29 fevereiro 2012

TDT chega a Coura. É garantido!

pena 4As notícias vindas a público nos últimos dias dão conta de que Paredes de Coura vai também ter, como muito e bem reivindicado, um emissor de TDT, acabando com as zonas sombra e permitindo que grande parte da população aceda às emissões de televisão digital sem custos acrescidos. Valeu a pena reclamar e obrigar os responsáveis do concelho a agir? Claro. Resta saber a quem se tem de agradecer.

Na assembleia municipal da passada sexta-feira, o presidente da Câmara de Paredes de Coura dava conta da recente deslocação do vereador Manuel Monteiro a Lisboa, para discutir o assunto com a PT, explicando que o vereador “veio de lá convencido que vamos ter o problema resolvido”. Para isso, a PT iria enviar a Paredes de Coura uma equipa técnica para averiguar quais as zonas sombra e procurar uma solução, o que o autarca esperava que acontecesse nas próximas duas semanas.

No entanto, dois dias depois, no domingo passado, já o jornal Correio da Manhã saltava a fase das averiguações técnicas e garantia, pela voz do autarca courense, que a PT ia começar a instalar um retransmissor no concelho. “A PT já nos garantiu que vai começar a instalar um retransmissor em Paredes de Coura para resolver este problema”, referiu Pereira Júnior. Ou seja, de sexta à noite para domingo, o convencimento de que o problema seria resolvido transformou-se numa certeza.

No dia seguinte, nova notícia sobre o mesmo assunto, desta feita na Rádio Geice, nas com outro protagonista. Aqui era a ANACOM a garantir que vai ser instalado um retransmissor no concelho. Uma garantia que chegou pela voz de Eduardo Teixeira, deputado social-democrata eleito por Viana do Castelo, que se congratulou pelo solucionar do problema da cobertura da TDT no concelho, e no distrito, depois de feitas várias “demarches”. Quem as fez, autarquia ou deputados? Agradeçamos aos dois para não falharmos nenhum!

28 fevereiro 2012

O princípio do fim… por unanimidade

Quem entrasse no salão nobre da Câmara de Paredes de Coura na noite da passada sexta-feira, apanhando a Assembleia Municipal a decorrer, poderia pensar que se estava a discutir o fim do concelho. É que, se numa hora falava-se do encerramento do tribunal, noutra discutia-se o encerramento do internamento e lá pelo meio abordaram-se ainda assuntos como o facto do concelho não ter cobertura da TDT ou a intenção governamental de querer, a qualquer custo, doa a quem doer, avançar com a fusão de freguesias. Não estranharia, portanto, que a determinada altura se fizesse ouvir, pela voz de Tiago Cunha, do PS, a frase que poderia resumir toda a discussão da noite: “se calhar é o princípio do fim”.

Tiago Cunha referia-se à anunciada intenção do Ministério da Justiça de encerrar o Tribunal de Paredes de Coura. Intenção que ele, e toda a Assembleia Municipal, contestam e que dominou grande parte do período de antes da ordem do dia. Carlos Barbosa, porta-voz do PS, apresentou uma moção que rebatia, ponto por ponto, a argumentação utilizada pelo ministério de Paula Teixeira da Cruz. Ponto por ponto mesmo, de tal forma que no final ficava-se com a sensação de que, dizendo tudo, nada dizia, Isso mesmo procurou explicar Décio Guerreiro, do PSD, dizendo que se calhar era melhor fazer incidir a moção em alguns aspectos mais incisivos. No final, contudo, depois de algum debate PS/PSD e após uma interrupção dos trabalhos a pedido dos social-democratas, a moção acabou por ser aprovada por unanimidade.

A unanimidade, aliás, marcou a totalidade dos trabalhos duma assembleia onde PS e PSD repartiram entre si as intervenções, com o PCP a estar “ausente de corpo presente”. Não houve intervenção deste partido quando se falou do Tribunal e continuou a não haver quando o assunto em discussão foi o anunciado fecho do internamento, trazido à baila por Décio Guerreiro e que levou Pereira Júnior a falar na dualidade de papéis em que se vê confrontado quando se fala deste assunto. Por um lado, como autarca, defende o internamento a todo o custo, por outro lado, como provedor da Santa Casa da Misericórdia, “era bom que encerrasse”, porque dá um prejuízo anual de 60 mil euros que muito contribui para os 750 mil euros de défice acumulado nos últimos anos. De qualquer das formas, Pereira Júnior sempre foi dizendo que aguarda ainda uma resposta da ARS Norte mas que, oficiosamente, tem informações que lhe dizem que não irá fechar enquanto não estiver a funcionar a unidade de cuidados continuados actualmente em construção e que deverá estar concluída em Março do próximo ano.

