Uma rádio com pronúncia é o mote publicitário que rodeia o surgimento da Rádio Vale do Minho, o mais recente projecto radiofónico desta região. Não se trata, contudo, de uma nova rádio, antes do aproveitamento das sinergias de quatro rádios locais existentes (
O conceito não é novo e, de um certo e perigoso modo, apresenta características muito semelhantes ao que foi em tempos levado a cabo pela Rádio Capital, que aproveitava o sinal de vários emissores locais para fazer chegar uma emissão de rádio produzida em Lisboa. Estou, no entanto, certo que os responsáveis deste novo desafio tiveram em conta as limitações impostas à Rádio Capital pelas autoridades responsáveis pelo licenciamento das emissões. Exemplo disso é a produção jornalística apresentada pela Rádio Vale do Minho que, fazendo uso dos recursos humanos dispersos pelas quatro estações de rádio, apresenta agora uma grelha informativa comum, necessariamente mais rica e abrangente.
Inicialmente a Rádio Vale do Minho vai ficar sedeada em Monção, mas deverá mudar para Valença dentro de alguns meses, assumindo uma maior centralidade no que respeita aos cinco concelhos que se propõe representar. E digo cinco porque também Paredes de Coura está nos planos de cobertura deste novo projecto. Pelo menos no que respeita a cobertura noticiosa, pois em termos de frequências, para Paredes de Coura é indicada a mesma frequência de Vila Nova de Cerveira, já que aquela que está reservada para o nosso concelho não está, actualmente, a ser utilizada.
30 junho 2009
O Vale do Minho tem voz
25 junho 2009
Pois, pois...
24 junho 2009
O púlpito não tem partido
Isto explica muita coisa...
22 junho 2009
Olá Viana!
Velocidade de cruzeiro
Sem obstáculos, a viagem corre mais depressa. E sem Maria
Ausente, a líder da bancada social-democrata não escutou as críticas de
De resto, sem os “pesos pesados” da bancada do PSD, a sessão decorreu sobre rodas, apenas com duas intervenções dos social-democratas. Mas sem polémicas, sem exaltações… sem interesse?
19 junho 2009
Vão dizer isso ao Governo...
Segunda parte
16 junho 2009
A Saúde cada vez mais longe
15 junho 2009
Recordações da Feira
14 junho 2009
12 junho 2009
Valença já é cidade! E agora?
07 junho 2009
A Europa, cá pelo "burgo"
O PSD ganhou em toda a linha, a nível nacional e a nível distrital. Aliás, no distrito a razia socialista foi tal que, comparando com 2004, os socialistas desceram mais de 17% por cento. De resto, no que respeita aos cinco principais partidos, todos, à excepção óbvia do PS, subiram a sua votação em relação às últimas europeias. O Bloco de Esquerda, aliás, consegue uma dupla “vitória” ao quase triplicar a sua prestação e ao ultrapassar a CDU. De referir, já agora, a boa prestação do MEP que, estreando nestas eleições, conseguiu ser a sexta força política mais votada, no país e no distrito.
Concelho a concelho, no distrito o PSD ganhou em todos os municípios. Ou seja, mesmos nos seis concelhos onde os socialistas tinham ganho em 2004, agora a vitória sorriu aos social-democratas. Incluindo em Melgaço, onde nem a influência do líder da distrital socialista, o presidente da autarquia, valeu ao PS, que caiu 15% em relação a 2004. Tal como em Vila Nova de Cerveira, onde também perdeu com menos 15% que nas últimas europeias. Ou ainda em Paredes de Coura, onde a diferença para 2004 foi ainda maior, rondando os 19%.
A derrota do PS nem sequer pode ter justificação na elevada abstenção, que rondou os 67%. È que, apesar da subida da abstenção, houve mais gente a votar este ano em comparação com as últimas europeias. Uma contradição que se fica a dever ao novo processo de recenseamento eleitoral automático. Será a derrota de hoje um sinal para as legislativas? Sem dúvida! Mas convém não esquecer que, a nível nacional, o resultado do PSD, apesar de vitorioso, também não foi famoso.
