31 maio 2011

4+3+2 = 6

CIMG0687Vamos a contas, simples, de somar e subtrair. O círculo eleitoral de Viana do Castelo elege para o Parlamento seis deputados. Actualmente, essa representação está dividida entre PS (3), PSD (2) e CDS-PP (1). Mas com a campanha eleitoral em velocidade de cruzeiro, há quem já não perca tempo a fazer as contas, de tal maneira que, pelo andar da carruagem, o distrito parece ter muito mais que os seis deputados que lhe competem.

É que, enquanto uns querem manter os três que já detêm, outros ambicionam eleger mais um para fazer companhia ao que já por lá anda. E outros vão ainda mais longe, querendo duplicar o número de eleitos e levar para a Assembleia da República quatro representantes. Tendo em consideração que há, pelo menos, mais dois partidos que também sonham eleger alguém no próximo domingo, mas que o número de mandatos está mesmo limitado a seis, é caso para dizer que alguém vai ficar defraudado. Como disse um antigo primeiro-ministro português: “é fazer as contas”!

27 maio 2011

O voto do além

www.dgai.mai.gov.pt/cms/files/conteudos/Continente.pdf

Um estudo levado a cabo por dois politólogos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Nova, ontem divulgado pela revista Visão, dá conta da existência de quase 800 mil eleitores fantasma, pessoas que já morreram ou emigraram mas que continuam a constar dos cadernos eleitorais e a contribuir para a definição do número de mandatos de cada distrito.

Viana do Castelo surge no estudo como um dos círculos que, limpos os cadernos, perderia um mandato no Parlamento, passando a ter apenas cinco deputados. E, de acordo com os dois autores do estudo, a diminuição do número de eleitos prejudicaria a direita. Deste modo pergunta-se: em quem votam os que já cá não estão?

Futurologia

iphone24052011 005De vez em quando surge na blogosfera, e mesmo nas conversas de café, o eterno debate sobre quem será o candidato do Partido Socialista à Câmara de Paredes de Coura nas próximas eleições autárquicas. Basicamente, discute-se quem será o sucessor de Pereira Júnior, nas eleições de 2013.

Vitor Paulo Pereira, assessor do presidente, e Manuel Monteiro, número dois da actual vereação, são os nomes mais falados mas… parece que a decisão já está tomada e não inclui nenhum dos dois. Pelo menos é o que nos mostra o último roteiro das Páginas Verdes, dedicado ao Baixo Ave e Minho. Nesta publicação, de carácter comercial, quando se fala de Paredes de Coura aparece o brasão do concelho e, logo por baixo, a inscrição não engana: o presidente da Câmara Municipal é José Augusto Brito Pacheco (clicar na foto para aumentar). Nada mais, nada menos, que o actual presidente da Assembleia Municipal. Futurologia ou distracção?

 

PS: Obviamente que é distracção, ou melhor desleixo, até porque, umas páginas mais à frente encontramos uma lista dos presidentes de junta do concelho e, pasme-se, quase dois anos depois das eleições, os nomes que ali aparecem ainda são os anteriores a Outubro de 2009.

26 maio 2011

Promessas “Duracell”

foilheto ps legislativas 2011Há promessas que devem ser alimentadas pelas famosas pilhas do coelhinho. É que duram, e duram, e duram…

Como já referi várias vezes a minha ligação a Paredes de Coura remonta a meados da década de 90. Na altura, para chegar a Paredes de Coura vindo do Porto, de auto-estrada só até… Braga. Daí para cima só pelas “nacionais”. Mas daí para a frente o caminho foi ficando mais curto, com a continuação da A3, primeiro até Ponte de Lima e depois com a sua conclusão até Valença.

Curiosamente, o meu primeiro trabalho no Minho foi o acompanhamento noticioso do final dos trabalhos desta auto-estrada, em vésperas da Expo 98, tida como entrada preferencial para muitos visitantes espanhóis. E já nessa altura, quando questionados os responsáveis governamentais e autárquicos sobre o desvio que se verificava no traçado de Ponte de Lima para cima, se falava numa variante para lugar o nó de Sapardos à A3.

Hoje, volvidos 13 anos sobre a conclusão da auto-estrada, com governos socialistas e social-democratas pelo meio, a variante de ligação a Paredes de Coura é coisa que ainda não existe. O que existe são promessas, muitas, e reivindicações, outras tantas, independentemente da cor política de quem está no Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. E a última promessa aí está, a abrir a lista de compromissos que a candidatura do PS por Viana do Castelo apresenta na corrida às próximas legislativas (clicar na imagem para aumentar). Mas não é caso único e há mais partidos que incluem esta ligação no rol de reivindicações para o Alto Minho.

Numa altura em que já existe novo estudo de traçado, mas em que as condições económicas do país mandam nem sequer pensar numa obra destas, será que as promessas são para acreditar? Ou serão apenas para enfeitar folhetos e discursos? Nós ficamos à espera para saber!

