15 novembro 2012

Depois do mal feito… procuram-se milagres

Diz o ditado popular que as pessoas “só se lembram de Santa Bárbara quando troveja”. No que respeita à reorganização administrativa do território, acontece o mesmo com os autarcas courenses que, só quando alguém em Lisboa resolveu mexer nas “suas” freguesias é que se lembraram que, afinal, aquilo que tentaram ignorar durante muito tempo, parece mesmo ser cada vez mais uma realidade inadiável.

Ontem à noite, presidentes de junta de freguesia e elementos da Câmara e Assembleia Municipal de Paredes de Coura estiveram reunidos, à porta fechada, para discutir e analisar a proposta vinda da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território. Sem grandes resultados, diga-se de passagem, o que nem sequer surpreende, pois a forma de encarar o assunto ontem foi a mesma que dominou a discussão do assunto na última sessão da Assembleia Municipal: contestar e tentar adiar o que parece ser inevitável, sem no entanto apresentarem uma alternativa ao mapa proposto por Lisboa.

Não surpreendeu, portanto, que a principal ideia que o Partido Socialista defendeu ontem à noite, tenha sido a instauração de uma, ou melhor de várias providências cautelares a impugnar a proposta da UTRAT. Não sou jurista, ou especialista em Direito, mas quer-me parecer que não será possível impugnar uma simples proposta que, recorde-se, só será vinculativa depois de aprovada em Assembleia da República. Mas, se estiver engando, haja quem me corrija, que agradeço. O recurso à impugnação, aliás, já tinha sido abordado, ao de leve, aquando da discussão da reorganização administrativa na Assembleia Municipal, com o próprio presidente da Câmara a admitir a possibilidade de empurrar a aplicação da legislação mais para a frente no tempo, com recurso a todos os meios legalmente possíveis, na esperança de que a lei venha a ser revogada.

Por outro lado, também não foi surpresa a troca de palavras entre Décio Guerreiro e Joaquim Felgueiras Lopes. O presidente da Junta de Freguesia de Paredes de Coura, que em Setembro dizia que “em Coura mandavam os courenses”, não perdeu tempo a acusar o PSD de ser responsável pela proposta de alteração das freguesias courenses. O líder da bancada social-democrata reagiu e lembrou que o PSD apresentou uma proposta alternativa na Assembleia Municipal, que acabaria chumbada pela maioria. Além disso, acrescentou Décio Guerreiro, o PSD foi o único partido a apresentar na Assembleia Municipal uma moção a propor a revogação da polémica lei. Moção essa a que o PS e o PCP se viriam a juntar, aprovando-a por unanimidade.

Ontem, Décio Guerreiro lembrou também que os presidentes de juntas que não eram afectadas pela proposta de reorganização do PSD mas que votaram contra essa mesma proposta e agora vêem as suas freguesias abrangidas pelas mexidas da UTRAT, vão ter de dar explicações aos habitantes dessas freguesias. Um reparo que visava, sobretudo, os autarcas de Cossourado, Insalde e Formariz.

O assunto vai, agora, ser discutido em reunião de líderes da Assembleia Municipal e deve fazer parte da ordem de trabalhos da próxima reunião deste órgão, a realizar no final do corrente mês. Contudo, a legislação não prevê que a Assembleia Municipal ou a Câmara apresentem qualquer alteração à proposta da UTRAT. Não inviabiliza, no entanto, que o mapa final possa ser outro, desde que, por exemplo, a Câmara consiga que, na Assembleia da República, a proposta de Lisboa seja rejeitada em detrimento de outra emanada de Paredes de Coura e que respeite os critérios definidos na lei. Basta, para tal, que os autarcas courenses optem por outra via e apresentem, finalmente, uma proposta consensual e elaborada por quem melhor conhece a realidade local: os courenses.

25 comentários:

  1. Ainda não percebi uma coisa nesta confusão toda das freguesias. Alguém me sabe explicar se com esta coisa de juntar duas freguesias numa os presidentes mais antigos podem candidatar-se outra vez? Isto não é mais ou menos como o que se passa em Gaia e no Porto, com o Menezes a poder concorrer ao Porto porque é outro território? Aqui, se são duas freguesias juntas também estamos a falar de território novo, eu acho.

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  2. Uma palavra para isto: INCOMPETÊNCIA.
    Mais do mesmo vindo desta câmara e desta assembleia, portanto. Começam-me a faltar palavras para descrever o nível destes senhores. É a bandalheira total.

