22 dezembro 2011

Só o nosso continua… ao abandono

sanatório 4O antigo sanatório da Gelfa, em Caminha, deverá entrar em funcionamento em Janeiro, com gestão a cargo do Instituto S. João de Deus, de Barcelos, e irá servir de unidade de cuidados continuados para internamentos de longa duração do foro psíquico. Já o antigo sanatório de Mozelos, Paredes de Coura, continua à espera de melhores, gorado que parece estar o projecto de ali instalar um hotel com campo de golfe.

Dizia-me há tempos um amigo que o futuro daquele imóvel, em local nobre do concelho, culminará certamente com a ruína mais que certa do edifício, abandonado há muitos anos e por onde já passaram actividades pouco condignas para aquele espaço. Não foi preciso pensar muito para chegar à conclusão, óbvia, de que ele tem razão. Infelizmente!

20 dezembro 2011

Festival encontra a luz

A vigésima edição do Festival de Paredes de Coura vai ter como patrocinador principal a EDP, assumindo a designação de Festival EDP Paredes de Coura. Depois de, no ano passado, o festival ter encontrado parceria numa empresa angolana, na edição de 2012, que assinala os 20 anos deste evento, foi na eléctrica nacional que a organização encontrou o apoio para levar por diante mais um Festival de Paredes de Coura.

Parecem, assim, ter dado resultado as críticas da organização do festival courense, que ainda na semana passada se queixava do abandono a que este evento era votado por parte dos grandes patrocinadores, por estar afastado dos grandes centros urbanos. E, desconhecendo-se o montante global envolvido neste patrocínio, especula-se se o corte da verba que a Câmara Municipal de Paredes de Coura atribuía a título de apoio logístico, irá ser assim tão sentido como tem vindo a ser falado.

Já agora, não deixa de ser caricato ter a EDP a patrocinar o festival num concelho que, no último ano, tentou reduzir bastante o consumo de energia eléctrica, apagando a iluminação pública durante a madrugada. Ao menos durante a realização do festival bem que a empresa podia oferecer a energia para manter a luz ligada toda a noite!

 

PS: Não fica nada bem a menção exclusiva a uma das empresas organizadoras na notícia… ou será mais uma consequência do afastamento dos centros urbanos?

14 dezembro 2011

Menos 70 mil euros para o Festival

Depois daquilo que o jornal Público considera de “duras” negociações, eis que são conhecidos os valores do apoio que a Câmara Municipal de Paredes de Coura vai atribuir à organização do Festival em 2012. No total estamos a falar de um corte de pouco mais de um quarto do valor que era habitualmente financiado pela autarquia.

Na prática, explica a notícia, a Câmara vai continuar a atribuir à Ritmos o apoio financeiro de 100 mil euros, estabelecido há já vários anos. O corte dá-se na noutra verba, aquela que é praticamente desconhecida e que se prende com o apoio logístico que o município presta aos organizadores do Festival de Paredes de Coura. Uma verba que, adianta o referido jornal, se situava na ordem dos 150 mil euros e que inclui “a montagem dos parques de campismo e todas as infra-estruturas de apoio ao certame musical”. No próximo ano, contudo, o apoio da autarquia nesta área vai ser reduzido em 70 mil euros, a que não deve ser alheia a recente política de corte nas horas extraordinárias para minimizar as despesas com pessoal.

Um corte que, admite João Carvalho, da Ritmos, “vai tornar a realização do Festival muito mais difícil”. Mas, ainda assim, está garantida a sua realização, com data já marcada para o período de 13 a 16 de Agosto, logo a seguir às festas concelhias.

08 dezembro 2011

O orçamento que nos endivida

Cinco milhões. Cinco milhões de euros é quanto deve actualmente a Câmara de Paredes de Coura, sendo que, se o grosso desse valor (cerca de 3,7 milhões de euros) diz respeito a obras, há quase um milhão de euros que correspondem a dívidas relacionadas com fornecimento de serviços externos. Valores altos, muitos altos mesmo, mas que se prevê que aumentem ainda mais no próximo ano, pelo menos pelo que se pode deduzir do orçamento que a autarquia courense apresentou para 2012 e que foi aprovado pela maioria do executivo, com a abstenção do PSD. Na sexta-feira sobe à discussão e votação na Assembleia Municipal.
O orçamento de cerca de 23 milhões de euros, superior ao do corrente ano (20 milhões), revela um aumento considerável nas despesas de capital, muito por causa dos valores inscritos para a continuação da rede de saneamento nas freguesias, traduzindo também uma diminuição do investimento na rede viária rural. Isto, claro, se se confirmarem as comparticipações previstas, pois em orçamentos anteriores também foram apresentados valores que depois acabavam por não se concretizar. Veja-se, por exemplo, o que sucedeu com a alienação da rede de distribuição de água, sucessivamente inscrita nos orçamentos do município sem se traduzir numa receita real. Agora desapareceu, o que motivou a satisfação do PSD que, ainda assim, lamentou o facto de, em relação ao apoio directo ao desenvolvimento, estarmos perante um orçamento inócuo.
Mas, o que o orçamento para o próximo ano revela é que, no final de 2012, a dívida da Câmara de Paredes de Coura vai estar maior, dois milhões de euros maior. Contas simples de fazer demonstram isso mesmo: se a dívida actual é de cinco milhões de euros e se para 2012 o orçamento tem encargos assumidos no valor de 15 milhões, mas a receita garantida é de apenas 13 milhões, logo o saldo é… negativo. E daqui a um ano estaremos a falar de sete milhões de euros de dívidas a fornecedores?

30 novembro 2011

Luzes de Natal: poupar agora, gastar depois (2)

Parece que escrevi antes do tempo, pois acaba de ser divulgada a agenda cultural de Paredes de Coura para Dezembro e lá vem o anúncio da festa de passagem de ano 2011/2012, com dois DJ’s e um grupo de baile. Este ano, sem tenda aquecida, que a festa vai decorrer no Centro Cultural. E espumante e bolo-rei, haverá?

Luzes de Natal: poupar agora, gastar depois

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COURA - Câmara poupa investimento e mantém iluminação de Natal de 2010 com composições feitas e instaladas pela própria autarquia – notícia da Rádio Vale do Minho

Eles já andam pelas ruas, os funcionários da câmara que vão colocar, pelo vistos até ao próximo dia 10, as iluminações de Natal da vila de Paredes de Coura. E, explica a autarquia, este ano vai-se poupar nas ornamentações natalícias, porque se vão aproveitar as mesmas do ano passado. Acho bem, se bem que, se a memória não me falha, as ornamentações já não são de 2010, mas serão anteriores. De qualquer maneira, de louvar esta atitude de não gastar mais dinheiro em novas estruturas decorativas.

Mas, ao mesmo tempo que se anuncia que este ano não vai haver novos investimentos, deixa-se já a porta aberta para mais gastos no próximo ano, com a aquisição de novos elementos decorativos. Ou seja, este ano poupa-se, para o ano gasta-se… o que se poupou este ano.