Legislativas 2011 – José A. Marinho Gomes - MPT

jose marinh gomes - mpt1 – Como surge a sua integração na lista de candidatos a deputados pelo círculo de Viana do Castelo?

Aceitar ser candidato a Deputado pelo MPT – Partido da Terra – que não tem os meios financeiros necessários para efectuar uma campanha de igual para igual com os grandes partidos do poder (o orçamento para o Círculo Eleitoral de Viana do Castelo que cada um deles tem deverá ser superior ao que existe a nível nacional para o MPT), nem o apoio de grupos económicos, é uma ousadia.

Mas a candidatura do MPT é também necessária para pôr fim ao sistema político fechado e de privilégios, corrupto e apodrecido em que vivemos, para lutar contra o facto de só serem eleitos os candidatos dos partidos do poder que são os verdadeiros responsáveis pela situação em que estamos.

É sobretudo indispensável a candidatura do MPT para dar voz aos que não têm voz, para chamar a atenção para as leis e políticas injustas, para fazer o que é preciso, sem medo e com rectidão.

 

2 – Quais os principais problemas que encontra no país e no distrito de Viana do Castelo em particular?

Com a situação do desemprego em Portugal, e em particular em Viana do Castelo (só no mês de Abril há 11060 inscritos no Instituto de Emprego do nosso distrito), a agravar-se continuamente, as previsões para o futuro não são as mais animadoras.

Em Portugal e no nosso distrito há, em pleno século XXI, mulheres com salários em média, mais baixos do que os salários dos homens - daí a necessidade de existir uma verdadeira equidade salarial.

Também porque os actuais responsáveis políticos do Alto Minho nada ou muito pouco fizeram para impedir a cobrança de portagens, levada a cabo pelo governo PS, com o apoio do PSD (o alegado princípio da igualdade como se fossemos, de facto, todos iguais…) restará aos cidadãos escolher outros representantes e, se necessário for, o recurso à desobediência civil.

São preocupações do MPT a terra e o mar que são bens comuns, que devem ser preservados por todos, perpetuando-se o seu equilíbrio com o Homem. Por isso torna-se necessário sensibilizar e mobilizar a sociedade para a sua importância, promover a economia sustentável do meio rural e do mar que, por culpa dos nossos governantes e más infames políticas adoptadas, se vem degradando.

Apesar do tom negativo de todos os discursos, os candidatos do MPT acreditam que é possível a Portugal, e ao Alto Minho, em particular, inverter as coisas e caminhar para um futuro melhor. Mas para isso é preciso dizer a verdade, ser honesto, e estar realmente empenhado em levar em frente as medidas indispensáveis para equilibrar as contas públicas e fomentar o crescimento económico sem penalizar sempre os mesmos e sem beneficiar apenas meia dúzia.

3 – Na sequência da resposta anterior, quais as propostas que pretende ver aplicadas para combater esses problemas? Quais as soluções possíveis?

1º A SUSPENSÃO IMEDIATA DO PAGAMENTO DAS SCUT’S, para todos os residentes e empresas sediadas no distrito de Viana do Castelo. Consideramos que esta proposta é uma medida não só justa, uma vez que as estradas alternativas “de facto” não existem, como necessária para o desenvolvimento económico do Alto Minho. Na defesa intransigente da nossa TERRA e da nossa GENTE, com a determinação que lhe é característica, o Partido da Terra – MPT, manifesta-se solidário com as populações locais afectadas por esta medida “punitiva” do Governo Socialista - com o apoio do Partido Social Democrata - e reafirma a sua determinação em tudo fazer para obstar à desertificação do país interior e ao estrangulamento económico do tecido empresarial das regiões do país interior.

2º O PROLONGAMENTO A28 / IC1 ATÉ VALENÇA e a mais do que merecida LIGAÇÃO DA A3 a PAREDES DE COURA, que tem vindo a ser prometida pelos nossos governantes e sucessivamente adiada, e o PROLONGAMENTO DO IC28 ATÉ À FRONTEIRA DA MADALENA, Lindoso, Ponte da Barca.

3º A RECTIFICAÇÃO DO TRAÇADO MONÇÃO/ARCOS/PONTE DA BARCA/BRAGA.

4º A CONSTRUÇÃO DOS ACESSOS RODO-FERROVIÁRIOS AO PORTO DE VIANA DO CASTELO.

5º MODERNIZAÇÃO DA LINHA DO MINHO, com a REINTRODUÇÃO DO COMBOIO INTERCIDADES e a SUPRESSÃO DE TODAS AS PASSAGENS DE NÍVEL EXISTENTES - uma viagem Porto-Viana demora cerca de 2 horas e Porto-Vigo cerca de 4 horas. Estas medidas têm carácter URGENTE e são muito mais importantes para as populações locais do que a construção de um TGV.

6.º Impulsionar uma política de “exportação” de produtos culturais, eventos desportivos e áreas de negócio de base náutica, de modo a preservar a nossa herança e vocação marítima, aproveitando para dinamizar os Estaleiros Navais de Viana do Castelo que, em interligação com as universidades, devem apostar em PRODUTOS NOVOS  e implementar um modelo de negócio a partir das suas ideias e conhecimentos.

