24 abril 2007

Boas posturas

Finalmente houve alguém que resolveu agir contra o perigo dos animais que andam à solta pelos nossos campos e que, vai-não-vai, invadem a estrada e, como ainda há bem pouco tempo, provocam um acidente. Farto de ouvir dizer que, lá para os lados de Lisboa, alguém do Governo estava a estudar o problema mas que de momento não havia soluções, o presidente da Junta de Freguesia de Vascões resolveu tirar da gaveta o código de posturas da freguesia e descobriu, ali tão perto, aquilo que pode muito bem ser um importante contributo para pôr termo a este cenário.
Não é de hoje nem de ontem que Maximiano Costa alerta para esta situação, comum, fortemente enraizada nas tradições agrícolas de Paredes de Coura (como noutros concelhos), mas que nem por isso deixa de ser ilegal e, acima de tudo, perigosa, especialmente para aqueles que têm de percorrer as ligações entre Paredes de Coura e Arcos de Valdevez ou Ponte de Lima. Quantos já apanharam valentes sustos, quantos já passaram por mais do que isso?...
Louve-se, por isso, a atitude do presidente da Junta de Freguesia de Vascões que promete, já a partir do próximo mês, ter mão dura para com quem deixa os animais a pastar à solta, sem qualquer protecção. E agradece-se que os seus colegas de outras freguesias lhe sigam o exemplo e coloquem em prática o código de posturas, instrumento que noutros tempos tinha papel principal na gestão das freguesias mas que, actualmente, parece relegado para uma qualquer gaveta da Junta.
Já se sabe, contudo, que a Junta de Freguesia de Vascões não vai ter vida fácil. Não faltarão os críticos. A dizer, por exemplo, que os animais não têm qualquer identificação e que, por isso, vai ser difícil encontrar o seu dono. Mas experimente-se aplicar a coima a alguém que não o dono a ver se o multado não identifica logo o verdadeiro proprietário dos animais.
E de qualquer das formas, o que interessa é que não se ficou de braços cruzados à espera de que alguém no Ministério da Agricultura se decidisse a deitar os olhos sobre este tipo de situações. Neste, como em muitos outros casos, foi preciso esquecer Lisboa e dedicar-se a quem tem mais importância, os habitantes das nossas freguesias.

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