30 junho 2009

O Vale do Minho tem voz

Uma rádio com pronúncia é o mote publicitário que rodeia o surgimento da Rádio Vale do Minho, o mais recente projecto radiofónico desta região. Não se trata, contudo, de uma nova rádio, antes do aproveitamento das sinergias de quatro rádios locais existentes (em Monção, Melgaço, Valença e Vila Nova de Cerveira), que passaram, agora, a ter uma emissão conjunta durante praticamente todo o dia.
O conceito não é novo e, de um certo e perigoso modo, apresenta características muito semelhantes ao que foi em tempos levado a cabo pela Rádio Capital, que aproveitava o sinal de vários emissores locais para fazer chegar uma emissão de rádio produzida em Lisboa. Estou, no entanto, certo que os responsáveis deste novo desafio tiveram em conta as limitações impostas à Rádio Capital pelas autoridades responsáveis pelo licenciamento das emissões. Exemplo disso é a produção jornalística apresentada pela Rádio Vale do Minho que, fazendo uso dos recursos humanos dispersos pelas quatro estações de rádio, apresenta agora uma grelha informativa comum, necessariamente mais rica e abrangente.
Inicialmente a Rádio Vale do Minho vai ficar sedeada em Monção, mas deverá mudar para Valença dentro de alguns meses, assumindo uma maior centralidade no que respeita aos cinco concelhos que se propõe representar. E digo cinco porque também Paredes de Coura está nos planos de cobertura deste novo projecto. Pelo menos no que respeita a cobertura noticiosa, pois em termos de frequências, para Paredes de Coura é indicada a mesma frequência de Vila Nova de Cerveira, já que aquela que está reservada para o nosso concelho não está, actualmente, a ser utilizada.

25 junho 2009

Pois, pois...


Resposta de Defensor Moura quando questionado sobre a hipótese de ser número dois de uma lista de candidatos à Assembleia da República liderada por Rosalina Martins, cujo trabalho criticou fortemente há poucos meses.
Pois... Nós acreditamos!

24 junho 2009

O púlpito não tem partido

A campanha eleitoral não foi expressamente referida por D. José Pedreira, bispo de Viana do Castelo, na homília da cerimónia que assinalou a aberturta do Ano Sacerdotal. Não foi, mas nas entrelinhas percebe-se o que o dirigente da igreja vianense quer dizer com a "tentação do activismo" de que quer que os sacerdotes da diocese se afastem.
Em ano eleitoral nunca é de mais ter em conta episódios anteriores, em que a política subiu ao púlpito, com os sacerdotes a apelarem, mais ou menos discretamente, ao voto neste ou naquele candidato. E, como é melhor prevenir que remediar, D. José Pedreira lembrou aos sacerdotes da diocese que estes são importantes "não só por aquilo que fazem, mas também por aquilo que são". Assim em jeito de "à mulher de César não basta ser, é preciso parecer". É que as tentações, também da política, são muitas...



Isto explica muita coisa...

Num dia lê-se uma entrevista no Notícias de Coura onde Pereira Júnior diz que só ainda não é candidato, assumido entenda-se, porque não viu resolvida a "questão Moura" de uma forma ao seu agrado. No dia seguinte, a Rádio Geice divulga que, pela primeira vez, a lista socialista do distrito às próximas legislativas, poderá ser encabeçada por uma mulher: Rosalina Martins. E faz-se luz!
Se dúvidas havia sobre o que estava a prender o anúncio da recandidatura do actual presidente da Câmara de Paredes de Coura, elas foram dissipadas. Pereira Júnior ainda não perdoou a Defensor Moura as críticas aquando do referendo em Viana do Castelo, e quer fazer uso dessa indignação para lançar mais alto o nome de Rosalina Martins, deputada cá da terra. Um dois em um que tem tudo para acabar bem, a contento dos dois, pois se o secretário-geral do partido, que normalmente costuma indicar os cabeças de lista, já impôs a presença de Defensor Moura como número dois da lista!
Só não se sabe muito bem é como é que vai ser a campanha de Rosalina Martins, tendo como companheiro de estrada alguém que, há meia dúzia de meses, a criticou forte e feito, dizendo mesmo que não estava a prestar um bom serviço ao distrito. Realmente, esperam-se muitos sorrisos (amarelos) nas arruadas e comícios.

22 junho 2009

Olá Viana!