Bem, se calhar a poupança até vai ser significativa, até porque, este ano, a iluminação natalícia vai funcionar durante menos tempos, por causa do apagão nocturno da iluminação pública. Por falar nisso, falta saber se a poupança da época se vai alastrar também aos habituais festejos de ano novo, ou se a autarquia vai manter a festa nos valores dos últimos anos. Ah, já agora, deve ter outro encanto andar a festejar o primeiro dia de 2012 num concelho praticamente à escuras…

26 novembro 2011

Cortar no que se não tem (2)

Os cortes da Câmara de Paredes de Coura continuam a ser conhecidos a conta-gotas. E depois dos apoios às associações concelhias, é agora a vez de aquele que é o evento com maior visibilidade no concelho (e também o que mais visibilidade dá ao município) sofrer na pele o efeito das medidas de austeridade que ditam o corte forçoso de despesas na autarquia courense. Dito de outra forma para que não fiquem dúvidas: a câmara vai reduzir o apoio que dá todos os anos ao Festival de Paredes de Coura.
A autarquia, diz a notícia da Rádio Vale do Minho, está, nesta altura, a renegociar com a empresa promotora do Festival o apoio que habitualmente dá à empresa promotora. Desconhece-se se essa renegociação se prende apenas com o montante atribuído em dinheiro ou se o corte também se vai alastrar ao apoio que é dado a nível logístico e técnico, apoio esse cuja valor é desconhecido. O certo é que esse processo de renegociação do apoio da autarquia courense está a atrasar a divulgação das datas em que se vai realizar a edição de 2012 do festival, precisamente aquela que assinala o vigésimo aniversario do Festival de Paredes de Coura. De qualquer das formas, tendo em conta que ontem à tarde já foi aprovado o orçamento da Câmara para 2012, tudo já deve estar definido.
De acordo com João Carvalho, da Ritmos, não está em causa a realização do festival, salientando, contudo, que o apoio financeiro da Câmara, apesar de ser uma pequena parte do total de dois milhões que custa aquele evento, faz toda a diferença. Cá por Paredes de Coura, conheço muita gente que vai aplaudir este corte nos apoios do município ao festival. Outros tantos que vão lamentar a atitude da autarquia. Pessoalmente, sempre defendi que os apoios concedidos pela câmara, à Ritmos ou a outras entidades, deviam ser pautados por toda a transparência, o que nem sempre acontece. Creio, contudo, que em tempo de vacas magras, muito magras mesmo, a autarquia deve cortar em áreas menos prioritárias e o festival está, no meu entender, nesse leque, muito mais havendo ainda para cortar. Não poso deixar de concordar, no entanto, com o responsável da Ritmos, quando se queixa da falta de patrocinadores para eventos realizados fora de Lisboa e do Porto, lembrando tempos não muito distantes e pouco desejáveis em que tudo o resto era considerado "província".

24 novembro 2011

Ao menos numa coisa…

CIMG2181Greve geral: Câmaras Municipais de Paredes de Coura e de Viana do Castelo são as que têm maior adesão à greve – notícia da Rádio Geice

 

 

PS: O direito à greve é um direito que assiste a qualquer cidadão português e o seu exercício é uma opção de cada um que aos outros só cabe respeitar.

22 novembro 2011

Uma casa muito grande (2)

 quinta da casa grande - foto jofre alvesMais de três anos depois, a Quinta da Casa Grande, em Paredes de Coura, continua à procura de novo dono. O preço, ao que parece, baixou ligeiramente, mas ainda assim o milhão e meio de euros que pedem para a sua compra continua a ser impeditivo para a Câmara de Paredes de Coura que, recorde-se, declinou a oferta que os herdeiros fizeram em 2006, no sentido de ser o município a adquirir aquele imóvel.

E por falar em Casa Grande, aproveito para relembrar o requerimento que o Partido Comunista Português fez ao Governo, e à Câmara Municipal de Paredes de Coura, sobre a outra “Casa Grande” do concelho, a Casa Grande de Romarigães. Em Setembro, os comunistas lamentavam o estado a que se deixou chegar aquele imóvel, e reclamavam que algo fosse feito no sentido de contrariar essa situação. “Que explicações existem para a situação e estado da Casa Grande de Romarigães?”, questionavam na altura. A resposta, ainda é desconhecida. Ou talvez não…

21 novembro 2011

Está (quase) tudo dito!

P.LIMA - Cavalos garranos fechados pela população no recreio de antiga escola – notícia da Rádio Vale do Minho

Basta ler a notícia porque está ali quase tudo dito. Mais um episódio de garranos que, abandonados pelos legítimos donos nos montes, acabaram por bater à porta das aldeias vizinhas, na procura de alimento, destruindo hortas e terrenos de cultivo. Desta vez, os habitantes da Labruja, Ponte de Lima, resolveram encaminhar os animais para o recinto da antiga escola primária, onde estão fechados, e alimentados, sublinham, até que as autoridades resolvam o que fazer com eles. E basta ler as declarações de Manuel Amorim, presidente da Junta de Freguesia da Labruja, para ficarmos completamente esclarecidos, especialmente quando o autarca diz, sem papas na língua ao contrário do que acontece muitas vezes, que “este não é caso único, nos últimos meses temos visto outras situações do género, de animais que são deixados à sorte, depois de os produtores receberem os subsídios”. Tudo dito!

Ou quase, porque, como refere a mesma notícia, as queixas por danos provocados pelos garranos têm surgido em vários concelhos do distrito, por casos semelhantes ou por envolvimento em acidentes de viação. Mas, e é aqui que reside o quase, não há qualquer registo de situações do género em Paredes de Coura. Isto, não obstante uma vista de olhos pelos dois jornais locais nos últimos meses nos dar conta de vários episódios parecidos com este da Labruja, com os moradores a queixarem-se dos danos provocados pelos animais. Parece que, contudo, fala-se muito mas não se avança nada, pois as queixas andam pelos jornais mas não chegaram a quem de direito… as autoridades.

20 novembro 2011

Círculo vicioso (2)

E depois das câmaras municipais deste país estarem endividadas como nunca, depois dos municípios se queixarem da falta de pagamento por parte do Estado, surgem situações como esta, com a insolvência de uma das maiores empresas de construção civil do distrito. Alguém se admira? Infelizmente não será a única empresa nesta situação, nem a Câmara de Caminha a única a dever milhares de euros de obras já concluídas há mais de dois anos mas ainda por pagar.

19 novembro 2011

Círculo vicioso

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O Governo aperta, cada vez mais, as contas das câmaras municipais deste país. As autarquias ressentem-se e cada vez mais municípios engrossam a lista de câmaras que ultrapassaram (ou estão quase a fazê-lo) os limites de endividamento. As mesmas câmaras que agora se queixam de que, afinal, foi o Governo que as meteu naquela situação, e lembram que o Estado está a dever aos municípios portugueses mais de 102 milhões de euros.

Não há enfermedad que nos aflija!

25092010459O Centro de Saúde de Paredes de Coura, diz a última edição do Notícias de Coura, está prestes a perder mais um médico, no caso o actual responsável daquele equipamento, Dr.. Queirós Monteiro. Nada que nos preocupe, contudo, porque parece que quem manda nestas coisas da saúde já tem tudo previsto. É que, apesar do Centro de Saúde courense ficar reduzido a cinco médicos, de cada vez mais utentes ficarem sem médico de família e de se caminhar a passos cada vez mais largos para o encerramento cada vez mais cedo daquele equipamento, já há alternativa programada: vamos todos às urgências em Espanha!

18 novembro 2011

Não, não é em Paredes de Coura…

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Aldeia no Marvão à venda por sete milhões - notícia do Jornal de Notícias

… mas podia ser!

Brincadeira à parte, notícias como esta só vêm atestar o que já conhecido: o interior do país está cada vez mais deserto. Os números dos últimos Censos não enganam e traduzem uma realidade prevista e conhecida. Falta de investimento por parte do Governo? Falta de meios e capacidade por parte dos municípios e das freguesias? Algumas, só algumas, das causas desta desertificação que tem deixado muitas aldeias às moscas.

Numa altura em que já é muito difícil reverter esta situação, urge evitar que se alastre a zonas que, apresentando um índice de crescimento negativo, ainda poderão ter algum potencial para serem contrariar esse caminho. Daí que veja na reorganização das freguesias que se avizinha no horizonte, uma oportunidade para corrigir erros grosseiros do passado. Sem guerrinhas entre vizinhos, sem disputas fantasiosas pelo poder, só com o interesse das populações na mira. Sonho ou realidade?

