29 setembro 2006

Figura de corpo presente



Já aqui falei, por diversas vezes, da falta de preparação, por um lado, e da ausência de participação, por outro, de alguns elementos da nossa Assembleia Municipal. E vou voltar a falar porque, sinceramente, acho que quem está ali para nos representar, independentemente do partido em que votámos ou daquele que os elegeu, deve ao menos estudar os dossiers que lhe chegam às mãos com alguma antecedência.
Na última reunião, por exemplo, foi de bradar aos céus a intervenção de Manuel Miranda, do PS, a propósito do regulamento de estacionamento. A determinada altura da discussão, rápida e sem grandes atritos, vá de interpelar o presidente a propósito de uma dúvida que tinha, salientando contudo, que não tinha lido o documento. Como??? Não leu? Então vá de aprovar. Por unanimidade.
Outro exemplo, também da bancada socialista, mas na última reunião só houve socialistas na sala, por isso… Quando se debatia a proposta de carta educativa, além dos quatro presidentes de junta que vão perder o ensino pré-escolar nas suas freguesias, também o presidente da Junta de Linhares informou que iria votar contra porque “Mozelos fica muito longe para levar para lá as crianças da minha freguesia”. Tudo bem, não fossem as crianças de Linhares para Rubiães e não para Mozelos. Quando foi informado por um colega desta situação, Manuel Lopes Fernandes lá voltou atrás com a palavra e disse que, afinal, votava favoravelmente.
Já agora, só mais uma constatação. A de que o abandono da sala pelo PSD e PCP teve, pelo menos, uma vantagem, a de colocar a falar pessoas que normalmente estão na Assembleia apenas para fazer figura de corpo presente. Não sei se seria por vergonha ou intimidação, mas o certo é que, entre socialistas, muitos quiseram “botar faladura”.

28 setembro 2006

Carta educativa: baralhar e dar de novo

Depois da concentração das escolas primárias, o próximo objectivo da Câmara Municipal de Paredes de Coura é fazer o mesmo com os jardins-de-infância. Só que desta feita vão ser criados quatro pólos no concelho. A nova carta educativa foi aprovada na última Assembleia Municipal.
As críticas já começaram, muito embora de onde menos se esperasse, dos presidentes de junta do PS que não querem perder o ensino pré-escolar. Cossourado, Formariz, Bico e Cunha mostraram isso mesmo, votando contra o documento proposto pelo Executivo municipal. De referir, a propósito que os novos pólos vão funcionar na vila, em Cristelo, Mozelos e Rubiães.
“Ninguém gosta de perder para o vizinho, a fechar que fizessem só um novo, como com a escola primária”, criticou Etelvina Montenegro, presidente da Junta de Cossourado que chegou mesmo a dizer que, com quatro centros se estava a dar razão às críticas que o PSD fez aquando da concentração das escolas primárias.
De qualquer das formas, e mesmo com Pereira Júnior a garantir que não foram tidas em conta cores políticas na elaboração da carta educativa, ao que parece nenhuma das freguesias que vai ficar sem jardim-de-infância ficará a perder. Formariz e Cossourado já têm garantida a construção de creches, o mesmo acontecendo com Castanheira, uma vez que estes equipamentos vão localizar-se junto às áreas industriais. Bico assiste já à construção de um Lar e em Cunha funciona um centro de convívio para idosos que poderá transformar-se em centro de dia.
O objectivo da Câmara é ter a carta no terreno dentro de anos, mas é preciso esperar pelas fontes de financiamento para reorganizar a actual rede do pré-escolar e construir dois pólos de raiz. Que podem vir a ser três, isto se tiver seguimento a proposta de Filipa Guerreiro, deputada municipal do PS e responsável pelo projecto de arquitectura da Escola Básica Integrada, que defendeu a criação de um novo edifício na vila para acolher o pré-escolar, separando-o da escola primária.
Por definir estará também o modelo de funcionamento e gestão (conjunta?) da rede de jardins nos moldes da carta educativa. Definida parece estar a questão dos transportes, com Pereira Júnior a informar que o objectivo da criação dos quatro pólos foi evitar percursos com mais de cinco quilómetros.