Daniel Campelo anunciou ontem que não é candidato à Câmara de Ponte de Lima nas próximas eleições. Nem a outra câmara qualquer.
Mas, para 2013... fica tudo em aberto e nem Viana do Castelo escapa ao ímpeto daquele que foi, sem dúvida, o grande obreiro do desenvolvimento de Ponte de Lima. Tarefa dura terá o seu sucessor, seja ele quem for.

Velocidade de cruzeiro

Sem obstáculos, a viagem corre mais depressa. E sem Maria José Fontelo, também a Assembleia Municipal de Paredes de Coura começa e acaba num piscar de olhos. Uma hora, mais coisa, menos coisa, foi quanto durou a sessão da passada sexta-feira. A agenda não estava muito cheia (apenas um ponto para discussão na ordem do dia), mas a ausência de Maria José Fontelo (e já agora de outros elementos do PSD, nomeadamente Fernando Carranca e Venâncio Fernandes) também terá contribuído para a “rapidinha”.
Ausente, a líder da bancada social-democrata não escutou as críticas de Joaquim Felgueiras Lopes à sua prestação na sessão de 29 de Abril. O presidente da Junta de Freguesia de Paredes de Coura trouxe à reunião a azeda troca de palavras entre Maria José Fontelo e José Augusto Pacheco, como quem não quis esquecer o que se passou, e não hesitou em dizer que a advogada faltou ao respeito a toda a Assembleia. “E é pena que hoje não esteja, porque certamente não ia gostar do que iria ouvir”, referiu o autarca socialista.
De resto, sem os “pesos pesados” da bancada do PSD, a sessão decorreu sobre rodas, apenas com duas intervenções dos social-democratas. Mas sem polémicas, sem exaltações… sem interesse?

19 junho 2009

Vão dizer isso ao Governo...

De acordo com dados de um estudo levado a cabo pela Marktest, quase metade dos portugueses lê jornais locais e regionais. Nada que surpreenda, tendo em conta o alheamento quase constante a que os jornais nacionais votam as zonas mais afastadas dos grandes centros de decisão de Lisboa e Porto. Nada que admire quem conhece bem a realidade da imprensa local, que em algumas cidades, casos de Aveiro, Braga e Coimbra, consegue pôr na rua, diariamente, jornais que obtêm tantos ou mais leitores que os jornais nacionais.
Mas, afastando esses casos de jornais dários de sucesso, o panorama da imprensa local e regional é feito de uma enorme manta de retalhos de semanários, quinzenários, mensários e afins. Em abono da verdade convém referir que muitos deles não valem o papel que gastam, mas restam os outros, os que têm valor e em que vale a pena apostar. Deles se parece ter esquecido o Governo, contudo, quando resolveu mexer nas regras do porte pago, agora com o pomposo nome de incentivo à leitura da imprensa regional.
Esqueceu-se, também, da grande comunidade emigrante que Portugal tem, um pouco por todo o mundo, e que têm nestes títulos locais e regionais, em cada edição, um encontro com a sua terra, com as suas origens. Como disse Pedro Coelho, jornalista da SIC, na sua recente passagem por Paredes de Coura, "quem desvaloriza o jornalismo regional é porque não entende". E a melhor forma de fazer entender esta realidade a quem de direito, é continuar a ler.

Segunda parte

Logo à noite há Assembleia Municipal. Depois da sessão agitada de 29 de Abril, espera-se, agora, a segunda parte do diferendo entre Maria José Carraca e José Augusto Pacheco.
Mais, com as eleições autárquicas a aproximarem-se a passos largos, espera-se também que a campanha eleitoral volte a marcar presença na reunião deste órgão municipal. Para ver, a partir das 21 horas.

