29 outubro 2011

O que foi não volta a ser

passadeira descolorida

Falta tinta em Paredes de Coura, dizia-me há dias um amigo. Duvidei. Ele explicou e mostrou-me.. e confirmei! Falta realmente tinta em Paredes de Coura. Tinta branca. Na passadeira da foto e em várias outras espalhadas por toda a vila, inclusivamente junto à denominada zona escolar.

Falta tinta em Paredes de Coura… e não há quem a mande vir?

20 outubro 2011

Coura sem TDT… esquece-se da fibra óptica (2)

Depois do post publicado ontem à noite, houve quem me lembrasse que os responsáveis parecem ter-se esquecido da rede de fibra óptica de nove milhões de euros que repousa sob o solo dos cinco concelhos da antiga associação de municípios do Vale do Minho, mas que também eu me teria esquecido de um aspecto muito importante em toda esta problemática em torno do esquecimento de Paredes de Coura no mapa da TDT por via terrestre. É que, não faz qualquer sentido Paredes de Coura ficar numa zona de captação reduzida quando no nosso concelho existe um retransmissor de televisão, instalado no Monte da Pena.

Um retransmissor que, de acordo com os planos da ANACOM, será apagado em Abril do próximo ano, não estando prevista agora, mas já esteve, a sua substituição por um outro retransmissor dedicado à difusão da TDT por via terrestre. Ou seja, de um dia para o outro vamos passar da condição de termos um retransmissor mesmo à porta de casa, para não termos qualquer hipótese de ver os quatro canais que serão distribuídos em sinal aberto. A não ser, claro está, que se opte pela TDT via satélite, solução que não o é, quer por comportar custos mais elevados que os normais descodificadores que podem ser utilizados em qualquer televisão das mais antigas, quer por limitar a dois aparelhos por casa a recepção do novo sinal de televisão, limitação essa imposta pela capacidade do serviço de recepção via satélite.

Resumindo, passamos de vizinhos da televisão num dia, para esquecidos da televisão no outro. Com sorte, tal situação dará no noticiário, mas o mais certo é que não consigamos ver televisão nessa altura. Pior ainda, é que mesmo sem ter direito a receber o sinal da TDT por via terrestre como a maior parte do território nacional, vamos ter de continuar a suportar na conta da electricidade a taxa dedicada ao audiovisual, quer o tenhamos, quer não o possamos ter.

19 outubro 2011

Coura sem TDT… esquece-se da fibra óptica

TESTE 021Há tempos que andava para falar novamente do assunto TDT (televisão digital terrestre), e desde já aqui me penitencio perante alguns amigos que me mandam informação regular sobre o assunto sem que o vejam abordado no Mais pelo Minho. Não tem havido tempo para falar sobre televisão (já para nem falar de ver televisão) e as coisas mais banais e menos complicadas de explicar têm liderado esta corrida de assuntos a abordar. Hoje, contudo, ao folhear os dois jornais locais de Paredes de Coura, vi o tema abordado nos dois espaços, num mais que no outro, é certo, mas com um mesmo objectivo: o de dar conta do isolamento a que, ao que tudo indica, o nosso concelho foi votado no que concerne à TDT, que irá, já a partir de Abril do próximo ano, colocar um ponto final nas emissões de televisão por via analógica.

Como já tinha sido abordado aqui anteriormente, Paredes de Coura é, de acordo com dados da ANACOM, uma das zonas que terá uma cobertura bastante reduzida do sinal da TDT por via terrestre, tendo por isso os utentes que desejarem continuar a receber o sinal de televisão, de investir mais dinheiro para o poderem fazer com recurso à TDT por satélite que, na prática, mais não é do que um serviço reduzido do que é actualmente vendido pelas empresas de televisão por cabo, ficando ao mesmo tempo limitados em relação ao número de aparelhos que poderão beneficiar desse sistema. Numa altura em que o assunto mereceu já a atenção, tardia, da autarquia de Paredes de Coura e até de alguns deputados que alertaram para a situação de Paredes de Coura e de outras zonas do Alto Minho que se encontram no mesmo patamar, desconhece-se, ainda, se, conforme constava no plano inicial, este concelho vai ser abrangido por novos emissores ainda não em funcionamento ou se, pelo contrário, o número de emissores vai ficar como está, deixando de fora uma larga franja do território nacional.

