28 dezembro 2010

Uns a seguir aos outros

jardins centro cultural

Paredes de Coura: Câmara recorre a empréstimo de 600 mil euros para fazer face a dificuldades de tesouraria – notícia da Rádio Geice

Não sei porquê, mas lembra-me aquelas pessoas que fazem um empréstimo para pagar as dívidas contraídas com o cartão de crédito cujo plafond já excederam há muito.

27 dezembro 2010

Desemprego

semáforosUma das poucas fábricas existentes em Paredes de Coura fechou as portas há duas semanas, deixando ainda mais parada a Zona Industrial de Castanheira. O encerramento deu-se devido a motivos pessoais, asseguram, porque trabalho não faltaria. De qualquer das formas são más notícias para cerca de 20 trabalhadores que ficaram sem emprego.

Infelizmente esta parece não ser situação única. É que, para os lados da Zona Industrial de Formariz, também há já quem veja o seu emprego em águas agitadas a partir de Janeiro, com mais uma empresa instalada em Paredes de Coura há poucos anos a não conseguir chegar a bom porto.

Faltam, por isso, alternativas para tapar o buraco que estas duas situações irão criar.

23 dezembro 2010

Feliz Natal

 

Serviço público

 

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PAREDES DE COURA

E D I T A L

JOSÉ AUGUSTO BRITO PACHECO, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PAREDES DE COURA:

TORNA PÚBLICAS, em cumprimento do estabelecido no art. 34º do Regimento, as deliberações deste Órgão Autárquico, tomadas em sessão ordinária, realizada às 21,00 horas do dia 17 de Dezembro de 2010, no Salão Nobre dos Paços do Município.

 

= PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA =

Ponto n.º 1 – Foi distribuída lista de registo de expediente diverso.

A acta da sessão anterior, oportunamente distribuída e dispensada da sua leitura, depois de submetida à votação, foi aprovada, por maioria, com a seguinte votação: 38 votos a favor - sendo 25 do PS, 12 do PSD e 1 do PCP-; 2 abstenções do PS, por não terem estado presentes e 1 voto contra, do PSD.

Ponto n.º 2 – Apresentação de assuntos relevantes para o Município e a emissão de votos e moções.

Os representantes das comissões de Toponímia e da Defesa da Floresta Contra Incêndios prestaram informações sobre as actividades desenvolvidas.

Ponto n.º 3 – Intervenções políticas pelos grupos municipais.

Não houve intervenções.

 

= ORDEM DO DIA =

Ponto n.º 1 – Apreciação da informação escrita do Presidente da Câmara acerca da actividade do município, bem como da sua situação financeira, nos termos da alínea e) do art. 53º, da Lei 169/99, de 18 de Setembro.

Ponto n.º 2 – Apreciação, discussão e votação de proposta da Câmara Municipal para as Opções do Plano e Proposta de Orçamento para o ano de 2011.

Este ponto foi aprovado por maioria com 29 votos a favor, sendo 26 do PS, e 2 do PSD; 4 abstenções, sendo 2 do PSD e 2 do PCP8 votos contra do PSD.

O empréstimo de 600 mil euros, para acorrer a dificuldades de Tesouraria, em anexo ao Orçamento, foi aprovado por maioria com 38 votos a favor, sendo 27 do PS, 9 do PSD e 2 do PCP; 4 abstenções do PSD e 1 voto contra do PSD.

Ponto n.º 3 - Apreciação, discussão e votação de uma proposta da Câmara Municipal para reorganização dos Serviços Municipais, nos termos do Decreto-Lei nº 305/2009, de 23 de Outubro

Este ponto foi aprovado por maioria com 34 votos a favor, sendo 27 do PS; 5 do PSD e 2 do PCP e 7 abstenções do PSD.

Ponto n.º 4- Apreciação, discussão e votação de uma proposta de decisão de adesão ao Pacto de Autarcas.

Este ponto foi aprovado por unanimidade.

Ponto n.º 5 – Intervenção do público

Para que conste se publica este edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos locais públicos de costume.

PAREDES DE COURA, 20 de Dezembro de 2010

O Presidente da Mesa da Assembleia,

Incentivos…

16092010454Uns primam pela sua existência, outros consideram-nos desnecessários. Mas, bem vistas as coisas, pelos vistos até funcionam!

22 dezembro 2010

Assembleia Municipal: orçamento e negociata

CIMG1113A discussão do orçamento da Câmara Municipal de Paredes de Coura para o próximo ano prometia dominar a última sessão da Assembleia Municipal. E quase que conseguia. Quase porque na memória ficará não só a aprovação do principal documento para o município, mas também a polémica intervenção de João Cunha, do grupo municipal do PSD.

Primeiro as contas. As tais que vão traduzir a vinda de menos 663 mil euros para os cofres do município, o que necessariamente se vai reflectir no plano de actividades da autarquia para 2011, com “algumas dificuldades financeiras e de execução”, como já explicou o presidente da Câmara. Que adiantou também que os cortes não irão afectar nem a acção social nem as promessas feitas aos presidentes de junta. Por isso mesmo, não foi de estranhar que, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores, também este orçamento tenha sido aprovado com os votos favoráveis não apenas da maioria socialista, mas também de alguns presidentes de juntas social-democratas.