Já a reorganização administrativa ao nível das freguesias deverá estar concluída muito antes disso. Razão pela qual Décio Guerreiro quer saber quando se debruçará a Assembleia Municipal sobre o assunto, promovendo um grande e alargado debate. Não será tão cedo, contudo, pelo menos a acreditar na sugestão de Pereira Júnior que, dadas as mudanças constantes que esta situação tem tido, defende que é melhor “empurrar isto mais para a frente”, para depois da lei ter sido aprovada no Parlamento. Sempre foi dizendo, contudo, que a proposta actual do Governo penaliza o concelho, porque obriga a que sejam agregadas 25% das freguesias, mas está convencido de que a lei final só vai obrigar a mexer com as freguesias com menos de 150 habitantes. Razão pela qual preconiza que “se calhar teremos de lutar para que as Porreiras não desapareçam”. Mas, na hora da luta, será que vai haver unanimidade?

Mas quer mesmo?

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Executivo quer saber situação financeira de todas as Câmaras – notícia da Rádio Renascença

E estará preparado para as respostas? E para dar respostas? É que, lá diz o ditado, a curiosidade matou o gato…

22 fevereiro 2012

O que nasce torto…

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Construiu-se. Criticou-se. Suspendeu-se. Desmantelou-se. Parece que vai mudar de sítio… a ver se muda de sorte!

17 fevereiro 2012

O centenário já lá vai…(2)

CIMG1107E por falar em centenário da implantação da República em Portugal, e do vasto programa comemorativo promovido pela Câmara Municipal de Paredes de Coura, alguém se lembra da prometida Fotobiografia de Paredes de Coura, da autoria de Mário Cláudio? Aquela que teve duas datas apontadas para a sua publicação mas que ainda não chegou a ver a luz do dia? É que, entretanto, as comemorações já terminaram… e o feriado também!

Porque às vezes é preciso reclamar!

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Sinal da TDT já chegou ás freguesias da orla costeira Viana-Caminha – notícia da Rádio Geice

Acho que a primeira frase da notícia, da autoria do presidente da Junta de Freguesia de Afife, diz tudo: “A contestação valeu a pena”. Pena é que haja quem não pense assim e resolva esperar por quem não prometeu.

15 fevereiro 2012

O centenário já lá vai…

… mas continuam a aparecer por aí alguns trabalhos sobre o tema. É o caso deste vídeo realizado por alunos da turma de técnico de audiovisual da EPRAMI que nos dá conta de alguns aspectos relacionados com a implantação da República e seu impacto em Paredes de Coura.

09 fevereiro 2012

Ou muda… ou fecha!

Sede da Junta de Freguesia de Cossourado muda-se para antiga escola primária em 2013 – notícia da Rádio Vale do Minho

Fará sentido, numa altura em que ainda paira muita confusão sobre a reforma da administração local proposta pelo Governo, que se gaste dinheiro num edifício para albergar uma junta de freguesia?

Há quem pense que sim, argumentando talvez que além da junta de freguesia ali vão funcionar vários outros serviços, num espécie de centro cultural de Cossourado. Sim, leram bem!

Mas há também quem pense que, dada a incerteza sobre o futuro da freguesia enquanto tal, o melhor seria esperar mais alguns meses antes de gastar quase 100 mil euros (40% dos quais financiados pela própria Câmara Municipal de Paredes de Coura), num edifício que corre o risco de se ver esvaziado da principal função para que foi projectado.

E, depois, há também aqueles que pensam que tudo isto não passa de uma manobra de antecipação por parte da Junta de Freguesia de Cossourado que, face a um eventual cenário de agregação de freguesias, quer já segurar para si o estatuto de pólo central de qualquer fusão, argumentando porventura que até tem um edifício novo e coisa e tal, prontinho para acolher e dar abrigo à eventual futura estrutura representativa do grupo de freguesias a agrupar. Aceitam-se apostas!

Armando Araújo – “Monteiro e Vítor Paulo? São dois nomes…”

armando araújoEntrevista a Armando Araújo, presidente da Comissão Política de Paredes de Coura do Partido Socialista. 48 anos.