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  3. De certeza, quase absoluta que os portugueses como eu, estão-se completamente marinbando-se para que as freguesias se juntem oú as juntas de frequesias desapareçam do mapa, etc... etc...!!!
    O que neste momento difícil do nosso país está a atravessar, é realmente a falta de emprego! A fome que todos os dias está a aparecer! isso sim!!!... É o que preocupa todo este povo humilde, que não vê uma luz ao fundo do túnel para sairmos deste atoleiro em que os incompetentes nos meteram!!!... Á dias ouvia o Miguel de Sousa Tavares comentar num dos canais de televisão, "que verdadeiramente agora está convencido de que Passos Coelho não estava minimamente preparado para governar o país!" Eu que também apostei nele, agora também tenho essa certeza! Depois vem para aqui Décios e mais os Socialistas e mais não sem quem... tentarem com estas merdices desviarem as grandes preocupações do nosso povo! Uma Economia que não arranca! O desemprego a subir todos os dias! O descalabro dos impostos! As pessoas a emigrarem para tentarem arranjar pão para os filhos! E toda esta gente SUJA!!!!..... Preocupados com a corrida aos tachos!!!... Tenham Vergonha nessa cara cambada de lateiros!!!... Para parecerem um pouco sérios, discutam o grande problema da nossa sociedade!... Até dos Courenses! Onde já há muita pobreza envergonhada!!!...
    Estes animais com boa mesa com boa casa com o bom automóvel! Estão-se completamente burrifando para o povo que está a passar mal! Eles só querem deste povo o voto! Isso sim! É o importante! Esta escumalha de políticos não tem a noção, que fazer politica, é colocar o bem estar de um povo!!!... IGNORANTES!!!......

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  4. Completamente de acordo com tudo o que diz o blog anterior,apoiado caro amigo...

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  5. \Tenho pena e lamento que tenha sido Lisboa a ditar as suas ordens, já que por incompetência da CM e Assembleia Municipal não tenham feito um mapa de acordo com os interesses das populações, não seria bom estes organismos terem eloborado um mapa mais consentâneo com a divisão administrativa das freguesias???. O que faltou,foi sentido de responsabilidade,julgando que as leis não seriam para cumprir!!!como já estivemos habituados ao regabofe do costume,também nesta esperavam o mesmo...
    Socialistas e PSDs.e agora??? è comer a comida que outros confeccionaram sem motivo a rodeios...

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  6. Que mais dizer sobre estas verdades que escreveu o blogue anterior,agora é chuver no molhado,não vale a pena carpir choradeiras...

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  7. Estou mesmo surpreendido com a falácia barata do CARLITOS,porta voz do PS na Assembleia Municipal
    diz ele vamos impugnar,valha-nos nos DEUS,e por quem este nos manda avisar,és muito novo,irrefletido e pouca ou nenhuma consistência no que defende,nada de tentar convencer os seus autarcas,assim aconteceu com o tribunal. O CARLITOS é bastante espalhafatoso,julga que dominando os seus camaradas com certa demagogia também
    os outros são parvos...não de maneira nenhuma,vão se
    rindo da peça teatral dominada e criada pelo porta v. do PS.
    O líder da oposição,seja firme e deixe de ser malabarista
    estude os casos,faça o seu trabalho de casa,depois apresente propostas credíveis,sem dar uma na pata e outra na ferradura.OK.


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  8. Boa noite

    Esta é uma das questões em que o PSD de Paredes de Coura não pode ser acusado: Aperseitou uma proposta de agregação na Câmara Municipal, onde só afetava 6 Freguesias: Paredes de Coura, Resende, Cristelo, Porreiras, Ferreira e Linhares, proposta essa recusada pelos 3 Menbros do PS: Pereira Junior, Manuel Monteiro e Alexandra Marinheiro. A mesma proposta foi apresentada na Assembleia Municipal e os Menbros do Partido Socialista também votaram contra, inclusivé alguns Presidentes de Junta cujas Freguesias são agora são afetadas.
    Mesmo tendo em consideração o ambiente eleitoral que se vive, o PSD de P. Coura demonstrou, mais uma vez que é o interesse da nossa Terra que nos move e não outros, nomeadamente eleitorais.
    Se a Lei se mantiver (espero que não), os altos dirigentes do PS de P. Coura, são os responsáveis. Não é só o Sr Presidente, mas também os Vereadores a tempo Inteiro, o staff do Presidente (Dr Vitor Paulo), o apoio Juridico, O Presidente da Assembleis Municipal e os respetivos Porta Voz do PS.
    Recordo que o PSD foi a única força política a discutir a questão, e a proposta apresentada teve em consideração: Militantes e Apoiantes, Presidentes de Junta, Membros das Assembeias de Freguesia, Membros da Assembeia Municipal e da Câmara Municipal. Foi pois muito ponderada e embora nao a queiramos esta Lei, a nossa proposta tinha um objetivo: afetar o menos possivel o concelho, nomeadamente as Freguesias mais longe da Sede do Concelho.
    Recordo ainda que um dos deveres dos Eleitos Locais é cumprir e fazer cumprir a Lei. Estranho por isso que só se fale de Providências Cautelares, apenas com um objetivo: atrasar os efeitos da Lei ( Não eliminar, apenas atrasar), quando se deveria discutir a Ação Principal.