27 setembro 2006

Impostos

Dois. Aprovados na última Assembleia Municipal. Por unanimidade. Por um lado a derrama, imposto que o PSD considera injusto, mas como o PSD não estava na sala, a maioria PS aprovou a taxa de 10% por unanimidade. Ainda assim, explicou o presidente da Câmara, não é o valor conseguido com a derrama que vai fazer desaparecer as dificuldades financeiras da autarquia de Paredes de Coura. No ano passado, por exemplo, esta taxa rendeu cerca de 48 mil euros aos cofres do município.
Do outro lado temos o Imposto Municipal sobre Imóveis. As taxas, igualmente aprovadas por unanimidade, mantém-se as deste ano: 0,45% para os imóveis já avaliados, 0,8% para os restantes. Para nós pagarmos.

Dinheiro, dinheirinho

Ainda a nova Lei das Finanças Locais não subiu a plenário da Assembleia da República e já a Câmara de Paredes de Coura se ressente da sua mais que certa aprovação.
Num dia, em Assembleia Municipal, ainda que falando apenas para a maioria que o suporta, diz que antevê já grandes dificuldades se a Lei for aprovada. “Vamos ter cautela a fazer o plano de actividades do próximo ano. Vamos ser ousados mas com os pés assentes no chão”, assegura o autarca.
Mas o dia acaba e no dia seguinte as notícias não são tão animadoras: é divulgada a lista dos municípios que ultrapassaram a sua capacidade de endividamento e Paredes de Coura lá está, com uns expressivos 122%. Não é muito, especialmente se comparado com os valores de outros concelhos que ultrapassam, de longe, os 200%. Ainda assim, a lista tem apenas 70 concelhos, num total de mais de 300.
Não se sabe se o ranking estrategicamente divulgado pelo Governo trouxe algum desconforto ao presidente da Câmara, nem se este vai alinhar pelo mesmo diapasão de outros colegas seus, de partido e de situação geográfica, que já criticaram publicamente a futura mais que certa Lei que vai regular as finanças locais. Mas, é quase certo, quem se deve ter divertido foi José Augusto Viana, vereador social-democrata que, enquanto líder do PSD na Assembleia Municipal, fartou-se de martelar a cabeça a Pereira Júnior por causa das contas, dos empréstimos… do endividamento.

25 setembro 2006

Laranja estragada II


Ainda antes do abandono da sala, já o descalabro em que se encontra o PSD de Paredes de Coura se tinha manifestado na última sessão da Assembleia Municipal. Interveniente principal: Maria José Carranca, líder da bancada social-democrata; interveniente acidental: João Cunha, o único vereador laranja presente na reunião.
No pouco tempo em que esteve na sala, Maria José Carranca conseguiu a dupla proeza de perder o reduzido tempo de antena que lhe reserva a oposição e, ao mesmo tempo, criticar o desempenho dos vereadores… do PSD. E que puxão de orelhas levou um João Cunha politicamente isolado na bancada da vereação!
Tudo porque, Maria José Carranca disse que, na reunião de Câmara o presidente havia explicado aos vereadores que, com a construção de três creches, se previa uma taxa de cobertura do concelho na ordem dos 2/3 e ali, na AM, falou em 100%. Pereira Júnior ainda tentou explicar que os 63% era o que propunha o Governo, mas a líder da bancada social-democrata não esperou e vá de “puxar as orelhas” ao seu colega da vereação.
“Os meus vereadores informaram-me mal”, explicou Maria José Carranca, perante um João Cunha incrédulo com o que ouvia. É, até podia ser verdade, mas aquele não era nem o local nem a hora para aquela chamada de atenção que só veio colocar a nu o que há muito se fala: o PSD não está bem e as divisões são cada vez mais evidentes.

