27 junho 2013

EP justificam pintura.. com falta de classificação

 E eis que, pouco mais que mês e meio após a polémica pintura do gradeamento da Ponte de Mantelães, surge a explicação, já esperada e nada surpreendente, das Estradas de Portugal, para justificar a intervenção. Na altura, recorde-se, uma onda de crítica (mas não só) correu as redes sociais e uma das iniciativas que foi sugerida, e por muitos seguida, passava por utilizar o portal Estrada Livre, das Estradas de Portugal, para dar conta do descontentamento.
A resposta surgiu agora. E, como já havia referido, a culpa da pintura do gradeamento naquela cor vai, inteirinha… para a Câmara Municipal de Paredes de Coura. É que, apesar das Estradas de Portugal informarem que a cor utilizada se enquadra na imagem corporativa da empresa (lá se vão as justificações de segurança entretanto avançadas), sempre vão dizendo que “há excepções em que esta cor pode ser dispensada, caso estejamos em presença de obras de arte que sejam imóveis classificados ou então que sejam marcos da engenharia nacional”.
Ora, como referi logo na altura, a Ponte de Mantelães não é um imóvel classificado. Isso mesmo confirma, agora, as Estradas de Portugal, explicando que consultaram a autarquia courense “com vista a recolher elementos e/ou informação que fundamentasse o eventual carácter de excepção, que confirmou os dados que dispúnhamos anteriormente ou seja, que a obra de arte em apreço não é classificada”. Nada de novo, portanto. Apenas a confirmação de que, se tivesse havido interesse, como houve da parte do PCP há uns anos, quando apresentou (e viu chumbada) proposta nesse sentido na Assembleia Municipal, a pintura da ponte não seria, agora, motivo de polémica.

24 junho 2013

A ponte é… uma aberração cromática (2)

Depois das Estradas de Portugal terem pintado de amarelo forte a Ponte de Mantelães, muita contestação e polémica surgiu em torno deste assunto, com uns a favor e outros contra a cor escolhida. Não foi de estranhar, por isso mesmo, que na noite de S. João o gradeamento da ponte tenha sido um dos alvos escolhidos para a habitual crítica popular desta quadra. Desde esta noite, num dos lados da ponte, o amarelo foi amenizado por um cinza metalizado, como se pode ver na imagem. Do outro lado ainda houve quem ensaiasse umas pinceladas de vermelho. A ver se, com isto, alguém consegue perceber, finalmente, que aquela cor não será a mais correcta para aquele local.

21 junho 2013

Vêm aí obras?

Há muito que se fala na requalificação, e até transformação, do parque de estacionamento do Penedo da Veiga, nas traseiras da Câmara Municipal de Paredes de Coura. Desde 2007, pelo menos, que ouço os responsáveis da autarquia a apontarem soluções para aquela “paisagem lunar”. O certo é que, até agora, nada foi feito. Até agora! É que, agora,  o parque está vedado. Será que vêm aí obras? Será relva ou alcatrão?

14 junho 2013

Sai uma medalha!

Uma medalha para todos os presidentes de junta do concelho desde o 25 de Abril. É esta a proposta que José Cunha, do grupo municipal do PSD, apresentou na última Assembleia Municipal de Paredes de Coura. E que, apesar de algumas críticas, nomeadamente da bancada socialista, acabaria por ser aprovada com 28 votos favoráveis.

José Cunha, antigo presidente da Junta de Freguesia de Bico, aproveitou o período de antes da ordem do dia para apresentar uma proposta de recomendação à Câmara de Paredes de Coura, propondo a atribuição de medalhas de mérito da autarquia a todos os que desempenharam as funções de presidente de junta desde a “revolução dos cravos”, incluindo, naturalmente, ele próprio. “Seria bom que se lembrassem dos autarcas”, considerou José Cunha.

A proposta, contudo, não colheu o elogio de todos os presentes. Joaquim Felgueiras Lopes, presidente da Junta de Freguesia de Paredes de Coura, foi dos que veio a terreiro anunciar que estava contra uma proposta com este teor. “Não trabalho por causa das medalhas, mas por amor à camisola”, adiantou o autarca da vila. Outros houve que alertaram para a incongruência da proposta apresentada por José Cunha, lembrando que a Câmara tem um regulamento e uma comissão próprias para decidir sobre a atribuição de medalhas. Pereira Júnior, contudo, embora reconhecendo que se trata de “um assunto melindroso”, adiantou que esse era um assunto que já estava a ser estudado pela câmara. “Os presidentes de junta têm todo o direito a uma medalha”, concluiu.

11 junho 2013

Voto de pesar envolto em polémica

Polémica e confusão marcaram o início da última reunião da Assembleia Municipal de Paredes de Coura. Em causa os votos de pesar que o grupo municipal do Partido Socialista e também José Cunha, do PSD, apresentaram pela morte de Silvério Gonçalves, antigo presidente da Junta de Freguesia de Insalde, precisamente a freguesia onde decorreu esta sessão da Assembleia Municipal.

É que, ao contrário do aconteceu há pouco mais de um mês, em que todos os elementos da assembleia se uniram num unânime voto de pesar, desta feita a unanimidade foi interrompida pela intervenção de Décio Guerreiro que anunciou não ir votar nenhuma das propostas apresentadas. “Não sou hipócrita. Peço desculpa à família, mas não me revejo nos elogios que são feitos ao sr. Silvério”, explicou o líder do grupo municipal do PSD, referindo-se a questões relacionadas com a vida pessoal do falecido ex-autarca, que disse serem do conhecimento público na freguesia.

Uma tomada de posição que originou alguma confusão, com Rosalina Martins e Joaquim Felgueiras Lopes a dizerem que, enquanto presidente da Junta, Silvério Gonçalves cumpriu as suas funções. “Defendeu a freguesia e os interesses do concelho”, referiu o presidente da Junta de Freguesia de Paredes de Coura, acrescentando que “todos nós poderemos ter os nossos defeitos”. Rosalina Martins criticou Décio Guerreiro, argumentando ser de muito mau gosto “trazer à discussão questões de índole pessoal. Este é um voto político, a vida de cada um fica consigo”, referiu. Já João Cunha, do PSD, criticou aquilo que apelidou de “hipocrisia da Assembleia Municipal relativamente aos que falecem, quando muitas vezes não são respeitados em vida”.

A confusão voltaria aquando da votação, pois Décio Guerreiro, apesar de ter anunciado que não iria votar nenhum dos dois votos de pesar propostos, permaneceu na sala aquando da votação do voto socialista e, não votando contra ou abstendo-se, foi incluído pela mesa da assembleia no lote de deputados que aprovou o voto por unanimidade. Acabaria por abandonar a sala depois da votação, exigindo que ficasse na acta que saiu da reunião e não votou, pedido que a mesa recusou acatar na sessão mas a que, a ver pelo teor do edital com as conclusões da reunião, acabaria por aceder. No final, Paulo Rosa, do grupo municipal do PSD, resumiu com uma frase toda esta polémica em torno dos votos de pesar: “Não conheci o sr. Silvério, mas pelos vistos foi controverso em vida e continua a ser depois da morte”.