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    1. Não concordo, nem compreendo esta posição politica (que acaba por não ser posição nenhuma). O senhor José Augusto, como responsável politico afirma - "Se a Lei se mantiver (espero que não)" ao mesmo tempo que participa na "armadilha" de a discutir e de apresentar até propostas (para uma lei que não concorda), ainda para mais sob ameaça e com a chantagem do poder central de "Se não apresentarem propostas de corte de freguesias (mesmo que não concordem) apresenta-mos nós UTRAT" com ou sem critério. Ora parece-me que uma posição de negociação sob chantagem e com ameaças só vai fragilizar (agora e futuramente) politicamente os agentes politicos que aceitarem negociar nestas condições e parece-me que não será a melhor maneira de defender os interesses do interior, penso que os Courenses só deviam negociar a descriminação positiva dos serviços do Estado, se os Courenses e os seus politicos cairem nesta armadilha ficarão muito fragilizados nas próximas "investidas" do poder central contra o interior e que vão ser muitas em breve. Negociar de joelhos, e a mendigar migalhas de fundos estruturais, não obrigado. É preciso uma visão Histórica e voltada para o Futuro. Devemos isso ás futuras gerações e mais ainda aos nossos antepassados. A crise vai passar, mas os erros cometidos agora sob pressão, ficarão para sempre e se calhar sem possibilidade de correcção futura.

      é a minha opinião

      Mário João Fonseca da Silva

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    2. O Zé Augusto simplesmente mente, quando diz:

      "Recordo que o PSD foi a única força política a discutir a questão, e a proposta apresentada teve em consideração: Militantes e Apoiantes, Presidentes de Junta, Membros das Assembeias de Freguesia, Membros da Assembeia Municipal e da Câmara Municipal. "

      Entao se os próprios Presidentes de Junta das freguesias PSD se absteram na votacao em Assembleia da Câmara!!

      "A contrastar com a crítica que lhe tinha sido feita anteriormente por Carlos Barbosa, do Partido Socialista, que referiu que “a proposta do PSD é tão boa que o PSD não conseguiu sequer convencer os seus presidentes de junta”. Parecia que antecipava a rejeição da proposta social-democrata, com duas abstenções de autarcas laranjas."
      in: maispelominho

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    3. Os Presidentes de Junta estão na Assembleia por inerência ao cargo, não representam nenhum partido mas sim a Freguesia que os elege, neste assunto da agregação apenas foram veiculo de transporte da decisão das suas Assembleias nada mais, mais o facto destes Presidentes votarem contra a vontade do seu Partido apenas demonstra a seu compromisso perante quem os elegeu, já tal não se vê do lado do PS.
      Amândio Pinto.

