28 setembro 2011

Tinha de ser mesmo ali?

iphone28092011Não tenho nada contra as festas em honra de Nossa Senhora do Rosário, que este fim de semana decorrem em Lamamá, Paredes de Coura. Ou contra a organização. Mas é óbvio que, como a foto demonstra, o local escolhido para colocar o primeiro arco da festa não foi o melhor.

A zona, mesmo em frente à entrada principal da EB 2.3/S de Paredes de Coura, já é conhecida pela confusão de trânsito que se gera aquando da entrada e saída dos alunos, especialmente se tivermos o azar de nos cruzar com algum autocarro, e ainda por cima resolvem estreitar a única via de acesso à escola? Não faz sentido. Ainda para mais quando o arco ou qualquer coisa semelhante poderia ter sido colocado mais atrás ou mais à frente na mesma rua, minimizando os implicações no trânsito e no estacionamento.

Poderão dizer, e bem, que o problema daquela zona e daquele acesso não é de agora e que já muito se falou mas ainda não se conseguiu encontrar uma solução. É verdade e, pelo que consta, só uma intervenção de fundo nas instalações da escola, com a redistribuição de espaços e a mudança de localização da entrada principal é que poderá solucionar este problema. Mas, enquanto isso não acontece, e pelo corte de verbas e projectos a que assistimos todos os dias não acontecerá nos próximos anos, há que, pelo menos, tentar não complicar ainda mais a vida a quem ali tem de passar. Já basta o estacionamento desordenado, não é preciso mais um arco de festa para atrapalhar!

25 setembro 2011

Contrastes

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O mundo é cheio de contrastes. Nada de novo portanto. Dos cheiros e das cores às pessoas e às políticas, para cada sim há sempre um não. E, não raras vezes, convivem um lado do outro, partilhando uma mesma realidade. É um caso desses que partilho hoje com os leitores do Mais pelo Minho.

À minha caixa de email têm chegado, nas últimas semanas, mensagens de algumas pessoas amigas, que quando lidas em separado mostram duas realidades diferentes, uma boa, a outra nem por isso. Por um lado dão-me conta da vitalidade que o sector da construção civil parece estar a atravessar no distrito, tal é o volume de obras públicas que têm sido colocadas em execução nos últimos tempos. O nosso concelho, aliás, é um exemplo disso e basta uma leitura atravessada dos jornais das últimas semanas para contabilizarmos meia dúzia de obras que ou se encontram já em execução ou cujo início a breve prazo foi anunciado.

Mas, e lá está a tal coisa dos contrastes universais, ao mesmo tempo que recebo estas notícias, chegam-me outras às mãos a dar conta de uma realidade totalmente diferente e, ainda assim, intrinsecamente ligada a esta: o facto de, ao mesmo tempo que as autarquias multiplicam as adjudicações de obras públicas, existirem empresas de construção civil à beira da falência e outras ainda um passo mais à frente, já falidas, tudo porque o Estado e, em grande número, também as autarquias, lhes devem milhares (milhões?) de euros de obras já realizadas ou em execução mas que tiveram de abandonar por falta de pagamento.

Curioso é observar, também, que autarquias que devem milhares a empresas de construção civil, exigem dessas mesmas empresas, noutros concursos públicos, cauções de vários milhares como garantia pela obra a realizar. Mesmo sabendo que, do lado de lá, nas contas por saldar dessas autarquias (e escrevo autarquias porque não se trata apenas de câmaras mas igualmente de juntas de freguesia) o saldo positivo a favor do empreiteiro é largamente superior ao do custo total da obra a que este concorre. Nada que me surpreenda, contudo. Depois de observar casos de obras públicas em que, a meio dos trabalhos deixa de se cumprir o caderno de encargos aprovado para concurso porque o dinheiro não chega, até pedidos de pagamento urgente de taxas e licenças de algumas centenas de euros, quando a empresa está credora de milhares na mesma câmara municipal.

Chamei-lhes contrastes? Deveria ter dito antes contradições!

16 setembro 2011

Ele anda aí! E pode voltar?

Sessão solene CMPC 2010 023Deixou de fazer parte do elenco camarário de Paredes de Coura, por força do seu afastamento antes das eleições autárquicas de Outubro de 2009, mas António Esteves, o “professor Esteves”, tem a vida autárquica impregnada na vida, mercê dos longos anos que passou como vereador na autarquia courense e por isso é sem qualquer ponta de estranheza que o vemos, religiosamente, a assistir a qualquer acto público do concelho e, inevitavelmente, às sessões da Assembleia Municipal. Nestas últimas não se limita a assistir e, fazendo uso do direito cívico que lhe assiste, é assíduo a intervir utilizando o período reservado às interpelações por parte do público.

