29 dezembro 2009

Sinais… que faltam

placas parque pesca

À primeira vista o sinal pode ser enganador. Não, ao contrário do que possa parecer, não estamos em Paredes de Coura, nem o sinal indica o Parque de Pesca do Xisto, em Insalde. A fotografia em questão foi tirada em Ponte de Lima e indica o parque de pesca de Arcozelo, aberto há pouco mais de um mês.

No entanto, em Ponte de Lima, ao contrário do que acontece em Paredes de Coura, a abertura foi seguida de um investimento na sinalização daquele espaço, aproveitando a confluência de vias de comunicação existentes no concelho. E assim, é ver nas várias entradas de Ponte de Lima as placas que indicam o melhor caminho para o novo equipamento de lazer.

Desconheço quem fez tal investimento, se o proprietário, se o município, interessado em atrair utentes àquele espaço. Uma coisa é certa: tendo em contra que estamos perante placas colocadas em estradas nacionais e municipais, houve, no mínimo, uma autorização por parte do município e, principalmente, das Estradas de Portugal, o que não é fácil de obter por um qualquer particular. O que também  é certo é que, como é hábito dizer-se, quem não é visto, não é lembrado, e pelos lados de Ponte de Lima não faltam “lembranças” em cada cruzamento ou rotunda.

23 dezembro 2009

Cegonha de Natal

CIMG0091

Em tempo de Natal a Câmara de Paredes de Coura resolveu encarnar o espírito da época e, abrindo os cordões à bolsa, vai desatar a distribuir dinheiro hoje ao final da tarde! Agora a sério, a Câmara de Paredes de Coura vai, finalmente, colocar em prática o programa de incentivos à natalidade aprovado em meados deste ano, juntando numa cerimónia especial as 48 famílias que concorreram a este apoio camarário. O encontro está marcado para as 18 horas, no Centro Cultural.

Na prática, vão receber o incentivo todas as famílias que tiveram filhos este ano, já que o regulamento foi aprovado com efeitos retroactivos a 1 de Janeiro, e que concorreram ao apoio da autarquia. Deste modo, e tendo a consciência de que houve alguns pais que não se candidataram a este incentivo, podemos dizer que em Paredes de Coura, em 2009 e até ao momento, nasceram pouco mais de 50 crianças.

Número que o incentivo à natalidade pretende aumentar, muito embora, e a própria autarquia o reconhece, não serão apenas os subsídios que vão ajudar a aumentar o número de nascimentos. Em nota enviada à comunicação social, o próprio município diz que estas medidas isoladas de nada valerão, mas que, em conjunto com outros factores de dinamização económica e de apoio à família, poderão ajudar ao resultado esperado.

A criação de mais creches no concelho e a comparticipação do pagamento da sua frequência ou de amas, são apoios que muitas famílias agradecem e que, especialmente no caso das vagas em creches, tem sido apontados como problemas pelos pais que não têm onde deixar os filhos de tenra idade. Com o aumento esperado da oferta, através da construção de uma nova creche em Castanheira, e a previsão de mais duas (Cossourado e Formariz), a solução parece estar à vista.

Resta a parte económica, onde a criação de emprego e de condições de fixação dos jovens assumem papel de destaque. Se, no primeiro caso, à câmara cabe apenas apoiar os empresários que escolham o concelho para se instalar, sejam locais ou de fora, já no segundo caso a autarquia tem um palavra determinante a dar, nomeadamente através das políticas fiscais e de utilização do solo. Caminho que parece estar a ser trilhado, com a redução dos impostos (depois de muita insistência da oposição, refira-se) e com a revisão do PDM. Aguardemos, pois, os os resultados.

22 dezembro 2009

Pôr do Sol

24-02-09_1814

Há uma altura na vida de toda a gente em que chega a hora do pôr do sol. Para Manuel Gonçalves, antigo assessor do presidente da Câmara de Paredes de Coura, o pôr do sol chegou no passado sábado.

Conheci-o apenas apenas na sua vida profissional. Jurista, dedicado braço direito de Pereira Júnior na autarquia courense, era uma presença habitual, e salutar, nas reuniões da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, onde fazia questão de se sentar na última fila a apreciar o andamento dos trabalhos. Uma pessoa daquelas a quem nos sentimos confortáveis a pedir um conselho, porque era certo e sabido que ele nunca o nos negaria.