Laranja estragada I

Decididamente o PSD em Paredes de Coura não tem ponta por onde se lhe pegue. E quem tivesse dúvidas, ficaria esclarecido na última sessão da Assembleia Municipal.
Em análise estavam assuntos como a carta educativa do concelho, que prevê a concentração em quatro pólos dos 11 jardins de infância actualmente existentes, o regulamento municipal de estacionamento, que vai colocar parcómetros nas ruas da vila, e a aprovação da derrama e do Imposto Municipal sobre Imóveis. E o PSD onde esteve? Não esteve. Ou melhor esteve lá e, num repente da líder da bancada, abandonou a sala, acompanhado do PCP, deixando a maioria PS numa amena cavaqueira onde só faltou o café e as bolachas.
Não foi o PSD que mais de 40% dos courenses escolheram para os representar na Assembleia Municipal? No entender de Maria José Carranca parece que não, caso contrário não teria abandonado a sala por uma questão de pormenor, que nem sequer dizia respeito ao seu partido, deixando livre o único púlpito que lhe está reservado para fazer oposição no concelho. E agora o que é que vai dizer? Que não sabia de nada? Que não tem nada a ver como isso? Uma coisa não pode dizer, que não aprovou nada, porque ao sair da sala deu o seu voto ao PS. Uma coisa é votar contra, outra bem diferente é não votar.
A sessão de sexta-feira nem chegou a aquecer, pois o PSD saiu da sala ainda antes do período da ordem do dia. Depois da aprovação da acta, o presidente da AM reservou um período de 20 minutos para a apresentação de moções. O PS entregou duas, o PSD uma e o PCP outra. No entanto, a discussão gerada em torno da moção laranja, que pretendia que a construção de creches fosse uma prioridade no orçamento de 2007, acabaria por esgotar o tempo, levando a que a moção comunista fosse adiada para a próxima reunião.
Arlindo Alves, o representante do PCP, protestou, mas foi Maria José Carranca quem lhe tomou as dores e, depois de criticar o “exercício escandaloso da musculatura dos votos” por parte de José Augusto Pacheco, pediu a suspensão dos trabalhos por dez minutos. Quando o PSD regressou à sala, a sua líder explicou que foram desrespeitados vários artigos do regulamento e que não aceita poderes autoritários, pelo que os social-democratas se retiraram da sala, no que foram seguidos pelo único elemento do PCP, que ainda foi dizendo que a sua moção foi a primeira a ser entregue.
E depois? Depois foi ver a maioria a aprovar por unanimidade quase todos os assuntos, excepção feita à carta educativa, que provocou várias intervenções da bancada da maioria levando mesmo a uma divisão na votação. Uma fractura que a oposição não soube aproveitar.

22 setembro 2006

Zona industrial


Os mais optimistas dizem que se prepara ali a instalação de mais uma fábrica na zona industrial de Formariz, quem sabe se a Arminho ou mesmo a empresa de Transportes Courense, que há muito se fala que hão-de vir, um dia, quem sabe, para ali. São optimistas, é o que dá.
Os mais pessimistas, por outro lado, lembram que o aterro intermunicipal de S. Pedro da Torre está para fechar e que, já em Outubro será conhecido o novo local que vai acolher esta estrutura que recebe os lixos de Paredes de Coura, Valença, Monção, Melgaço, Cerveira e Caminha. E é precisamente a câmara de Caminha que está a atrasar todo o processo de escolha, vá-se lá saber porquê. Se calhar é como os mais pessimistas e não quer ter o aterro à porta de casa.
Para já, contudo, nem optimistas nem pessimistas estão correctos. Diz quem sabe que se trata apenas de remoção de terras que estão a servir de suporte à construção da variante à estrada nacional que vai renovar a entrada na vila. E ao mesmo tempo, garantem, aproveita-se para terraplanar toda aquela área de Formariz onde, quem sabe, talvez num futuro não muito longínquo, surgirá um novo sector da zona industrial. Esperamos para ver.

19 setembro 2006

Educar pelo Ambiente


Se não houver alterações de última hora, está marcada para amanhã a inaguração do novo Centro de Educação e Interpretação Ambiental do Corno de Bico. Uma obra que aproveitou e alargou as antigas instalações da escola primária da Colónia, em Vascões, mesmo no coração daquela área protegida. A sinalização já lá está há algum tempo a indicar o caminho certo, agora é altura de canalizar para lá os jovens, e não só, de Paredes de Coura e de outros pontos do país. O Ambiente precisa, o espaço merece-o.

18 setembro 2006

Festival à beira do fim?