 

4 – Que apelo/mensagem quer deixar aos eleitores do distrito?

O Partido da Terra assume-se antes de mais como um partido ecologista, tendo por base o humanismo e a solidariedade. Defendemos a igualdade de condições e de dignidade para todos os alto-minhotos e assumimos como alicerce da nossa acção política a defesa da Terra e o Eco-desenvolvimento como um novo modelo de desenvolvimento sustentável, participado pelas comunidades naturais e pelos cidadãos.

Por isso temos uma mensagem de esperança para o futuro que não se avizinha nada fácil. Assim, propomos uma reforma política, que conduza ao aprofundamento da democracia, pois os políticos, na sua grande maioria, acomodaram-se às estruturas existentes, pelo que é chegada a hora de reafirmar que a Política é a única arma que os portugueses dispõem para mudar as coisas e que abdicar dela significa sujeitar-se aos que beneficiam e engrandecem com a nossa apatia.

Nunca como hoje a eleição de um deputado do MPT para a Assembleia da República é, não só necessária, como possível. E a pergunta que se deve fazer aos eleitores é esta: quem prefere eleger? o Nº 1 do MPT ou os 5ºs e 6.ºs deputados do PS ou do PSD?

24 maio 2011

Obviamente, não?

Legislativas: Se for eleita, Ilda Figueiredo deixa o Parlamento Europeu – notícia da Rádio Geice

E, pergunta-se: não é óbvio que assim seja? Resposta pronta: claro que é! Só que às vezes nem sempre é isso que acontece e, como ainda se pôde ver nas legislativas de 2009, há deputados eleitos que nem sequer chegam a aquecer a cadeira no Parlamento.

Às vezes não chega ser teimoso

 

Tribunal “anula” demolição do prédio Coutinho – título do Jornal de Notícias

A notícia surgiu ontem à tarde e, imagino eu, deve ter causado uma grande dose de azia a um ex-presidente da Câmara e ex-candidato a Presidente da República, agora a gozar a merecida reforma. O mesmo que, há alguns anos, dizia que não sairia do executivo municipal de Viana do Castelo enquanto o prédio Coutinho não viesse abaixo.

A demolição do prédio Coutinho foi o grande cavalo de batalha de Defensor Moura à frente da Câmara vianense. E também um dos grandes projectos falhados (o outro foi a não inclusão de Viana do Castelo na CIM Minho-Lima). Defensor Moura já abandonou a autarquia, e o prédio, esse, mantém-se de pé. É que, às vezes, não chega ser teimoso. É preciso ter razão também!

20 maio 2011

Pagar? Só daqui a nove meses!

MUNICÍPIO

31-12-09 31-3-10 30-6-10 30-9-10 31-12-10
ARCOS DE VALDEVEZ

67

54

53

55

54

CAMINHA

104

105

114

126

140

MELGAÇO

116

129

140

133

47

MONÇÃO

13

14

19

24

139

PAREDES DE COURA

189

198

204

268

267

PONTE DA BARCA

83

93

103

113

121

PONTE DE LIMA

12

13

13

21

17

VALENÇA

-

-

-

-

-

VIANA DO CASTELO

69

83

109

126

101

VILA NOVA DE CERVEIRA

46

57

67

79

61

O município de Paredes de Coura encabeça, no distrito, a lista de autarquias que mais tempo demoram a saldar as suas dívidas a fornecedores. Isso mesmo revelam os dados da Direcção Geral das Autarquias Locais, referentes ao prazo médio de pagamento dos municípios no final de 2010.

Nada de surpreendente, pois já no final de 2009 era a Câmara de Paredes de Coura quem mais tempo demorava a pagar. No entanto, se em 2009 o prazo médio de pagamento era de 189 dias, ao longo de 2010 esse prazo foi dilatando, dilatando e acabou o ano nos 267 dias. Contas por alto, são praticamente nove meses à espera de receber.

Paredes de Coura, contudo, não é caso único no aumento escandaloso do prazo médio de pagamento. Veja-se, por exemplo, os casos de Monção, cumpridora em 2009 e que agora obriga os fornecedores a esperar 139 dias, ou de Viana do Castelo e Ponte da Barca, cujos prazos de pagamento também sofreram um forte crescimento ao longo do ano passado. Não é, contudo, o panorama geral do distrito, já que, do outro lado da barricada temos, por exemplo, Arcos de Valdevez, que conseguiu reduzir em alguns dias o prazo médio de pagamento, e Melgaço, que passou a pagar em menos de metade do tempo que em 2009.