Cortar no que se não tem

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COURA - Regulamento para atribuição de subsídios a associações vai mudar em 2012, prevendo-se "cortes" nos valores dados – notícia da Rádio Vale do Minho

Com o aproximar do final do ano começam a ser conhecidos os cortes que a Câmara de Paredes de Coura vai ter de aplicar no próximo ano, em virtude das medidas de austeridade que ditaram o corte de algumas centenas de milhares de euros. E os cortes vêm… de onde já se esperava, dos apoios dados pela autarquia às associações concelhias.

Não se pode dizer que esta medida seja uma completa surpresa, tendo em conta que, como refere a própria vereadora da autarquia courense na notícia, só agora a Câmara de Paredes de Coura está a liquidar os subsídios atribuídos entre 2007 e 2009, ou seja ainda antes da própria vereadora ter sido eleita para o executivo camarário. O que, na prática, significa que muitas associações culturais e recreativas estão a viver com orçamentos cheios no papel, mas com os cofres vazios na realidade.

Concordo com o alerta da Câmara de Coura, que defende que as colectividades têm de procurar novas fontes de receita, o que inclusivamente já defendi aqui, mas não nos podemos esquecer que muita da oferta em termos animação cultural e desportiva oferecida pelo município depende precisamente das associações e clubes locais que, em muitos casos, estão já a trabalhar no vermelho, sem dinheiro que suporte o seu funcionamento, porque o que foi prometido pela autarquia demora a chegar.

 

PS: E convém ficar já atento porque novos cortes se avizinham e alguns deles vão mexer com o bolso dos munícipes.

11 novembro 2011

De bicicleta… pela mão

CIMG2552Há uns anos, em plena Assembleia Municipal de Paredes de Coura, correram queixas sobre a velocidade excessiva a que circulavam as bicicletas na pedonal Rua Conselheiro Miguel Dantas. Na altura, já a rua, recheada de esplanadas, tinha visto proibida a passagem a cavalos, e chegou mesmo a falar-se em estender a proibição às bicicletas. Felizmente tal ideia não avançou, se bem que, agora como na altura, continue a achar que há quem teime em fazer daquela via pedonal uma pista de corridas.

Recentemente encontrei aquilo que poderá ser a solução. Isto, claro, se for cumprido o que estabelece o sinal da foto, encontrado numa vila muito frequentada por turistas, nacionais e estrangeiros que, ao que me disseram, são bastante cumpridores. Já agora, e aproveitando a foto, podem mandar vir o sinal de baixo também que, algumas vezes, faz igualmente falta.

04 novembro 2011

CIN apoio bombeiros courenses

Deu resultado a campanha lançado pela CIN no Verão passado, que prometia atribuir a algumas corporações de bombeiros equipamento para combate a fogos florestais. A campanha, de que foi dado eco aqui, terminou no final de Setembro, tendo sido angariados 200 “fire shelters”, que vão ser distribuídos por 40 corporações. E, adianta o Eduardo Daniel Cerqueira, os Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura também vão receber alguns destes equipamentos. Mais um instrumento de apoio de que irá dispor o novo comandante do corpo activo, que toma posse amanhã, ao início da tarde.

Já estamos no vermelho (2)

Ao que parece um dos problemas dos autarcas ficou resolvido na reunião desta manhã da Associação Nacional de Municípios Portugueses, com o anúncio de que o Governo deixou cair por terra a proposta de alteração do limite de endividamento, que se mantém nos 125%. Se bem que, na minha opinião, o termo “resolvido” não será o mais adequado para este cenário. Pensando bem, “adiado” talvez fosse mais rigoroso. É que, “resolvido” agora, mais ano, menos ano, este é um problema que tornará a vir bater à porta dos municípios.

03 novembro 2011

Já estamos no vermelho!

CIMG2536As notícias das últimas semanas não deixam margem para dúvidas: Paredes de Coura está numa situação preocupante em termos financeiros. Não é caso único, obviamente, mas os problemas dos outros não podem ser desculpa para os nossos e por isso é com as nossas de dores de cabeça que temos que nos preocupar e não com as dos nossos vizinhos.

O primeiro problema surgiu com o anúncio da proposta de Orçamento de Estado para 2012 e a constatação de que, de uma forma geral, os municípios vão ver reduzida a tranche a receber. E se já no ano passado, o presidente da Câmara de Paredes de Coura falava em dificuldades perante o corte nas transferências do Orçamento de Estado, este ano o discurso promete ser mais lamentador. É que a proposta do Governo social-democrata para 2012 corta ainda mais o valor que cabe a Paredes de Coura e, com menos 320 mil euros programados para 2012, Pereira Júnior vai ter fazer ainda mais contas de subtrair. Onde? Os colegas do distrito que já se lamentaram na comunicação social, apontam as despesas básicas (como a a higiene) e a educação como os principais prejudicados. Por cá ainda não se fizeram grandes revelações.

Mas aquele que, a meu ver, é o grande problema do município de Paredes de Coura no próximo ano, tem a ver com a alteração projectada, também no seio da proposta de Orçamento de Estado para 2012, das condições exigidas para os níveis de endividamento por parte das autarquias. Proposta que terá efeitos retroactivos e que, de um momento para o outro, num mero acto administrativo, lança cerca de cem municípios para o rol das autarquias em situação de endividamento excessivo, uma lista onde se inclui Paredes de Coura. Mais uma dor de cabeça para Pereira Júnior, que certamente não contava com este cenário bastante limitador na planificação do próximo ano.

Por último, uma outra situação, esta já bastante conhecida mas que não deixa de causar mossa (nem que seja na auto-estima) sempre que sai nos meios de comunicação social: os prazos de pagamento a fornecedores. Paredes de Coura é, neste momento, o pior pagador do distrito e um dos piores a nível nacional. Ainda esta semana uma infografia do Jornal de Notícias colocava o concelho a vermelho, referindo que o prazo médio de pagamento a fornecedores por parte da autarquia courense é superior a 12 meses. Números que, aliás, podem ser também consultados na própria página internet da Câmara de Paredes de Coura, que não esconde as dívidas com mais de um ano, relacionadas com verbas tão díspares como o fornecimento de equipamento informático ou a preparação de refeições.

É, portanto, um cenário difícil aquele que espera o presidente da Câmara de Paredes de Coura na hora de traçar as principais linhas de orientação do município para o próximo ano. Um plano onde, mais importante do que saber o que fazer, é saber onde cortar!

29 outubro 2011

O que foi não volta a ser

passadeira descolorida

Falta tinta em Paredes de Coura, dizia-me há dias um amigo. Duvidei. Ele explicou e mostrou-me.. e confirmei! Falta realmente tinta em Paredes de Coura. Tinta branca. Na passadeira da foto e em várias outras espalhadas por toda a vila, inclusivamente junto à denominada zona escolar.

Falta tinta em Paredes de Coura… e não há quem a mande vir?

20 outubro 2011

Coura sem TDT… esquece-se da fibra óptica (2)

Depois do post publicado ontem à noite, houve quem me lembrasse que os responsáveis parecem ter-se esquecido da rede de fibra óptica de nove milhões de euros que repousa sob o solo dos cinco concelhos da antiga associação de municípios do Vale do Minho, mas que também eu me teria esquecido de um aspecto muito importante em toda esta problemática em torno do esquecimento de Paredes de Coura no mapa da TDT por via terrestre. É que, não faz qualquer sentido Paredes de Coura ficar numa zona de captação reduzida quando no nosso concelho existe um retransmissor de televisão, instalado no Monte da Pena.