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    4. Surpreende-me a falácia do Dr. José Augusto. Como sempre, parte de premissas erradas. Nomeadamente, parte da ideia de que caso tivesse havido proposta (fosse a do PSD ou outra qualquer), a mesma proposta teria sido acatada. O Dr. José Augusto sabe que isso não é verdade pois, mesmo nos casos em que as Assembleias se pronunciaram e fizeram propostas concretas as mesmas não foram acatadas. Por outro lado, o Dr. José Augusto também sabe (embora nunca o diga) que a reforma administrativa só faz sentido se for precedida por uma nova lei eleitoral e do financiamento das autarquias locais (ou, pelo menos, a definição de ideias claras sobre ambas) – E ESTA NÂO FOI! Como poderão as pessoas entender o que é bom ou melhor para as suas freguesias ou municípios se não entendem, ou melhor: não lhes é dado a saber, qual o peso do voto e a comparticipação estatal que é destinada às circunscrições administrativas, bem como os critérios que presidem à sua definição?! Neste momento, a reforma administrativa que o PSD nos impõe só pode ter como critérios a proximidade geográfica das sedes e o bairrismo. É isso que importa discutir e ter em consideração numa reforma administrativa?! É isto?! Esta reforma é um cheque em branco, é um “engana meninos” desde o primeiro minuto. Isto é que tem de ser denunciado e foi discutido na Assembleia. Por princípio, a Assembleia não poderia tomar uma posição sobre a reforma porque ninguém nessa assembleia concordava com ela. Aliás, o PSD chegou até a propor que fosse definido um parágrafo inicial em que se discordava da reforma e, seguidamente, “usando aquilo a que os advogados chamam – “sem prejuízo”” (certamente que o Dr. José Augusto se deve lembrar das suas palavras), fosse feita a proposta que se pensava ser menos gravosa. Isto é dar uma no cravo e outra na ferradura. Dr. José Augusto, diga-nos a verdade: o Dr. sempre soube que este procedimento meramente decorativo de “consulta” às Assembleias municipais e de freguesia era um engodo? Diga-nos, acredita alguma vez que as posições transmitidas pelas assembleias foram lidas e discutidas na Assembleia da República? Acha que houve tempo para isso? Diga-nos, acha que seria possível alguma vez que uma reforma administrativa fosse feita, de forma séria, participada e ponderada, com o timing em que esta tem decorrido? Dr. José Augusto, o Dr. sabe que a reforma é um boçal erro de que é pai o seu bom amigo Carlos Abreu Amorim. Agora diga-me, por favor, já teve oportunidade de lhe agradecer? Se não teve, estou certo de que o fará durante a campanha para as próximas autárquicas. Eu ficarei atento quando, fazendo campanha consigo, tiver de acompanhar os dois. Lamento que só nos blogues tenhamos courenses interessados em debater os problemas do concelho. Lamento que apesar das assembleias municipais estarem abertas ao público e à participação deste, ninguém compareça ou proponha nada mas, posteriormente, insulte e maldiga tudo e todos.

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    5. Mas tu já és membro da AM. Porque é que lá te calas?

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    6. Caro anónino anterior, como percebeu pelo que escrevi, é lá precisamente que não me calo.

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  9. Já toda a gente sabe que os socialistas e os partidos de esquerda estão sempre contra qualquer iniciativa deste governo. Basta ouvir o Seguro nas suas intervenções. Por eles o país continuaria com a mesma politica do gastar a torto e a direito. Querem crescimento mas não dizem como e onde conseguiriam o dinheiro e investidores intessados neste tempo de crise. Criticar é facil.Claro que todos nós gostariamos que houvesse crescimento e aumento da riqueza no país. Portanto meus amigos o ps de Coura segue a estratégia do partido a nivel Nacional,não é como os apoiantes do governo CDS/PSD que também se fartam de contestar as medidas tomadas pelo executivo,quando alguns interesses mesquinhos são postos em causa,como é o caso da agregação das freguesias.
    Tiveram todos muito tempo para resolver este assunto da união das freguesias e só não o fizeram porque não estavam interessados e estavam convencidos que o governo voltava atrás com a lei. Mas felizmente este governo tem tido a coragem de tomar as medidas certas,sem ter medo de perder eleições.

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  10. Gostaria de recordar, que este assunto, foi falado pela primeira vez na Assembleia Municipal de Paredes de Coura em 2005, por iniciativa do PSD, que acusava o PS de pretender impor uma medida com estas características. Na altura, Rosalina Martins (PS) deputada na Assembleia da Republica, desvalorizou o assunto, alegando que era prematuro falar sobre o mesmo.

    Portanto, não se trata de uma medida de autoria deste Governo, mas de um assunto que já vinha sendo falado no tempo de outros.

    Convém também recordar, que a actual reforma administrativa, conta já com décadas, em que a realidade deste pequeno pais, se alterou completamente, quer a nível rural, com a desertificação do interior, quer a nível do Litoral com o crescimento exponencial de aglomerados habitacionais. Não se entende, como alguém pode defender, a manutenção da actual Lei, sendo ela criada em condições absolutamente diferentes.

    A crise que atravessamos, alertou-nos para erros, que vinham sendo cometidos a nível da sustentabilidade da despesas pública, e da forma como o dinheiro dos contribuintes vem sendo gerido, verificando-se ainda a nível local, um crescendo de caciquismo, que tem tido por objectivo, fazer perdurar no poder sempre os mesmos, como que de insubstituíveis se tratasse, não através do mérito das suas politicas (na generalidade), mas através de esquemas de compadrio e tráfico de influências.