MPM – Estamos a ano e meio das eleições autárquicas. Já há alguma coisa definida sobre este assunto, nomeadamente nomes de candidatos?
AA – Neste momento não há novidade alguma relativamente a candidatos. Estamos à espera das decisões sobre a reforma administrativa.
MPM – Por falar nisso, qual é a sua opinião sobre a reforma administrativa? Concorda com ela?
AA – Está tudo muito confuso. O governo já recuou em algumas coisas, mas ainda não há um modelo definitivo a que nos possamos agarrar e estamos rigorosamente contra este modelo. Não é funcional.
MPM – Em que sentido?
AA – Num meio rural como o nosso não faz sentido. Deixa de haver identidade de cada junta de freguesia. Com estas reformas as pessoas vão acabar por deixar de ir votar.
MPM – O PS de Paredes de Coura vai apresentar alguma proposta no âmbito da reforma administrativa para ser discutida a nível local?
AA – Não vamos apresentar qualquer projecto. Vamos deixar que o Governo apresente e depois discutimos. Mas digo-lhe já que, face ao que está em discussão actualmente, todos os presidentes de junta estão contra.
MPM – E relativamente à forma como seria eleito presidente da Câmara, qual a sua opinião?
AA – Sobre as alterações na forma de eleição da câmara e do funcionamento dos órgãos autárquicos, não concordamos que os presidentes de junta percam poder de voto na Assembleia Municipal em algumas matérias, como a aprovação do orçamento, por exemplo. Votar o orçamento da Câmara é uma forma de fiscalizar a acção da autarquia. Além disso, não é correcto que os eleitores sejam quase que enganados com a forma como irá surgir o executivo da câmara.
MPM – Acha que a substituição de Pereira Júnior vai ser complicada?
AA – É certamente mais complicado escolher candidatos. Sai uma pessoa com carisma, que ganhou as eleições sempre à vontade, mas o PS tem bons elementos para o substituir. De qualquer das formas, não me quero pronunciar muito sobre este assunto.
MPM – Porquê?
AA – O Partido Socialista está a reformular os seus estatutos e depois disso vão ser definidas as datas para eleições na distrital e na concelhia, por isso haverá uma nova direcção na concelhia de Paredes de Coura, que é quem terá a responsabilidade de tratar desse assunto.
MPM – Mas já há nomes que andam na “boca do povo”. Que me diz de Manuel Monteiro ou Vítor Paulo Pereira?
AA – São dois nomes. São ambos competentes e inteligentes, mas qualquer socialista que tenha dado provas tem condições para ser candidato. A comissão política nunca se debruçou muito sobre isso. Nem era correcto que o tivesse feito, esta comissão política, quando vai haver eleições. Não faria sentido tomar decisões com que a nova comissão não pudesse concordar.
MPM – Mas vai concorrer novamente à concelhia?
AA – Depende de como vierem os novos estatutos. O candidato à câmara tem de ser escolhido pela concelhia e pelos militantes, nunca por anónimos. Não concordo com primárias, porque não faz sentido que simpatizantes possam decidir escolha do candidato. Mas julgo que isso não será problema.
MPM – Outra coisa de que se fala do é do regresso de António Esteves à política activa…
AA – Não faço ideia. Sempre que falei com ele não mostrou muita disponibilidade para tal. Mas é um bom político, que deu e dá muito ao concelho. Se vier é bem-vindo.
MPM – Quem é que preferia encontrar na corrida eleitoral do lado da oposição?
AA – É-me indiferente. Seja quem for que venha do outro lado, vamos ter de lutar, sempre com respeito mútuo e com certeza com ideias divergentes. Se é A ou B isso é pouco importante.
MPM – Que balanço faz da actuação da Câmara de Paredes de Coura?
AA – Como todas está a passar por momentos difíceis a nível financeiro. As câmaras vivem num quase sufoco permanente. Se calhar nem tudo foi bem feito, mas no essencial registo um trabalho positivo. Pereira Júnior, até ao final do mandato, vai cumprir na íntegra aquilo com que se comprometeu. A minha confiança enquanto presidente da concelhia é total no executivo.
MPM – Neste momento, tanto PS como PSD têm os seus líderes concelhios afastados das lides autárquicas. É fácil manter-se a par da realidade da Câmara e da Assembleia Municipal não tendo participação activa em qualquer destes órgãos?
AA – Não estou por opção. Quando entrei para a concelhia já tinham sido as eleições autárquicas, mas já tinha sido convidado antes disso e recusei.
MPM – E nas próximas eleições?
AA – Digo desde já que não farei parte de quaisquer listas. Absolutamente.
MPM – Mas entende que é necessário renovar as listas de candidatos, seja no PS seja noutro partido?
AA – Entendo que deve ser da competência do candidato à presidência da Câmara escolher quem quer que o acompanhe. Já em relação à Assembleia Municipal entendo que deveria haver alguma renovação, ter ali representadas pessoas que possam dominar determinado tipo de assuntos e que possam ser mais valias nas discussões.