Um retransmissor que, de acordo com os planos da ANACOM, será apagado em Abril do próximo ano, não estando prevista agora, mas já esteve, a sua substituição por um outro retransmissor dedicado à difusão da TDT por via terrestre. Ou seja, de um dia para o outro vamos passar da condição de termos um retransmissor mesmo à porta de casa, para não termos qualquer hipótese de ver os quatro canais que serão distribuídos em sinal aberto. A não ser, claro está, que se opte pela TDT via satélite, solução que não o é, quer por comportar custos mais elevados que os normais descodificadores que podem ser utilizados em qualquer televisão das mais antigas, quer por limitar a dois aparelhos por casa a recepção do novo sinal de televisão, limitação essa imposta pela capacidade do serviço de recepção via satélite.

Resumindo, passamos de vizinhos da televisão num dia, para esquecidos da televisão no outro. Com sorte, tal situação dará no noticiário, mas o mais certo é que não consigamos ver televisão nessa altura. Pior ainda, é que mesmo sem ter direito a receber o sinal da TDT por via terrestre como a maior parte do território nacional, vamos ter de continuar a suportar na conta da electricidade a taxa dedicada ao audiovisual, quer o tenhamos, quer não o possamos ter.

19 outubro 2011

Coura sem TDT… esquece-se da fibra óptica

TESTE 021Há tempos que andava para falar novamente do assunto TDT (televisão digital terrestre), e desde já aqui me penitencio perante alguns amigos que me mandam informação regular sobre o assunto sem que o vejam abordado no Mais pelo Minho. Não tem havido tempo para falar sobre televisão (já para nem falar de ver televisão) e as coisas mais banais e menos complicadas de explicar têm liderado esta corrida de assuntos a abordar. Hoje, contudo, ao folhear os dois jornais locais de Paredes de Coura, vi o tema abordado nos dois espaços, num mais que no outro, é certo, mas com um mesmo objectivo: o de dar conta do isolamento a que, ao que tudo indica, o nosso concelho foi votado no que concerne à TDT, que irá, já a partir de Abril do próximo ano, colocar um ponto final nas emissões de televisão por via analógica.

Como já tinha sido abordado aqui anteriormente, Paredes de Coura é, de acordo com dados da ANACOM, uma das zonas que terá uma cobertura bastante reduzida do sinal da TDT por via terrestre, tendo por isso os utentes que desejarem continuar a receber o sinal de televisão, de investir mais dinheiro para o poderem fazer com recurso à TDT por satélite que, na prática, mais não é do que um serviço reduzido do que é actualmente vendido pelas empresas de televisão por cabo, ficando ao mesmo tempo limitados em relação ao número de aparelhos que poderão beneficiar desse sistema. Numa altura em que o assunto mereceu já a atenção, tardia, da autarquia de Paredes de Coura e até de alguns deputados que alertaram para a situação de Paredes de Coura e de outras zonas do Alto Minho que se encontram no mesmo patamar, desconhece-se, ainda, se, conforme constava no plano inicial, este concelho vai ser abrangido por novos emissores ainda não em funcionamento ou se, pelo contrário, o número de emissores vai ficar como está, deixando de fora uma larga franja do território nacional.

O que parece ter sido esquecido pelos responsáveis, autárquicos e outros, é que o concelho, pelo menos parte dele, está dotado de uma rede que poderia possibilitar um acesso mais fácil a um serviço de televisão. Pelo menos assim o anunciou o presidente da Câmara de Paredes de Coura, há quase três anos e meio, referindo-se ao circuito de fibra óptica que a Minhocom (empresa constituída pelos municípios da antiga Associação do Vale do Minho e por duas empresas privadas) enterrou ao longo de 135 kms nestes cinco concelhos, num projecto de cerca de nove milhões de euros. Trata-se de uma estrutura de telecomunicações que beneficiaria as zonas industriais, as sedes de concelho e alguns outros equipamentos públicos, criando um acesso mais barato a serviços que utilizariam essa linha, como o telefone, a internet e a televisão por cabo.

Não seria, de todo, uma solução para a falta da TDT por via terrestre, já que o acesso a televisão por esta via teria também de ser pago. Mas, eventualmente, e recordando mais uma vez as palavras de Pereira Júnior, poderia apresentar preços mais atractivos. Que é feito dela? Desconheço!

13 outubro 2011

Poder de antecipação

CIMG1841 As autarquias terão obrigatoriamente de reduzir no mínimo em 15% o número de cargos dirigentes nos primeiros seis meses de 2012.

A frase em destaque foi retirada desta notícia da edição de hoje do Jornal de Notícias que nos dá conta das principais medidas de austeridade do Orçamento de Estado para 2012. Já ontem à noite a tinha ouvido num noticiário radiofónico que resumia as notícias do dia. E logo se fez luz, apesar do avançado da hora, sobre as recentes alterações verificadas na estrutura dirigente da Câmara Municipal de Paredes de Coura.

Tudo não passou, afinal, de um elevado poder de antecipação por parte dos responsáveis da câmara courense. É que, preocupados com o facto de as autarquias terem “obrigatoriamente” de reduzir o número de cargos dirigentes no primeiro semestre do próximo ano, terão, eventualmente, chegado à conclusão, óbvia, de que não dispunham de cargos dirigentes suficientes para cortar e, por isso, vá de promover SETE funcionários a chefias intermédias, quase todos mantendo as funções que já desempenham, apenas vendo alterada a sua posição salarial e pouco mais.

Está assim, explicado o porquê desta promoção que muitos consideraram extemporânea e descabida, não pelo valor das pessoas em causa mas pelo momento que atravessamos. Agora, nos primeiros seis meses de 2012, já temos onde ir cortar os tais 15 por cento que o Orçamento de Estado hoje em discussão irá ditar.

12 outubro 2011

Mentira descarada e obscena

O horário afixado na entrada do Centro de Saúde de Paredes de Coura é um enfeite. Apenas e só um enfeite. Uma mentira descarada a todos os que ali se dirigem. De nada vale. Nada significam as indicações ali escritas. E porquê? Porque de nada adianta informar os utentes que o Centro de Saúde funciona, de segunda a sexta, até às 22 horas, quando a partir das 20 horas não há médico disponível e a consulta aberta está fechada.

E o que dizer aos utentes que, ainda antes das 19 horas, ficam desde logo a saber que não serão atendidos, não porque não haja tempo, mas simplesmente porque não há médico a partir das 20 horas? Depois vemos, como ontem, meia dúzia de utentes que são obrigados a deslocar-se a Ponte de Lima e a entupir as urgências, quando o caso que os levou ao centro de saúde era um caso típico de consulta aberta. A tal que, devendo funcionar até às 22 horas, fecha duas horas antes por indisponibilidade dos médicos.

O mais certo é, mais dia menos dia, o centro de saúde fechar definitivamente às 20 horas, nos dias de semana. Contrariando tudo o que prometerem aos utentes aquando do encerramento que, em minha opinião, não mereceu da parte da autarquia o envolvimento devido. O “aguardar para ver” resultou no esquecimento de todas as promessas e no degradar do serviço que é prestado aos utentes de Paredes de Coura. Agora, resta-nos aguardar para ver até que ponto é que as coisas podem piorar ainda mais!

08 outubro 2011

Alguém explica?

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Dimensão? Conteúdos? Localização? Alguém consegue explicar?

Aparentemente já faz parte do projecto das Portas do Corno de Bico, cujas obras decorrem ali ao lado, mas, como já foi noticiado na última edição de O Coura, parece que falhou alguma coisa na concepção desta sinalética, colocada junto ao Centro Cultural e também junto ao Largo Hintze Ribeiro. Não sei se o pior é o tamanho do texto, se a própria dimensão do “mupi”. Dá para ler? Dá, mas é preciso ter boa vista e alguma flexibilidade!

