31 julho 2012

Festas do Concelho? É fazer as contas…

A memória é uma coisa tramada! Quando menos esperamos faz das suas e traz-nos à lembrança algo que outros parecem ter esquecido. Ou então, a falta de memória, faz-nos esquecer o que fizemos anteriormente e hoje somos apanhados em contradição. Acontece aos melhores.

Neste caso, contudo, nem se pode dizer que tenha sido a memória, mas sim a internet. É que, ao ver esta notícia da Rádio Vale do Minho que dá conta da redução do orçamento da edição deste ano das festas concelhias de Paredes de Coura, bastou fazer uma pequena pesquisa online para verificar que, afinal, nem tudo o que se diz hoje bate certo com o que se contou ontem. É que, dizer hoje que as Festas do Concelho vão sofrer um corte de 50 por cento mas, logo a seguir, informar que o orçamento previsto é de cerca de 50 mil euros, é esquecer que, no ano passado já tinha havido uma redução significativa (face a 2010), e ainda assim o valor apontado para a realização das festas rondava os 70 mil euros.

Ora, de acordo com a minha calculadora, que é para não correr o risco de me enganar a fazer contas de cabeça, metade de 70 mil euros ainda consegue ser menos que os 50 mil euros que a organização diz ir gastar em 2012. Mas, como dizia o outro, é fazer as contas…

 

PS – Já agora, fica aqui a ligação para o programa das Festas do Concelho de Paredes de Coura 2012, a decorrer nos próximos dias 10, 11 e 12 de Agosto.

28 julho 2012

Decidir o que já está decidido (2)

Mesmo ainda sem nada estar decidido, pelo menos nos órgãos competentes, parece que, afinal, Paredes de Coura já tomou uma decisão. O mapa ontem publicado pelo semanário Sol (clicar para ampliar) indica claramente que o concelho já se decidiu pela oposição à fusão de freguesias.Premonições…

27 julho 2012

Decidir o que já está decidido

É uma decisão adiada, mas a que a lei obriga: Paredes de Coura vai ter de agregar freguesias e passar das actuais 21 para um mínimo de 17. Cumprindo a lei, quer queira, quer não. A não ser que… alguma coisa mude ou que o sistema empate a obrigatoriedade.

É nesta última ideia que parece apostas a câmara courense. Ou seja, simplificando, se a Assembleia Municipal de Paredes de Coura se decidir pela não agregação de freguesias, terá de ser o Governo a obrigar a esse cenário. Só que, depois, a AM pode contestar a opção governamental e aí terá de ser a Assembleia da Republica a tomar a decisão. Se todos, ou grande parte dos municípios, seguirem igual caminho, prevê-se que o processo se arraste durante anos pelos corredores do Parlamento.

Isso mesmo explicou o presidente da Câmara de Paredes de Coura aos deputados municipais, incluindo os presidentes de junta, ao mesmo tempo que dizia ter a certeza de que não há nenhuma freguesia que se queira agregar. O certo é que a lei obriga as assembleias de freguesia a tomarem uma decisão, e a assembleia municipal também, pelo que nas últimas semanas multiplicaram-se as reuniões das juntas e na próxima segunda-feira há sessão da assembleia municipal especificamente para deliberar sobre este assunto.

Não era este, contudo, o modelo que o PSD courense defendia para analisar e discutir esta situação. Isso mesmo demonstrou Décio Guerreiro na última sessão da AM courense, explicando que o ideal era o assunto ser discutido na própria assembleia municipal antes de avançar para as assembleias de freguesia, como sugeriu que fosse feito por diversas vezes. “Acho que primeiro devíamos discutir isto em Assembleia Municipal ou num debate aberto”, explicou o líder da bancada social-democrata. Não foi ouvido, contudo, e ainda viu a sua intenção a não ter eco por parte da bancada socialista, com Carlos Barbosa a dizer que “as freguesias vão pensar pela sua própria cabeça”.