08 fevereiro 2012

Todos iguais… mas uns mais que outros

"Apagão" da iluminação durante a noite chega ao Constitucional – notícia do Diário de Notícias

Pois é, parece que ali por Monção há quem não se conforme com a decisão unilateral da câmara municipal de apagar a iluminação pública durante a noite, especialmente quando nuns lados se apaga tudo e noutros deixa-se qualquer coisinha acesa. Vai daí, o presidente da Junta de Freguesia de Sá, considerando que "os cidadãos das 32 freguesias rurais são tratados de forma discriminatória e desigual face aos cidadãos da sede do concelho”, resolveu avançar com uma queixa para o Tribunal Constitucional, alegando que a medida não respeita os princípios de igualdade. Pode não dar em nada, mas lá que mostra que o homem não conforma facilmente, ninguém pode negar.

07 fevereiro 2012

Vale do Minho renovada

A Rádio Vale do Minho apresentou na semana passada a sua nova imagem online, com uma página totalmente remodelada e onde, além da informação habitual, podemos encontrar a meteorologia, as agendas culturais dos municípios do Vale do Minho e diversos conteúdos multimédia, incluindo o som de algumas das rubricas desta estação de rádio que revolucionou o panorama da informação nesta região. E ainda um espaço reservado à opinião, onde não falta um comentador com presença assídua na comunicação social courense.

06 fevereiro 2012

As palavras dos outros (3)

“Paredes de Coura: a música como um impulso do desenvolvimento” – artigo de opinião no âmbito da  unidade curricular “Economia Regional”, do curso de Economia da Universidade do Minho. Da autoria de Ana Raquel da Silva Nogueira, para ler no blogue “Planeamento Territorial”.

03 fevereiro 2012

Bailarico de Verão

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Agregação de freguesias é compulsiva a partir de Julho - notícia do Diário de Notícias

Depois destes dias de frio polar... as previsões apontam para um princípio de Verão muito quente. Mais não seja nas reuniões das assembleias municipais que vão ter, obrigatoriamente, de decidir o futuro da organização administrativa dos respectivos concelhos. Assim manda o Governo que lançou a bomba e impõe aos municípios que se aguentem à bronca!

01 fevereiro 2012

Ainda vem a tempo

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PAREDES DE COURA: Executivo exige regulamentação para pastoreio livre – notícia da Rádio Vale do Minho

Costuma dizer-se que mais vale tarde do que nunca. Neste caso, contudo, o assunto não é novidade alguma, mas também não se pode dizer que venha tarde, porque todos os dias aparecem casos novos. Por isso há que reconhecer que a tomada de posição da Câmara Municipal de Paredes de Coura é actual hoje… como o era há uns anos.

Vem a isto a propósito da exposição que a autarquia courense enviou à Direcção Geral de Veterinária a pedir uma solução, a nível legislativo, para os muitos casos de animais que, criados em regime de pastoreio livre, têm provocado prejuízos nas culturas agrícolas das zonas mais próximas dos locais onde estes animais se encontram. Ainda na última edição do Notícias de Coura encontrámos mais um exemplo de destruição provocada por estes animais. Isto, não obstante alguns esforços por parte das juntas de freguesia para tentarem agir de forma a evitar este tipo de situações.

Espera-se, contudo, que com a regulamentação surja também a responsabilização efectiva dos seus proprietários. Aliada, aliás, à correcta identificação dos animais e respectivos donos que, no meu entender, até deveriam ser obrigados a ter um seguro para responder perante situações de destruição ou acidente e, porque não, terem de pagar uma qualquer taxa por utilização do espaço público em proveito privado.