O que parece ter sido esquecido pelos responsáveis, autárquicos e outros, é que o concelho, pelo menos parte dele, está dotado de uma rede que poderia possibilitar um acesso mais fácil a um serviço de televisão. Pelo menos assim o anunciou o presidente da Câmara de Paredes de Coura, há quase três anos e meio, referindo-se ao circuito de fibra óptica que a Minhocom (empresa constituída pelos municípios da antiga Associação do Vale do Minho e por duas empresas privadas) enterrou ao longo de 135 kms nestes cinco concelhos, num projecto de cerca de nove milhões de euros. Trata-se de uma estrutura de telecomunicações que beneficiaria as zonas industriais, as sedes de concelho e alguns outros equipamentos públicos, criando um acesso mais barato a serviços que utilizariam essa linha, como o telefone, a internet e a televisão por cabo.

Não seria, de todo, uma solução para a falta da TDT por via terrestre, já que o acesso a televisão por esta via teria também de ser pago. Mas, eventualmente, e recordando mais uma vez as palavras de Pereira Júnior, poderia apresentar preços mais atractivos. Que é feito dela? Desconheço!

13 outubro 2011

Poder de antecipação

CIMG1841 As autarquias terão obrigatoriamente de reduzir no mínimo em 15% o número de cargos dirigentes nos primeiros seis meses de 2012.

A frase em destaque foi retirada desta notícia da edição de hoje do Jornal de Notícias que nos dá conta das principais medidas de austeridade do Orçamento de Estado para 2012. Já ontem à noite a tinha ouvido num noticiário radiofónico que resumia as notícias do dia. E logo se fez luz, apesar do avançado da hora, sobre as recentes alterações verificadas na estrutura dirigente da Câmara Municipal de Paredes de Coura.

Tudo não passou, afinal, de um elevado poder de antecipação por parte dos responsáveis da câmara courense. É que, preocupados com o facto de as autarquias terem “obrigatoriamente” de reduzir o número de cargos dirigentes no primeiro semestre do próximo ano, terão, eventualmente, chegado à conclusão, óbvia, de que não dispunham de cargos dirigentes suficientes para cortar e, por isso, vá de promover SETE funcionários a chefias intermédias, quase todos mantendo as funções que já desempenham, apenas vendo alterada a sua posição salarial e pouco mais.

Está assim, explicado o porquê desta promoção que muitos consideraram extemporânea e descabida, não pelo valor das pessoas em causa mas pelo momento que atravessamos. Agora, nos primeiros seis meses de 2012, já temos onde ir cortar os tais 15 por cento que o Orçamento de Estado hoje em discussão irá ditar.

12 outubro 2011

Mentira descarada e obscena

O horário afixado na entrada do Centro de Saúde de Paredes de Coura é um enfeite. Apenas e só um enfeite. Uma mentira descarada a todos os que ali se dirigem. De nada vale. Nada significam as indicações ali escritas. E porquê? Porque de nada adianta informar os utentes que o Centro de Saúde funciona, de segunda a sexta, até às 22 horas, quando a partir das 20 horas não há médico disponível e a consulta aberta está fechada.

E o que dizer aos utentes que, ainda antes das 19 horas, ficam desde logo a saber que não serão atendidos, não porque não haja tempo, mas simplesmente porque não há médico a partir das 20 horas? Depois vemos, como ontem, meia dúzia de utentes que são obrigados a deslocar-se a Ponte de Lima e a entupir as urgências, quando o caso que os levou ao centro de saúde era um caso típico de consulta aberta. A tal que, devendo funcionar até às 22 horas, fecha duas horas antes por indisponibilidade dos médicos.

O mais certo é, mais dia menos dia, o centro de saúde fechar definitivamente às 20 horas, nos dias de semana. Contrariando tudo o que prometerem aos utentes aquando do encerramento que, em minha opinião, não mereceu da parte da autarquia o envolvimento devido. O “aguardar para ver” resultou no esquecimento de todas as promessas e no degradar do serviço que é prestado aos utentes de Paredes de Coura. Agora, resta-nos aguardar para ver até que ponto é que as coisas podem piorar ainda mais!