Estes números do prazo médio de pagamento traduzem ainda uma outra realidade: a da dificuldade que muitas pequenas empresas sentem quando trabalham com as autarquias. Se é certo que, em muitos casos, as câmaras negoceiam as dívidas a fornecedores com entidades bancária, enganando a estatística, noutros casos não é difícil adivinhar as adversidades sentidas quando as contas não esperam, mas o dinheiro só entra em caixa ao final de nove meses. Só lhes resta pensar que há quem esteja em pior situação. Quem tenha de esperar 903 dias pelos pagamentos da Câmara de Borba, ou mais de 1200 dias para lograr receber da Câmara de Porto Santo.

Legislativas 2011 – o debate

viana do castelo 1Um debate promovido pela Associação Empresarial de Viana do Castelo e pela Associação Industrial do Minho, junta, hoje a partir das 17 horas, os cabeças de lista pelo distrito dos cinco partidos com assento parlamentar. O debate, que decorrerá na Pousada de Santa Luzia, terá transmissão em directo através da Televisão Independente de Viana do Castelo e pode ser visto no seguinte link: http://www.livestream.com/tivc_directo.

Watch live streaming video from tivc_directo at livestream.com

Legislativas 2011 – Fernando Medina - PS

fernando medina1 – Como surge a sua integração na lista de candidatos a deputados pelo círculo de Viana do Castelo?

A integração resulta de escolha conjunta da direcção nacional do PS com a Federação Distrital de Viana do PS. Valorizados aqui os factos de ser dirigente nacional do PS, membro do Governo e da região Norte.

2 – Quais os principais problemas que encontra no país e no distrito de Viana do Castelo em particular?

As questões centrais no país e aqui em Viana são as do crescimento da economia, num contexto de forte restrição orçamental e financeira com que viveremos nos próximos anos.

3 – Na sequência da resposta anterior, quais as propostas que pretende ver aplicadas para combater esses problemas? Quais as soluções possíveis?

Para alem das politicas de âmbito nacional - consolidação das finanças, crédito bancário e medidas estruturais - destaco quatro áreas específicas de grande importância para o distrito:

A) turismo: aproveitar e aumentar ainda mais o forte crescimento de turistas e receitas dirigidos ao Norte do país, nomeadamente o resultante do aeroporto do Porto e do terminal de cruzeiros de Leixões. Qualificar e alargar a oferta turística (incluindo produtos da região) e melhorar o reconhecimento da região como espaço de elevada qualidade e diversidade de ofertas.

B) florestas: aproveitar e fazer crescer significativamente a utilização económica da floresta e do facto de termos grandes empresas à escala europeia e mundial. Podemos e devemos fazer aqui mais que no passado, aproveitando em termos de crescimento e emprego o muito que o sector nos pode oferecer.

C) ENVC e energias renováveis: desenvolver o que são hoje realidades e activos muito importantes do distrito. Em termos de know-how e emprego, bem com de potencial económico.

D) Ligação com a Galiza e eixo de desenvolvimento Porto/Vigo. A Galiza e Viana são na verdade uma grande região económica, social e até, em grande medida, cultural. O seu posicionamento no meio dos dois grandes núcleos urbanos dessa região permite beneficiar dos intensos fluxos económicos e sociais que já se registam, devendo contribuir e apostar no seu incremento e dinamização.

4 – Que apelo/mensagem quer deixar aos eleitores do distrito?

Estas eleições têm uma importância central para o futuro do nosso país e da região. A primeira mensagem é de apelo à participação de todos. Em segundo lugar este não é um tempo para aventuras ou para desperdiçar votos em partidos de protesto que não venham a contribuir para uma solução de governo.

16 maio 2011

A campanha nas ruas de Coura (2)

candidatos psd legislativas 2011Ainda sobre a acção de (pré) campanha eleitoral do PSD pelas ruas de Paredes de Coura, no passado domingo, não posso deixar de reparar que, para quem andasse distraído, até parecia que estávamos a falar das eleições legislativas de… 2009 e não de 2011.

É que o folheto que o Partido Social Democrata distribuiu, pelo menos no que respeita à candidata oriunda de Paredes de Coura, está muito desactualizado. Nele, Maria José Carranca ainda aparece como líder do PSD na Assembleia Municipal courense e deputada na Assembleia Intermunicipal da CIM Alto Minho, cargos que a advogada ocupou até às eleições autárquicas de 2009.

A campanha nas ruas de Coura

campanha psd legislativas 11 coura Foto: PSD Viana do Castelo

A campanha eleitoral para as eleições legislativas do próximo dia 5 de Junho já anda na rua. E Paredes de Cura não é excepção, razão pela qual o fim de semana foi aproveitado por algumas das forças políticas concorrentes para passarem pelo concelho e deixar a sua mensagem. Foi o caso da CDU e do PSD, que no sábado e domingo por cá andaram.

A CDU, com a  número 1 por Viana do Castelo à cabeça, marcou presença na feira quinzenal de sábado passado, entalhando conversa com os transeuntes, a quem tentava explicar as vantagens de ter no Parlamento um deputado eleito pelo distrito. A acompanhar Ilda Figueiredo estiveram alguns elementos da CDU a nível local, bem como a courense Celina Araújo de Sousa, número cinco na lista que concorre às legislativas.

