07 agosto 2012

Só se estranha não ter acontecido antes…

 

P. Coura: 3 indivíduos detidos em flagrante delito durante furto ao antigo sanatório de Paredes de Coura – notícia da Rádio Geice

A notícia só causa estranheza por ter demorado tanto tempo até aparecer alguém a aproveitar-se dum espólio que está “ao Deus dará” ali para os lados de Mozelos, Paredes de Coura. Desde o encerramento do antigo sanatório, convertido em hospital psiquiátrico, que se têm multiplicado os casos de vandalismo e aproveitamento ilegal, ou pelo menos imoral, das instalações que o Ministério da Saúde deixou completamente ao abandono. E depois temos ainda a polémica em torno dos processos dos antigos doentes que foram deixados nas instalações de Mozelos à mercê de serem “consultados” por quem quer que fosse, a que se juntou mais tarde a utilização do espaço exterior do antigo sanatório para a criação de porcos, transformando-o numa autêntica pocilga.

Situações que só comprovam o estado de abandono a que aquele edifício, outrora imponente na paisagem courense, foi votado. Nem o projecto dum grupo privado de turismo, a que se associou a Câmara de Paredes de Coura, de transformar aquele espaço num hotel com campo de golfe, veio inverter a situação. As ideias nunca passaram do papel, ou eventualmente da mente dos envolvidos, mas serviram, pelo menos, para se constatar que o dono do imóvel, supostamente o Estado português, nunca se interessou por ele, tal foram as dificuldades tidas para encontrar a verdadeira entidade a quem a autarquia courense queria entregar o cheque pela compra do imóvel.

Nada se fez, tudo se continuou a degradar. A um ponto que, olhando hoje para o edifício, torna-se praticamente certo que a sua recuperação é virtualmente impossível. Muitos, contudo, continuam a tirar proveito da sua existência. Desde os praticantes de geocaching, que o elegem para alguns jogos e aventuras, até aos apaixonados pela fotografia, que vêem no velho edifício um cenário surreal para alguns ensaios fotográficos. Sem esquecer os que nutrem algum interesse pelos fenómenos paranormais e que se debruçam em discussões sobre possíveis assombrações que se passeiam pelos corredores do antigo hospital psiquiátrico.

Se calhar o problema do velho sanatório de Mozelos é precisamente esse. Está assombrado! Não por alguma alma penada, ao estilo de um qualquer filme de terror, mas assombrado pelo esquecimento das entidades que o deixaram caminhar, lentamente mas não sem aviso, rumo a um futuro que passará, inevitavelmente, por mais furtos como o de hoje. Valham-nos, ao menos, os vizinhos atentos!

03 agosto 2012

Vai uma, vai duas… vendido!

Cinco anos depois a Câmara de Paredes de Coura volta a tentar vender três apartamentos que tem em dois edifícios do concelho. Objectivo: encaixar no seus cofres qualquer coisa na ordem dos 250 mil euros que, nesta altura de apertar o cinto, parecem fazer muita falta ao município courense.

E o destino do dinheiro que eventualmente se venha a conseguir com esta venda já está traçado. “Vamos investir em obras concretas no concelho”, garante o presidente da Câmara que, depois da tentativa falhada de 2007, quer agora aproveitar a presença dos emigrantes por Terras de Coura para ver se algum deles desembolsa os valores que o município está a pedir. Em causa estão dois apartamentos T3, um avaliado em 100 mil euros, outro em 80 mil, e ainda um apartamento T2, avaliado em 70 mil euros.

A ver se, desta vez, alguém se chega à frente com os valores pedidos pela autarquia. Não vale, contudo, fazer publicidade enganosa porque, dizer que os prédios em causa foram construídos há cerca de quatro anos é fugir um bocadinho à verdade. Um bocadinho de dez anos, em alguns casos…

Depois das freguesias… as paróquias

Ainda a discussão sobre a agregação e extinção de freguesias não chegou ao adro e já a procissão admite avançar para outros caminhos. Isto porque a Diocese de Viana do Castelo tem em mente a criação de zonas pastorais que, na prática, vão resultar na fusão de várias paróquias. A falta de fiéis, mas sobretudo de sacerdotes, a isso parece obrigar.

Será que, tendo em conta os envolvidos, este processo de fusão será mais pacífico que os das freguesias?

02 agosto 2012

As “Maias”… em Agosto

Na última edição de O Coura já o assunto veio à baila. Falo das coroas de “Maias” que, feitas por várias escolas e instituições do concelho, estiveram em exposição em algumas das varandas da vila, nomeadamente nos edifícios públicos. Bem, estiveram não, porque algumas ainda lá se encontram, como alertou aquele jornal.