Isto de estar de férias tem destas coisas. Uma pessoa desliga-se do mundo e quando retoma a ligação fica a saber que o Festival de Paredes de Coura tem os dias contados. Pensei que era brincadeira, mas foi mesmo verdade: a Ritmos tinha estado numa reunião de Câmara a lamentar os maus resultados dos últimos festivais e equacionava acabar com aquele evento ou realizá-lo noutras paragens.
O Coura chega a falar em chantagem, mas sabemos como o Coura costuma exagerar. Mas depois de ler a acta da Câmara, tenho de admitir, fica-se mesmo com essa impressão, de que se está a fazer um ultimato do género: ou aumenta a comparticipação do município (não apenas da câmara, refira-se) ou o festival vai para longe daqui.
Para mim, que não conheço as contas do festival, deste ou dos anteriores, é uma situação plausível. Aliás, já antes, quando escrevi sobre o festival, elementos da Ritmos me disseram que o panorama dos festivais em Portugal estava muito mau. Exemplo disso, terá sido, aliás, o fim do CBT Dance Festival, que a Ritmos organizou em Celorico de Basto e depois tentou mudar para Esposende, já devido aos maus resultados obtidos naquele concelho do interior, mas que também não chegou a vingar ali.
Mas depois vemos também as notícias de que a última edição do Festival de Paredes de Coura (como 2004) foi um sucesso, mais de 20 mil pessoas por dia, tudo a exceder as expectativas da organização e ficamos na dúvida. Ainda para mais quando, de outros festivais, nomeadamente do Sudoeste, os ecos são semelhantes. Em que ficamos: o festival foi um sucesso, mas perdeu-se dinheiro? Então foi um sucesso de quê? Se excedeu as expectativas estava condenado a dar prejuízo à partida, como aconteceu com Vilar de Mouros?
É por estas e por outras semelhantes que as pessoas torcem o nariz e depois especulam sobre as capacidades financeiras do Festival e da sua organização. Como disse, desconheço as contas e não tenho de as conhecer no total, muito embora faça parte do leque daqueles que defende que quem recebe dinheiros públicos tem de os justificar perante o público, mas com 100 mil euros muito pouco se fará num festival de milhões. O Sudoeste, por exemplo, custou cerca de 3 milhões de euros, um quarto dos quais pago pelos patrocínios. Num total como este, os 100 mil da Câmara são chuva míuda, mas, repito, devem ser explicados.
Prefiro, por isso, recordar as palavras da organização do Festival de Paredes de Coura no seu site oficial: "desde o início, o Festival procurou sempre contrariar as visões fatalistas de uma juventude impotente. Somente pretendia, apenas, declinar a ideia de que a interioridade era sinónimo de lamentação e argumento justificativo da derrota fácil." Assim sendo, não creio que seja, e espero que não seja, agora a altura de desistir.
E depois, vejam lá, como é que podiam fazer Paredes de Coura noutro lugar? Então como é que faziam para levar o Coura (o rio, entenda-se) para outras paragens? E o ambiente bucólico do Taboão que tanto dinheiro tem custado à autarquia, como é que ficava, depois, sem utilização? E aqueles recantos e encantos únicos que ajudam a fazer do festival um dos melhores a nível internacional?
Não, acho que o problema do Festival não é o dinheiro. O problema será, talvez, a mentalidade daqueles a quem custa acreditar que o Festival são só custos e nenhuns proveitos. Não ficava nada mal, por exemplo, admitir que o festival dá, ou pelo menos deu, dinheiro. Se calhar até era mais fácil conquistar novos apoios a nível local, muito embora tenha quase a certeza que eles vão surgir de modo a garantir por aqui a realização do festival.


PS: A própósito de contas, gostei muito de ficar a conhecer as contas das Festas do Concelho. Só que entre os quase 25 mil euros do fogo e os 11 mil euros que a Ruth Marlene levou para a casa, fiquei na dúvida de qual tinha gostado mais.

14 setembro 2006

Não é o fim do sonho, mas...