Já o PSD andou por Paredes de Coura no domingo de manhã. Em contacto com a população na rua, aproveitando o movimento maior que o habitual por causa da realização do encontro distrital do Gira-Vólei. Não se chegaram, contudo, a confundir as camisolas laranjas dos participantes nestes evento desportivo, com o grupo que andou pela vila em campanha. Um grupo onde, curiosamente, não esteve o cabeça de lista social-democrata. Com efeito, a chefia da delegação laranja esteve a cargo do número dois da lista, o presidente da distrital, e da número seis, a courense Maria José Carranca, dela fazendo parte também o presidente da concelhia courense do PSD. A eles se juntou, mais tarde, Décio Guerreiro, anfitrião do almoço que reuniu a comitiva na Boalhosa.

Problemas com comentários

No final da semana passada, o Blogger, plataforma que aloja milhares de blogs, entre os quais o Mais pelo Minho, esteve com vários problemas, nomeadamente acesso condicionado, impossibilidade de publicar novos posts e de deixar comentários e, o que mais problemas levantou, a eliminação de comentários publicados entre quarta e sexta-feira passada. Ao que parece o problema foi solucionado no fim de semana, mas apesar dos meus esforços não foi possível recuperar os comentários eliminados pelo Blogger. Aos visados, entre os quais se encontravam alguns anónimos mas também o Lobo e José Cunha, as minhas desculpas pelo sucedido, a que, como deverão compreender, sou completamente alheio.

12 maio 2011

A ver se corre melhor que no ano passado

incendio1

Fogos: CDOS de Viana apresenta plano de operações de combate a incêndios, Governo Civil quer estar preparado “para o pior” – notícia da Rádio Geice

Esperemos que sim. Para bem da nossa floresta que, ano após ano, teimam em destruir. Para ver se, pelo menos, se consegue melhor do que no ano passado, nomeadamente no que respeita a Paredes de Coura e concelhos vizinhos. Ou já ninguém se lembra das complicações e polémicas em torno da actuação do CDOS nos incêndios que afligiram o concelho no Verão passado e que motivaram mesmo um protesto unânime da Assembleia Municipal de Paredes de Coura junto dos responsáveis distritais. 

No entanto, apesar do optimismo do CDOS de Viana do Castelo, parece que as coisas não estão a começar muito bem, em termos nacionais, como dá conta o Jornal de Notícias, que fala na redução do número de militares envolvidos no combate a incêndios devido a… cortes orçamentais.

Onde é que eu já ouvi isto antes?

Depois de ver e ouvir a entrevista de Eduardo Catroga, ontem à noite, na SIC Notícias, fiquei a matutar: mas onde é que eu já ouvi esta conversa do pentelho antes?

E depois fez-se luz! Então não é que o ministro-sombra das Finanças do PSD, tem andado a inspirar-se nas actas da Assembleia Municipal de Paredes de Coura!

Legislativas 2011 – Ilda Figueiredo - CDU

ilda figueiredo

1 – Como surge a sua integração na lista de candidatos a deputados pelo círculo de Viana do Castelo?

Foi a direcção regional do meu partido quem me convidou. Tenho um apartamento em Darque há muitos anos e conheço bem a região, onde passo o tempo possível.

2 – Quais os principais problemas que encontra no país e no distrito de Viana do Castelo em particular?

O desemprego no Alto Minho é mais elevado do que no País. Nos últimos dois anos encerraram mais de 100 empresas. A pobreza também aumentou com os cortes nos apoios sociais. Faltam muitos equipamentos sociais para apoio a crianças, idosos, famílias. Falta investimento público e privado.

3 – Na sequência da resposta anterior, quais as propostas que pretende ver aplicadas para combater esses problemas? Quais as soluções possíveis?

Impedir a privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, apostar no emprego com direitos e no seu desenvolvimento como empresa estratégica para a região. Canalizar investimento publico e privado, para criar emprego efectivo, construir infra-estruturas e equipamentos sociais, acabar com as portagens nas SCUTs, modernizar a linha de caminho de ferro e construir outra ponte, apoiar micro empresas e PME, associações e colectividades, dar prioridade ao sector produtivo e a serviços públicos como a saúde e segurança social.

4 – Que apelo/mensagem quer deixar aos eleitores do distrito?

Há actualmente seis deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo - 3 PS, 2 PSD e 1 CDS. Nenhum da CDU. Assim, o desafio é eleger pelo menos um, votando CDU. Eu sou o primeiro nome. Se votarem CDU ajudam a eleger-me.

