30 janeiro 2013

A saúde da política

Daniel Campelo sai por motivos de saúde – notícia do Dinheiro Vivo

As notícias do dia dão conta de uma provável remodelação no Governo e do nome de Daniel Campelo, antigo presidente da Câmara de Ponte de Lima e actual secretário de Estado das Florestas, como fazendo parte do rol dos governantes que estão de saída. Os jornais apontam mesmo “motivos de saúde” como estando na origem da saída do antigo autarca limiano do ministério de Assunção Cristas.

Curiosamente, há menos de quatro anos, aquando do anúncio da sua não recandidatura à Câmara de Ponte de Lima, foram também invocadas “razões pessoais e de saúde” para esse afastamento. E, contudo, volvidos dois anos, com a chegada da coligação PSD/CDS-PP ao Governo, eis que Daniel Campelo surge como secretário de Estado. Coincidências que devem estar a causar mossa ali para os lados de Viana do Castelo, onde a distrital social-democrata começa a ver o nome do antigo autarca de Ponte de Lima a surgir com demasiada insistência como eventual candidato à câmara vianense.

Uma cidade cada vez mais aldeia…

VIANA DO CASTELO - Cinema passa a ser quinzenal com o fecho de salas Castello-Lopes – notícia da Rádio Vale do Minho

Viana do Castelo passa a ter uma sessão de cinema de duas em duas semanas, e apenas com filmes dedicados a um público mais cinéfilo. Assim se vê, nos dias de hoje, o panorama cultural de uma capital de distrito… É nestas alturas que fico agradecido por em Paredes de Coura termos uma sessão de cinema todas as semanas. Sem pipocas, sem estreias, mas a preços mais reduzidos.

28 janeiro 2013

Depois dos pintos… os porcos (2)

Com direito a reportagem televisiva alargada no “prime-time” de domingo, Amândio Pinto continua a recolher elogios pela sua gestão dos destinos da Junta de Freguesia de Linhares, Paredes de Coura. Não escapa às críticas, é certo, mas de dia para dia parece granjear mais apoiantes e há já quem garanta que não se vai ficar pelos caminhos da freguesia. Porventura só lhe faltará fazer como o seu colega da Junta de Freguesia de Sá, Monção. E não, não falo da candidatura à câmara municipal que este viu gorada por imposição do seu partido. Fico-me por assuntos bem mais “pés no chão”!

Pontos de vista

Enquanto uns acreditam e confirmam mesmo a suspensão da instalação de novas portagens nas ex-SCUT’s, outros há que dizem não acreditar na suspensão das novas portagens. No mesmo órgão de comunicação social, com escassos minutos de diferença entre uma e outra declaração, só mudam os pontos de vista. Ah… e os intervenientes, é claro!

25 janeiro 2013

Mundo associativo em mudança

“Temos de reinventar o mundo associativo!” Quem o diz é Manuel Pizarro, antigo secretário de Estado-adjunto da Saúde e actual candidato socialista à Câmara Municipal do Porto, que esteve em Paredes de Coura como orador convidado na última edição do “Café com Temas”. Perante uma sala cheia, o antigo governante, com um percurso muito ligado também ao meio associativo, lembrou que “o mundo mudou, pelo que as associações também têm de mudar”.

Manuel Pizarro defende que, se as associações surgiram, muitas vezes, como resposta às necessidades da população, é preciso adaptá-las às necessidades do mundo de hoje. Ou seja, explica, “encontrar hoje nas associações as novas necessidades que façam sentido para a continuidade dessas associações”. Um processo que, na opinião do antigo secretário de Estado passa, também, pelos próprios dirigentes associativos, que “têm de pôr em causa o modelo que as faz sobreviver”.

Manuel Pizarro enalteceu ainda o papel desempenhado pelas associações na educação e na formação de valores dos seus membros. “São valores que educam as pessoas para a participação cívica, que promovem a cultura da aceitação do outro”, explicou o candidato à Câmara do Porto, que defende que “a iniciativa das pessoas deve ser aplaudida”.

Numa noite em que se falou igualmente da participação dos jovens na sociedade actual, Manuel Pizarro lembrou que a disponibilidade que os jovens têm hoje não é mesma que havia antes, face a uma maior exigência por parte do mundo do trabalho e do ensino. Ainda assim, recordou que as queixas sobre a fraca participação dos jovens não são de agora, recuam a finais do século XIX, e que há “uma mistificação do passado em relação à participação juvenil”. De qualquer das formas, acrescentou, “os que não participam são sempre mais do que os que participam”.