Manuel Gonçalves tinha já abandonado as funções que desempenhava na Câmara no final do anterior mandato, argumentando problemas de saúde. Apenas algumas semanas após um emocionado jantar de despedida com que foi surpreendido pelos seus colegas de trabalho e amigos, a doença acabaria por o retirar deste mundo. Na morte, como na vida, fez questão de fazer as coisas à sua maneira e deixou o seu corpo em doação à ciência.

Nesta hora, deixo aqui as minhas palavras de pesar à família de Manuel Gonçalves.

16 dezembro 2009

Os substitutos (2)

O assunto principal da última Assembleia Municipal de Paredes de Coura era a discussão e votação do Plano e Orçamento da Câmara Municipal para o próximo ano. Qualquer coisa na ordem dos 24 milhões de euros que, de acordo com a informação veiculada pelo município, tem como prioridades a conclusão da rede de saneamento básico no concelho e da carta educativa municipal, com a construção dos três novos jardins de infância. O orçamento, depois de alguma discussão e várias críticas, sobretudo da bancada do PSD, acabou aprovado, inclusivamente com o voto favorável da CDU.

Mas a reunião da Assembleia Municipal serviu também para indicar os representantes daquele órgão para as várias comissões e outros organismos onde está representada. Um assunto que, no anterior mandato, colheu diversas críticas, quer quanto à eleição, quer quanto ao desempenho dos eleitos para aqueles cargos.

Também aqui, à semelhança do que aconteceu nas eleições autárquicas de Outubro, houve lugar a algumas mudanças. A começar pela nomeação de Perfeita Esteves para o Conselho Consultivo da Paisagem Protegida do Corno de Bico, lugar que no anterior mandato era ocupado por Manuel Tinoco.

Depois, as principais alterações, prendem-se com a entrada em grande de dois estreantes nestas lides que, eleitos em Outubro, conquistaram agora também os seus companheiros da Assembleia Municipal para serem indicados para duas representações. Por um lado temos António Gonçalves Pereira, recém-eleito presidente da junta de freguesia de Ferreira, no Conselho Cinegético. Por outro lado assistimos à eleição de Carlos Barbosa para representante da Assembleia Municipal na Comunidade Intermunicipal, juntamente com José Augusto Pacheco e Décio Guerreiro. Depois do destaque que teve na lista candidata à Câmara, não falta quem veja futuro político para este jovem de Castanheira.

 

NOTA: Dando continuidade à política de descentralização das reuniões da Assembleia Municipal, instituída aquando da tomada de posse de José Augusto Pacheco como seu presidente, a próxima reunião deste órgão, a ocorrer lá para Fevereiro, vai ser levado a efeito em Rubiães. Como é habitual, espera-se uma maior participação do público, principalmente o local, mas com intervenções programadas para o final dos trabalhos é sempre difícil cativar as pessoas. Veja-se o que aconteceu na reunião de sexta-feira, em que quisesse falar teria de esperar até depois das duas da manhã.

Erguer a bandeira contra a crise

Em tempo de crise, nada melhor do que gastar UM MILHÃO DE EUROS para içar uma bandeira. Literalmente. Ali para os lados de Paredes, distrito do Porto.

Sinceramente, acho que não era preciso pensar muito para encontrar várias outras aplicações para semelhante montante. Mas é preciso, pelo menos, pensar.

14 dezembro 2009

Os substitutos

Isto de ter filhos pequenos tem destas coisas: está uma pessoa a tentar arranjar inspiração para escrever alguma coisa sobre a última sessão da Assembleia Municipal de Paredes de Coura e só nos vem à cabeça uma ideia relacionada com um programa de desenhos animados onde uma família dispõe de uma linha telefónica especial através da qual pede substitutos para pessoas de que não gostam e que desejam ver… substituídas. Na Assembleia Municipal, contudo, parece que o substituto é igual ao substituído. Ou seja, com Maria José Fontelo ausente do grupo municipal do PSD, depois de não ter feito parte dos planos eleitorais dos social-democratas, parece que o seu lugar já foi ocupado.
E por quem, pergunta-se? Por João Cunha, presidente da concelhia do Partido Social Democrata que parece ter herdado o estilo incisivo da antiga líder do grupo municipal laranja, pese embora ainda com alguma desorganização a pautar as suas intervenções. Mas, estou em crer, com a prática tudo pode ser aperfeiçoado. A começar, por exemplo, pelo demonstrar mais respeito pela intervenção do público. Com uma agenda cheia, a reunião prolongou-se para lá das duas horas da manhã e, no final, quando foi dada a palavra ao público, João Cunha parecia estar com pressa e abandonou a sala. É certo que o interveniente do público era António Esteves,  antigo vereador socialista, que o responsável do PSD já ouviu muitas vezes, e também presidente da concelhia rival, mas ficou muito mal na fotografia a saída extemporânea de João Cunha.
No outro verso da moeda temos Décio Guerreiro. A prestação do antigo vereador social-democrata foi irrepreensível, a demonstrar serenidade e, ao mesmo tempo, a mostrar que é ele quem controla o grupo municipal do PSD. De forma ponderada obrigou mesmo ao adiamento da alteração ao regimento, argumentando que não participou na reunião preparatória, a que faltou. Noutros tempos, episódios semelhantes teriam resultado (e resultaram mesmo) numa acesa troca de palavras entre alguns elementos da bancada social-democrata e o presidente da mesa. Mas prevê-se que vai ter de ter um bom jogo de cintura para, não impedindo, pelo menos não permitir que as intervenções do presidente da concelhia do PSD entrem por um caminho que, pelo que foi possível observar na reunião, não é certamente aquele que Décio Guerreiro vai seguir.
Atitude diferente dos seus antecessores tiveram também os dois eleitos da CDU (não, não é APU…), com uma acção comedida mas que deixou marca. E que promete mais para próximas reuniões.