Não sei porquê mas, quando a nova escola básica integrada surgiu tive a sensação, ingénua, de que estava a viver numa sociedade perfeita, onde as crianças dispõem de uma escola de qualidade, onde é possível ter um ensino de qualidade, gratuito, e com todas as condições necessárias a uma boa aprendizagem e mais algumas. Hoje, dois anos volvidos, já não será assimi: a escola continua com muita qualidade, mau grado algumas falhas, e o ensino depende de quem o dá, mas em relação à ausência de custos...
A escola não tem dinheiro. Isso mesmo disse a presidente do Agrupamento de Escolas que, com a sua habitual sinceridade, chegou a dizer aos pais que, se conhecessem as finanças daquele estabelecimento de ensino, "iam pedir para dar à escola". Tudo porque, ao fim de dois anos em que a escola oferecia o lanche da tarde aos alunos, verifica-se agora que não consegue suportar os 1500 euros mensais desta despesa e vá de pedir 5 euros por mês aos pais. Confesso que, com 5 euros por mês não consigo comprar pão e leite para o lanche diário do meu filho, por isso não foi o valor que me causou estranheza. Foi a lembrança da primeira reunião de pais da nova escola, há precisamente dois anos, com os responsáveis autárquicos e escolares a apresentarem um mar de vantagens aos pais, onde se incluia o lanche gratuito das crianças.
Já nessa altura, em artigo que custou a sair no Notícias de Coura, alertava para a impraticabilidade desta situação, dados os elevados custos que não iriam ter grande comparticipação por parte do Estado. Foram apenas dois anos até que a realidade se sobrepusesse à vontade daqueles responsáveis.
E o próximo passo será...? O pagamento dos transportes escolares por parte dos pais? Quem sabe, mas não seria de estranhar, tendo em conta que este serviço custa mais de 50 mil euros todos os meses. Vamos esperar para ver.
Já agora, neste ínicio de ano lectivo, uma palavra para a boa ideia que o Agrupamento de Escolas teve este ano, ao separar os intervalos dos alunos do 1º e 2º ano, dos do 3º e 4º. Evitam-se confusões e contribui-se para um melhor ambiente escolar, num estabelecimento que, apesar de muito bom, continua a primar pela ausência de espaços exteriores para as brincadeiras dos mais pequenos.

12 setembro 2006

De regresso...

A casa, das férias, ao trabalho, à escola. Tempo de voltar à rotina que se tenta a todo o custo impedir que domine os nossos dias.
Para trás fica um Agosto marcado por incêndios e festas, música e alguma chuva à mistura. Muita gente por Coura, menos do que noutros anos, eventualmente. Ainda assim muito mais gente do que... actualmente.
Vai-se Agosto e vão-se as gentes. Aqueles que regressam à terra uma vez por ano, aqueles que por cá passam as férias, em férias, de passagem ou como destino final. Aqueles que, cada vez mais, escolhem passar por cá uns dias agradáveis.
Desconheço, contudo se passam cá esses dias, ou se simplesmente passam por cá. De acordo com os dados da Região de Turismo do Alto Minho existem para cima de 150 camas turísticas disponíveis no concelho mas, no que se refere à sua ocupação, a informação encontra-se sujeita a segredo estatístico, vá-se lá saber porquê e poque é que em relação a outros municípios isso não acontece.
De qualquer das formas, tendo em conta a evolução sentida no número de visitantes que passam pelo posto de turismo, acredita-se num bom número. De referir, por exemplo, que entre 2004 e 2005 houve um aumento de quase 30% do número de pessoas que utilizaram os serviços da RTAM em Paredes de Coura. E, dos quase 12 mil visitantes de 2005, mais de um quarto era oriundo do estrangeiro.
Há que ter em conta, contudo, que para estes números também contribuirão, em grande parte, os participantes do festival e que, ainda assim, Paredes de Coura está na cauda de todos os concelhos da região de turismo em número de visitantes, um pouco atrás de Melgaço e Vila Nova de Cerveira.
Continuo a acreditar, contudo, que o turismo pode trazer um grande futuro a Paredes de Coura, a exemplo do que defende o estudo levado a cabo há alguns anos pela Quaternaire Portugal. Um estudo que referia, por exemplo, que Coura precisava de um turismo de personalidade, ou seja de pessoas famosas que escolhessem o nosso concelho como destino de férias, como acontece noutras paragens aqui bem perto de nós. Alguém tem sugestões? então toca a convidar os amigos para passarem por cá nas férias.

Bancos de Coura (4)

04 setembro 2006

Bancos de Coura (1)












Uma volta pelos bancos (de jardim) de Paredes de Coura. Entre declarações de amor e ódio, a sensação de que muita gente por ali passou.