11 maio 2011

É isto o fim?

logotipo jornal coura Insolvente: Publicoura – Empresa Noticiosa de Coura Lda
Presidente Com. Credores: Empresa do Diário do Minho Ldª
Credor: Entidade Reguladora Para A Comunicação Social
Efectivo Com. Credores: Iberomail - Correio Internacional, Lda
Efectivo Com. Credores: Instituto de Gestão Financeira e da Tesouraria do Crédito Público, I.P.
Credor: Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P.
Administrador Insolvência: Maria Clarisse Barros
O Tribunal Judicial de Paredes de Coura já decretou a insolvência da Publicoura – Empresa Noticiosa de Coura, Lda., conhecida por editar o jornal O Coura. O pedido foi apresentado na semana passada e logo foi aceite pelo Tribunal, que nomeou o administrador da insolvência.
Será isto o fim do título publicado há quase 23 anos e cuja história se confunde com a do seu director, Diamantino Fernandes? A ver vamos!
Ainda há tempos, em artigo publicado no Notícias de Coura, José Cunha, sócio da empresa agora declarada insolvente, dava conta da sua surpresa face à possibilidade de a Publicoura estar à beira da insolvência, pois o equilíbrio financeiro verificado nas contas não levava a empresa nessa direcção. E, indo mais longe na sua crítica, deixava mesmo a suspeita de que por detrás da anunciada insolvência, poderiam estar outros fins. Por isso se pergunta, agora: será mesmo o fim? Ou apenas um passar de testemunho?
Independentemente das opções editoriais e ideológicas do jornal e do seu director, enquanto responsável máximo pelo conteúdo informativo e opinativo de O Coura, é sempre de lamentar se eventualmente o título sucumbir com a queda da empresa que o suporta actualmente. Mais não seja pela ligação que muitos courenses radicados noutros pontos do país e do mundo encontram, neste jornal como no Notícias de Coura, à sua terra Natal, todos os quinze dias.

É isto o fim?

logotipo jornal coura Insolvente: Publicoura – Empresa Noticiosa de Coura Lda
Presidente Com. Credores: Empresa do Diário do Minho Ldª
Credor: Entidade Reguladora Para A Comunicação Social
Efectivo Com. Credores: Iberomail - Correio Internacional, Lda
Efectivo Com. Credores: Instituto de Gestão Financeira e da Tesouraria do Crédito Público, I.P.
Credor: Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P.
Administrador Insolvência: Maria Clarisse Barros

O Tribunal Judicial de Paredes de Coura já decretou a insolvência da Publicoura – Empresa Noticiosa de Coura, Lda., conhecida por editar o jornal O Coura. O pedido foi apresentado na semana passada e logo foi aceite pelo Tribunal, que nomeou o administrador da insolvência.

Será isto o fim do título publicado há quase 23 anos e cuja história se confunde com a do seu director, Diamantino Fernandes? A ver vamos!

Ainda há tempos, em artigo publicado no Notícias de Coura, José Cunha, sócio da empresa agora declarada insolvente, dava conta da sua surpresa face à possibilidade de a Publicoura estar à beira da insolvência, pois o equilíbrio financeiro verificado nas contas não levava a empresa nessa direcção. E, indo mais longe na sua crítica, deixava mesmo a suspeita de que por detrás da anunciada insolvência, poderiam estar outros fins. Por isso se pergunta, agora: será mesmo o fim? Ou apenas um passar de testemunho?

Independentemente das opções editoriais e ideológicas do jornal e do seu director, enquanto responsável máximo pelo conteúdo informativo e opinativo de O Coura, é sempre de lamentar se eventualmente o título sucumbir com a queda da empresa que o suporta actualmente. Mais não seja pela ligação que muitos courenses radicados noutros pontos do país e do mundo encontram, neste jornal como no Notícias de Coura, à sua terra Natal, todos os quinze dias.

Legislativas 2011 – Abel Baptista – CDS-PP

abel baptista1 – Como surge a sua integração na lista de candidatos a deputados pelo círculo de Viana do Castelo?

O CDS/PP, nos seus órgãos próprios, decidiu manter todos os cabeças de lista que foram eleitos nas anteriores legislativas, por isso foi com naturalidade que volto a ser candidato pelo meu distrito. Os eleitores têm reconhecido o meu trabalho, eu tenho disponibilidade, força, vontade e determinação para continuar a dar voz ao Alto Minho, estou portanto bem no lugar que estou.

2 – Quais os principais problemas que encontra no país e no distrito de Viana do Castelo em particular?

Os problemas são vários, mas se me pede que identifique o principal, diria que é o desemprego e a falta de emprego qualificado, isto como consequência de muitas más politicas e práticas públicas: burocracia, ineficácia da administração, mau funcionamento da justiça, falta de formação profissional bem orientada, falta de diplomacia económica para apoio à exportação, investimentos mal programados e que não geram economia reprodutiva.

3 – Na sequência da resposta anterior, quais as propostas que pretende ver aplicadas para combater esses problemas? Quais as soluções possíveis?

