30 junho 2006

Um ano para tapar o buraco










O buraco ficou ali depois das obras de requalificação do centro urbano. No lugar da antiga Casa do Couçoeiro só uma placa a anunciar os projectos futuros para aquele espaço.

Pedra por pedra, a antiga casa foi desmantelada e assim deverá, agora, ser reerguida. Isso mesmo espera António Pereira Júnior, que hoje anunciou que o início das obras do Arquivo Municipal de Paredes de Coura deverá ocorrer já no próximo mês de Setembro.

Um investimento de quase 700 mil euros que é suposto estar concluído no prazo de um ano e que vem restituir à vila um dos seus edifícios mais característicos. Já só falta a nova biblioteca municipal, mas também não deve tardar.

Posso estacionar?

O motorista ainda terá perguntado onde era o parque de estacionamento dos autocarros. Ninguém lhe soube responder com certeza. Uns foram indicando a central de camionagem, outros lá se lembraram do espaço junto à GNR.
É muito longe, terá dito o motorista, algo comodista. Vai daí estaciona no primeiro lugar (ou lugares) que lhe apareceu pela frente, sem se preocupar mais com o assunto. Quando se afastava da viatura ainda terá dito que não viu qualquer sinal a indicar um parque para autocarros e como não era adivinho deixava o carro mesmo ali. E assim fez.

28 junho 2006

Tempo de antena

Na edição de ontem, e como vem sendo hábito no seu aniversário, o Notícias de Coura publicou mais uma entrevista com o presidente da Câmara de Paredes de Coura. Em jeito de balanço do mandato que começou em Outubro passado.
Uma entrevista onde Pereira Júnior fala do que tem dominado a actualidade concelhia nos últimos tempos: o saneamento básico, que deve cobrir todo o concelho até 2009; as acessibilidades, com o acesso à A3 à cabeça; e ainda o futuro do antigo Hospital de Mozelos. Falou também de parcómetros, do evitado fecho das urgências do Centro de Saúde e da concentração anunciada dos jardins de infância. Ou seja, de todos os assuntos que têm gerado alguma controvérsia, nomeadamente nas páginas dos jornais, e sobre os quais foi agora oferecido tempo de antena ao autarca para expor a sua opinião.
Nem sequer faltou a “polémica” em torno dos apoios concedidos ao festival, com Pereira Júnior a lembrar, por um lado, que nesse período são levantados cerca de 500 mil contos das caixas Multibanco da vila, “dinheiro que fica no concelho”, e por outro lado que o festival é uma grande promoção de Paredes de Coura. Em relação à promoção nada a opor, é um facto que quem ouve falar do festival fica com o nome do concelho na cabeça. Já sobre o dinheiro, sinceramente, acho que grande parte fica dentro do recinto. De salientar, ainda, que o presidente da Câmara anunciou que este ano vai ser feito o inventário de todo o apoio logístico concedido pela autarquia à organização do festival, o que é um passo de gigante no sentido de tornar mais transparentes as relações entre as duas entidades.
Noutro campo, de destacar também o avanço do gabinete de Acção Social da autarquia, que promete ser um elo de ligação entre as várias IPSS que trabalham com as gentes de Paredes de Coura. Uma realidade que se esperava há quase dois anos, altura em que chegou ao fim o Projecto de Luta Contra a Pobreza.

27 junho 2006

O nosso Louvre


A pirâmide está lá. Ninguém sabe para que serve. Ninguém sabe porque foi construída, mas está lá. Já só nos falta o Louvre. Venha o Louvre para Paredes de Coura.

26 junho 2006

Breves

VISITA ADIADA - Esteve prevista para a semana passada mas não deu. Agora é a 3 de Julho que o secretário de Estado das Obras Públicas deve vir a Paredes de Coura. Para anunciar o vencedor do concurso com vista à realização do estudo prévio da ligação a Cerveira... e à A3. Com vinte propostas para analisar os trabalhos atrasaram e o nome do vencedor ainda não é conhecido.

ÁGUAS TURVAS - Continuam "aceitáveis" os resultados das análises feitas às águas do Coura na praia fluvial do Taboão. Mas, se as primeiras análises deste ano mostravam a presença de coliformes totais e coliformes fecais, já as duas que se seguiram revelaram que a água contém também estreptococos fecais. Dá vontade de ir banhos?

