27 dezembro 2005

Hotel em Moselos

Ora aqui está mais um assunto que todos os anos vem à baila: a utilização futura do antigo hospital psiquiátrico de Moselos. Tal como o acesso à auto-estrada, a ocupação daquele edifício merece sempre a confiança do presidente da Câmara de Paredes de Coura no rol de "desejos para o ano que vem". Para aquele espaço ímpar no concelho já vi projectarem uma pousada, um hospital de rectaguarda, um centro do Inatel e um hotel.
Isso mesmo diz Pereira Júnior, numa notícia publicada na edição de ontem do Jornal de Notícias, em que anuncia a vontade de um grupo privado, presume-se que ligado ao sector, de instalar ali uma unidade hoteleira. Uma estrutura que aproveitaria ainda a envolvente do Monte da Pena e que seria criada a par com um campo de golfe de montanha. Um investimento, por isso mesmo, que se prevê elevado e de muito valor para esta região que, quanto a mim, só tem a ganhar com a aposta no turismo, como aliás recomenda o estudo estratégico encomendado há anos pelos autarquia.
O único entrave, explica Pereira Júnior no referido artigo, prende-se com a indefinição da propriedade do antigo hospital que balança entre os ministérios das Finanças e da Saúde, muito embora o pêndulo da balança incline mais para este último, até porque o edifício já chegou a constar do relatório de contas do Centro Hospitalar do Alto Minho, como parte integrante do património daquela instituição.
A meu ver o projecto só pecará por tardio. É certo que o turismo nesta zona (não só em Paredes de Coura) ainda tem muito para dar (é ver o exemplo dos recentemente inaugurados hotéis de Monção e Melgaço), mas o forte atractivo que poderia ser o campo de golfe de montanha corre o risco de ser ultrapassado por projectos semelhantes que estão previstos para Vila Nova de Cerveira e Arcos de Valdevez. Já para não falar no velho problema das acessibilidades, mas isso é outra história.

Orçamento a votos

A Assembleia Municipal de Paredes de Coura vai discutir e votar o orçamento da autarquia para 2006 já amanhã, numa sessão agendada para as 14.30 horas. Em discussão vai estar a proposta que mereceu a unanimidade dos membros dos executivo camarário, que ronda os 22 milhões de euros.
Sobre o documento, que por enquanto desconheço, abstenho-me de tecer quaisquer considerações. Já sobre a reunião da Assembleia Municipal, ficam aqui dois pequenos reparos: o primeiro prende-se com a pouca divulgação desta reunião (só nos Paços do Concelho é que se pode ver a convocatória); o segundo reparo vai para o horário da sessão, marcada para as 14.30 horas. Longe parecem ir os tempos em que o presidente daquele órgão apelava a uma maior participação dos munícipes nas reuniões, pois se à noite pouca gente vai, durante o horário normal de trabalho é que ninguém aparece, como já foi notado em ocasiões anteriores. Ahh, esqueci-me dos reformados...

23 dezembro 2005

Feliz Natal

A todos os que por aqui passam, os meus votos de Feliz Natal.
É uma época do ano que passa a correr (tal como a fotografia). É a correria para comprar os presentes, continuamos a correr para ter tudo pronto na noite de consoada e nunca deixamos de correr, nem mesmo quando temos de parar um pouco para, pelo menos nesta altura, estar com aqueles que amamos para passar um Feliz Natal.
Tenham um Natal muito, muito feliz.

22 dezembro 2005

Bombeiros sem tempo $$$

Já viram as declarações de Décio Guerreiro no último O Coura a propósito da não comemoração do aniversário dos Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura. Então não é que, quando questionado sobre o porquê de, este ano, não se ter comemorado mais um aniversário daquela associação humanitária, este diz que tal não se fez porque... a direcção anda ocupada com outras coisas.
Bem sei que o aniversário dos Bombeiros é mais um pretexto para fazer uma festa do que outra coisa. Têm faltado outro tipo de iniciativas associadas a esta ocasião, que trouxessem até ao quartel mais pessoas, pessoas que não estão interessadas em ouvir os discursos da praxe nem em assistir a desfiles de carros e bombeiros, mas que gostariam, por exemplo, de ver debatidas algumas quetões relacionadas com a protecção civil no concelho.
Mas, corrijam-se se estiver errado, a desculpa de Décio Guerreiro foi muito esfarrapada. Então, numa direcção com um poucos de elementos, não há ninguém que se possa ocupar das comemorações. Ou será que a direcção só tem Décio Guerreiro e os outros só ali foram fazer figura nas eleições?
Cá para mim o problema dos Bombeiros de Paredes de Coura é o mesmo de toda a gente: a falta de tempo $$$, ou seja a falta de dinheiro. É que as obras do novo/renovado quartel não tardam aí e, se calhar, dinheiro para as pagar só aquele que a associação foi poupando ao longo dos anos e nada ainda de Lisboa. Não há que ter vergonha de assumir que a crise também afecta os Bombeiros. Se calhar, assim, até haveria quem, embalado pelo espírito natalício, abrisse mais os cordões à bolsa no peditório dos voluntários.