Começar por serem feitos investimentos e apoios a empresas que sejam geradores de maior valor acrescentado, seja pela inovação, seja pela produção de produtos de elevado valor no mercado. É necessário fazer um forte investimento em produtos endógenos, muito em particular na floresta, agricultura (vinhos e raças autóctones), na pesca e recursos marítimos, nas indústrias transformadores de granitos e na agro-indústria (incluindo aqui as ligadas à floresta). É fundamental cativar investimentos na área das pequenas e médias empresas industriais e no turismo, estabelecendo uma cooperação maior com os nossos vizinhos galegos. Finalmente, é preciso dar apoio às empresas já instaladas para conseguirem exportar, principalmente através do apoio aos seguros de exportação e à sua participação em feiras e eventos no estrangeiro.

4 – Que apelo/mensagem quer deixar aos eleitores do distrito?

Um apelo muito simples: a lista que tenho a honra de encabeçar é composta, na sua totalidade, por pessoas residentes neste distrito. Conhecemos na primeira pessoa os problemas da região, estamos integrados num partido que sempre deu provas de fazer bem o seu trabalho, eu próprio fui o deputado que mais trabalhou na Assembleia da República face aos restantes cinco do distrito. Os outros partidos já deram provas de não serem capazes, por isso dizemos que ESTE É O MOMENTO. POR TI. POR TODOS. PORTUGAL CDS/PP.

10 maio 2011

Legislativas 2011 – A palavra aos candidatos

No seguimento do acompanhamento, a título de opinião e comentário, que o Mais pelo Minho vem fazendo da pré-campanha eleitoral das legislativas de 5 de Junho, abri agora a porta deste espaço aos cabeças de lista dos cinco principais partidos que concorrem pelo círculo de Viana do Castelo. Nesse sentido, enderecei aos cabeças de lista do BE, CDS-PP, CDU, PS e PSD, quatro simples questões, reproduzidas abaixo, no sentido de fazer chegar aos leitores do Mais pelo Minho mais alguma informação que pode ser decisiva na hora de votar. As respostas começam a ser publicadas amanhã.

Questões aos candidatos

1 – Como surge a sua integração na lista de candidatos a deputados pelo círculo de Viana do Castelo?

2 – Quais os principais problemas que encontra no país e no distrito de Viana do Castelo em particular?

3 – Na sequência da resposta anterior, quais as propostas que pretende ver aplicadas para combater esses problemas? Quais as soluções possíveis?

4 – Que apelo/mensagem quer deixar aos eleitores do distrito?

05 maio 2011

Adivinha ou anedota?

tampa saneamentoPergunta: Porque é que há empreiteiros a abandonar as obras da rede pública de saneamento em Paredes de Coura?

Resposta: Porque como o financiamento atrasou e a Câmara não tem dinheiro para lhes pagar, eles só recomeçam os trabalhos depois de efectuado o pagamento, conforme explicou o autarca courense na última Assembleia Municipal.

Está explicada a razão porque muitas obras públicas estão paradas, aqui e noutros lados, bem como a justificação para existirem empreiteiros, nomeadamente de Paredes de Coura, que se recusam a fazer obras públicas e alguns até se preparam para fechar portas e rumar a outras paragens.

03 maio 2011

Rosalina out (2)

manuel miranda Foto: EPRAMI

Afinal, quando se pensava que Paredes de Coura tinha sido esquecido na composição da lista de candidatos do Partido Socialista às eleições legislativas do próximo dia 5 de Junho, eis que uma leitura mais atenta revela um nome próximo do concelho.

Numa coincidência engraçada, verifica-se que, com a saída de Rosalina Martins, surge na candidatura o nome… do seu ex-marido. Manuel Miranda, director da EPRAMI e deputado municipal na Assembleia Municipal de Paredes de Coura, é um dos candidatos inseridos na lista socialista, ainda que numa posição muito modesta, no meio dos suplentes e, por isso, mesmo com eventuais substituições ao longo do mandato, dificilmente passará pelo Parlamento.

Não, ainda não é para inaugurar a biblioteca (2)

exterior arquivo 1Quando escrevi este post, não me lembrei, erro meu, de que afinal não seria a nova biblioteca ainda por construir, o alvo mais certeiro de uma inauguração ministerial, tão ao gosto dos políticos lusos, especialmente agora em tempos de pré-campanha eleitoral.

Afinal, a deslocação de Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura, a terras de Coura, bem que podia ser aproveitada para inaugurar… o arquivo municipal! É que, se bem se lembram, a inauguração oficial esteve aprazada para três datas distintas, à espera da disponibilidade do responsável pelo Ministério da Cultura, mas por três vezes foi desmarcada. Entrou em funcionamento em Maio de 2008, depois da Câmara de Paredes de Coura ter optado pela abertura ao público sem necessidade de corta-fitas. Foi o que fez melhor.

Três anos volvidos, contudo, e aproveitando a presença em Paredes de Coura da actual titular da pasta da Cultura, porque não levar Gabriela Canavilhas a visitar aquele equipamento?