APOIAR OS EMIGRANTES - É este o objectivo do Gabinete de Apoio ao Emigrante que a Câmara de Melgaço vai dinamizar este Verão, facilitando o acesso aos serviços camarários a quem está apenas algumas semanas no concelho. Um serviço gratuito que a autarquia vai alagar também aos imigrantes, ou seja àqueles que, sendo de fora, escolheram assentar arraiais naquele município raiano. Fica a ideia. Pode ser que alguém a aproveite.

Finalmente


A direcção, ou o que dela resta, não se entende quanto ao vencedor do concurso. E a obra tarda em arrancar. Mas há quem tenha já encontrado o vencedor e dado início aos trabalhos. Um grupo de foliões de S. João que parece não gostar dos tempos que se vivem nos Bombeiros de Paredes de Coura e que, ao que tudo indica, não tem medo de meter mãos à obra. Avancem...

22 junho 2006

Vamos contrariar



Um estudo de um investigador da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, que hoje vai ser apresentado, chegou à conclusão de que as brincadeiras das crianças na rua têm os dias contados. Tudo porque, diz Carlos Neto, o investigador em questão, as crianças têm agora o tempo bastante mais organizado e limitado, situação que lhes reduz a autonomia.
É cada vez mais "normal" aproveitar centros de tempos livres e as actividade extracurriculares das próprias escolas para ocupar as crianças e jovens. Veja-se, por exemplo, o que acontece no nosso concelho, em que as aulas na escola primária terminam às 15.30 horas, mas onde existem actividades várias até às 17.30 horas. Para muitos, se não mesmo todos, esta é uma oportunidade que não podem perder, com ensino de línguas, informática e outras actividades que só ajudam a enriquecer as nossas crianças.
E o tempo de brincar? Também o têm, quero crer, muito embora em menor escala. São os ritmos da vida moderna, poderiam dizer. Voltando à extinção anunciada das brincadeiras na rua, em Paredes de Coura é pena que os espaços exteriores, a rua, não sejam mais utilizados para as brincadeiras. Os novos (renovados) arruamentos e largos estão agora mais apetecíveis para a pequenada, seja para andar de skate ou para jogar à bola (cuidado com os joelhos). Se temos os espaços, podemos contrariar este cenário onde as crianças já não brincam na rua. Ou será que não?

21 junho 2006

Caminhos difíceis

Tal como acontece todos os anos por esta altura é frequente ver bastantes pessoas a caminhar estrada fora rumo a S. Bento da Porta Aberta, local de culto e devoção muito apreciado pelas gentes courenses. Alguns vão em grupos organizados, outros em agrupamentos mais improvisados, outros ainda sozinhos, quem sabe em retiro espiritual. Nos últimso dias tenho passado por muitos destes peregrinos e tenho visto a dificuldade com que fazem o seu caminho, não tanto pela distância, mais pelas condições em que se encontram as bermas da estrada nacional que liga a vila a S. Bento.
Já alguém reparou na altura do mato nas bermas? Em algumas zonas chega a passar o metro de altura e a entrar pela estrada, dificultando até a circulação automóvel. Onde andam as Estradas de Portugal? Há duas semanas andou por Paredes de Coura uma equipa deste organismo mas em vez de tratarem de limpar as bermas andaram a remendar os pequenos buracos que vão surgindo na estrada. Remendos que, dois dias depois, já tinham desaparecido.
Sei que esta não é uma tarefa da responsabilidade da Câmara, mas penso que seria de todo necessário alertar a entidade responsável para esta situação. É que há áreas onde a sinalização vertical já nem se vê.
Já agora, e aproveitando o interesse cada vez maior que as caminhadas têm despertado no concelho, primeiro com os Barriguinhas e agora com os percursos pedestres dos Celtas do Minho, porque não dinamizar, ainda que com carácter sazonal, os passeios/peregrinações a S. Bento. Não é pedir muito, só direito a bermas limpas, maior vigilância por parte da GNR ao longo do percurso (já tivemos más experiências) e, quem sabe, algum apoio espiritual, e não só, à chegada.

13 junho 2006

Dar a mão à palmatória?