12 dezembro 2009

As obras que fazem falta (2)

07122009297

Já que falamos em obras necessárias em equipamentos públicos, convém lembrar também o actual estado do Centro Cultural de Paredes de Coura. Colocando de parte uma lavagem das paredes viradas a Oeste, que bem precisavam, aquilo que salta à vista com maior intensidade é o actual estado do beiral metálico que rodeia todo o edifício e que, provavelmente devido ao mau tempo das últimas semanas, está praticamente solto.

Mais do que pelo aspecto estético, são as questões de segurança que deveriam ditar a reparação urgente daquela estrutura. Como acontece, aliás, com o pavimento dos terraços, que precisa de um intervenção há já algum tempo. Para que aquele que é apontado como uma referência pelo seu conteúdo, não seja mal visto pela sua “embalagem”.

11 dezembro 2009

Maratona de eleições… e um orçamento

É já logo à noite a primeira reunião da Assembleia Municipal de Paredes de Coura após as eleições autárquicas de Outubro. E, logo para começar, é uma sessão maratona, com nada mais nada menos que 18 pontos na ordem do dia. É uma boa forma de dar as boas vindas ao novo elenco . Bem, novo, novo, não será, pois a maioria transita do anterior mandato, mas há várias caras que entraram (ou regressaram) agora neste novo mandato.

Nesse campo, a CDU é o partido que apresenta mais mudanças, pois os dois eleitos são novidade. Mas será, porventura, no PSD que as mudanças mais se vão fazer sentir, dado o regresso de algumas caras conhecidas, a entrada de alguns novos elementos e, principalmente, a saída de deputados municipais que marcaram os últimos mandatos. E as mudanças não se ficam por aqui, como o prova a reunião preparatória que o grupo municipal social-democrata levou a efeito com o intuito de orientar os seus elementos para a reunião de logo à noite. Espera-se, por isso, maior sintonia, coisa que muitas vezes não se verificava no anterior mandato em que o grupo do PSD chegava a ficar dividido em três frentes distintas.

Regressando à agenda, os 18 pontos, a que se somam o período de antes da ordem do dia, devem prolongar os trabalhos bem para lá da meia noite. Por um lado temos a eleição de representantes da AM para vários organismos e comissões, o que, só pelo procedimento de votação é coisa para demorar algum tempo. Depois, e mais importante e previsivelmente mais demorado a debater, temos a proposta de orçamento para o próximo ano. Um orçamento de cerca de 24 milhões de euros que tem como prioridades a conclusão da rede de saneamento e os investimentos na área da educação, nomeadamente a construção dos três novos jardins de infância.

Lá pelo meio aparecem ainda a aprovação da derrama e ainda a definição dos valores do IMI e do IRS, com reduções anunciadas. Uma medida que, recorde-se, o PSD sempre defendeu e que, nos últimos anos, tem causado alguma divergência de opiniões entre a maioria socialista e a oposição, pelo que deverá ser, também, um dos assuntos quentes da noite.

09 dezembro 2009

As obras que fazem falta

02122009277

Há bastante tempo que se ouve falar do assunto, mas até agora nada de concreto foi feito. E a situação fica pior a cada Inverno que passa. Afinal, pergunta-se, quando é que se fazem obras de fundo na Central de Camionagem de Paredes de Coura?