Deste modo, na sessão da próxima segunda-feira, aguarda-se um rotundo não às intenções do Governo de reduzir em quatro o número de freguesias de Paredes de Coura. Com a agravante de que, se for o Governo a decidir, não serão apenas quatro mas cinco as freguesias que terão de ser agregadas, conforme rege a lei. Ou nenhuma, segundo esperam os autarcas. Aliás, as palavras de Joaquim Felgueiras Lopes, presidente da junta de freguesia da vila, são elucidativas do estado de espírito dos autarcas courenses, quando questiona se “haverá aqui algum presidente de junta que queira ser o coveiro da sua freguesia?”

12 julho 2012

Faixa 1 – Período de antes da ordem do dia

A Assembleia Municipal de Ponte de Lima, na sua última reunião, aprovou uma medida que, como refere Nuno de Matos, autor da proposta votada naquele órgão autárquico, é uma vitória da transparência democrática e do direito à informação.  A partir de agora, a acompanhar a acta habitualmente disponibilizada na página internet do município de Ponte de Lima, vai igualmente estar a gravação áudio de toda a sessão, devidamente editada de modo que possibilite a consulta, em separado, da discussão em volta de cada ponto da ordem de trabalhos.

Ora, pergunto eu, e porque não adoptar também este comportamento, exemplar, na Assembleia Municipal de Paredes de Coura? Se as sessões são públicas, existe equipamento apropriado e todas as intervenções são já devidamente gravadas com vista a facilitar a execução da acta, o principal está feito. Resta, por isso, disponibilizar online o conteúdo dessas gravações, o que permitiria que todos os munícipes tomassem conhecimento das intervenções dos seus representantes na AM, das questões que levantaram, dos problemas que expuseram, das discussões que suscitaram, das explicações que receberam por parte dos elementos da Câmara Municipal ali presentes.

Claro que, tendo em conta o cenário actual, isto seria uma grande mais valia, já que neste momento o que está disponível online é apenas o resumo da acta. Ou seja sabe-se que determinado assunto foi aprovado mas desconhece-se com que contornos. Pegando num exemplo da última reunião da AM courense, ficamos a saber que foi aprovado um voto de protesto apresentado pela bancada socialista, mas desconhecemos que por detrás da aprovação dessa moção esteve uma discussão que durou mais de uma hora e que reuniu intervenções de vários elementos, de todas as bancadas.

No entanto, esta situação tem também uma desvantagem óbvia. É que, quer se quisesse, quer não se quisesse, ficariam guardadas, na memória de um qualquer disco digital, algumas intervenções que os próprios autores prefeririam ver apagadas da história, mas que continuariam acessíveis para memória futura. E havia de ser lindo recordar algumas passado uns anos!

11 julho 2012

Repetir a asneira

Depois dos problemas verificados já este ano, originados pelo excessivo ruído que o funcionamento de alguns dos bares da vila provocava, eis que a Câmara Municipal de Paredes de Coura volta a repetir o erro e vá de permitir o alargamento do horário de funcionamento deste tipo de estabelecimentos, alguns dos quais a funcionar por debaixo de edifícios residenciais. De domingo a quinta-feira até às três horas da manhã e ao fim de semana esticando a noite até às quatro horas da madrugada.

Será que os exemplos do que aconteceu no passado não são suficientemente elucidativos para a autarquia pensar duas vezes antes de enveredar pelo mesmo caminho dos anos anteriores? Ou será que as queixas já não têm razão de ser e, desta vez, os estabelecimentos abrangidos pelo alargamento do horário vão mesmo cumprir os condicionalismos que a Câmara impõe todos os anos (e que nunca são cumpridos) e salvaguardar “o bem-estar” da população?

Será que os ganhos que a autarquia prevê, já que fala em maior afluência e aumento do volume de negócios, justificam as queixas de outros munícipes que sofrem com o ruído? Ou será que se sobrepõem a elas?