Mas, se a situação já estava mal há duas semanas, quando O Coura escreveu sobre o assunto, está pior agora. É que, pelos vistos, quem de direito não se preocupou com a má imagem, de desleixo sobretudo, que este cenário dá, com as coroas secas dependuradas em vários edifícios, e elas lá continuam. Mesmo nos locais onde, na semana passada, andaram funcionários municipais a colocar as armações das Festas do Concelho de Paredes de Coura, como se pode ver na imagem deste post.

Não seria de ter aproveitado o pessoal, as escadas e a máquina que andou a prestar apoio a este serviço, e ter retirado, ali mesmo ao lado, algumas das coroas que parecem querer eternizar (sem sucesso) o mês de Maio?

31 julho 2012

Festas do Concelho? É fazer as contas…

A memória é uma coisa tramada! Quando menos esperamos faz das suas e traz-nos à lembrança algo que outros parecem ter esquecido. Ou então, a falta de memória, faz-nos esquecer o que fizemos anteriormente e hoje somos apanhados em contradição. Acontece aos melhores.

Neste caso, contudo, nem se pode dizer que tenha sido a memória, mas sim a internet. É que, ao ver esta notícia da Rádio Vale do Minho que dá conta da redução do orçamento da edição deste ano das festas concelhias de Paredes de Coura, bastou fazer uma pequena pesquisa online para verificar que, afinal, nem tudo o que se diz hoje bate certo com o que se contou ontem. É que, dizer hoje que as Festas do Concelho vão sofrer um corte de 50 por cento mas, logo a seguir, informar que o orçamento previsto é de cerca de 50 mil euros, é esquecer que, no ano passado já tinha havido uma redução significativa (face a 2010), e ainda assim o valor apontado para a realização das festas rondava os 70 mil euros.

Ora, de acordo com a minha calculadora, que é para não correr o risco de me enganar a fazer contas de cabeça, metade de 70 mil euros ainda consegue ser menos que os 50 mil euros que a organização diz ir gastar em 2012. Mas, como dizia o outro, é fazer as contas…

 

PS – Já agora, fica aqui a ligação para o programa das Festas do Concelho de Paredes de Coura 2012, a decorrer nos próximos dias 10, 11 e 12 de Agosto.

28 julho 2012

Decidir o que já está decidido (2)

Mesmo ainda sem nada estar decidido, pelo menos nos órgãos competentes, parece que, afinal, Paredes de Coura já tomou uma decisão. O mapa ontem publicado pelo semanário Sol (clicar para ampliar) indica claramente que o concelho já se decidiu pela oposição à fusão de freguesias.Premonições…

27 julho 2012

Decidir o que já está decidido

É uma decisão adiada, mas a que a lei obriga: Paredes de Coura vai ter de agregar freguesias e passar das actuais 21 para um mínimo de 17. Cumprindo a lei, quer queira, quer não. A não ser que… alguma coisa mude ou que o sistema empate a obrigatoriedade.

É nesta última ideia que parece apostas a câmara courense. Ou seja, simplificando, se a Assembleia Municipal de Paredes de Coura se decidir pela não agregação de freguesias, terá de ser o Governo a obrigar a esse cenário. Só que, depois, a AM pode contestar a opção governamental e aí terá de ser a Assembleia da Republica a tomar a decisão. Se todos, ou grande parte dos municípios, seguirem igual caminho, prevê-se que o processo se arraste durante anos pelos corredores do Parlamento.

Isso mesmo explicou o presidente da Câmara de Paredes de Coura aos deputados municipais, incluindo os presidentes de junta, ao mesmo tempo que dizia ter a certeza de que não há nenhuma freguesia que se queira agregar. O certo é que a lei obriga as assembleias de freguesia a tomarem uma decisão, e a assembleia municipal também, pelo que nas últimas semanas multiplicaram-se as reuniões das juntas e na próxima segunda-feira há sessão da assembleia municipal especificamente para deliberar sobre este assunto.

Não era este, contudo, o modelo que o PSD courense defendia para analisar e discutir esta situação. Isso mesmo demonstrou Décio Guerreiro na última sessão da AM courense, explicando que o ideal era o assunto ser discutido na própria assembleia municipal antes de avançar para as assembleias de freguesia, como sugeriu que fosse feito por diversas vezes. “Acho que primeiro devíamos discutir isto em Assembleia Municipal ou num debate aberto”, explicou o líder da bancada social-democrata. Não foi ouvido, contudo, e ainda viu a sua intenção a não ter eco por parte da bancada socialista, com Carlos Barbosa a dizer que “as freguesias vão pensar pela sua própria cabeça”.