Basta passar pela Central de Camionagem num qualquer dia de chuva para ver um cenário surreal de baldes espalhados pelo recinto, a recolher a muita água que cai de um telhado cujo prazo de validade há muito expirou. E as paredes verdes de humidade não escondem que recebem grande parte da água que cai no telhado.

Se bem me recordo, há já algum tempo (dois anos???), que a Câmara Municipal falou em fazer obras de fundo naquele equipamento municipal. No entanto, os invernos passam e a chuva continua a entrar.Obras.., nem vê-las. É certo que haverá outras prioridades de investimento no concelho, mas deixar o edifício deteriorar-se até um ponto em que dá dó olhar será uma boa opção.

02122009278

07 dezembro 2009

A porta está aberta (2)

Também no que respeita à representação na Assembleia da República as portas parecem estar (um bocadinho) mais abertas. Veja-se o que acontece com o deputado Jorge Fão, eleito pelo círculo de Viana do Castelo.

O socialista, eleito nas últimas legislativas, faz questão de cumprir o Estatuto dos Deputados e, vai daí, dedica um dia por semana a ouvir os cidadãos do distrito que o colocou no Parlamento, supostamente para ali os representar. Assim, é vê-lo todas as segundas-feiras no Governo Civil de Viana do Castelo para ouvir os eleitores, aproveitando também o dia para contactar com as instituições e empresas do distrito.

Uma posição meritória, a todos os níveis. Mais ainda quando se recorda que o distrito elegeu não um, mas seis deputados. E pergunta-se: a que dias é que os outros cinco recebem os seus eleitores?

04 dezembro 2009

A porta está aberta

câmara municipal 5

Carlos Branco Viana, antigo presidente da Câmara de Viana do Castelo, dizia há tempos, em declarações à comunicação social regional, que “o Alto Minho sofre de anemia cívica”. Referia-se o antigo autarca à possibilidade de trazer para esta região a sede do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galiza –Norte de Portugal. Ao ler estas declarações, lembrei-me também da fraca intervenção das populações na vida autárquica dos municípios onde residem e/ou trabalham, como se vivessem num mundo à parte e não tivessem uma palavra a dar quando se trata de planificar o futuro desse concelho.

É claro que podemos sempre dizer que, de quatro em quatro anos, ao votar nas eleições autárquicas, estamos a depositar nos eleitos locais essa tarefa, essa responsabilidade. Está certo, obviamente, mas não é justificação para que, durante quatro anos, nos demitamos das nossas funções de cidadãos.

Depois surgem também aqueles que dizem que não participam porque não há forma que lhes assegure essa participação. Pois… e também têm razão, já que muitas vezes o funcionamento dos órgãos autárquicos é de tal forma fechado ou desajustado que dificulta, ou impede mesmo, esse aproximar do cidadão comum.

Em Paredes de Coura, contudo, parece que se está a caminhar no sentido de abrir a porta aos munícipes. Estes já podiam intervir no final das assembleias municipais (horário desadequado mas que é melhor que nada) e agora passam também a poder participar nas reuniões do executivo camarário. Logo na primeira reunião do novo elenco camarário, foi aprovado o regimento das reuniões quinzenais de presidente e vereadores, que estabelece que estas sessões são abertas ao público. Mais, prevê ainda um período de trinta minutos para que os cidadãos possam intervir na reunião, levando ao conhecimento dos eleitos os seus problemas e sugestões.

É uma iniciativa que se aplaude, muito embora se preveja que, a exemplo do que se passa na assembleia municipal, sejam poucos os cidadãos a aproveitar esta abertura da autarquia. Já agora, e no seguimento desta política e a exemplo do que sucede noutros concelhos, bem que podiam criar um espaço para que os vereadores da oposição pudessem ter um dia (por mês, por semana) para receber os seus eleitos. É que, se os vereadores socialistas estão na autarquia a tempo inteiro e ali podem ser encontrados sem grandes dificuldades, o mesmo já não sucede com os eleitos social-democratas.

02 dezembro 2009

Crise ou consumismo excessivo?

Quando nem sequer o presépio e as ornamentações natalícias escapam à “garras” dos amigos do alheio… podemos dizer que o Natal já não é o que era!

Pouca terra, pouca terra (2)

Será que faz sentido estar a discutir uma nova linha ferroviária de alta velocidade quando ainda continuamos a ter inúmeras passagens de nível sem guarda um pouco por todo o país?

A resposta, e os resultados infelizmente, estão à vista em acidentes como o de ontem de manhã em Valença.