    A contestação à agregação administrativa de freguesias, não tem origem na contestação das populações, mas partiu dos Autarcas e das cúpulas dos partidos, tendo como objectivo único, manter os lugares dos seus filiados.

    Nenhum dos argumentos apresentados para a não agregação, é baseado em dados objectivos, e do interesse dos eleitores.

    A questão da identidade, que seria o mais problemático, não colhe unanimidade.

    Em várias freguesias do nosso e de outros concelhos, verificou-se já a existência de outro nome (que não o actual), e outros limites, sem que isso representa-se uma perda de identidade para os seus naturais.

    O PS e o PSD, sabiam perfeitamente que a lei iria avançar, foram alertados por responsáveis do Governo em várias reuniões, e sessões de esclarecimento.

    Não tiveram a coragem politica necessária, e desperdiçaram em palhaçadas e manifestações a Lisboa, o precioso tempo, que deveriam ter ocupado, com informação e discussão com as populações, no sentido de apresentar soluções que fossem o menos fracturante possível, discutindo e procurando acordos, que trouxessem beneficio àqueles que se iriam agregar.

    Mantendo a mesma postura, insistem em esquecer o interesse das populações e do Pais, em favor dos interesses partidários. Do PS não me surpreende, tem sido sempre esta a sua postura. No PSD; estranho a convicção de que a” Lei, não seja aprovada”. Não é por agregar mais ou menos freguesias, que a Lei, é melhor ou pior. Ou a Lei faz sentido, e então devia-se ter discutido todas as opções, ou não faz sentido, e ai si,, votamos contra, a proposta do PSD, teve apenas o objectivo de agradar ao Partido, esquecendo as populações. Sabemos que existe uma ténue esperança, que os eleitos pelo PSD no Distrito, consigam na Assembleia da Republica, alterar alguma coisa, que nas próximas eleições Autárquicas, possa ser usada em favor dos próximos candidatos, o que denota também, falta de coragem e estratégia politica, mas é um bónus que se aguarda.

    Por coerência, e em sinal de protesto, todos aqueles que não apresentaram nas AM qualquer proposta, e votaram contra a proposta de lei, deveriam demitir-se dos cargos que ocupam, e ai sim, dar um sinal, do seu desinteresse pessoal, e provar que o que os movia, era o interesse das populações.

    Venâncio Fernandes

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    1. Caro Venancio Fernandes, não concordo consigo, não consegui em todo o seu discurso (e não foi só aqui) encontrar as virtudes que fala, desta agregação e desta lei, e se não existirem ou não forem evidentes, peço desculpa por este egoismo Courense, mas devemos lutar contra elas e olhar para o contexto Courense, a todos os niveis sócio- económicos e culturais, não percebo este ajoelhar do sim porque sim, apenas por fidelidades ideológicas, politica Nacional é na AR, cada Concelho deve reflectir sobre a sua própria realidade, sem juizos de valor ou moralismo Paternalista, lá por eu ou outras pessoas não concordarem, por achar que no balanço final vamos ficar a perder, não quer dizer que seja um atrasado traidor á pátria (ou á Troika), fidelidade...só ás nossas gentes. Então agora agregamos as freguesias, em retaliação á partidarite omnipresente em todo o Estado??? E o interesse das populações?? È agradar ao Passos, á Troyka, para ganharmos um "chupa" por sermos os bons alunos? E o Futuro sustentável que deviamos pretender? Discutir? sim...reforço de meios do Estado, para aproveitando um centro Geográfico no Alto Minho, no Turismo e noutras caracteristicas únicas, podermos garantir pelo menos a continuidade e não o desaparecimento no nevoeiro da história. Caro Venâncio, se não formos nós a lutar por Paredes de Coura a AR não o fará, pode acreditar, resolver os problemas do Paìs??? Isso é outra guerra, e que não vai ser travado no Alto Minho concerteza.

      Abraço

      Mário Silva

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    2. O “ARROTO” é mais do que apenas um som cavo que surge das entranhas humanas mais afastadas do cérebro.

      O “ARROTO” não lê e não é informado porque não quer; ouve telejornais mas não entende o que ouve por não esforçar o neurónio solitário com mais do que telenovelas, futebol e revistas sopeiras.