23 janeiro 2013

PS com nomes definidos, PSD a acertar agulhas

Já são conhecidos os nomes de todos os candidatos do Partido Socialista do distrito de Viana do Castelo às eleições autárquicas de Outubro. Com a indicação de Fernando Cabodeira para Arcos de Valdevez e de Jorge Viana da Silva para Ponte de Lima fica completo o leque de cabeças de lista às câmaras do distrito, onde apenas se contam dois autarcas que se podem recandidatar (Viana do Castelo e Ponte da Barca). Com direito a eleições directas, em Vila Nova de Cerveira, e também com algumas indicações de continuidade (Melgaço e Monção), o processo eleitoral avança, agora, para uma nova fase, a do preenchimento do resto dos lugares das listas concorrentes.

No PSD, no entanto, o processo está mais atrasado. Por definir estão ainda os nomes do candidato a apresentar à Câmara de Ponte de Lima, mas também à de Viana do Castelo, pois muito embora Eduardo Teixeira, deputado social-democrata e presidente da distrital seja dado como certo há muito, o seu nome ainda não foi garantido pelas estruturas do partido. Uma incerteza a que não será, certamente, alheia esta tomada de posição do PSD de Viana do Castelo, que ao afirmar estar disposto a coligar-se com o CDS-PP desde que o cabeça de lista fosse social-democrata, inviabilizou qualquer coligação entre os dois partidos.

Ou talvez não, pelo menos a avaliar pelo que se leu nos últimos dias na comunicação social, com as estruturas centrais do Partido Social Democrata a avisarem que ainda estão a limar algumas arestas no que respeita a coligações com o CDS-PP, num lote de autarquias onde, curiosamente, surge Viana do Castelo e, ainda mais curiosamente, o nome de Daniel Campelo como eventual cabeça de lista de uma candidatura conjunta dos dois partidos.

18 janeiro 2013

E eles apertam cada vez mais…

Governo pondera instalar 15 novos pórticos de portagens – notícia da RTP

Só falta mesmo inventar auto-estradas para poderem instalar mais pórticos de portagens. Nem os números que mostram o claro decréscimo da utilização destas vias os demovem… O que dizer, então, dos outros números, os que mostram claramente que as populações e o tecido empresarial da regiões afectadas, nomeadamente do distrito de Viana do Castelo, foram fortemente penalizados pela introdução de portagens nas antigas SCUT’s. Um distrito que, a acreditar nos projectos agora anunciados, vai ficar totalmente coberto, e isolado, por portagens.

16 janeiro 2013

Depois dos pintos... os porcos


Depois de, no ano passado, ter distribuído 20 pintos por cada casa de Linhares que os quisesse, eis que este ano Amândio Pinto, presidente da junta de freguesia local, resolveu inovar ainda mais e, vai daí, a autarquia vai ofertar um porco a cada lar. No total, estamos a falar de um investimento na ordem dos cinco mil euros, mas o mais importante, ressalva o autarca, é ser apenas um aspecto de toda uma política de desenvolvimento rural.
Desde que foi eleito, nas autárquicas de 2009, Amândio Pinto tem pautado a sua actuação enquanto presidente de junta pela diferença. E, em política, a diferença nem sempre é bem vista, quer pelos eleitores, quer pelos colegas, adversários e críticos de uma forma geral. As críticas, aliás, sucedem-se ao ritmo com que surgem as medidas “inovadoras” de Amândio Pinto. E que não se ficam apenas pela agricultura, que defende ser uma forma de fixar jovens à terra, alastrando-se também a outras áreas, nomeadamente ao apoio escolar (monetário e em explicações) ou às consultas médicas gratuitas à população da freguesia.
Um trabalho que, aparentemente, está a dar resultados. Pelo menos a nível do reconhecimento do autarca que, pelos vistos e a acreditar na notícia do Público, vai recandidatar-se. Ou melhor, vai concorrer novamente, pois no próximo acto eleitoral já não se falará apenas de Linhares, mas da união de freguesias de Linhares e Cossourado. Curiosamente, foi nesta última freguesia que o líder concelhio do seu partido acabou derrotado nas últimas eleições autárquicas.
Somando tudo isto, contudo, uma dúvida surge. Uma dúvida que não é esclarecida pelas notícias recentes ou pelas muitas críticas e comentários que surgem na blogosfera sempre que se fala das medidas de Amândio Pinto. E a dúvida é: se ele o faz, porque não fazem os outros?

06 janeiro 2013

Época de saldos

PAREDES DE COURA - Depois de três tentativas, autarquia ainda não vendeu apartamentos para captar verbas – notícia da Rádio Vale do Minho

Costuma-se dizer que as coisas só valem aquilo que estiverem dispostos a pagar por elas…E depois de já ter tentado vender os três apartamentos por mais que uma vez, sem sucesso, se calhar a solução é mais que óbvia!

 

PS: Sobre a “má publicidade” de que fala o presidente da Câmara, só me ocorre um título que Gisela Gonçalves, professora da Universidade da Beira Interior, deu a um artigo seu: “A publicidade só é má quando promove coisas más”.