Depois da Assembleia Municipal ter rejeitado, em Fevereiro, a proposta de Paula Caldas, do PSD, para colocar parquímetros nas áreas de estacionamento limitado do centro de Paredes de Coura, eis que a Câmara dá a conhecer, nas páginas de hoje do Jornal de Notícias, que dentro em breve vai avançar com o estacionamento pago à superfície. E, o mais engraçado, é que a justificação é a mesma: a defesa dos interesses dos comerciantes.
Esclareça-se, contudo, que já em Fevereiro, Pereira Júnior disse concordar com as reivindicações dos comerciantes, mas alertou para a falta de dinheiro para comprar as 10 máquinas necessárias para taxar o estacionamento. Agora, o dinheiro parece já ter surgido, o concurso já foi lançado e até já foi aprovada a localização das máquinas que vão emitir os títulos de estacionamento. Ficamos à espera das taxas, ainda por definir, e da mais que certa fiscalização exagerada da GNR que não terá quaisquer problemas em reforçar o patrulhamento no centro da vila em nome do bom estacionamento.
Já agora, não esquecer que o PSD sugeriu também a isenção de pagamento nos parques para quem trabalha na vila e em dias de feira, tudo propostas rejeitadas. Não é que os parques sejam caros, que não são mesmo, mas sempre queria ver se estas propostas vingavam fora da Assembleia Municipal.

12 junho 2006

Todos juntos, todos juntos...

Assim é que as coisas deviam funcionar mais vezes: todos juntos a lutar por um objectivo comum. Vem isto a propósito do eventual encerramento do Tribunal de Paredes de Coura e da notícia que saíu este fim de semana no Jornal de Notícias e que colocava do mesmo lado da barricada o presidente da Câmara e a líder do PSD na Assembleia Municipal.
Maria José Carranca, que falava na qualidade de delegada da Ordem dos Advogados, disse não ter ainda conhecimento oficial de qualquer intenção do Governo de encerrar o Tribunal em Paredes de Coura, mas criticou essa eventualidade, referindo que, mesmo como está actualmente, dependente de Vila Nova de Cerveira, o funcionamento daquele Tribunal provoca muitos atrasos nos processos. Também Pereira Júnior criticou o eventual encerramento daquele serviço, salientando, contudo, que para já ainda não lhe foi comunicada qualquer decisão governamental.
Independentemente do futuro do Tribunal em Paredes de Coura, uma coisa é já certa: conseguiu a proeza de nos mostrar uma oposição e uma Câmara unidos em torno da defesa dos interesses do concelho. Como deveria ser sempre, aliás. Esperamos para ver se a politiquice não interfere noutros aspectos cruciais para o concelho.

08 junho 2006

Descubra as diferenças...

Antes de mais fica o esclarecimento: não tenho nada contra o Festival de Paredes de Coura, conheço os seus organizadores e respeito o trabalho que desenvolvem em prol do concelho. Dito isto, não tenho qualquer problema em comparar os preços do Festival de Paredes de Coura com os do Festival de Vilar de Mouros, que ontem foram dados a conhecer. É que estamos a falar em 70 euros para os quatro dias ou 40 euros apenas para um em Coura, e somente 35 euros para o conjunto dos três dias alguns quilómetros rio abaixo. Ou seja, para três dias em Vilar de Mouros pagamos menos do que para um em Paredes de Coura.
É certo que a organização de Vilar de Mouros resolveu associar o preço ao simbolismo dos 35 anos de história do Festival e também que os 35 euros devem ajudar a convencer mais pessoas a participarem num evento que, nos últimos anos, tem decaído em termos de assistência. É a filosofia que, a meu ver, deveria ser utilizada nos jogos de futebol: bilhetes mais baratos para termos estádios cheios.
E em Paredes de Coura? Não precisamos de encher o recinto, porque todos os anos a organização tem tido a casa praticamente lotada, dentro dos limites aceitáveis para que o festival não se torne desconfortável, mas também não estou a ver os de Vilar de Mouros a perderem dinheiro logo à partida, ao tabelar os preços por baixo. Será que os patrocínios são maiores? Pode ser, mas isso é com a organização e ninguém os pode criticar por quererem tirar maior partido de um evento que há muito deixou de ser amador e enveredou pelo caminho profisional.
Já agora, e já sei que vou ser alvo de críticas por o fazer, não posso deixar de lembrar o protocolo assinado entre a Ritmos e a Câmara Municipal de Paredes de Coura. Não pelo seu valor declarado (100 mil euros, sem IVA), mas por tudo o resto que ele engloba, nomeadamente a prestação de serviços por parte de trabalhadores do município e a ocupação gratuita de espaços públicos. Penso que não custava nada à autarquia divulgar, porque certamente fará essas contas, os custos tidos com este serviço, nomedamente em salários, horas extra e trabalhos feitos por pessoas de fora da Câmara mas que compete à autarquia pagar. Dava, pelo menos, a ideia de que não há nada a esconder.