      O “ARROTO” não lê porque ler dá trabalho e diz que ler faz mal à vista se não for jornal desportivo (leia-se futebolístico).

      O “ARROTO” tem olhos mas apenas olha, não vê! Tem ouvidos mas é surdo à razão, ao conhecimento, à lógica e ao pensamento mais básico.

      O “ARROTO” tem boca… tem sobretudo boca, tem practicamente apenas boca. É por ela que lhe sai tudo aquilo a que teima em chamar opinião sem saber que as opiniões necessitam de algum pensamento prévio, reflexão (ainda que mínima) e alguma justificação lógica para não serem irracionais e idiotas e não fazerem idiota quem as emite.

      O “ARROTO” não fala, arrota e incomoda com os barulhos que a sua bocarra faz. O seu raciocínio tem mau hálito e as suas ideias têm bolor… ou teriam se tivesse quer raciocínio quer ideias.

      O “ARROTO” repete o que ouve sem pensar porque não sabe pensar e não quer aprender mas não porque não possa. Repete o que ouve e o que julga ter ouvido e de todas as vezes repete mal. Se não entende as palavras repete-as ainda assim, ou inventa e adultera o que julga ter ouvido a outros “arrotos” de quem é “amigo”!

      O “ARROTO” não faz perguntas faz afirmações e se pergunta é apenas para ter a certeza que tem razão.

      O “ARROTO” não sabe nada de nada acerca de coisa alguma mas acha-se capaz de arrotar em qualquer ocasião sobre qualquer tema quer tenha quem o oiça quer não.

      O “ARROTO” é inoportuno, boçal, estúpido como um portão de quinta* mas nunca é ausente o que seria a sua única qualidade.

      O “Arroto” tem sempre razão e está em todo o lado apenas à espera que o deixem arrotar e aí… ai de quem tentar impedi-lo: a fúria do arroto é ruidosa, escandalosa, popularucha de “pé sem chinela” e mal criada.

      Estes são alguns dos imensos arrotos que tenho coleccionado ao longo da minha vida e de que não consigo livrar-me por muito que tente e que deseje esquecer que existem e me aguardam lá fora nos taxis, metro e autocarros, nos passeios, nos programas com participação de ouvintes e por vezes (raramente) à mesma mesa de café em que me sento.

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    3. Amigo Venâncio estou contigo por tudo o que es escreves no post,os presdentes de Junta
      não estavam interessados m reformas,apenas e só manterem o seu lugar de presidente,enga-
      nam o seu eleitorado,dizendo.lhes puras mentiras,tais como vão ficar prejudicadas
      vão acabar as freguesias,todos os serviços a elas inerentes, enfim, uma autêntica palhaçada, quando ma realidade tudo fica ne mesma,o apoio dado pela Junta eleita pela freguesias que agregou aquelas v
      ao mesmo dar todo o apoio às suas gentes - populações,talvez mais e melhor do que os seus autarcas...
      É pena e lamentável que o presidente da Câmara embarque nessa carruagem da mentira.
      Escreva sempre caro Venâncio, tenho gopsto de ler as suas ideias...

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    4. Falam esses senhores paus mandados de esperar pela lei de competências,eleitoral e finanças locais, que a reforma adm. tinha de ser acompanhada por estssas mesmo leis ,nada de pretender confundir 0 cu com as calças,agora trata-se de reduzir as freguesias, as tais leis já vêm a caminho...
      Alguma vez as Juntas trabalharam em consequência das mesmas leis em vigor???Estas nada mais fazem de que assinar os atestaditos,declarações,limpeza das valetas que a Câmara lhes concedeu subsídio e nada mais meus caros senhores!!!
      Por favor arrumem com as botas,deixem que outros saibam fazer mais,melhor e com mens dinheiro.

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  11. Boa noite

    Para esclarecer alguns pormenores do que tem vindo a ser comentado.