16 junho 2009

A Saúde cada vez mais longe

Numa altura em que continua a pairar sobre a população courense a sombra da remodelação do serviço de urgências no distrito, que pode levar ao encerramento do SAP de Paredes de Coura no período nocturno, eis que surge mais uma machadada no apoio médico aos cidadãos, com a saída dos médicos de Medicina Interna do Hospital de Ponte de Lima, para onde são encaminhados os casos de Paredes de Coura.
Esta situação, de que tomei conhecimento através do João Carlos Gonçalves, já começou a vigorar ontem e retirou daquela unidade de saúde o apoio dos profissionais de Medicina Interna, o que leva a que situações que, até então, poderiam ficar por Ponte de Lima, sejam agora obrigatoriamente transferidas para Viana do Castelo. Isto numa altura em que, ao abrigo da tal reforma da rede de urgências do distrito, estão a ser feitas obras de remodelação daquele serviço, orçadas em cerca de um milhão de euros, precisamente com o objectivo de prestar melhor serviço aos utentes.
Esta alteração está já a ser contestada na Internet, com recurso a uma petição que todos podem assinar, no sentido de repor a situação anterior. Na altura em que escrevo conta apenas com 181 assinaturas, num universo que ronda os 100 mil utentes dos serviços daquela unidade de saúde. Faltam, por isso, muitas assinaturas para defender um melhor serviço de Saúde para todos.

12 junho 2009

Valença já é cidade! E agora?

Como se previa, a proposta do CDS-PP de elevar Valença à categoria de cidade foi hoje aprovada na Assembleia da República, num lote que englobou mais algumas vilas candidatas à subida de categoria e um grupo ainda maior de localidades que ansiavam ser vilas.
A minha opinião já tinha sido expressa aqui e, por isso, hoje, não há muito mais a acrescentar. Mas há que registar que alguns não perderam tempo a actualizar a informação (ou se calhar já chamavam, erradamente, cidade à vila fronteiriça). Outros não perderam tempo a festejar, com comida e música à disposição dos munícipes e muitos desejos que o tempo se encarregará de transformar em realidade... ou talvez não.
Tempo ainda para lembrar o descontentamento que parece ter estado na origem da proposta do CDS-PP. Com tantas certezas, não sei porque é que todas as outras vilas de Portugal não pedem de imediato a elevação a cidade.

Já temos feira!


07 junho 2009

A Europa, cá pelo "burgo"

Afinal Pereira Júnior não acertou nas previsões feitas aquando do comício de Vital Moreira em Paredes de Coura. O presidente da Câmara courense lembrou, na altura, que sempre que, em campanha eleitoral, o PS distrital fazia o seu comício em Terras de Coura, os resultados nas urnas davam a vitória aos socialistas. Pois, mas se logo no dia seguinte houve quem contradisse isso, o acto eleitoral de hoje veio deitar por terras as expectativas de Pereira Júnior e do Partido Socialista.
O PSD ganhou em toda a linha, a nível nacional e a nível distrital. Aliás, no distrito a razia socialista foi tal que, comparando com 2004, os socialistas desceram mais de 17% por cento. De resto, no que respeita aos cinco principais partidos, todos, à excepção óbvia do PS, subiram a sua votação em relação às últimas europeias. O Bloco de Esquerda, aliás, consegue uma dupla “vitória” ao quase triplicar a sua prestação e ao ultrapassar a CDU. De referir, já agora, a boa prestação do MEP que, estreando nestas eleições, conseguiu ser a sexta força política mais votada, no país e no distrito.
Concelho a concelho, no distrito o PSD ganhou em todos os municípios. Ou seja, mesmos nos seis concelhos onde os socialistas tinham ganho em 2004, agora a vitória sorriu aos social-democratas. Incluindo em Melgaço, onde nem a influência do líder da distrital socialista, o presidente da autarquia, valeu ao PS, que caiu 15% em relação a 2004. Tal como em Vila Nova de Cerveira, onde também perdeu com menos 15% que nas últimas europeias. Ou ainda em Paredes de Coura, onde a diferença para 2004 foi ainda maior, rondando os 19%.
A derrota do PS nem sequer pode ter justificação na elevada abstenção, que rondou os 67%. È que, apesar da subida da abstenção, houve mais gente a votar este ano em comparação com as últimas europeias. Uma contradição que se fica a dever ao novo processo de recenseamento eleitoral automático. Será a derrota de hoje um sinal para as legislativas? Sem dúvida! Mas convém não esquecer que, a nível nacional, o resultado do PSD, apesar de vitorioso, também não foi famoso.

05 junho 2009

Era o que se previa...

Uns vão ter, os outros queixam-se do que perderam. A avaliar por estas declarações, ainda não é tarde para partilharem todos o mesmo bolo!