20 dezembro 2005

Um autor de Coura...

... acaba de lançar a sua mais recente obra, sobre a história das bandas de música e filarmónicas existentes na área da Valimar. Vitor Paulo Pereira, que os courenses conhecem como professor de História na Escola Secundária, elemento dinamizador do festival de música de Paredes de Coura e, mais recentemente, como candidato à Câmara deste concelho integrado na lista socialista, é o autor de "História das bandas de música da Valimar", uma obra que surge inserida no projecto "Sons e Acordes - Valorização das raízes culturais do Lima".
Um exemplo a seguir, está mais que visto. E já agora uma sugestão: para quando uma obra semelhante sobre as raízes e impacto do festival de música em Paredes de Coura desde o seu início? Muitos parabéns.

19 dezembro 2005

Política gelada

Ao ver as últimas manhãs, bem frias e com muito gelo nas estradas, não pude deixar de lembrar o episódio caricato que se viveu no Inverno passado, com elementos da JSD e JS de Paredes de Coura a "lutarem" entre si para ver quem fazia mais pelos automobilistas. Lembram-se daquela história do sal na estrada...
Ora o Inverno está aí outra vez, o gelo já se começou a notar e... será que vamos ter novamente os joves políticos a espalhar sal para evitar os despistes. Espero que não seja necessário, pois tal função caberá, antes de mais, às Estradas de Portugal, à Câmara Municipal e, eventualmente, aos bombeiros. De qualquer maneira, se eles quiserem colaborar, sejam socialistas ou social democratas, só temos de aceitar e agradecer. É que, com gelo é que não se pode andar.
Aliás, penso que Paredes de Coura só teria a ganhar com essa união de esforços, e não apenas nesta ocasião. No entanto, o que se vê na maior parte da decisões das reuniões de Câmara e da Assembleia Municipal é uma clara divisão entre poder e oposição, com algumas excepções mais visíveis nas sessões da Assembleia, em que, muitas vezes, os presidentes de junta optam por esquecer a cor que os elegeu e defender os interesses da sua freguesia. É claro que podem sempre argumentar, como já alguém aqui disse, que se não aprovarem as opções da Câmara são ostracizados face ao poder instituído. Também acredito que haja casos desses.
O certo é que, de um modo geral, numa situação política como a que se vive em Paredes de Coura, a oposição nada pode fazer contra a vontade da maioria. Estão em minoria na Câmara e continuam em minoria na Assembleia Municipal, não obstante a eterna aliança com o, agora ainda mais desvalorizado, grupo da CDU.
Dir-se-à, então, que fazem oposição só por serem da oposição e realmente é isso que se verifica. É claro que, se não concordarem fazem muito bem em votar contra, mas só se não concordarem. E quantas vezes já vimos a oposição a votar contra apenas porque a ideia não foi deles? Nesses casos a solução é só uma: aguardar até às próximas autárquicas (ainda falta tanto tempo!) e esperar que outros ventos soprem.

16 dezembro 2005

PDM para quem?

Para quem tenha dúvidas sobre a forma descontraída como os courenses ignoraram a revisão do PDM, que esteve aberto a consulta pública durante algum tempo, trago aqui as declarações do récem-eleito presidente da Junta de Freguesia de Infesta a propósito do Plano Director Municipal. Em entrevista ao Notícias de Coura, a certa altura, Celso Barbosa, o novo autarca, diz que ele e os seus colegas da Junta de Freguesia vão estar "atentos ao PDM que irá ser brevemente reavaliado no sentido de acompanhá-lo e sugerir eventuais alterações assentes nas necessidades reais da freguesia".
Ora, se o PDM já vai ser aprovado em reunião de Câmara, será que já não foi reavaliado como ele refere. A minha conclusão é esta: se até um autarca, que vai ter de gerir os destinos da sua freguesia com base nos pressupostos do PDM, desconhece o ponto em que este está, o que acontecerá com o resto da população do concelho?