10 julho 2012

Jovem, se tens mais de 18 anos…

Jovem, sem ligação às lutas partidárias, com um discurso sensível e que conheça bem a realidade do concelho. Está traçado o perfil do candidato social-democrata à Câmara Municipal de Monção nas próximas eleições autárquicas. Quem é? Ainda não se sabe, pois só o perfil foi definido pela concelhia local do PSD. O nome do escolhido só surgirá lá para Setembro ou Outubro, prazo apontado pela estrutura daquele partido.

Se, por um lado, se louva a intenção da concelhia monçanense em romper com o que foi feito até agora e fazer “uma demarcação clara” do passado, por outro lado, o enumerar de características que o futuro candidato deve ter, faz lembrar, infelizmente, aqueles anúncios para concursos públicos em que o perfil do candidato é traçado ao milímetro, quase com régua e esquadro, de modo a que encaixe perfeitamente,qual fato feito à medida, no perfil de quem se queria contratar ainda antes de lançado o concurso. Pode ser impressão minha, mas que parece que o candidato já está escolhido, lá isso parece!

09 julho 2012

Prevê-se um Agosto quente…

Autárquicas 2013: Distrital do PS espera apresentar candidatos em Setembro – notícia da Rádio Geice

As previsões apontam para temperaturas muito elevadas, especialmente nos concelhos de Paredes de Coura, Monção, Melgaço e Vila Nova de Cerveira. Em alguns casos possibilidade de trovoadas e noutros há hipótese de ocorrência de tempestades tropicais. Em Setembro aponta-se como quase certa a existência de muitas trombas de água.

03 julho 2012

Unanimidade à força

Não sei se o problema é dos jornalistas, por falta de atenção, se é de quem transmite a informação, numa tentativa de dourar a pílula, mas o certo é que as coisas são o que são e, quando são públicas, não há como negar as evidências. Isto a propósito da última sessão da Assembleia Municipal de Paredes de Coura e do voto de protesto que ali foi apresentado, contestando as medidas reformistas do Governo e a intenção de encerrarem o tribunal e retirarem a SIV que prestava serviço no concelho, entre outras coisas.
É que, por muito bonito que seja dizer ao mundo que daquela assembleia, que reúne três forças políticas diferentes, saiu uma posição unânime a contestar a acção do Governo, a realidade (dura e triste, sobretudo triste, mas sempre realidade) é que a proposta do Partido Socialista não colheu a unanimidade dos votos. Não é o que se lê nas notícias, aqui, ali e também acolá, mas foi o que aconteceu de facto. Deveria, e poderia, ter sido aprovada por unanimidade (e se calhar assim pensou quem a fez), mas houve alguém que não alinhou com os outros e vá de se abster na votação. E, graças à abstenção do social-democrata João Cunha, lá se foi a unanimidade que todos noticiam! Unanimidade… só se for à força!
Já agora, e a propósito do estado da saúde (e não só) em Paredes de Coura, dei de caras com um post no blogue Escavar em Ruínas, do amigo Jofre Alves, onde se reproduz uma petição do povo de Gondelim, Valença, que reclamava melhores cuidados de saúde e acessibilidades, entre outras prioridades. Ainda não tem 40 anos e, para a época, era já uma situação de excepção, mas retrata uma realidade que, em muitas coisas, quase faz lembrar a actualidade no nosso concelho, onde se deixam fechar as coisas praticamente sem luta e depois, ainda por cima, se vai bater à porta errada a reclamar.

Ao menos isso…

Paredes de Coura é o único concelho do distrito a escapar ao aumento acentuado do desemprego - notícia da Rádio Geice

Não deixa de haver, não deixa de ter crescido, mas continuamos a apresentar números de desemprego que em nada se comparam aos municípios vizinhos. Ao menos nisso, é bom que tenhamos gosto em não estar à frente…