20 janeiro 2011

É o que temos!

25092010459

O tema que se segue é recorrente por estas bandas. Infelizmente! É que, não sei porquê, mas sempre que tenho necessidade de me deslocar ao Centro de Saúde de Paredes de Coura, quase que venho de lá mais doente do que quando entrei, mesmo quando nem sequer era eu o doente a assistir. Longas horas de espera têm o condão de me fazer sentir doente, vá-se lá saber porquê.

Na minha última visita ao Centro de Saúde só precisei de esperar pouco mais de duas horas para ser atendido. Coisa pouca disse-me depois quem conseguiu ultrapassar a barreira das três horas. Ah! E eu a pensar que tinha, finalmente, conseguido atingir um qualquer recorde.

Vistas bem as coisas, até que não foi mau de todo. Só tenho pena que não me tivesse precavido. É que, talvez por já não estar habituado a estas coisas de longas demoras no Serviço Nacional de Saúde, não estava preparado para a espera . Se estivesse podia ter aproveitado para, imagine-se, preencher o meu IRS ou satisfazer aquela minha vontade de reler “Guerra e Paz” enquanto aguardava na sala de espera do Centro de Saúde. Mas não, não levei os papéis com a contabilidade do ano passado nem a obra prima de Tolstoi e por isso limitei-me a esperar.

Que remédio, diziam-me. Pois, que remédio temos quando isto é o que temos por cá, por Paredes de Coura? Pois que deixamos fugir as urgências nocturnas, primeiro, e o serviço de atendimento permanente, logo, logo a seguir. Ficamos com uma consulta aberta que parece não dar vazão a quem a procura o que origina esperas de, ora deixa cá ver, mais de duas horas. Longe vai aquela noite fria e chuvosa de Abril onde duas dezenas de courenses e outisider’s se manifestaram pela manutenção do serviço de atendimento permanente, perante a indiferença (desdém até?) dos poderes instalados. Da manifestação resta apenas um papel afixado na porta do Centro de Saúde (que, realce-se, já nem sequer maçaneta tem) a anunciar o horário reduzido de atendimento. Pena que não seja tão reduzido como o tempo de espera da consulta aberta.

 

PS: Apesar de tudo, ainda há quem se preocupe com o bem estar dos doentes que acorrem ao Centro de Saúde. No meio disto tudo, valha-nos ao menos o bom serviço desses profissionais.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Agora que leu, pode deixar aqui o seu comentário. Já agora, com moderação e boa educação! O Mais pelo Minho reserva-se o direito de não publicar comentários insultuosos. Quaisquer comentários inadequados deverão ser reportados para o email do blogue. Muito obrigado!