    Sempre discordei da necessidade de reduzir o número das Freguesias rurais, porque em muitas situações são o elo de ligação com as Populações mais envelhecidas e desprotegidas. Assumi sempre esta posição, ainda quando o PS andava a negociar com a Troika a criação de novas Fregeusias com mínimo de 5.000 Habitantes, ou seja em Paredes de Coura só havia uma.
    Recordo ainda que fizemos à 8 anos uma campanha com um documento do então Ministério da Administação Interna, liderado pelo Dr António Costa onde este propunha a redução de Freguesias.
    Se estamos agora a discutir este assunto foi porque o PS como queria esta redução deu de barato para a Troika a questão.
    Tivemos contudo agora com a implementação da Lei, aprovada por maioria, eleita por sufrágio universal direto e secreto, uma oportunidade de reduzir os seus efeitos negativos com a aprovação da proposta que o PSD apresentou. O PS não quis, quiçá porque concordaria com uma redução maior, sem coragem para o assumir no atual contexto eleitoral.
    Só que agora ao contrário do que diz o Sr. Mário Silva, não estamos em período negocial, isso já passou e ou por incompetencia ou deliberadamente o PS não quis negociar. Verdadeiramente a Lei deu duas hipóteses: ou 4 Fregeusias, ou as que os Courenses quisessem, desde que mais de quatro.
    A questão negocial é uma falácia, é para entreter, é para sacudir a água do capote, é para confundir os Courenses, é para aliviar a culpa de quem o faz.
    Já referi os culpados, e ninguém do PSD de Paredes de Coura o é.

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    1. Não pertenço, nem nunca pertenci a nenhum partido politico, não tenho nenhum familiar directo na politica nem nunca recebi nenhum tostão a trabalhar para o Estado, se foi o PS que "pensou a lei", não concordo, se foi o PSD a mesma coisa, existe imcompetência em todos os partidos, não se pode generalizar, impondo esta lei a todo o território, nem chantagiar as populações, os seus dirigentes politicos para criar fracturas, e obrigá-los a votar um "mal menor", ainda para mais deputados que estam a 440Km, se a lei ou a agregação fôr (no global) má para o futuro do nosso Concelho, uma vez que teremos de lutar por muitos direitos em breve, em desespero pela sobrevivência (direitos que a maioria dos outros Portugueses tem), não podemos concordar com ela nem contribuir para ela. Não é boa? lutamos contra ela, ponto. Temos de olhar para esta problemática distanciando-nos dos partidos e filiando-nos todos no PPC (Partido de Paredes de Coura), temos de olhar de a frente, e pergentar o que queremos para o nosso futuro, se fôr preciso com desobediência civil, pois se não olharmos por P. Coura não vai ser a AR a fazê-lo. Quanto á "maioria, eleita por sufrágio universal direto e secreto" que fala, desconheço tal maioria, pois não reconheço legitimidade democrática a esta "maioria" que como é bem conhecido praticou inúmeras "fraudes eleitorais" cirúrgicas com o seu programa eleitoral e com a estratégia prometida em campanha e na oposição, ao ponto de o seu parceiro CDS só não o fazer cair "por responsabilidade patriótica". Esta é a minha opinião

      "O objectivo da discussão não é a vitória, mas o progresso"

      Joseph Jaubert

      Cumprimentos
      Mário Silva

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    2. Caro Mário, não é generalizar, mas quem apresentou pela primeira vez esta questão no nosso Pais, foi o PS, tal como diz agora o José Augusto, basta ler as actas da A.M. para comprovar este facto, e isto , não é uma questão menor, estes senhores que querem o nosso apoio para lutar contra esta Lei, são os mesmos que há poucos anos atrás, já nos queriam impor uma lei idêntica, sem nos ter explicado qual a diferença, possivelmente em condições piores. Perderam, a moralidade para falar sobre o assunto, ou então querem fazer de nós ignorantes..é esta incoerência que eu contesto. e contesto igualmente o PSD, precisamente pelo inverso, porque na altura insurgiu-se contra esta ideia, que acabou por defender, embora com alterações. esta é uma questão; a outra é saber se a medida fazia sentido ou não, do meu ponto de visto, faz sentido, o que não faz sentido é manter as coisas como estão, se todos achamos que não estão bem, e em vez de estarmos a esgrimir argumentos uns contra os outros, melhor teríamos feito, se aproveitássemos todo o tempo, para discutir a melhor forma de aplicar esta reforma, fazendo sobressair os benefícios.
      Por outro lado, não concordo consigo sobre a defesa intransigente do p.p.c a qualquer custo, porque entendo que não é assim, que defendo o meu interesse como contribuinte, nem o interesse da maioria da população.
      Procuro defender o que é razoável, sabe que ao contrário dos membros do PS na A.M. que sempre votaram por unanimidade as propostas apresentadas pelo executivo e pelos seus pares, eu votei algumas vezes, contra propostas apresentadas por membros do PSD.