07 outubro 2011

Show off

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COURA - Secretário de Estado do Ensino inaugura segunda-feira jardins-de-infância de Cristelo, Mozelos e Rubiães – notícia da Rádio Vale do Minho

Única e simplesmente… “show off”. Numa altura em que um dos jardins já leva quase um ano de funcionamento e os outros dois ainda lutam diariamente com problemas relacionados com defeitos de construção, de projecto e outras falhas ainda por corrigir, estar a promover uma “inauguração do croquete” só tem um objectivo: mostrar serviço. A fazer lembrar o que se passa lá para os lados da Madeira.

A não ser que o objectivo da Câmara de Paredes de Coura seja o de sensibilizar o secretário de Estado para a necessidade de fazer obras de fundo na Escola do 1º Ciclo, apenas sete anos depois da sua entrada em funcionamento, e  fazer-lhe ver que a câmara não tem os mais de 250 mil euros necessários para corrigir deficiências. Se for por isso, pode ser que o croquete valha a pena… mas tenho as minhas dúvidas!

06 outubro 2011

Uns desculpam-se, outros esquecem-se

A atribuição de subsídios aos clubes e colectividades de cada concelho nunca foi um tema consensual, seja em que município for. Entre críticas de que a distribuição poderia ter sido feita de outra maneira ou queixas de que não se apoiam as actividades que se deveriam apoiar, vários são os motivos que, não raras vezes, geram polémica aquando da atribuição dos apoios financeiros por parte da autarquia.

Em tempo de crise económica, essa atribuição é ainda mais apertada e todos os motivos parecem ser bons para cortar nos apoios. Não será, porventura, o caso, mas a Câmara de Caminha tem agora uma boa razão para não apoiar o clube de andebol local, argumentando que, por imposição do Tribunal de Contas, não pode subsidiar colectividades que tenham dívidas. Tudo bem, poderemos dizer, não fosse dar-se o caso de, muitas das vezes (e não sei se é esse o caso nesta situação de Caminha), o mau momento financeiro das associações e clubes concelhios se ficar a dever, em grande parte, à falta de pagamento dos subsídios acordados pelas câmaras municipais.

Muitas vezes as câmaras “esquecem-se” de entregar os subsídios, outras simplesmente cortam-nos pela base. E aqui entramos na difícil tarefa de saber se é legítimo uma colectividade estar dependente do apoio financeiro da autarquia para fazer o que quer que seja. Pessoalmente defendo que o apoio camarário poderá ser um suplemento, mas que terão de existir outras fontes de receita para suprir as necessidades das associações, clubes e grupos recreativos. Aliás, vou ainda mais longe e, em concelhos de reduzida dimensão populacional como Paredes de Coura, por exemplo, defendo que qualquer apoio, financeiro ou logístico, teria de ter em conta não apenas a exigível necessidade e interesse da coisa, mas também a expectável certeza de que não se está a apoiar em duplicado, por duas associações, dois clubes, estarem envolvidos numa mesma actividade sem que daí advenham dois proveitos diferentes.

E ao escrever a última frase não posso deixar de me lembrar da eterna rivalidade que une dois clubes do concelho, Courense e Castanheira, e de como estes poderiam tirar maior proveito da sua actividade, e do apoio camarário, se em vez de dois fossem apenas um. Não seria mais fácil dotar um único clube de melhores condições, do que estar a repartir apoios por duas bocas sem alimentar nenhuma em condições? Veja-se, a título de exemplo, o que fez a Câmara de Viana do Castelo com o novo centro de desportos náuticos, que colocou à disposição dos clubes do concelho… desde que estes se unissem sob única camisola.

28 setembro 2011

Tinha de ser mesmo ali?

iphone28092011Não tenho nada contra as festas em honra de Nossa Senhora do Rosário, que este fim de semana decorrem em Lamamá, Paredes de Coura. Ou contra a organização. Mas é óbvio que, como a foto demonstra, o local escolhido para colocar o primeiro arco da festa não foi o melhor.

A zona, mesmo em frente à entrada principal da EB 2.3/S de Paredes de Coura, já é conhecida pela confusão de trânsito que se gera aquando da entrada e saída dos alunos, especialmente se tivermos o azar de nos cruzar com algum autocarro, e ainda por cima resolvem estreitar a única via de acesso à escola? Não faz sentido. Ainda para mais quando o arco ou qualquer coisa semelhante poderia ter sido colocado mais atrás ou mais à frente na mesma rua, minimizando os implicações no trânsito e no estacionamento.

Poderão dizer, e bem, que o problema daquela zona e daquele acesso não é de agora e que já muito se falou mas ainda não se conseguiu encontrar uma solução. É verdade e, pelo que consta, só uma intervenção de fundo nas instalações da escola, com a redistribuição de espaços e a mudança de localização da entrada principal é que poderá solucionar este problema. Mas, enquanto isso não acontece, e pelo corte de verbas e projectos a que assistimos todos os dias não acontecerá nos próximos anos, há que, pelo menos, tentar não complicar ainda mais a vida a quem ali tem de passar. Já basta o estacionamento desordenado, não é preciso mais um arco de festa para atrapalhar!

25 setembro 2011

Contrastes

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O mundo é cheio de contrastes. Nada de novo portanto. Dos cheiros e das cores às pessoas e às políticas, para cada sim há sempre um não. E, não raras vezes, convivem um lado do outro, partilhando uma mesma realidade. É um caso desses que partilho hoje com os leitores do Mais pelo Minho.

À minha caixa de email têm chegado, nas últimas semanas, mensagens de algumas pessoas amigas, que quando lidas em separado mostram duas realidades diferentes, uma boa, a outra nem por isso. Por um lado dão-me conta da vitalidade que o sector da construção civil parece estar a atravessar no distrito, tal é o volume de obras públicas que têm sido colocadas em execução nos últimos tempos. O nosso concelho, aliás, é um exemplo disso e basta uma leitura atravessada dos jornais das últimas semanas para contabilizarmos meia dúzia de obras que ou se encontram já em execução ou cujo início a breve prazo foi anunciado.

Mas, e lá está a tal coisa dos contrastes universais, ao mesmo tempo que recebo estas notícias, chegam-me outras às mãos a dar conta de uma realidade totalmente diferente e, ainda assim, intrinsecamente ligada a esta: o facto de, ao mesmo tempo que as autarquias multiplicam as adjudicações de obras públicas, existirem empresas de construção civil à beira da falência e outras ainda um passo mais à frente, já falidas, tudo porque o Estado e, em grande número, também as autarquias, lhes devem milhares (milhões?) de euros de obras já realizadas ou em execução mas que tiveram de abandonar por falta de pagamento.

Curioso é observar, também, que autarquias que devem milhares a empresas de construção civil, exigem dessas mesmas empresas, noutros concursos públicos, cauções de vários milhares como garantia pela obra a realizar. Mesmo sabendo que, do lado de lá, nas contas por saldar dessas autarquias (e escrevo autarquias porque não se trata apenas de câmaras mas igualmente de juntas de freguesia) o saldo positivo a favor do empreiteiro é largamente superior ao do custo total da obra a que este concorre. Nada que me surpreenda, contudo. Depois de observar casos de obras públicas em que, a meio dos trabalhos deixa de se cumprir o caderno de encargos aprovado para concurso porque o dinheiro não chega, até pedidos de pagamento urgente de taxas e licenças de algumas centenas de euros, quando a empresa está credora de milhares na mesma câmara municipal.

Chamei-lhes contrastes? Deveria ter dito antes contradições!

16 setembro 2011

Ele anda aí! E pode voltar?