14 dezembro 2005

O Baile

A edição de ontem do Notícias de Coura dá grande destaque à "dança das cadeiras" na vereação social democrata da Câmara de Paredes de Coura lembrando que Décio Guerreiro suspendeu o mandato para que foi eleito em Outubro último. Nada de novo, tendo em conta a entrevista dele numa das últimas edições de O Coura onde falava sobre a rotatividade que iria promover entre os eleitos à autarquia pelo seu partido, de modo a dar a outros a oportunidade de passarem pela vereação.
Nada que não seja praticado, também, noutros municípios com os vereadores da oposição, que não têm pelouros atribuídos. É de estranhar, realmente, que seja feito numa altura em que se discute o PDM (eu não sabia que ia ser aprovado, e se calhar a maioria dos courenses também não), mas se calhar é porque julga que o seu substituto estará melhor informado sobre este documento. Eu cá tenho as minhas dúvidas, mas também sei que o PDM está revisto e aprovado à partida com os três votos da maioria socialista e que não são os políticos, mas os técnicos que ditam as leis que dali emanam.
Sobre este assunto, aliás, tenho uma opinião muito própria. É que eu sou daqueles que, à semelhança do que acontece (ou deveria acontecer) com um qualquer Governo, defendo que quem deve ser eleito para as autarquias é apenas o presidente da Câmara, sustentado por qualquer partido ou grupo de cidadãos, que depois teria liberdade para formar uma equipa composta necessariamente por elementos com conhecimento das áreas que ficariam sobre a sua tutela. Só deste modo não corríamos o risco de ter um médico a gerir o planeamento urbano ou um engenheiro de minas à frente do sector cultural. É certo que nem assim se deixaria de dar lugar aos amigos de partido, mas podíamos ter pessoas competentes em cada área.
Voltando à suspensão de Décio Guerreiro e à rotatividade de vereadores, a autora do artigo fala em "formação de candidatos" mas na prática esta situação deverá ser encarada como preparação de terreno para outros voos por parte dos envolvidos. É que, ninguém duvide, Décio Guerreiro não resiste a mais nenhum embate eleitoral e deve começar a procurar substitutos.

08 dezembro 2005

Vamos ficar sem urgências?

Acabo de ver a notícia na SIC, mas já vinha na edição de hoje do Diário de Notícias: o Ministério da Saúde vai reorganizar as urgências hospitalares e, pelo que li, Paredes de Corua corre o risco de perder a urgência nocturna. De acordo com a notícia, já a partir de Janeiro, os centros de saúde que atendam menos de 10 pessoas por noite, vão deixar de ter urgências durante o período nocturno.
Deconheço o indíce de atendimentos do Centro de Saúde de Paredes de Coura, mas não será de admirar que não tenha os 10 utentes nocturnos exigidos pelo Ministério, pelo que temo o pior: o encerramento das urgências. Situação que, aliás, já tem vindo a ser falada noutras ocasiões, muito embora com outros argumentos.
Mas, mesmo que tenha mais de 10 urgências nocturnas, a reorganização proposta pelo Ministério da Saúde implica também que, para funcionar mesmo com os serviços de urgência básica, o centro de saúde disponha, obrigatoriamente, de meios complementares de diagnóstico. Ora, todos sabemos que em Paredes de Coura nem um RX podemos fazer... Parece-me que, desta vez, o encerramento será mesmo para valer.
E como ficamos então? De acordo com o Governo, se tivermos uma alternativa a menos de uma hora de viagem, o encerramento é mais que certo e a deslocação é garantida. Temos Ponte de Lima, a 30 minutos, e um hospital central, em Viana do Castelo, 15 minutos mais tarde. Vamos, então, ficar sem urgências à noite em Paredes de Coura? Reajam! Enquanto há tempo!

Novo inquérito

A partir de hoje novo inquérito em Mais pelo Minho! Desta vez sobre a utilização dos parques de estacionamento de Paredes de Coura.
Há quem diga mal e utilize, e quem só veja vantagens mas nunca lá tenha posto os pés. Vamos a ver como é!
Já agora, em relação ao inquérito anterior, sobre a localização do acesso à auto-estrada, de referir que 64 por cento dos votantes preferem uma ligação rápida a Arcozelo, Ponte de Lima, e não a Sapardos.

Mais parques... em Valença

Valença também vai ter parques de estacionamento subterrâneos. Um investimento de 7,5 milhões de euros que faz parte do projecto de Souto Moura para a recuperação da fortaleza. Adivinha-se, contudo, que, ao contrário do que acontece em Paredes de Coura, os cerca de mil lugares de estacionamento a construir em Valença vão ser praticamente todos utilizados. A diferença em relação ao nosso concelho é que, enquanto Valença procura solucionar um problema (a falta de espaço para estacionamento) que salta aos olhos, em Paredes de Coura a aposta foi precaver eventuais problemas do género no futuro.
Assim sendo, não será de estranhar que a grande maioria dos lugares de estacionamento dos parques da vila estejam às moscas durante grande parte do ano. Não quero falar aqui das outras obras que poderiam ter sido feitas com aquele dinheiro, até porque não duvido que os fundos ali aplicados certamente não teriam sido atribuídos para outras coisas. Mas, agora que os parques estão feitos e sub-aproveitados, há que puxar pela cabeça para os ocupar, e digo ocupar e não rentabilizar, porque isso seria mais complicado. Oferecer estacionamento gratuito aos utilizadores dos espaços comerciais da vila seria um bom princípio (os proprietários dos restaurantes agradeciam) e ajudaria a criar nos automobilistas, courenses ou apenas de visita, o hábito de procurar os parques de estacionamento subterrâneo, ao invés de arriscarem uma multa por pararem em cima do passeio.
Já agora, de referir que as obras que estão a ser feitas em Valença contemplam ainda a colocação de tubagens para a distribuição de gás natural e televisão por cabo. Também a pensar no futuro e numa vila livre de antenas graças a um acordo com a TV Cabo. Em Paredes de Coura desconheço se isto também foi precavido, mas dado o proliferar de antenas parabólicas não será de estranhar que esse pormenor tenha ficado esquecido.