05 junho 2009
Era o que se previa...
Sugestão de leitura
04 junho 2009
A Europa, lá tão longe
Todos os dias as sondagens nos dão a conhecer as percentagens estimadas para cada candidato e, acima de tudo, mostram-nos a grande percentagem de portugueses que simplesmente não vai votar. E não vai votar não porque não possa, ou porque entenda que o facto de não ir votar poderá mostrar o seu descontentamento face a alguma coisa. Simplesmente não vai votar porque, como costuma dizer uma amiga minha, “está nem aí” e acha que a sua representação na Europa não é assunto que lhe mereça perder mais do que os poucos segundos que demora a pegar no comando da televisão para mudar de canal quando o noticiário começa a dar as últimas da campanha. Também os candidatos têm sentido esse alheamento e daí o apelo que Vital Moreira e os outros que subiram ontem ao palco do Centro Cultural fizeram ao voto no domingo, como forma de luta contra a abstenção.
Vital Moreira, aliás, deve ter-se apercebido do desinteresse com que eram recebidas as suas palavras sobre a Europa, com os lugares vazios a aumentarem à medida que o discurso avançava e a “festa” a só ficar segura pelos jovens socialistas que a caravana trouxe até Paredes de Coura. O “povo” ali reunido vibrou mais com a intervenção de Rui Solheiro, que trouxe à ribalta os investimentos que o Governo, através dos recursos europeus, fez e vai fazer no Alto Minho, com o TGV à cabeça. Ou com Pereira Júnior que, em jeito de prenúncio, lembrou a particularidade de, sempre que nas campanha eleitorais passadas o comício distrital do PS foi feito em Paredes de Coura, os resultados nas urnas deram a vitória aos socialistas.
As outras questões, mais políticas, mas tecnicistas, ficam para outra oportunidade. Com sorte para as legislativas, se não for mais tarde.
03 junho 2009
Pensamento no futuro
02 junho 2009
A Europa também passa por Coura
Telhados de vidro
01 junho 2009
Regresso ao passado
Há dias assim, em que uma pequena coisa, que julgamos simples, nos faz enveredar numa viagem ao passado, aos tempos em que éramos crianças, sem playstations e afins. Os tempos em que era impensável passar toda uma tarde defronte da televisão quando lá fora, a rua, os amigos, as brincadeiras, chamavam por nós a todo o instante. Foi um vislumbre desse passado que tive neste fim-de-semana, um daqueles momentos que, não importa o estado do tempo ou do espírito, nos fazem sempre sorrir, com o avivar de boas recordações.
Graças à Eprami, e a mais uma das muitas iniciativas com que dinamiza a comunidade courense, pude reviver o Natal de 1987, ano em que recebi, com muito esforço dos meus pais, um carro telecomandado. No sábado de manhã, ao observar o circuito montado no Largo Visconde de Mozelos, mesmo sem “conduzir” os autênticos bólides que por lá corriam, pude vibrar com a emoção das curvas e da velocidade. É claro que o carrinho de meio palmo que recebi aos 12 anos, nada tinha a ver com as “máquinas” que por lá andaram a acelerar, mas o princípio
O mesmo espírito, aliás, que recordei à tarde, na praia de Moledo, ao assistir ao Festival de Papagaios que fez muita gente andar com a cabeça nas nuvens. De todos os tamanhos e feitios, despertaram curiosidade, mas o que mais me cativou foi o atelier ali montado para que os mais novos pudessem experimentar uma sensação hoje cada vez mais em desuso: o construir os nossos próprios brinquedos.
Quem, da minha geração e outras mais antigas, não se lembra de pegar num arco e num pau e encontrar ali, de uma forma tão simples, entretenimento para muitas tardes de alegria. E foi o que reencontrei na tarde de sábado, em Moledo, ao ver como ensinavam às crianças de hoje, mais habituadas a encontrar os brinquedos numa prateleira de um qualquer supermercado, como com dois pauzinhos e um pedaço de plástico podiam construir um papagaio de papel. Um vislumbre de outros tempos que sabe sempre bem recordar.