28 fevereiro 2009

Temos candidato! Ou talvez não..

Lendo nas entrelinhas, é possível vislumbrar na carta de princípios que os cinco presidentes socialistas do Alto Minho enviaram a José Sócrates, a recandidatura de todos os signatários. Ou seja, também Pereira Júnior parece confirmar a ida a nova corrida eleitoral.
O ultimato dos autarcas, que dizem não concorrer às eleições de Outubro se o PS apoiar Defensor Moura para Viana do Castelo, surge precisamente na semana em que se realiza o congresso do Partido Socialista, de onde é provável que saia uma solução de entendimento entre distrital e concelhia do partido. A primeira não quer Defensor Moura, a segunda já o indicou, oficialmente, como candidato à câmara da capital de distrito.
Por outras palavras, quase se pode dizer que está nas mãos de José Sócrates decidir se Pereira Júnior é candidato ou nao à Câmara de Paredes de Coura. Alguém tem dúvidas do caminho que vai ser seguido?

A ponte é uma miragem? (2)

aqui tínhamos abordado o assunto. Hoje voltamos a ele depois de ver a reportagem exibida no programa Nós por cá, na SIC. Os presidentes das juntas de freguesia de Linhares e Rubiães encontram-se a meio do caminho na nova Ponte das Poldras. Sem acessos, sem garantias, só com a certeza de que, assim, aquilo não serve para nada. Para ver, clicar aqui.

Morna, morninha...

Sem agitação, sem polémicas de maior, assim foi a Assembleia Municipal da semana passada. Realizada na Junta de Freguesia de Ferreira, esta foi a quinta sessão que teve lugar fora dos Paços do Concelho, numa iniciativa que procurou levar os governantes ao encontro dos governados. Infelizmente, o resultado não tem sido dos melhores, e na sessão da passada sexta-feira o público resumia-se a, apenas, cinco pessoas.
Uma assistência reduzida que teve a oportunidade de testemunhar o regresso de Maria José Fontelo ao “circo” das lides políticas, depois de ter estado afastada do “palco” durante uns meses. Nem isso, contudo, trouxe alguma agitação ao encontro. Aliás, de início, a deputada social-democrata ainda criou alguma confusão, ao lembrar, em parceria com Venâncio Fernandes, que a acta da reunião de Dezembro estava incompleta. Tudo porque não era feita qualquer referência ao episódio que “embaraçou” a socialista Rosalina Martins.
Na altura, recorde-se, foi decidido juntar à ordem de trabalhos um ponto novo, a eleição dos dois representantes da AM na comissão municipal de protecção civil, e o PSD sugeriu dois nomes socialistas, o que levou à indignação da deputada do PS, que acusou os social-democratas de não fazerem o seu trabalho de casa, ao contrário da bancada socialista. Uma frase que gerou na oposição a suspeita de que a mesa da AM já teria informado o Partido Socialista sobre aquele ponto extra da ordem de trabalhos e que levou, inclusivamente, a que aquela eleição fosse retirada da ordem de trabalhos.
Agora, a suspeita voltou a ser referida nesta sessão, com o PSD a exigir que esse episódio fosse incluído na acta. E voltou, também, à ordem de trabalhos a eleição dos representantes da AM na referida comissão municipal de protecção civil. O PSD pediu a interrupção dos trabalhos para tentar encontrar uma solução de consenso com o PS mas, regressados do intervalo, apenas os socialistas traziam uma proposta: Ivan Morais e Joaquim Felgueiras Lopes, aprovados com os votos da maioria. O PSD, explicou depois Maria José Fontelo, votou em branco e criticou fortemente os socialistas, que acusou de nem sequer quererem discutir outros nomes dentro do seu partido, nomeadamente Maximiano Costa e Eugénio Pereira, as propostas dos social-democratas. “Fizeram uma triste figura”, atirou a líder do PSD. A resposta veio de Rosalina Martins, suave, e de Joaquim Felgueiras Lopes, mais certeiro, a explicar que os dois nomes que o PSD defendia tinham sido convidados dentro do grupo socialista… e tinham recusado. Para a história fica mais uma comissão onde os social-democratas não têm assento.

25 fevereiro 2009

Intermitências


Já muito se escreveu sobre a influência que uma vírgula pode ter num determinado texto. Agora, veja-se a diferença que um simples traço pode fazer...

23 fevereiro 2009

A mão escondida

A pedra cruza os ares e atinge o alvo. Qual alvo? Não interessa. Qualquer alvo servia, o objectivo era apenas atirar a pedra… e esconder a mão. Quem vier atrás que assuma a culpa pelo estrago causado. Ninguém viu quem atirou, ninguém viu quem partiu, quem magoou.
A pedra não tem nome. A mão que a atirou e se escondeu em seguida, também não. São os dois anónimos num mundo que teima em esquecer os nomes. Das coisas, das pessoas, das pedras, da mão… Vivemos num mundo em que o nome das coisas é cada vez menos importante. O que importa o nome, quando tudo o que se quer é ser anónimo?
Mais uma pedra que salta do desconhecido e atinge o alvo. Mais uma mão que não deixou rasto atrás da pedra. Não tem assinatura, não tem bilhete de identidade. Não é minha, não é de ninguém. Mas existe, e insiste em causar estragos. Doa a quem doer, desde que continue sem nome.