Mário Cláudio para sempre em Coura


Paredes de Coura vai acolher o espólio do escritor Mário Cláudio. Isso memso anunciou ontem o presidente da Câmara, explicando que se trata de uma "mais valia" para o concelho. O escritor, que já passa grandes temporadas em Ferreira, vai ficar para sempre no concelho, nomedamente na antiga escola primária de Venade, local que elegeu para acolher o seu vasto espólio.
De acordo com Pereira Júnior, o escritor solicitou à Câmara que o processo fosse levado a cabo com alguma urgência, pelo que deverá avançar de imediato, garantiu o autarca. O espólio do escritor, que inclui uma grande quantidade de cartas recebidas e enviadas, deverá agora ser inventariado.
Além disso, é necessário fazer obras na antiga escola primária que será, posteriormente, palco de diversas iniciativas com vista a dinamizar a obra do escritor distinguido com o Prémio Pessoa em 2004 e que aqui deixo retratado pela mão de Vasco.

06 junho 2006

Vamos a banhos?

Aceitável. É este o veredicto dado pelas análises feitas há três semanas à qualidade da água da praia fluvial do Taboão. Este é um assunto que, ano após ano, praticamente na mesma altura, ganha sempre destaque na comunicação social. Este ano ainda nada foi dito, mas o Instituto da Água já divulgou os resultados das primeiras análises.
E, à semelhança do que aconteceu no ano passado, as análises voltaram a dar a água apenas como aceitável. Uma classificação que se fica a dever à presença de coliformes totais e coliformes fecais nas águas do Coura ali pelos lados do Taboão. Fica-se., agora, a aguardar o resultado das análises posteriores, já que o INAG tinha programado a realização de mais testes nas semanas seguintes.
Os suspeitos são os mesmos de sempre: esgotos clandestinos ligados directamente ao rio e despejos ilegais de explorações agro-pecuárias, quer nos campos, quer directamente no rio. Situações que é preciso erradicar de uma vez por todas, intensificando a fiscalização e efectivando essa fiscalização com as respectivas penalizações. A prevenção parece que já está a ser feita, com a expansão da rede de saneamento básico. Resta a consciencialização, difícil, de quem polui.
Há que pensar que estamos em plena época balnear e que a praia fluvial começa a receber bastante gente, especialmente ao fim de semana. Mais ainda aquando do festival. Pessoas que até podem também ser causadores de poluição, mas que, muitas vezes, nem sequer reparam na análise feita às aguas do rio e se atiram de cabeça.

05 junho 2006

Coura à Mostra


É já no próximo fim de semana. A mostra do que se vai fazendo por cá, e por outros lados também, porque se só fossem expositores de Paredes de Coura chegavam metade das barracas. De qualquer das formas a Feira Mostra de Produtos Regionais do Alto Minho tem o condão de servir para dar a conhecer algumas associações do concelho que, durante o resto do ano, estão praticamente esquecidas.
No programa não faltam as concertinas, muitas, nem o bailarico de sábado à noite. Na feira não vão faltar as tasquinhas, praticamente à média de uma por associação, com petiscos e bebida sempre à mão. Ninguém leva a mal, até porque sabe-se que muitas das associações dependem deste tipo de actividades, mais até do que do subsídio da Câmara, para angariar dinheiro para sustentar outros projectos.
Para ver o programa detalhado, é favor carregar no cartaz.

01 junho 2006

Só para Setembro

Inicialmente prevista para este mês, a inauguração do Centro de Educação e Interpretação Ambiental do Corno de Bico foi agora adiada para Setembro. Um atraso que, explicou o presidente da Câmara de Paredes de Coura, se fica a dever a atrasos na conclusão das obras. A nova data foi escolhida de forma a coincidir com o aniversário da criação daquela área.
Recorde-se que se trata de um investimento de um milhão e duzentos mil euros, que a autarquia encara como valor acrescentado para a área protegida e para o concelho. Além do aspecto científico, aquele equipamento inclui ainda instalações onde podem pernoitar grupos de estudantes.