21 setembro 2010

Impostos com fogo de artifício

CIMG0942Foi talvez o momento mais quente da última Assembleia Municipal. Primeiro Pereira Júnior, presidente da autarquia, apresentou a proposta de impostos municipais para 2011 (ver último post). Depois Décio Guerreiro contestou a manutenção da derrama, sugerindo a sua extinção, dado o valor reduzido que recolhe aos cofres do município (14 mil euros este ano), ao que o autarca respondeu que, mesmo sendo pouco, era uma quantia essencial para a Câmara de Paredes de Coura. João Cunha, do grupo municipal do PSD, explodiu logo a seguir…

O deputado social-democrata pegou nas contas do município e estranhou “a preocupação do presidente com o sufoco financeiro da Câmara”, quando se gastam 30 mil euros em fogo de artifício nas festas do concelho, 35 mil na Feira Mostra e outros 30 mil euros na passagem de ano. “Aí não vejo grande preocupação!”, considerou João Cunha, acrescentando que “esses 30 mil euros de fogo, se calhar davam muito jeito a qualquer um dos presidentes de junta”.

Mas o antigo líder do PSD concelhio não se ficou por aqui e as suas críticas estenderam-se também ao Festival de Paredes de Coura, não tanto pelo montante envolvido no apoio da autarquia àquela realização, mas recordando a comissão de acompanhamento que foi criada em 2007, com elementos da autarquia e da empresa organizadora, de que até hoje não é conhecido qualquer relatório. “Sou a favor do Festival, não sou a favor é do absoluto desconhecimento da realidade”, concluiu o deputado municipal. (Clicar para ouvir)

A resposta de Pereira Júnior não se fez esperar, com o autarca a garantir que o Festival “é o único acontecimento que nos deixa cá o que custa à Câmara” e que, acrescentou, ronda os 250 mil euros, 100 mil em dinheiro e o restante em serviços prestados.Além disso, continuou, contribui “para a projecção do nome do concelho no país e no estrangeiro”.

“Porque é que não havíamos de fazer as festas do concelho, o passeio dos idosos, o fim de semana e outras actividades que fazem parte da actividade económica e cultural do concelho?”, questionou o presidente da Câmara, que recomendou que João Cunha se informasse junto das instituições bancárias de Paredes de Coura sobre o movimento verificado nas caixas Multibanco por ocasião do Festival. Além disso, Pereira Júnior não desperdiçou a oportunidade de mandar uma achega ao social-democrata, pedindo-lhe que perguntasse também nos bancos, que receita é que a Expoleite, de que este último é responsável e que recebeu este ano 25 mil euros da autarquia, daria para o concelho. “Se calhar não dava”, concluiu o presidente da Câmara. (Clicar para ouvir)

3 comentários:

  1. "João Cunha, do grupo municipal do PSD, explodiu logo a seguir…"

    Explodir explodiu!!! mas nao se viram as cores do artifício!!!Foi só mesmo o estouro!!!!!

    De qualquer forma tb acho que se gasta dinheiro a mais em foguetório!!!Mas pelos vistos nao pode haver festas sem foguetes!!!!

    "que receita é que a Expoleite, de que este último é responsável e que recebeu este ano 25 mil euros da autarquia, daria para o concelho."

    Pela boca morre o peixe!!!!!!!!
    Joaozinho...cale-se....mais vale!!!

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  2. E lá se foi definitivamente o acesso à A3 por Sapardos.. está desvendada aquela que foi a maior mentira ao povo Courense, servindo apenas para a manutenção do status do Partido Socialista na Câmara. O povo de Coura jamais esquecerá esta promessa,(na qual nunca acreditou) com direito a primeira página em defesa e com elogios aos seus autores.
    Agora depois de 15 anos, concluiu-se aquilo que muitos já defendiam..mas que os responsáveis não queriam ver,,só que a consequência, é que não será nas próximas 2 décadas que Coura terá concretizado um direito, que sempre lhe foi negado por inércia e incompetência de quem tem governado o Concelho, apesar de ter tido em simultâneo Governos centrais com o mesmo suporte ideológico, com amigos destes, não precisamos de inimigos..
    e viva o PS!!!!!!!!
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    Sr Presidente, o retorno do investimento, não se mede pelo dinheiro levantado nas ATM dos Bancos em Coura, mede-se pelo contributo dado para o desenvolvimento do Concelho, e esse mede-se pelos impostos deixados, pelos bens consumidos, mas adquiridos e produzidos em Parades de Coura, pelos serviços prestados por Empresas com sede em Paredes de Coura, ect ect ect.
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    Sobre os comentários à Expoleite..sem comentários...

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  3. "o retorno do investimento, não se mede pelo dinheiro levantado nas ATM dos Bancos em Coura"

    Ai nao!!!! entao as pessoas vêm ao festival,levantam dinheiro,e onde o gastam???Senao em Coura!!

    " e esse mede-se pelos impostos deixados,"

    Mas nao era o venancinho que queria acabar com alguns impostos!!!!!!Leia-se as derramas....

    "pelos bens consumidos,"

    E se nao levantar dinheiro nos multibancos como vai consumir esses bens?????

    "Sobre os comentários à Expoleite..sem comentários..."

    Pois!!!Compreende-se!!!! Nao convem !!!!!

    Vá afogar Patos OHPinante
    Mor....

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