Deste modo, na sessão da próxima segunda-feira, aguarda-se um rotundo não às intenções do Governo de reduzir em quatro o número de freguesias de Paredes de Coura. Com a agravante de que, se for o Governo a decidir, não serão apenas quatro mas cinco as freguesias que terão de ser agregadas, conforme rege a lei. Ou nenhuma, segundo esperam os autarcas. Aliás, as palavras de Joaquim Felgueiras Lopes, presidente da junta de freguesia da vila, são elucidativas do estado de espírito dos autarcas courenses, quando questiona se “haverá aqui algum presidente de junta que queira ser o coveiro da sua freguesia?”

12 julho 2012

Faixa 1 – Período de antes da ordem do dia

A Assembleia Municipal de Ponte de Lima, na sua última reunião, aprovou uma medida que, como refere Nuno de Matos, autor da proposta votada naquele órgão autárquico, é uma vitória da transparência democrática e do direito à informação.  A partir de agora, a acompanhar a acta habitualmente disponibilizada na página internet do município de Ponte de Lima, vai igualmente estar a gravação áudio de toda a sessão, devidamente editada de modo que possibilite a consulta, em separado, da discussão em volta de cada ponto da ordem de trabalhos.

Ora, pergunto eu, e porque não adoptar também este comportamento, exemplar, na Assembleia Municipal de Paredes de Coura? Se as sessões são públicas, existe equipamento apropriado e todas as intervenções são já devidamente gravadas com vista a facilitar a execução da acta, o principal está feito. Resta, por isso, disponibilizar online o conteúdo dessas gravações, o que permitiria que todos os munícipes tomassem conhecimento das intervenções dos seus representantes na AM, das questões que levantaram, dos problemas que expuseram, das discussões que suscitaram, das explicações que receberam por parte dos elementos da Câmara Municipal ali presentes.

Claro que, tendo em conta o cenário actual, isto seria uma grande mais valia, já que neste momento o que está disponível online é apenas o resumo da acta. Ou seja sabe-se que determinado assunto foi aprovado mas desconhece-se com que contornos. Pegando num exemplo da última reunião da AM courense, ficamos a saber que foi aprovado um voto de protesto apresentado pela bancada socialista, mas desconhecemos que por detrás da aprovação dessa moção esteve uma discussão que durou mais de uma hora e que reuniu intervenções de vários elementos, de todas as bancadas.

No entanto, esta situação tem também uma desvantagem óbvia. É que, quer se quisesse, quer não se quisesse, ficariam guardadas, na memória de um qualquer disco digital, algumas intervenções que os próprios autores prefeririam ver apagadas da história, mas que continuariam acessíveis para memória futura. E havia de ser lindo recordar algumas passado uns anos!

11 julho 2012

Repetir a asneira

Depois dos problemas verificados já este ano, originados pelo excessivo ruído que o funcionamento de alguns dos bares da vila provocava, eis que a Câmara Municipal de Paredes de Coura volta a repetir o erro e vá de permitir o alargamento do horário de funcionamento deste tipo de estabelecimentos, alguns dos quais a funcionar por debaixo de edifícios residenciais. De domingo a quinta-feira até às três horas da manhã e ao fim de semana esticando a noite até às quatro horas da madrugada.

Será que os exemplos do que aconteceu no passado não são suficientemente elucidativos para a autarquia pensar duas vezes antes de enveredar pelo mesmo caminho dos anos anteriores? Ou será que as queixas já não têm razão de ser e, desta vez, os estabelecimentos abrangidos pelo alargamento do horário vão mesmo cumprir os condicionalismos que a Câmara impõe todos os anos (e que nunca são cumpridos) e salvaguardar “o bem-estar” da população?

Será que os ganhos que a autarquia prevê, já que fala em maior afluência e aumento do volume de negócios, justificam as queixas de outros munícipes que sofrem com o ruído? Ou será que se sobrepõem a elas?

10 julho 2012

Jovem, se tens mais de 18 anos…

Jovem, sem ligação às lutas partidárias, com um discurso sensível e que conheça bem a realidade do concelho. Está traçado o perfil do candidato social-democrata à Câmara Municipal de Monção nas próximas eleições autárquicas. Quem é? Ainda não se sabe, pois só o perfil foi definido pela concelhia local do PSD. O nome do escolhido só surgirá lá para Setembro ou Outubro, prazo apontado pela estrutura daquele partido.

Se, por um lado, se louva a intenção da concelhia monçanense em romper com o que foi feito até agora e fazer “uma demarcação clara” do passado, por outro lado, o enumerar de características que o futuro candidato deve ter, faz lembrar, infelizmente, aqueles anúncios para concursos públicos em que o perfil do candidato é traçado ao milímetro, quase com régua e esquadro, de modo a que encaixe perfeitamente,qual fato feito à medida, no perfil de quem se queria contratar ainda antes de lançado o concurso. Pode ser impressão minha, mas que parece que o candidato já está escolhido, lá isso parece!

