24 outubro 2012

Ter em conta o cidadão

orcamento participativo

A Câmara Municipal de Valença vai contar, este ano, com o contributo dos munícipes para a elaboração do orçamento para o próximo ano. É um dar a palavra ao cidadão anónimo que já começa a ser tido em conta em muitos municípios portugueses e que, devagar, devagarinho, pode ajudar a criar uma maior consciência colectiva.

Sugerir onde o município deve investir, que obras deve fazer e a quais deve dar prioridade. Coisas simples mas que devem ser aproveitadas, quer pelos cidadãos que não devem virar as costas a esta abertura do poder local à sociedade, quer pelas próprias câmaras, que têm, cada vez mais, de ver os seus governados como aliados e não como meros eleitores a quem pedincham um voto a cada quatro anos.

Se em Valença este movimento está a dar os primeiros passos, outros municípios há já alguns anos que avançaram com este tipo de auscultação popular na hora de definir as linhas de orientação para o ano seguinte. Algumas câmaras estipulam mesmo um valor que estará disponível exclusivamente para ser aplicado no resultado desse orçamento participativo. Outras, depois de recolher sugestões, desencadeiam um processo de votação com o qual pretendem alargar ainda mais a participação neste tipo de iniciativas e, ao mesmo tempo, fazer a selecção dos projectos apresentados.

Pode dizer-se que se trata de um exercício demagógico e de carácter populista. Pois pode. E até pode acontecer, o que seria mau, que tudo não passe duma encenação e que no final as opiniões não sejam tidas em conta. Mas o certo é que a imagem que passa é de uma maior abertura dos corredores dos Paços do Concelho aos munícipes desse mesmo concelho que, normalmente, não são tidos nem achados neste tipo de questões.

2 comentários:

  1. Se Coura tivesse optado por ouvir o povo e oposição nunca teria entrado nesta falência
    ou mesmo bancarota em que se encontra.
    O poder em Coura é absoluto sem dar voz a
    quem quer que seja.
    Valença pode orgulhar-se do poder autárquico que tem,vale a pena,a isto chama-se DEmocracia
    participativa,parabéns presidente de Câmara de
    Valença,abra caminho para todos os outros do "quero posso e mando"

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  2. Sem dúvida, só que o poder de alguns sobre os outros é de certo modo tão eloquente que não sabem ouvir os outros, o caso das asneiras seguidas que em Coura foram praticadas, pelo poder local instituído há décadas..
    Como diz a moda"deixa.me rir" eu digo o contrário, deixa-me chorar....

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