20 fevereiro 2009

Não havia necessidade...

Com tanto espaço livre ali mesmo ao lado no parque de estacionamento subterrâneo, não se entende o porquê de utilizarem uma zona pedonal para parquear os automóveis...

17 fevereiro 2009

Será isto um prenúncio?

Ponte de Lima já conhece o candidato que o PSD vai apresentar na corrida à Câmara Municipal. Aqui por Paredes de Coura fala-se muito mas ainda não se vislumbra fumo branco no horizonte. Será o anúncio de Ponte de Lima um prenúncio do que vamos ter por cá?

16 fevereiro 2009

Sábado sim, sábado não

Sábado sim, sábado não, a vila parece outra. Dia de feira é dia de agitação na vila. Paredes de Coura parece que ainda fervilha no dia em que as tendas tomam conta do terreiro. Ou melhor dos dois mais importantes terreiros da sede do concelho.
Já passaram dois anos, em Novembro, desde que os feirantes saíram do seu antigo poiso e voltaram ao seu poiso de antigamente. O Largo Hintze Ribeiro e o Largo 5 de Outubro acolheram de braços abertos a Feira de Paredes.
Quezílias políticas à parte, independentemente de quem surgiu em primeiro lugar a ideia de trazer a feira de volta ao centro da vila, uma coisa é certa: foi uma opção certeira. A feira, muito provavelmente, sentiu algumas mudanças, mas as mais fortes foram as que se sentiram na própria vila, que ganhou um movimento digno de uma qualquer urbe distante.
Mas depois temos os outros sábados, os sábados “não”. Aqueles em que subimos e descemos a Rua Conselheiro Miguel Dantas e contamos os transeuntes pelos dedos das mãos, de apenas uma mão se for dia de chuva. Aqueles sábados em que os estabelecimentos comerciais estão quase desertos, em que os restaurantes e cafés parecem estar em período de descanso. Felizmente que é só sábado sim, sábado não.

11 fevereiro 2009

Não estamos sozinhos

Afinal não somos os únicos a ter problemas com a incapacidade administrativa de algumas instituições públicas. O nosso problema parece que também afecta outros aqui perto. Infelizmente. Para nós e para eles.

Chover no molhado

Não tem ainda um ano a nova cobertura do pavilhão gimnodesportivo de Paredes de Coura. Foi substituída, recorde-se, na Páscoa do ano passado, num trabalho que custou mais de 65 mil euros e que visava acabar com as muitas goteiras que por ali existiam e que danificavam o piso do recinto e criavam dificuldades aos seus utilizadores.
Nem um ano passou e, no entanto, no pavilhão, tudo na mesma. As infiltrações continuam, e de que maneira! E depois é ver funcionários e utentes de esfregona na mão a tentar minimizar os danos, ao mesmo que se perguntam como é que é possível que uma obra realizada há tão pouco tempo tenha tantos problemas.
Sessenta e cinco mil euros, recorde-se, em cerca de quatro semanas de trabalho, foram pagos pelo município! Para ficar tudo na mesma? Pois, é a questão que se levanta… Não estará na altura de chamar o empreiteiro de volta e fazer valer a garantia, ou accionar a caução, que certamente haverá? Para quem falava, inclusivamente, em colocar um sistema de climatização no pavilhão, não será melhor tapar antes os buracos por onde entra a chuva? É que, da maneira como as coisas estão, dentro de pouco tempo a cobertura não será a única coisa a precisar de ser substituída.

09 fevereiro 2009

Cinco anos de promessas

O canil de Paredes de Coura, ou que irá servir Paredes de Coura, é notícia há quase cinco anos… Cinco anos em que muito se falou, nomeadamente da promessa da construção de um equipamento intermunicipal em Monção, para acolher os animais vadios daquele concelho e ainda de Paredes de Coura, Melgaço e Valença. Cinco anos onde foi também notícia a tomada de posição da Assembleia Municipal courense que, farta de assistir à proliferação de cães vadios no concelho, aprovou uma recomendação à Câmara Municipal no sentido desta construir, com urgência um canil provisório no concelho. Estávamos, então, em Dezembro de 2005…
Mas o tempo passou e a recomendação da Assembleia Municipal foi totalmente ignorada pela Câmara de Paredes de Coura, com a justificação de que, por apenas alguns meses, o canil provisório não se justificava. Os meses, contudo, transformaram-se em anos e o canil ficou pelo caminho. Aqui ao lado, em Vila Nova de Cerveira e Ponte de Lima, avançava-se no tempo e construíram-se equipamentos de raiz, de modo a proporcionar condições decentes aos animais acolhidos.
Agora, em Fevereiro de 2009, recordamos as sucessivas promessas da construção do canil intermunicipal, com inauguração marcada para 2006, e depois para 2007 e ainda 2008. Agora, em 2009, a notícia é que, finalmente, o canil intermunicipal de Monção está em execução. A data para a abertura ainda não é conhecida, mas não deve demorar cinco anos…

07 fevereiro 2009

Uma questão geográfica?