05 janeiro 2013

As palavras dos outros (5)


São os votos de bom ano do João Mendes, do blogue Crescer no Monte. Mas que vão além do circulo pessoal, abrangendo a realidade concelhia e nacional. Com a devida vénia, reproduzo-os também aqui.



Os meus votos para 2013

Termina hoje mais um ano, e para mim pessoalmente foi mais um ano de muito trabalho, mas recompensado com bastante sucesso. A Arealmedia continua a crescer, e contrariando a tendência do país o quadro de pessoal aumentou. O Adigitalbook está neste momento em todos os continentes, chegamos a Angola, Austrália, Vietname, e muitos outros países, esperamos agora no início do ano conquistar mais bandeiras, e continuar com todas as ideias que estão planeadas. Só posso olhar para 2012 como um ano profissionalmente fantástico, sei que sou melhor programador hoje do que há um ano e sei que serei ainda muito melhor daqui a um ano. É claro que ao trabalhar para uma empresa com um mercado tão abrangente as dificuldades sentidas no país notam-se provavelmente menos, mas tenho uma clara noção, pela realidade que vivo que o mercado Europeu, não é também o melhor neste momento. Contudo isso não implica que deixe de trabalhar em Portugal e sentir na pele todos os sacrifícios que nos pendem, mesmo sem ganhar menos, cada vez o estado tira-me mais e por consequência o dinheiro é menos.

Este ano que está a porta será ainda de maior sacrifícios, de mais cortes e de menos dinheiro nos bolsos dos Portugueses, com menos dinheiro haverá dificuldades maiores, e haverá certamente famílias que terão dificuldades que nunca tiveram ou já não se lembravam de ter. É cada vez mais a altura de sermos sérios e não querermos viver acima das nossas possibilidades, é importante cada Português perceber a realidade que se encontra e encara-la com a seriedade que este problema merece, mas tendo a consciência que todos os problemas são resolvíeis.

Mas esta seriedade que eu peço a todos os Portugueses é ainda maior quando aplicada ao políticos que tem responsabilidades enormes sobre todo o dinheiro que cada trabalhador dispensa para o estado, um estado que a cada dia que passa parece mais à deriva e mais na direcção que a troika o leva.

A cada ano que passa, a classe política está mais descredibilizada, e a maioria dos Portugueses já perdeu toda a confiança em qualquer político e até mesmo nos dois maiores partidos que levaram este país ao estado que se encontra, que levaram este país a uma divida enorme e à venda de todo o património que tinha.

2013 poderá ser portanto um ano importante também para a política, com eleições autárquicas em que muitos daqueles que nos governaram nos últimos anos são obrigados a dar o lugar a outros, poderá ser uma boa altura para mudarmos e para arejar as políticas que os últimos políticos praticavam. Acima de partidos precisamos de pessoas sérias, honestas e trabalhadoras, precisamos que quem nos lidera tenham a clara noção que o dinheiro e o património é de todos, e que a obra é para todos sem excepção.

Precisamos de políticos que tenham coragem e que não virem as costas aos problemas, pensando que isso possa causar votos ou danos pessoais, os políticos são eleitos para governar um povo, e portanto tem de defender esse povo com todas as armas politicas. Não é deitar para canto que se resolvem os problemas, nem podemos estar à espera que os outros resolvam os nossos problemas.

Com o envelhecimento da população é urgente pensar em estratégias para manter, e trazer pessoas para os concelhos com a população mais velha. É preciso gerar emprego, é preciso ter acessos, e é preciso ter algo que cative a população local a ficar e outros a irem para esses concelhos. Sem consumidores todo o comércio local está condenado ao encerramento. Tenho para mim que Coura dentro de 10 anos se não se fizer nada passará a ter, pelo menos, menos 1000 habitantes e que os lares, e centros de dias serão os serviços de maior empregabilidade no concelho. É preciso pensar esta questão com sensibilidade e urgência, é o nosso concelho que está em causa e a sua sustentabilidade.

O ano que se adivinha, continuará a ser um ano que muitos dos Portugueses são obrigados a emigrar, muitos deles com uma vida completamente estável nas suas terras, e porque acredito que para estes seja algo que custará demasiado, espero que para todos eles 2013 traga sobretudo trabalho e o dinheiro que não conseguem cá, e que o sacrifício valha a pena.

Para mim só espero que 2013 seja tão bom como 2012 e que consiga finalmente dar o passo que quero dar para subir um enorme patamar a nível profissional, e que a nível pessoal consiga ter tudo de bom que tenho até agora. Mas o meu maior desejo para 2013 é apenas um, talvez o mais difícil mas é nele que eu mais acredito.