Sugestão de leitura

De autoria courense, "A Confraria do Espírito Santo de Coura - Origens, Diáspora e Expansão" é o título do livro que vai ser lançado este sábado, pelas 16 horas, no Centro Cultural de Paredes de Coura. Vitor Paulo Pereira apresenta, numa narrativa romanceada, a história da maior confraria do Espírito Santo de Portugal continental.
Um trabalho que resulta da dedicação deste professor courense à cultura e a defesa da sua terra Natal. A apresentação vai estar a cargo de José Augusto Pacheco, presidente da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, e contará também com a presença da Mesa da Real Confraria do Divino Espírito Santo.

04 junho 2009

A Europa, lá tão longe

Se dúvidas existissem de que a população portuguesa está alheada de tudo o que gira em torno das eleições europeias do próximo domingo, o comício de ontem do PS por Terras de Coura é disso exemplo. Um Centro Cultural com pouca gente de pé e alguns lugares sentados ainda vazios, foi o fraco cenário que acolheu a única passagem de um candidato europeu pelo concelho. Ainda assim, rezam as crónicas de quem tem acompanhado o dia-a-dia da campanha eleitoral, o comício de ontem em Paredes de Coura conseguiu reunir mais gente que o da véspera, realizado em Setúbal. Fraco sinal da adesão popular às questões europeias, à política de uma forma geral.
Todos os dias as sondagens nos dão a conhecer as percentagens estimadas para cada candidato e, acima de tudo, mostram-nos a grande percentagem de portugueses que simplesmente não vai votar. E não vai votar não porque não possa, ou porque entenda que o facto de não ir votar poderá mostrar o seu descontentamento face a alguma coisa. Simplesmente não vai votar porque, como costuma dizer uma amiga minha, “está nem aí” e acha que a sua representação na Europa não é assunto que lhe mereça perder mais do que os poucos segundos que demora a pegar no comando da televisão para mudar de canal quando o noticiário começa a dar as últimas da campanha. Também os candidatos têm sentido esse alheamento e daí o apelo que Vital Moreira e os outros que subiram ontem ao palco do Centro Cultural fizeram ao voto no domingo, como forma de luta contra a abstenção.
Vital Moreira, aliás, deve ter-se apercebido do desinteresse com que eram recebidas as suas palavras sobre a Europa, com os lugares vazios a aumentarem à medida que o discurso avançava e a “festa” a só ficar segura pelos jovens socialistas que a caravana trouxe até Paredes de Coura. O “povo” ali reunido vibrou mais com a intervenção de Rui Solheiro, que trouxe à ribalta os investimentos que o Governo, através dos recursos europeus, fez e vai fazer no Alto Minho, com o TGV à cabeça. Ou com Pereira Júnior que, em jeito de prenúncio, lembrou a particularidade de, sempre que nas campanha eleitorais passadas o comício distrital do PS foi feito em Paredes de Coura, os resultados nas urnas deram a vitória aos socialistas.
As outras questões, mais políticas, mas tecnicistas, ficam para outra oportunidade. Com sorte para as legislativas, se não for mais tarde.

03 junho 2009

Pensamento no futuro

(Foto: SC Courense)

Não sou daqueles adeptos fervorosos, que acompanha o seu clube para tudo quanto é lado, mas gosto de me manter a par do que vão fazendo as equipas da terra. E o Sporting Clube Courense é disso exemplo. Gosto, especialmente, de acompanhar o bom trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelas camadas mais jovens do clube, com uma dinâmica que há muito não se via. Um trabalho que, prometem os seus dirigentes, é para continuar, provavelmente muito à custa de tempo roubado a outros afazeres, mas estas coisas, infelizmente, funcionam mesmo assim, com poucos a tentar trabalhar em prol de muitos.
A pensar, precisamente, no futuro do clube, e por via indirecta dos jovens courenses, o Sporting Clube Courense abre as portas, na próxima semana, a mais uma "fornada" de jovens talentos. Os treinos de captação de novos jogadores realizam-se no próximo dia 11, feriado, pelas 10 horas, nas instalações desportivas do clube. Ali, os jovens nascidos entre 1992 e 2003 podem aparecer e dar um ar da sua graça. Experimentam o relvado novinho em folha e, no final, quem sabe se não serão escolhidos para integrar o plantel do clube versão 2009/2010.
Mais do que a oportunidade de mostrar o que valem e fazerem parte da família "Courense", esta é uma iniciativa que ajuda a formar gerações de jogadores o que, como comprova o exemplo de muitos clubes de renome, é o caminho a seguir rumo a um futuro bem preparado no mundo do futebol.