Depois de Viana do Castelo ter recusado, ainda que com um grande alheamento por parte da população, a adesão à comunidade intermunicipal do Minho e Lima, será que continua a fazer sentido esta associação de municípios ter a sua sede precisamente no único concelho que dela não quis fazer parte?

05 fevereiro 2009

O conclave

A cúpula socialista do Alto Minho vai reunir em Paredes de Coura na próxima segunda-feira. Objectivo: mostrar a Defensor Moura que Manuel Alegre só pode existir um e que todos os outros socialistas têm de seguir o líder. Está-se mesmo a ver que o actual presidente da Câmara de Viana do Castelo não vai ter o apoio do seu partido nas próximas autárquicas.
O resultado do referendo de há duas semanas foi a gota de água no copo já há muito cheio de Rui Solheiro, presidente da Câmara Municipal de Melgaço e, o que importa neste caso, da Federação Distrital do Partido Socialista. Conhecidas que são as “trocas de galhardetes” entre um e outro, os dois do mesmo partido mas separados por muito mais que as largas dezenas quilómetros que vão de Viana a Melgaço, não é de estranhar que Solheiro não tenha gostado da tomada de posição de Defensor Moura, ao enfrentar de peito feito a adesão à comunidade intermunicipal do Minho e Lima.
Pessoalmente, e como o afirmei aqui por várias ocasiões, continuo a achar que o afastamento de Viana do Castelo do resto dos nove concelhos do distrito não tinha razão de ser. O povo vianense assim não entendeu e referendou Defensor Moura, garantindo-lhe mais uma frente de batalha contra o seu “inimigo” de Melgaço. Mas, uma coisa é discordar, outra é achar que o autarca vianense teria de optar pela unidade a dez, apenas e só porque o seu partido assim o entendia, à semelhança, aliás do que tem acontecido no Parlamento, onde, em votações mais complicadas impera a disciplina partidária, num acto que castra o pensamento individual de cada deputado.
Com a vitória do Não no referendo, Defensor Moura conquistou o apoio dos colegas socialistas de Viana que quase o elegeram para novo mandato à frente da autarquia, mas poderá também ter ganho ordem de dispensa ao serviço, pois agora Rui Solheiro quer ser ele a escolher o candidato socialista à autarquia vianense. E Defensor Moura, que tem conquistado a autarquia nas últimas eleições, arrisca-se a ter de avançar como independente. Ou então, como também já se avançou, a ser exilado em Lisboa, integrando as listas de deputados a eleger por Viana nas próximas legislativas. Dois cenários que deverão estar em cima da mesa na reunião dos socialistas em Paredes de Coura onde o autarca de Melgaço tem maioria confirmada. Ou seja, a decisão há muito foi tomada, agora é só uma questão de a formalizar. Vamos ver o que sai dali!

04 fevereiro 2009

Já cá chegaram!

A notícia chegou através do blogue Território com Alma que, verdade seja dita, consegue dar mais informação que a própria Câmara Municipal de Paredes de Coura. E a notícia é que, a partir de agora, já por cá também se faz a recolha de óleos alimentares usados. Deste modo, ao mesmo tempo preserva-se o ambiente e promove-se a utilização de uma energia alternativa.
Um assunto que já aqui foi abordado por diversas vezes e que se traduzia, até agora, numa lacuna num concelho cuja autarquia até tem uma grande preocupação ambiental, quer ao nível da prevenção, quer em relação à recolha de resíduos. Agora, mercê de um protocolo firmado entre uma empresa da especialidade e a Câmara courense, os munícipes vão passar a dispor de uma rede de recolha de óleos alimentares usados mais ou menos distribuída por todo o concelho.
Os “oleões” vão estar localizados em estabelecimentos de ensino e instituições de solidariedade social e, além da vertente ambiental e ecológica, têm ainda uma componente económica, já que por cada litro de óleo recolhido a empresa em questão vai pagar uma verba às instituições que colaboram na recolha. Por tudo isto, uma iniciativa que se aplaude.

02 fevereiro 2009

Por onde vens?


Do mal o menos, o traçado da ligação ferroviária de velocidade elevada parece que vai acompanhar o da A3, nos limites do concelho de Paredes de Coura. Tendo em conta que não vai haver qualquer paragem neste troço, até nem se pode dizer que seja mau de todo. Haverá certamente quem diga que, a ser assim, fez-se muito bem em enveredar pelo desvio do traçado da A3, na década de 90. Pois, mas essa via de comunicação, a A3, bem que dava jeito estar aqui mais perto...