Sessão solene CMPC 2010 023Deixou de fazer parte do elenco camarário de Paredes de Coura, por força do seu afastamento antes das eleições autárquicas de Outubro de 2009, mas António Esteves, o “professor Esteves”, tem a vida autárquica impregnada na vida, mercê dos longos anos que passou como vereador na autarquia courense e por isso é sem qualquer ponta de estranheza que o vemos, religiosamente, a assistir a qualquer acto público do concelho e, inevitavelmente, às sessões da Assembleia Municipal. Nestas últimas não se limita a assistir e, fazendo uso do direito cívico que lhe assiste, é assíduo a intervir utilizando o período reservado às interpelações por parte do público.

Ainda na última Assembleia Municipal ele lá esteve, a assistir calmamente à discussão de temas como o abandono de animais, as taxas de saneamento ou os impostos municipais, e no final, saca dos seus apontamentos e vá de mostrar que, apesar de não estar na Câmara continua a estar atento ao que se vai passando no concelho. Falou dos animais abandonados, também, mas não apenas dos cães e gatos, lembrando os que invadem os campos alheios e os que morrem de fome nos montes e que “quando criam prejuízo não têm dono, mas para os subsídios têm sempre dono”. “Têm de tomar uma posição sobre isso também”, exortou António Esteves, que abordou ainda questões como o apagão da iluminação pública e a fraca cobertura da Televisão Digital Terrestre em Paredes de Coura. “Não vi ainda qualquer posição desta Assembleia sobre este assunto”, conclui o “professor Esteves”.

Posições que levam já algumas pessoas, algumas delas bem próximas do antigo vereador, a dizer que no ar pode estar um eventual regresso à vida autárquica nas eleições de 2013… como candidato à presidência da Câmara. Surpresa? Em parte, tendo em conta o afastamento da estrutura socialista courense e do executivo em 2009. Ou se calhar nem por isso, tendo em conta precisamente as circunstâncias em que supostamente terá acontecido esse afastamento que, dizem algumas vozes, lhe terá sido imposto. De qualquer das formas, a concretizar-se (e estamos ainda muito longe de Outubro de 2013) não deixará de ser uma situação que promete causar mossa no seio dos socialistas de Paredes de Coura. A ver quem sobressai dos escombros!

14 setembro 2011

Uma casa às avessas

CIMG0852A prestação do PSD na Assembleia Municipal de Paredes de Coura faz, por vezes, lembrar aquele velho ditado popular português: casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. Não obstante o bom desempenho que Décio Guerreiro tem tido à frente da bancada social-democrata, há sempre um ou outro episódio que acaba por sobrepor-se a qualquer outra intervenção e que, no final da sessão, acaba certamente por deixar marca.

A última reunião foi exemplo disso mesmo. O protagonista: o antigo líder da concelhia courense e ex-vereador, João Cunha que, desta feita, resolveu criticar, em plena assembleia, a prestação de um dos vereadores do PSD na Câmara de Paredes de Coura. Discutiam-se, na altura, as taxas a aplicar em 2012 nos impostos municipais, nomeadamente na derrama, e, ao ouvir o presidente da Câmara justificar que, apesar de insignificante, a verba arrecadada com este imposto dava jeito aos cofres municipais, João Cunha prontamente respondeu que o autarca estava preocupado com a receita quando se devia preocupar também com a despesa, questionando o presidente da Câmara relativamente aos encargos e receitas dos parques de estacionamento, aos custos da festa de passagem de ano e aos critérios de atribuição de subsídios.

E foi precisamente na questão dos subsídios que João Cunha não hesitou em apontar o dedo a José Augusto Caldas, vereador do seu partido na autarquia, considerando que “os subsídios são injustos e vergonhosos”, mas que “muita culpa tem o vereador do PSD que votou a favor da sua atribuição”. Acusação que o vereador social-democrata não quis deixar sem resposta, tendo solicitado à mesa autorização para explicar a João Cunha o porquê da sua posição nas votações, que justificou com as várias iniciativas de apoio à produção de produtos locais que constavam do programa do PSD nas últimas autárquicas.

“Voto na esperança de que alguma coisa nasça daí e enquanto aqui estiver continuarei sempre a votar a favor”, acrescentou José Augusto Caldas que aproveitou a ocasião para tecer algumas críticas ao executivo socialista, ao referir, nomeadamente, que “a Câmara faz tudo cá para dentro, para entreter cá dentro. Tirando o Festival nada traz as pessoas para aqui”. Por isso deixou o apelo para que se façam coisas que permitam chamar “os de lá de fora cá para dentro”. Críticas e explicações que não obtiveram resposta. Nem do autarca socialista, nem do seu colega de partido.

 

PS: Já agora, e relativamente a uma das questões levantadas por João Cunha, sobre os encargos e receitas dos parques, de registar a conclusão da resposta de António Pereira Júnior: “Os parques estão a dar prejuízo. Naturalmente!”

07 setembro 2011

Ausente à chamada

 

Um dos nomes apontados como eventual sucessor de António Pereira Júnior à frente da Câmara de Paredes de Coura, acaba de anunciar que está fora da corrida eleitoral de 2013. Rosalina Martins, ex-deputada da nação e ainda deputada municipal cá pelo burgo, não deixa margem para dúvidas e afirma: “não me candidatarei à sucessão de Pereira Júnior”. Menos um na lista!

05 setembro 2011

A ver a banda passar

Aparentemente o substituto de António Pereira Júnior já está escolhido. Pelo menos, e a ver pelo cenário de ontem de manhã, no que respeita a receber as bandas de música à porta dos Paços de Concelho, ao domingo de manhã. Ou será que depois de tamanho sacrifício poder-se-à dar o caso do actual número dois do executivo ficar… a ver a banda passar?

25 agosto 2011

Mas era bom se fosse verdadeira?

Autárquicas 2013: PSD garante que "é falsa" a notícia que aponta Daniel Campelo como candidato – notícia da Rádio Vale do Minho

Primeiro falou-se em eventuais coligações entre CDS-PP e PSD para as próximas autárquicas. Agora já se apontam nomes. Notícia falsa, dizem os responsáveis social-democratas. Mas… se fosse verdadeira, haveria algum problema?

18 agosto 2011

Gordurinhas

CIMG0736Interessante esta infografia do Jornal de Negócios que nos dá conta do peso que cada câmara municipal representa em função da população de que é responsável. E se há municípios em que o número de funcionários por cada mil habitantes é bastante elevado, outros há em que esse valor está muito abaixo da média nacional, de 19,5 funcionários por cada mil habitantes. Veja-se, por exemplo, o caso de Esposende, aqui bem perto, em que apenas existem 4,8 funcionários por cada mil habitantes.

Também no Alto Minho há situações díspares. Paredes de Coura, por exemplo, está ligeiramente abaixo da média, com 18,5 funcionários, mas há quem consiga melhores valores, casos de Ponte de Lima, Arcos de Valdevez e, campeã no distrito, Viana do Castelo. Mas há também quem, como Melgaço, apresente uma média de 34,5 funcionários por mil habitantes, muito superior à media nacional e às restantes câmaras do Alto Minho.

Olhando para os números do país, não deixa de ser curioso verificar que é nos concelhos do interior que se apresentam os valores mais elevados, ou seja é no interior que estão os municípios onde o número de funcionários é maior relativamente ao total da população do concelho. Uma realidade que só vem ilustrar a dificuldade de atrair investimento privado para essas zonas, o que leva a que, em muitos casos, a câmara municipal seja o maior empregador desses municípios, com todas as desvantagens que isso pode acarretar.