08 outubro 2011

Alguém explica?

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Dimensão? Conteúdos? Localização? Alguém consegue explicar?

Aparentemente já faz parte do projecto das Portas do Corno de Bico, cujas obras decorrem ali ao lado, mas, como já foi noticiado na última edição de O Coura, parece que falhou alguma coisa na concepção desta sinalética, colocada junto ao Centro Cultural e também junto ao Largo Hintze Ribeiro. Não sei se o pior é o tamanho do texto, se a própria dimensão do “mupi”. Dá para ler? Dá, mas é preciso ter boa vista e alguma flexibilidade!

07 outubro 2011

Show off

CIMG2188

COURA - Secretário de Estado do Ensino inaugura segunda-feira jardins-de-infância de Cristelo, Mozelos e Rubiães – notícia da Rádio Vale do Minho

Única e simplesmente… “show off”. Numa altura em que um dos jardins já leva quase um ano de funcionamento e os outros dois ainda lutam diariamente com problemas relacionados com defeitos de construção, de projecto e outras falhas ainda por corrigir, estar a promover uma “inauguração do croquete” só tem um objectivo: mostrar serviço. A fazer lembrar o que se passa lá para os lados da Madeira.

A não ser que o objectivo da Câmara de Paredes de Coura seja o de sensibilizar o secretário de Estado para a necessidade de fazer obras de fundo na Escola do 1º Ciclo, apenas sete anos depois da sua entrada em funcionamento, e  fazer-lhe ver que a câmara não tem os mais de 250 mil euros necessários para corrigir deficiências. Se for por isso, pode ser que o croquete valha a pena… mas tenho as minhas dúvidas!

06 outubro 2011

Uns desculpam-se, outros esquecem-se

A atribuição de subsídios aos clubes e colectividades de cada concelho nunca foi um tema consensual, seja em que município for. Entre críticas de que a distribuição poderia ter sido feita de outra maneira ou queixas de que não se apoiam as actividades que se deveriam apoiar, vários são os motivos que, não raras vezes, geram polémica aquando da atribuição dos apoios financeiros por parte da autarquia.

Em tempo de crise económica, essa atribuição é ainda mais apertada e todos os motivos parecem ser bons para cortar nos apoios. Não será, porventura, o caso, mas a Câmara de Caminha tem agora uma boa razão para não apoiar o clube de andebol local, argumentando que, por imposição do Tribunal de Contas, não pode subsidiar colectividades que tenham dívidas. Tudo bem, poderemos dizer, não fosse dar-se o caso de, muitas das vezes (e não sei se é esse o caso nesta situação de Caminha), o mau momento financeiro das associações e clubes concelhios se ficar a dever, em grande parte, à falta de pagamento dos subsídios acordados pelas câmaras municipais.

Muitas vezes as câmaras “esquecem-se” de entregar os subsídios, outras simplesmente cortam-nos pela base. E aqui entramos na difícil tarefa de saber se é legítimo uma colectividade estar dependente do apoio financeiro da autarquia para fazer o que quer que seja. Pessoalmente defendo que o apoio camarário poderá ser um suplemento, mas que terão de existir outras fontes de receita para suprir as necessidades das associações, clubes e grupos recreativos. Aliás, vou ainda mais longe e, em concelhos de reduzida dimensão populacional como Paredes de Coura, por exemplo, defendo que qualquer apoio, financeiro ou logístico, teria de ter em conta não apenas a exigível necessidade e interesse da coisa, mas também a expectável certeza de que não se está a apoiar em duplicado, por duas associações, dois clubes, estarem envolvidos numa mesma actividade sem que daí advenham dois proveitos diferentes.

E ao escrever a última frase não posso deixar de me lembrar da eterna rivalidade que une dois clubes do concelho, Courense e Castanheira, e de como estes poderiam tirar maior proveito da sua actividade, e do apoio camarário, se em vez de dois fossem apenas um. Não seria mais fácil dotar um único clube de melhores condições, do que estar a repartir apoios por duas bocas sem alimentar nenhuma em condições? Veja-se, a título de exemplo, o que fez a Câmara de Viana do Castelo com o novo centro de desportos náuticos, que colocou à disposição dos clubes do concelho… desde que estes se unissem sob única camisola.