06 dezembro 2005

Será que resulta?

A Câmara de Ponte de Lima, na sua reunião de ontem, deliberou alterar a velocidade máxima de circulação nas estradas municipais daquele concelho para 40 Km/hora. Tudo em nome da segurança rodoviária porque, dizem, querem garantir maior segurança a automobilistas e peões.
É um exemplo que pode ser seguido por outros municípios, muito embora tenha praticamente a certeza que poucos irão cumprir o novo limite. Para proteger os peões o melhor seria reforçar as estradas e ruas com passeios e passagens de peões, tanto em Ponte de Lima como em Paredes de Coura. No nosso concelho muitas das estradas, e mesmo ruas dentro do perímetro urbano da vila, ainda não têm passeios e os peões são obrigados a circular pela faixa de rodagem.
E passadeiras, então, nem vê-las em grande parte das ruas. A zona que foi alvo da intervenção urbanística lá ganhou umas passagens de peões modernas, que muito confundem os condutores, mas e o resto? Será que é preciso fazer uma colecta para comprar umas latas de tinta?

05 dezembro 2005

Autonomia para a escola


O Ministério da Educação vai escolher, até ao final deste ano lectivo, as 20 escolas que, a partir do próximo ano, vão passar a ter mais autonomia, com a descentralização de alguns poderes que até agora estão reservados aos organismos daquele ministério. A escolha, anunciou a ministra da Educação na semana passada, vai recair sobre um lote de escolas consideradas “casos de sucesso”.
Ora, se bem se lembram das palavras de José Sócrates aquando da abertura do ano lectivo na escola básica integrada de Paredes de Coura, a nossa escola foi apontada pelo primeiro ministro como um modelo a seguir, logo, necessariamente, um caso de sucesso. Estará, portanto, assim o desejamos, dentro do lote das escolas seleccionáveis para o estatuto de autonomia.
Aguardamos agora o desenrolar deste processo, na esperança de que a aposta da Câmara de Paredes de Coura em concentrar todas as escolas numa única, resulte também numa escola mais independente do poder central.
De acordo com a ministra da Educação, as 20 escolas seleccionadas vão seguir um modelo organizacional que tem vindo a ser desenvolvido com sucesso na Escola da Ponte, na Vila das Aves. Entre as competências extra de uma escola com autonomia contam-se, por exemplo a contratação directa de professores, mas também a liberdade para estabelecer novos conteúdos programáticos e métodos de ensino e, realce-se, sempre com a participação dos pais e dos próprios alunos.A ministra, contudo, não deixa de alertar para alguns perigos da autonomia das escolas, referindo, por exemplo, o clientelismo que poderá existir na contratação de docentes.

02 dezembro 2005

Então e os cartazes?

Alguns posts atrás escrevi acerca da chegada a Coura dos primeiros cartazes dos candidatos às eleições presidenciais de Janeiro. Desde então mais alguns surgiram, de tamanho mais reduzido.
Qual não é o meu espanto, contudo, quando hoje ao andar pela vila reparo que quase todos estão desfigurados ou mesmo desfeitos. Será que o mau tempo da noite passada foi asssim tão forte e eficaz? Ou será que teve alguma ajudinha a rasgar cartazes? Cá para mim há alguém que deve estar com uma grande gripe, depois de uma noite passada a desfazer o trabalho dos outros.

01 dezembro 2005

Amanhã há teatro

Numa organização da Associação Cultural Recreativa Desportiva de Paredes de Coura, é levada ao palco do Centro Cultural de Paredes de Coura, amanhã, pelas 21:30, a peça de teatro "Alto.Sentido".
A interpretação vai estar a cargo do Grupo de Teatro da Associação Cultural de Chafé.
Trata-se de uma peça da autoria de Álvaro Peixoto, com encenação de Jorge Lima.
O acontecimento é patrocinado pelo Inatel Viana e pelo Municpio de Paredes de Coura, sendo a entrada gratuita.

Informação enviada por Eduardo Cerqueira