Resta dizer que na contabilidade do Jornal de Negócios não é claro se foram ali incluídos os funcionários das muitas empresas municipais que se multiplicaram nos últimos anos. É que, muitas vezes, a câmara até pode ter poucos funcionários… mas muitas empresas por onde os repartiu.

12 agosto 2011

Festival solidário

festival iphoneNo ano passado correu bem, por isso este ano repete-se a dose. E o Festival de Paredes de Coura volta a ter um cunho solidário. Desta feita para algumas causas e entidades ligadas ao concelho, na área da saúde, educação e formação e defesa dos animais, que vão beneficiar dos donativos daqueles que, mesmo portadores de um convite para assistir ao Festival, têm de deixar um donativo à entrada.

 

PS: A aposta na componente tecnológica, sempre com o apoio do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, continua a marcar presença no Festival. Depois do bluetooth e do acesso wi-fi no recinto, este ano o Festival promete andar na mão de cada um, com a aplicação desenvolvida para smartphone (ver imagem)

Festival e turismo de mãos dadas

CIMG2172Finalmente! É palavra que, na minha opinião, melhor se adapta à mais recente iniciativa da Câmara Municipal de Paredes de Coura que, finalmente, lá está, resolveu aproveitar o fluxo de visitantes que vem ao nosso concelho para participar no Festival de Paredes de Coura e dar-lhes a conhecer um bocadinho mais sobre o município que não apenas a praia fluvial do Taboão e uma ou outra subida à vila.

A ideia, inclusivamente, já vinha a ser defendida há algum tempo pelos próprios organizadores do Festival e, este ano a autarquia entendeu estarem reunidas as condições para levar a cabo um programa, simples, de promoção de algumas das potencialidades turísticas de Paredes de Coura, nomeadamente a nível cultural, ambiental e arquitectónico.

“Vem ao Festival e conhece Paredes de Coura” é o nome da iniciativa que, nos dias 17, 18 e 19, oferece aos “festivaleiros” um cheirinho do que podem encontrar em Paredes de Coura depois, ao longo de todo o ano. Um programa que serve, todas as manhãs, no Museu Regional, o típico “café na picha”, como que para retemperar forças aos visitantes após uma noite de diversão. Depois, ao longo dos três dias e por apenas um euro por visita, estão programadas incursões a espaços como a eira comunitária das Porreiras, o CEIA e a área de paisagem protegida do Corno de Bico, a Cividade de Cossourado ou o Museu Regional de Paredes de Coura.

Um primeiro passo no sentido de cativar estes visitantes sazonais para outras ocasiões? Sem dúvida. E já agora, permitam-me a sugestão, porque não aproveitar e levar também nestas visitas a comunicação social que assenta arraiais em Paredes de Coura por estas alturas? É que, nestas coisas, toda a promoção é bem vinda.

Culpado antecipado (2)

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Comércio de Viana regista quebras de 30 por cento, associação culpa portagens - notícia do Publico

11 agosto 2011

Dá gosto ver…

CIMG2184 (2)…a praia fluvial do Taboão com bastante movimento, num dia de calor como o de ontem! Ah, e já com o Abrigo do Taboão a funcionar e a servir de porto de abrigo nas alturas mais quentes e que pediam acção refrescante imediata.

05 agosto 2011

Votar para ajudar os bombeiros

A iniciativa é da CIN e visa atribuir “Fire Shelters”, equipamento para apoiar os bombeiros nos fogos florestais, a várias corporações do país. Se todos votarem, pode ser que alguns calhem aos voluntários de Paredes de Coura.

Para votar, basta aceder ao site da Woodtec Cin e seleccionar a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura. Recebe depois um email com um link para confirmar o voto. Vamos ajudar?

03 agosto 2011

Dizem os comerciantes locais…

…que ainda não cheira a Agosto!

Imagens que se repetem… mas não deviam

Contentores de lixo cheios, a abarrotar, durante toda uma semana, à espera de uma única passagem semanal do camião de recolha. Todos os anos no Verão é isto que acontece. Falta de organização? Falta de meios? O certo é que este é um cenário que não dá uma boa imagem do concelho a quem por aqui passa nesta altura. A resolver, certamente.

 

PS: A foto é do ano passado, mas a imagem, infelizmente, é muito actual.

02 agosto 2011

Ninguém lhe pega!

De concurso em concurso, não há quem queira deitar a mão ao restaurante da praia fluvial do Taboão. De tal maneira que a autarquia courense já equaciona transformar aquele espaço numa filial doutro qualquer restaurante courense. Para já, com Agosto já entrado, lançou um concurso urgente para ver se ainda há alguém que queira dinamizar aquele espaço neste Verão. Será da crise?

01 agosto 2011

Para escolher ou ser escolhido?

décio guerreiro e eduardo teixeiraEduardo Teixeira foi reconduzido na passada sexta como presidente da distrital de Viana do Castelo do PSD. Com uma equipa onde são visíveis algumas (poucas) renovações, mas onde o essencial do mandato anterior se manteve. O que é o mesmo que dizer que, no que respeita a Paredes de Coura, a representação na estrutura social-democrata continua a ser assegurada, apenas, por Maria José Carranca, vogal do Conselho de Jurisdição Distrital.

Deste modo, no que respeita à política local, podemos dizer que não há novidades, pois o concelho continua sem grande presença na cúpula da distrital laranja. Sinal da pouca influência das estruturas locais no seio da distrital ou justificação da velha máxima “em equipa que ganha não se mexe” e daí a manutenção da quase totalidade dos elementos da direcção anterior?

De qualquer das formas, o acto eleitoral de sexta-feira passada trouxe com ele, no âmbito mais global da candidatura de Eduardo Teixeira, a composição do Gabinete de Coordenação Autárquica que, teoricamente, deverá estar incumbido também da formação das listas de candidatos às eleições autárquicas de 2013. E, curiosamente, para representar as cores de Paredes de Coura o escolhido foi… Décio Guerreiro. “Dinossauro” autárquico do concelho, onde já foi candidato à presidência da Câmara por diversas vezes, vereador e, actualmente, deputado municipal, Décio Guerreiro é também visto, por muitas vozes, dentro e fora do PSD local, como um dos rostos indicados para roubar a autarquia courense ao PS em 2013. Tendo em conta este cargo na coordenação autárquica distrital, é caso para perguntar se será ele o escolhido ou quem vai escolher!

Um “milagre” com 18 anos

Feito pela turma do curso EFA de Técnicas de Informação e Animação Turísticas da EPRAMI, fica aqui um documentário sobre o Festival de Paredes de Coura. Com opiniões e comentários de organizadores, frequentadores, empresários e courenses em geral e do próprio presidente da Câmara de Paredes de Coura. Tendo em conta as reacções habituais aqui pelo Mais pelo Minho, é caso para dizer que só faltou mesmo a opinião dos críticos.

30 julho 2011

Este ano a caravana…

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…não passa por aqui.

Mas a Volta a Portugal sai para a estrada já na próxima quinta-feira. A etapa mais próxima do Alto Minho é a terceira, no próximo dia 7, com início em Viana do Castelo e fim mítico na Senhora da Graça, um dos pontos altos da prova. A não perder!

28 julho 2011

A cadeira ao lado

tomada de posse 01A preparação para as eleições autárquicas de 2013 começou… logo após as eleições autárquicas de 2009. Ou, em vários casos (leia-se municípios e freguesias) ainda antes do acto eleitoral de 2009, com o terreno a ser preparado para a substituição dos muitos autarcas que estão, por imposição legal, no seu último mandato. E se, muitas vezes, o trabalho antecipado evita dissabores futuros, noutros casos o rumo que as coisas tomaram com o acto eleitoral, fugiu ao controlo dos que tinham planos para avançar em 2013 mas que foram afastados pelos bons resultados que outros, literalmente “empurrados para o sacrifício”, conseguiram nas eleições de Outubro de 2009.