PS: Por falar em clubes de futebol de Paredes de Coura, deixo aqui uma palavra de apreço à ACD Castanheira pela situação que está a passar. Perder na secretaria é o pior dos castigos para quem fez uma época que valia, e muito bem, a subida.

02 junho 2009

A Europa também passa por Coura

Alguns candidatos ao Parlamento Europeu já andaram por aqui perto. Laurinda Alves, do MEP, esteve há uma semana em Ponte de Lima, Caminha e Viana do Castelo. Paulo Rangel, do PSD, também andou este fim-de-semana pela vila limiana e pela capital de distrito. Mas Paredes de Coura também entra, amanhã, no roteiro das eleições europeias, com a realização de um comício com o cabeça de lista do Partido Socialista.
A acção de campanha de Vital Moreira, marcada para esta quarta-feira ao final da tarde (20 horas), no Centro Cultural de Paredes de Coura, traz até perto dos courenses a campanha eleitoral e, necessariamente, a discussão em torno da Europa. Além de Vital Moreira e de outros elementos da lista socialista, também José Sócrates, primeiro-ministro e secretário-geral do PS é aguardado em Paredes de Coura para o comício de amanhã, muito embora a sua presença não esteja ainda confirmada.

Telhados de vidro

Durante semanas o PSD do Alto Minho utilizou como arma política as divergências provocadas pela não aceitação do nome de Defensor Moura para candidato socialista à Câmara de Viana do Castelo, por parte da federação distrital daquele partido. E, ainda na semana passada, já com a situação resolvida, veio a terreiro criticar o processo que culminou com a indicação de José Maria Costa para a corrida à câmara vianense e o empurrão dado a Defensor Moura rumo ao Parlamento.
Pois, mas como diz o velho ditado, quem tem telhados de vidro não deve atirar pedras ao do vizinho, e vai daí eis que o mesmo mal bate à porta dos social-democratas de Viana do Castelo. A concelhia indica um nome, a distrital indica outro. Uns não concordam com o nome indicado pelos outros e a confusão, tal como no caso socialista, ameaça acabar nas mãos da líder do partido.
Depois de tantas críticas, há certamente quem vá ter muitos sapos para engolir.

01 junho 2009

Regresso ao passado

Há dias assim, em que uma pequena coisa, que julgamos simples, nos faz enveredar numa viagem ao passado, aos tempos em que éramos crianças, sem playstations e afins. Os tempos em que era impensável passar toda uma tarde defronte da televisão quando lá fora, a rua, os amigos, as brincadeiras, chamavam por nós a todo o instante. Foi um vislumbre desse passado que tive neste fim-de-semana, um daqueles momentos que, não importa o estado do tempo ou do espírito, nos fazem sempre sorrir, com o avivar de boas recordações.

Graças à Eprami, e a mais uma das muitas iniciativas com que dinamiza a comunidade courense, pude reviver o Natal de 1987, ano em que recebi, com muito esforço dos meus pais, um carro telecomandado. No sábado de manhã, ao observar o circuito montado no Largo Visconde de Mozelos, mesmo sem “conduzir” os autênticos bólides que por lá corriam, pude vibrar com a emoção das curvas e da velocidade. É claro que o carrinho de meio palmo que recebi aos 12 anos, nada tinha a ver com as “máquinas” que por lá andaram a acelerar, mas o princípio era o mesmo: treinar a nossa agilidade num convívio de amigos.

O mesmo espírito, aliás, que recordei à tarde, na praia de Moledo, ao assistir ao Festival de Papagaios que fez muita gente andar com a cabeça nas nuvens. De todos os tamanhos e feitios, despertaram curiosidade, mas o que mais me cativou foi o atelier ali montado para que os mais novos pudessem experimentar uma sensação hoje cada vez mais em desuso: o construir os nossos próprios brinquedos.

Quem, da minha geração e outras mais antigas, não se lembra de pegar num arco e num pau e encontrar ali, de uma forma tão simples, entretenimento para muitas tardes de alegria. E foi o que reencontrei na tarde de sábado, em Moledo, ao ver como ensinavam às crianças de hoje, mais habituadas a encontrar os brinquedos numa prateleira de um qualquer supermercado, como com dois pauzinhos e um pedaço de plástico podiam construir um papagaio de papel. Um vislumbre de outros tempos que sabe sempre bem recordar.