquinas. Fica mais barato e facilita as coisas, dado o maior tempo permitido de estacionamento sem ter de voltar a colocar a moedinha. Mas e a GNR? Será que vai ter isso em consideração? Quer-me parecer que não. Depois, quando começarem a cair as multas, de quem é a responsabilidade? Ah, pois! Bem me parecia.

Eu assino! Já!

A última edição do Notícias de Coura dá conta de um abaixo-assinado que um casal de S. Martinho de Coura está a promover para reclamar do mau serviço prestado pelas televisões nacionais. Ao que parece, em S. Martinho, é melhor a qualidade de recepção dos canais espanhóis do que dos quatro portugueses emitidos em sinal aberto.
Eu, que até moro na vila, não duvido. Pois se, na própria vila, a situação não é muito diferente! A TVI praticamente só se apanha nas zonas mais elevadas e o Canal 1 da RTP tem dias bons e dias maus, mas quando chove praticamente todos os dias são maus.
No caso da RTP, a situação ainda é pior porque se trata de uma empresa pública, mantida com o meu e o vosso dinheiro, e que por isso mesmo deveria prestar o tão badalado “serviço público” a todo o país. Não apenas em termos informativos e de divulgação, mas também em relação à qualidade da transmissão. De que adianta ter um bom serviço informativo se este não consegue chegar a uma considerável parte dos portugueses. Sim, porque esta questão não é exclusivo de Paredes de Coura, infelizmente alastra-se a outros pontos do país, com especial relevo no interior.
Como quero pensar que não se trata de descriminação, só posso assumir que estamos perante um caso de desleixo por parte dos responsáveis da RTP, e da TVI já agora, a quem não importa a reduzida audiência que lhe trazem algumas terras do interior, isoladas geograficamente e, desta forma, também socialmente.
Que venham os espanhóis? Porque não? A TV Galicia consegue ter até muitos programas que me fazem mudar de canal, já para não falar das boas condições de recepção. Mas essa não é a solução. Por outro lado, os galegos já deram a entender que gostavam também de receber os canais portugueses. Pelo andar da carruagem, qualquer dia vemos melhor a RTP na Corunha do que em Paredes de Coura.

11 dezembro 2006

E porque não em Coura?

A notícia é da Rádio Alto Minho. E diz que o PSD de Viana do Castelo, concelho, reclama para a capital de distrito a sede da futura comunidade municipal a dez, que vai reunir todos os concelhos do distrito. A união ainda não é certa, muito embora seja quase obrigatória face aos requisitos para as candidaturas a fundos comunitários, mas o PSD vianense lamenta que o presidente da Câmara daquela cidade não tenha esta prioridade na sua lista.
E, pergunto eu, porque raio é que a sede de uma comunidade de municípios que abrange todo o distrito, teria de ficar na sua capital. Já não basta estarem lá concentrados praticamente todos os outros serviços, a começar pelo próprio Governo Civil e a acabar no hospital?
É certo que a sede da futura comunidade mais não será que uma área administrativa, mas se vai abarcar todo o distrito porque não tentar localizá-la numa zona mais central. E nesse aspecto Paredes de Coura ganha pela centralidade, se bem que não tanto pelos acessos.
Eventualmente, a dificuldade dos acessos até poderia sensibilizar os outros membros da comunidade para a solução deste problema do nosso concelho. Mas o que importa é que, com os distritos, comos os conhecemos, cada vez mais com os dias contados, se não efectivamente pelo menos na prática, não faz sentido estar a concentrar em Viana do Castelo um organismo que pode muito bem funcionar noutro sítio qualquer.

07 dezembro 2006

Party time

200 participantes, 53 horas de ligação em rede, um torneio de futebol robótico. Alguns dos ingredientes da Coura Campus Party, que de amanhã até domingo vai ter lugar em Paredes de Coura. Um evento que, a cumprirem-se os objectivos da organização, o Núcleo de Informática Courense, promete trazer muita gente ao concelho, neste e nos próximo anos. Vamos apoiar.

04 dezembro 2006

A religião como turismo


A ideia faz parte do plano de actividades da Região de Turismo do Alto Minho, divulgado na semana passada. Valorizar os recursos religiosos existentes nesta zona como potenciadores turísticos é a aposta de Francisco Sampaio, que vê com agrado o fluxo de turistas atraídos por locais como S. Bento da Porta Aberta, no Gerês, Santa Luzia, em Viana do Castelo ou mesmo Santiago de Compostela, que apesar de ser em Espanha traz muita gente ao Alto Minho.
O turismo aliado à religião já tinha sido tema de debate num encontro ocorrido há alguns meses, onde se destacou o elevado movimento turístico, enquanto movimento de pessoas, gerado por locais como o Santuário de Fátima ou o Sameiro, em Braga. Na altura, inclusivamente, falou-se da criação de um roteiro que integrasse algumas das igrejas mais emblemáticas da região.
Um roteiro que teria passagem por Paredes de Coura, nomeadamente pela Igreja de S. Pedro de Rubiães, monumento nacional que marca um período da história do concelho. Nós por cá, dentro do município, também temos um roteiro religioso, à nossa maneira, se bem que aliando o religioso e o profano. Falo das festas populares, alicerçadas no culto ao divino, mas que se estendem a outras áreas.
O nosso roteiro passa por Rubiães, mas não esquece S. Bento da Porta Aberta, o nosso não o do Gerês que consegue ser o segundo santuário mas visitado do país. E inclui ainda a Pena e Santa Maria de Paredes, não deixando de fora outras festas, e igrejas e capelas, como S. Caetano, S. Lourenço e outras que tais.
Tudo isto para dizer que, tal como deseja a Região de Turismo a um nível maior, também nós temos, entre paredes, motivos de sobra para fazer o nosso próprio roteiro religioso. Que cada um escolhe como quer fazer, por onde quer começar e quais os locais por onde passar. Como em tudo na vida.