      Sobre o meu argumento para defender a alteração da reforma administrativa, quero dizer honestamente, que não sei se esta é a melhor solução, o que sei, é que não vi outra, e sei também, que tal como está actualmente, não trás nenhum beneficio para as populações, para o município e para o pais, e como pago demasiados impostos do meu magro salário, quero que esse contributo tenha aplicação responsável e criteriosa , por forma a produzir o maior beneficio possível para quem dele necessita.

      Para prestar apoio a 300 pessoas da forma como as juntas prestam, entendo que não necessitamos de uma plataforma administrativa como actualmente está constituída.

      Na maioria das freguesias, o orçamento com custos dos membros do executivo + A. de Freguesia + custos administrativos, ocupam a quase totalidade do orçamento.

      Se fosse uma Empresa, diriam que estavam lá para aquecer

      Proximidade, basta ler os jornais locais, para se aperceber dos vários casos de abandono de idosos e pessoas em dificuldades, também nessas freguesias pequenas, pelo que cai por terra este argumento que os autarcas tanto badalam.

      Existe uma questão que pouca gente fala, que é a questão da democracia exercida, do meu ponto de vista, é pior quanto mais pequeno for o grupo e o local onde nos inserimos, sabia que parte significativa dos membros das A. de Freguesia, não põem lá os pés, e assinam a acta?

      Sempre a considera-lo
      Um abraço.
      V.F.

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  12. Olá lobo,só agora deixas-te a toca, não mesmo mascarado sempre vinhas dizer umas coisas,agora com as eleições por perto lá estás tu a dar palmites,deixa-me dizer algo,não sejas mal educado que no passado recente outra coisa não fazias do que maltratar quem contigo não concordava!!!
    Não acredito na tua regeneração,quem nasceu torto nunca... BEM VINDO SE VIER POR BEM!!!

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  13. Caro Caldas de Sousa,custa-me acreditar que v.é mesmo contra a extinção de freguesias!,não sou político nem coisa que o valha,mas tenho inteligência e cabeça para descernir o bom e o mal para as freguesias...
    Esta redução não só peca por tardia e como muito restrita,não deviam existir freguesias com menos de 500 residentes(numa primeira fase)depois 1000,os concelhos também não teriam razão de existir com menos de 30 000 hab.
    Todo o resto é balela e defesa dos "tachitos)das juntas de freguesia atingidas, é ver o barulho que se tem feito à vola deste tema...sejamos justos e sérios,que prestação de serviços as Juntas de freguesia oferecem às populações?
    No caso de Coura estamos mesmo a centenas de metros umas das outras,todas na parte urbana juntas,lamento que os senhores presidentes de Junta estejam a" enganar" os seus eleitores como profetas da desgraça,tudo fica na mesma senão melhor serviço e com menos despesa, obrigando as Juntas que ficarem a efectuarem deslocações semanais às sedes de juntas então agregadas, sabia que há Juntas que nem abrem as portas das suas sedes? não respeitam horários,enfim é mesmo uma autêntica banbuchada...
    O porquê dos presidentes de Junta não terem cedido as suas remunerações cujo valor anual é de cerca de 12 000 euros,aí a comissão técnica até podia pensar"estes autarcas estão mesmo ao serviço das populações"..está bem ó Abreu dá cá o meu"-
    Ouvi dizer que o sr.Guerreiro(vereador da oposição),ter feito um convite a todos os membros da AMunicipal para se demitirem d função,resposta nem pensar,claro todo o ruído é feito na defesa desses trocados que para quem tem pouco é muito bom.
    Sabia que há sedes de Junta que nem as portas abrem o público, outras com horários de 1 ou 2 horas!!! se possível aos domingos para não perderem tempo...
    Não sei se foi verdade,mas pela pessoa que me contou quase tenho a firme certeza dessa verdade, há anos uma Junta de freguesia do nosso concelho,todos os seus membros prescindiram de receber as ditas remunerações ou compensações, a fim de reconstruirem duas capelinhas e compra da casa florestal,todos estes prédios sitos na mesma freguesia,assim fizeram e deixaram obra que segundo se dizia davam amargos de boca aos"parasitas" de alguns seu colegas das Juntas,claro, deixaram enorme obra feita,mas o seu belo exemplo não foi seguido pelos seus sucessores,não lhes interessando deixar obra feita mas sim receberem os dinheiritos!!! não só estes como até outros dependentes de obras e serviços prestados pelos próprios contra a lei,,foram utilizando a obras que os anteriores lhes deixaram...
    Será que no país tenha havido exemplo de servir a causa pública como estes??? Responda quem quiser...
    Reformas sim,parasitismo não.

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