No entanto, como se pôde ver e ouvir, nem todos os social-democratas estão de acordo com as posições tomadas por Pereira Júnior e companhia. Que o diga João Cunha que numa inflamada intervenção apontou baterias ao executivo socialista da autarquia e não olhou a quem se atravessava à sua frente. Negociata foi a acusação mais forte da noite, com o deputado municipal do PSD a questionar os negócios entre a Câmara e a Ritmos, nomeadamente a festa de passagem de ano, que também já mereceu críticas noutros espaços informativos. João Cunha juntou ainda no mesmo saco a nomeação de Vítor Paulo Pereira para assessor do presidente da Câmara, um assunto com mais de um ano de existência, mas que ainda assim mereceu, da parte deste social-democrata, críticas tais que já há quem diga que o próximo encontro entre os dois será em tribunal. Se assim for, não faltarão testemunhas!

18 dezembro 2010

Coincidências e lamentos

30062009151Na mesma altura em que um grupo de arquitectos e engenheiros a exercer em Viana do Castelo vem a público exigir uma auditoria aos serviços de obras da Câmara daquele município, há uma empresa que se queixa de que o processo para a instalação de uma nova unidade industrial naquele concelho está parado nos serviços camarários vai para dois anos.

Sobre a primeira queixa, a autarquia vianense diz que há interesses políticos por detrás das reivindicações. Assim como assim, nesta terra parece que tudo tem de ter a ver com política, por isso, provavelmente até terá razão. Em Faro, pelos vistos também havia queixas, e o novo presidente da Câmara fez o que se sabe.

Sobre o segundo caso a câmara argumenta com a lentidão do processo de expropriação. Com ou sem razão, não é de desprezar quando uma empresa se predispõe a investir 28 milhões de euros e a criar 40 postos de trabalho. Com tanto terreno em Paredes de Coura, que jeito davam os 40 novos empregos.

17 dezembro 2010

Acautelar o futuro

hospital da misericórdia

Paredes de Coura: Recuperação do Hospital da Santa Casa da Misericórdia vai custar 1,4 milhões de euros – notícia da Rádio Geice

Poupar às escuras

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Em dia de aprovação de plano de actividades e orçamento da Câmara de Paredes e Coura (mais logo à noitinha, na Assembleia Municipal), relembro uma das medidas que os autarcas do Alto Minho encontraram para fazer face ao corte anunciado de verbas vindas de Lisboa: o apagão. Os dez municípios do distrito decidiram, não se unanimemente ou por maioria, prescindir de algo porque têm lutado nas últimas décadas, e resolveram que, agora que é hora de apertar o cinto para compensar os exageros de anos anteriores, há que deixar as ruas às escuras.

Afinal, parece que lutas e reivindicações de anos e anos, para se alargar a iluminação pública a este e àquele lugar, foram rapidamente esquecidas e, na hora do aperto, nada mais simples do que apagar a luz, supostamente para poupar um milhão de euros. Nada tenho contra a poupança, muito pelo contrário, mas esta medida cheira-me a facilitismo e a distracção. Facilitismo porque, provavelmente, terá sido a primeira ideia que surgiu nas mentes dos nossos autarcas. É que pensar em adiar projectos, repensar prioridades e redefinir estratégias dá muito trabalho e apagar a luz… é só pedir à EDP. Distracção porque o essencial não é o que se vai poupar agora, é o que não se devia ter gasto antes. Vir agora com cortes programados da iluminação pública é querer tapar o sol com a peneira, como se isto resolvesse os problemas financeiros que as autarquias foram engrossando nos últimos anos.

O apagão programado da iluminação pública traz ainda, a meu ver, uma outra situação que parece ter passado ao lado dos decisores. É que, se nos centros urbanos a redução do número de candeeiros em funcionamento não vai ser tão notada, até porque o apagão não é total e há sempre estabelecimentos comerciais com publicidade luminosa que ajudam a abrilhantar a coisa, nos meios rurais o cenário não é esse. E, mesmo que seja apenas durante algumas horas da madrugada, deixar as aldeias completamente às escuras não me parece uma boa ideia e só uma palavra me vêm à cabeça: insegurança. Das pessoas e bens, por um lado, pois a escuridão da noite é cúmplice dos amigos do alheio (que já se devem estar a preparar para “trabalhar” nos horários previamente definidos pela EDP), mas também das vias de circulação. É que há troços de estradas municipais e nacionais que, sem iluminação pública são autênticas ratoeiras para os automobilistas.

Será que o apagão é solução para poupar? E se o for será que esse dinheiro vai ser bem aplicado pelas autarquias ou vai servir para tapar buracos que entretanto surjam e nós continuamos a pagar por essas asneiras? O melhor é esperar pela lua cheia para se ver melhor a coisa!

De volta

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