A meio do caminho entre eleições o movimento partidário começa a ser ainda mais visível. Pelo Alto Minho, por exemplo, PSD e CDS já começaram a delinear (ainda que ao de leve) estratégias que, inclusivamente, podem passar pela junção de esforços na tentativa de conquistar algumas câmaras aos socialistas. Mas assistimos a preparativos para as eleições autárquicas de 2013 noutros pontos do país. O último caso a ser conhecido foi o de Oeiras, autarquia que Isaltino Morais conquistou nos últimos mandatos e que em 2009 conseguiu liderar com o apoio de um movimento que deu suporte à sua candidatura independente. Confrontado com o limite de mandatos que a lei determina, o IOMAF (assim se chama o movimento) já anunciou o sucessor de Isaltino como beneficiário do seu apoio. E, mais além, anunciou a disponibilidade do actual presidente da Câmara para continuar ligado à autarquia… como presidente da Assembleia Municipal de Oeiras.

A troca de cadeiras anunciada fez-me pensar como seria se, por cá, se enveredasse pelo mesmo caminho. Ou seja, como seria se António Pereira Júnior saísse da presidência da Câmara para a presidência da Assembleia? Como seria um presidente da Assembleia a moderar discussões (e críticas) sobre muito do que tinha sido feito por ele enquanto presidente da Câmara? E, tendo em conta que em Paredes de Coura, normalmente, o PSD consegue melhores resultados na votação para a Assembleia do que para a Câmara, será que isso significaria uma inversão dessa tendência? E, se Pereira Júnior avançasse por esse caminho, será que isso significava que o seu sucessor na Câmara de Paredes de Coura seria o seu antecessor na Assembleia? Tantos “ses” a mais de dois anos das eleições… Mas o tempo corre!

22 julho 2011

Serviço público (4)

ceia2O CEIA – Centro de Educação e Interpretação Ambiental do Corno de Bico comemorou quatro anos de existência no início do mês, mas é ainda um ilustre desconhecido para muita gente. Por isso, há que aproveitar as vantagens da internet e ficar a conhecer um bocadinho melhor o que de melhor por cá temos! É só clicar neste link e entrar numa viagem pelo património natural e cultural da Paisagem Protegida do Corno de Bico.

21 julho 2011

Em tempo de crise… corta-se na festa!

festas do concelho 2011E corta-se bem, poder-se-à acrescentar. A edição de 2011 das Festas do Concelho de Paredes de Coura vai sofrer um corte de mais de 20 por cento no orçamento, que baixa para os 70 mil euros. Muito dinheiro ainda assim, dirão alguns. Mesmo assim, menos que os 90 mil euros da edição de 2010.

Os cortes traduzem-se, na prática, em menos dias de festa, que este ano vai apenas de 12 a 14 de Agosto, um fim de semana de sexta a domingo, deixando de parte o dia 10 de Agosto, feriado municipal, com programa próprio e, presume-se, orçamento próprio também. Ou seja, pensando bem, se calhar a redução não será tão grande assim, pois se em 2010 tivemos cinco dias de Festas do Concelho, este ano serão três… mais o feriado municipal.

De qualquer forma é de louvar o corte, numa altura em que a palavra de ordem é poupar. E, mesmo em tempo de poupanças, não irão faltar grupos de bombos e “zés pereiras”, bandas de música, conjuntos musicais e os habituais festivais, nacional e internacional, de folclore. O programa completo das festas (sem o feriado municipal), está disponível neste link.

Ah, e apesar dos cortes no orçamento, não vai faltar também fogo de artifício!

Culpado antecipado

NORTE - Perda de turistas galegos no Aeroporto Sá Carneiro é culpa das portagens na A28 - Porto e Norte de Portugal – notícia da Rádio Vale do Minho

Infelizmente, o culpado estava encontrado há muito, logo quando se decidiram pela colocação de portagens na A28. E o que é pior é que não é só o aeroporto que fica a perder. Tudo o que é atravessado por esta via, como acontece com as outras que foram portajadas, se ressente do mesmo. Lamentavelmente, este cenário era previsível!

19 julho 2011

E rio acima, haverá?


Uma empresa canadiana descobriu vestígios de ouro nos montes de Covas, Vila Nova de Cerveira. A prospecção, contudo, é uma hipótese remota e, a acontecer, poderá demorar ainda décadas a termos exploração de ouro na Serra d’Arga. Mas ao ver a notícia não pude deixar de sorrir ao ouvir as histórias dos mais antigos que contavam encontrar pepitas de ouro nas águas do Coura. Ai se fosse hoje, certamente que haveria um filtro algures ali em S. Martinho de Coura, para que nenhum resíduo saísse do concelho onde nasce o rio, tão apertadinhas que andam as contas do município.

Dezanove anos depois…

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e ainda há quem não atine com o nome do rio!

13 julho 2011

É pena não dar com garranos…

Cavalos substituem tractores na limpeza da serra de Sintra – artigo do Jornal de Notícias

A empresa responsável pela manutenção dos parques da Serra de Sintra está a utilizar cavalos (da raça Ardennais) para trabalhos de limpeza nos montes, especialmente em zonas onde os tractores não conseguem chegar. Ao ler a notícia só lamentei que não dê para fazer o mesmo com recurso a garranos, animais de porte consideravelmente mais reduzido que estes cavalos belgas de Sintra. É que, com tantos animais desta raça à solta aqui pelos montes, era uma boa maneira de os aproveitar e, eventualmente, dar-lhes mais rendimento do que o que resulta do simples pastoreio selvagem. E, com sorte, até devem existir subsídios para isso!

12 julho 2011

Ao caminho

Num mesmo dia duas notícias sobre o mesmo assunto, mas em sentido contrário. Primeiro as boas. As que nos dão contam do crescente movimento de peregrinos que tem sido registado no Albergue de Peregrinos de Rubiães. Nos primeiros seis meses deste ano, passaram pelo abrigo de Rubiães mais de dois mil peregrinos, número que faz antever que sejam alcançados (ou até ultrapassados) os 4500 registos do ano passado que, recorde-se, foi Ano Jacobeu.

Tendo em conta a localização geográfica do albergue courense e a proximidade com Ponte de Lima e Valença, pode até dizer-se que os números de 2011 são bastante bons, pois muitos dos peregrinos que pernoitam em Ponte de Lima optam por fazer todo o caminho seguido até Valença, argumentando, por exemplo, com o maior afastamento dos centros urbanos de que sofre Rubiães. Curiosamente, os números do Albergue de Ponte de Lima não andam muito longe dos de Rubiães, tendo registado, de Janeiro a Junho, um total de 2450 peregrinos a pernoitar naquelas instalações.

Mas, ao mesmo tempo que surgem boas notícias, surgem também sinais de alerta, vindos da Galiza e que dão conta da falta de cuidado na manutenção do Caminho de Santiago, em muitas zonas já dominado pela vegetação envolvente. Por cá, depois de há alguns anos se ter apostado na requalificação dos caminhos, criando melhores condições de circulação para os peregrinos e ao mesmo tempo facilitando até a sua utilização por parte dos agricultores no acesso aos terrenos sobranceiros ao Caminho, há que zelar agora pela sua manutenção para evitar que aconteça o que já hoje se verifica em Lugo.

De quem é a responsabilidade por manter transitáveis estes acessos? Das juntas de freguesia? Do próprio município? Desconheço. Só sei que, depois do investimento e do trabalho feito, seria um desperdício deixar o mato invadir o Caminho de Santiago no troço que atravessa o município, já para não falar no total desrespeito para com os muitos peregrinos que o percorrem diariamente.