Ainda na última Assembleia Municipal ele lá esteve, a assistir calmamente à discussão de temas como o abandono de animais, as taxas de saneamento ou os impostos municipais, e no final, saca dos seus apontamentos e vá de mostrar que, apesar de não estar na Câmara continua a estar atento ao que se vai passando no concelho. Falou dos animais abandonados, também, mas não apenas dos cães e gatos, lembrando os que invadem os campos alheios e os que morrem de fome nos montes e que “quando criam prejuízo não têm dono, mas para os subsídios têm sempre dono”. “Têm de tomar uma posição sobre isso também”, exortou António Esteves, que abordou ainda questões como o apagão da iluminação pública e a fraca cobertura da Televisão Digital Terrestre em Paredes de Coura. “Não vi ainda qualquer posição desta Assembleia sobre este assunto”, conclui o “professor Esteves”.

Posições que levam já algumas pessoas, algumas delas bem próximas do antigo vereador, a dizer que no ar pode estar um eventual regresso à vida autárquica nas eleições de 2013… como candidato à presidência da Câmara. Surpresa? Em parte, tendo em conta o afastamento da estrutura socialista courense e do executivo em 2009. Ou se calhar nem por isso, tendo em conta precisamente as circunstâncias em que supostamente terá acontecido esse afastamento que, dizem algumas vozes, lhe terá sido imposto. De qualquer das formas, a concretizar-se (e estamos ainda muito longe de Outubro de 2013) não deixará de ser uma situação que promete causar mossa no seio dos socialistas de Paredes de Coura. A ver quem sobressai dos escombros!

14 setembro 2011

Uma casa às avessas

CIMG0852A prestação do PSD na Assembleia Municipal de Paredes de Coura faz, por vezes, lembrar aquele velho ditado popular português: casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. Não obstante o bom desempenho que Décio Guerreiro tem tido à frente da bancada social-democrata, há sempre um ou outro episódio que acaba por sobrepor-se a qualquer outra intervenção e que, no final da sessão, acaba certamente por deixar marca.

A última reunião foi exemplo disso mesmo. O protagonista: o antigo líder da concelhia courense e ex-vereador, João Cunha que, desta feita, resolveu criticar, em plena assembleia, a prestação de um dos vereadores do PSD na Câmara de Paredes de Coura. Discutiam-se, na altura, as taxas a aplicar em 2012 nos impostos municipais, nomeadamente na derrama, e, ao ouvir o presidente da Câmara justificar que, apesar de insignificante, a verba arrecadada com este imposto dava jeito aos cofres municipais, João Cunha prontamente respondeu que o autarca estava preocupado com a receita quando se devia preocupar também com a despesa, questionando o presidente da Câmara relativamente aos encargos e receitas dos parques de estacionamento, aos custos da festa de passagem de ano e aos critérios de atribuição de subsídios.

E foi precisamente na questão dos subsídios que João Cunha não hesitou em apontar o dedo a José Augusto Caldas, vereador do seu partido na autarquia, considerando que “os subsídios são injustos e vergonhosos”, mas que “muita culpa tem o vereador do PSD que votou a favor da sua atribuição”. Acusação que o vereador social-democrata não quis deixar sem resposta, tendo solicitado à mesa autorização para explicar a João Cunha o porquê da sua posição nas votações, que justificou com as várias iniciativas de apoio à produção de produtos locais que constavam do programa do PSD nas últimas autárquicas.

“Voto na esperança de que alguma coisa nasça daí e enquanto aqui estiver continuarei sempre a votar a favor”, acrescentou José Augusto Caldas que aproveitou a ocasião para tecer algumas críticas ao executivo socialista, ao referir, nomeadamente, que “a Câmara faz tudo cá para dentro, para entreter cá dentro. Tirando o Festival nada traz as pessoas para aqui”. Por isso deixou o apelo para que se façam coisas que permitam chamar “os de lá de fora cá para dentro”. Críticas e explicações que não obtiveram resposta. Nem do autarca socialista, nem do seu colega de partido.

 

PS: Já agora, e relativamente a uma das questões levantadas por João Cunha, sobre os encargos e receitas dos parques, de registar a conclusão da resposta de António Pereira Júnior: “Os parques estão a dar prejuízo. Naturalmente!”

07 setembro 2011

Ausente à chamada

 

Um dos nomes apontados como eventual sucessor de António Pereira Júnior à frente da Câmara de Paredes de Coura, acaba de anunciar que está fora da corrida eleitoral de 2013. Rosalina Martins, ex-deputada da nação e ainda deputada municipal cá pelo burgo, não deixa margem para dúvidas e afirma: “não me candidatarei à sucessão de Pereira Júnior”. Menos um na lista!

05 setembro 2011

A ver a banda passar

Aparentemente o substituto de António Pereira Júnior já está escolhido. Pelo menos, e a ver pelo cenário de ontem de manhã, no que respeita a receber as bandas de música à porta dos Paços de Concelho, ao domingo de manhã. Ou será que depois de tamanho sacrifício poder-se-à dar o caso do actual número dois do executivo ficar… a ver a banda passar?