A mesma água… mais mais cara (2)

Afinal, parece que a ideia de os municípios do Alto Minho se juntarem e avançarem com a constituição de uma empresa intermunicipal para a distribuição de água e tratamento de efluentes, ainda está em cima da mesa. O assunto começou a ganhar forma há cerca de um ano e, pelo vistos, a nova empresa terá pernas para andar, em termos financeiros, tanto que na última Assembleia Municipal o presidente da Câmara de Paredes de Coura anunciou que os dez municípios que integram a CIM – Minho-Lima vão ser agora chamados a dizer se concordam ou não com a sua criação.

Antes disso, contudo, o futuro da empresa intermunicipal passa por Paredes de Coura. Isto porque, no próximo dia 20 de Maio, no Centro Cultural, realiza-se uma sessão de esclarecimento a todos os deputados municipais e autarcas do distrito. Na prática trata-se de uma assembleia intermunicipal mas informal, que que reúne não apenas os seus membros eleitos, mas todos os autarcas e deputados municipais que nela queiram participar, para esclarecer dúvidas. “Para que, quando forem chamados a decidir em sede de Assembleia Municipal, tenham toda a informação necessária”, explicou o presidente da Câmara de Paredes de Coura.

Não, ainda não é para inaugurar a biblioteca

Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura, vai estar por terras de Paredes de Coura no próximo dia 6. Não vem, ainda, para inaugurar a nova biblioteca Aquilino Ribeiro, que a Câmara pretende abrir ao público em 2012. Para já a visita da governante fica-se pelo tomar do pulso às Comédias do Minho, projecto inovador e de sucesso que, com sede no Centro Cultural de Paredes de Coura, tem contribuído para o elevar do patamar cultural em todo o Vale do Minho.

De qualquer das formas sempre pode aproveitar o programa do Fim de Semana Gastronómico, que este sábado e domingo vai animar alguns dos restaurantes de Paredes de Coura. O programa das festas inclui ainda algumas das actividades habituais neste evento, caso do convívio de pesca e da animação musical dos bombos e concertinas, mas este ano traz uma novidade: um show cooking que vai tentar dar nova vida à truta que, no passado, tanta fama já conquistou para o concelho.

02 maio 2011

O lugar da política, mas sem políticos

Por definição, a Assembleia Municipal é o órgão político de um município. Enquanto que ao executivo municipal cabe a gestão, é na Assembleia Municipal que surgem as principais intervenções da vida política concelhia. Uma situação que assume ainda maior relevo quando, como no caso de Paredes de Coura, há uma maioria clara na Câmara, que limita a intervenção da oposição e a relega para o palco secundário da Assembleia Municipal. Mas, a ser assim, porque não aproveitam os partidos, principalmente os da oposição, essa oportunidade de intervirem e darem público conhecimento das suas dúvidas, das suas contestações, das suas intervenções de cariz político.

Já em tempos aqui critiquei o facto de o PSD desperdiçar púlpito e tempo de antena. Outros tempos, mas pelo visto a coisa não melhorou muito. Ainda na passada sexta-feira, em mais uma sessão da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, foi notória a falta de acção por parte do Partido Social Democrata. O grupo municipal do PSD esteve presente na reunião? Esteve! Notou-se essa presença? Bem… isso agora, já é relativo, pois a presença só pode ter sido notada pela negativa. Numa sessão onde estava em cima da mesa a aprovação da conta de gerência da autarquia relativa a 2010, não houve quem aproveitasse para “cair em cima” das contas da Câmara. Ficou-se por uma simples declaração voto, onde criticavam a reduzida taxa de execução, quando poderiam ter utilizado o mesmo argumento no período de discussão, certamente com outro impacto. Já agora, explique-se, o PSD, com quatro excepções que se abstiveram, votou favoravelmente as contas de 2010.

O mesmo aconteceu com a CDU, o outro partido da oposição com assento na Assembleia Municipal. Também eles deixaram passar as contas, abstendo-se, muito embora João Paulo Alves tenha aproveitado o período de discussão para lançar algumas críticas à política seguida pela autarquia liderada pelo Partido Socialista. Já nos assuntos anteriores o deputado do grupo municipal comunista tinha lançado alguma farpas à gestão de Pereira Júnior mas salientando que as suas intervenções não teriam cariz político. Mas, não está João Paulo Alves num órgão político? Logo, não serão todas as intervenções que ali faz pautadas por essa característica? Isso mesmo lhe explicou, pouco depois, a deputada socialista Rosalina Martins. Ficou por explicar porque é que, criticando as contas, os elementos da CDU não votaram contra.

Ainda assim, João Paulo Alves conseguiu ficar bem melhor na fotografia que o maior partido da oposição, cabendo-lhe a ele duas das declarações mais enigmáticas da noite. Por um lado a recomendação a Carlos Barbosa, líder do grupo municipal do PS. “Espero que quando fores político, sejas diferente”, foi o que se ouviu da boca do deputado do PCP, sem se saber o que quereria dizer. Por outro lado, a pergunta deixada no ar na resposta a Rosalina Martins sobre a excessiva dependência da autarquia em relação às verbas do FEF. “Sabe qual é o meu maior receio de um município subsídio-dependente?”, questionou. E mais não disse, deixando no ar… a suspeição.