09 julho 2012

Prevê-se um Agosto quente…

Autárquicas 2013: Distrital do PS espera apresentar candidatos em Setembro – notícia da Rádio Geice

As previsões apontam para temperaturas muito elevadas, especialmente nos concelhos de Paredes de Coura, Monção, Melgaço e Vila Nova de Cerveira. Em alguns casos possibilidade de trovoadas e noutros há hipótese de ocorrência de tempestades tropicais. Em Setembro aponta-se como quase certa a existência de muitas trombas de água.

03 julho 2012

Unanimidade à força

Não sei se o problema é dos jornalistas, por falta de atenção, se é de quem transmite a informação, numa tentativa de dourar a pílula, mas o certo é que as coisas são o que são e, quando são públicas, não há como negar as evidências. Isto a propósito da última sessão da Assembleia Municipal de Paredes de Coura e do voto de protesto que ali foi apresentado, contestando as medidas reformistas do Governo e a intenção de encerrarem o tribunal e retirarem a SIV que prestava serviço no concelho, entre outras coisas.
É que, por muito bonito que seja dizer ao mundo que daquela assembleia, que reúne três forças políticas diferentes, saiu uma posição unânime a contestar a acção do Governo, a realidade (dura e triste, sobretudo triste, mas sempre realidade) é que a proposta do Partido Socialista não colheu a unanimidade dos votos. Não é o que se lê nas notícias, aqui, ali e também acolá, mas foi o que aconteceu de facto. Deveria, e poderia, ter sido aprovada por unanimidade (e se calhar assim pensou quem a fez), mas houve alguém que não alinhou com os outros e vá de se abster na votação. E, graças à abstenção do social-democrata João Cunha, lá se foi a unanimidade que todos noticiam! Unanimidade… só se for à força!
Já agora, e a propósito do estado da saúde (e não só) em Paredes de Coura, dei de caras com um post no blogue Escavar em Ruínas, do amigo Jofre Alves, onde se reproduz uma petição do povo de Gondelim, Valença, que reclamava melhores cuidados de saúde e acessibilidades, entre outras prioridades. Ainda não tem 40 anos e, para a época, era já uma situação de excepção, mas retrata uma realidade que, em muitas coisas, quase faz lembrar a actualidade no nosso concelho, onde se deixam fechar as coisas praticamente sem luta e depois, ainda por cima, se vai bater à porta errada a reclamar.

Ao menos isso…

Paredes de Coura é o único concelho do distrito a escapar ao aumento acentuado do desemprego - notícia da Rádio Geice

Não deixa de haver, não deixa de ter crescido, mas continuamos a apresentar números de desemprego que em nada se comparam aos municípios vizinhos. Ao menos nisso, é bom que tenhamos gosto em não estar à frente…

29 junho 2012

Recordações do S. João (3)

Já passaram alguns dias da noite de S. João, mas algumas das “brincadeiras” ainda continuam visíveis…

27 junho 2012

Um concelho (cada vez mais) sem saúde

Dois anos depois do encerramento das urgências nocturnas no centro de saúde, parece que a Câmara Municipal de Paredes de Coura acordou, finalmente, para a necessidade de ter cuidados de saúde ao serviço dos seus munícipes. E tudo porque a ambulância SIV (Suporte Imediato de Vida) que desde essa altura estava atribuída a Paredes de Coura, aqui passando a noite para tentar dar alguma resposta em caso de emergência, vai deixar de fazer serviço no concelho, já partir do próximo domingo. O assunto já tinha sido abordado, na assembleia municipal (AM) de Abril pelo social-democrata Olímpio Caldas, mas na altura o presidente da Câmara desconhecia o assunto. Ontem, em nova sessão da AM courense, a situação já era diferente.

A saída da SIV, a par do prometido encerramento do tribunal e da ameaça de ver o centro de saúde fechar mais cedo nos meses de Julho e Agosto por falta de médicos (situação entretanto colocada de parte pelo próprio centro de saúde) motivou agora a apresentação de um voto de protesto por parte do grupo municipal do PS. O panorama traçado, que apontava para a condenação do mundo rural em resultado das políticas do Governo, foi o ponto de partida para uma discussão de mais de hora e meia, com Décio Guerreiro a manifestar também a sua preocupação e a sugerir que, como alternativa à SIV, se exigisse a comparticipação de um enfermeiro para prestar serviço nocturno nos bombeiros, em parceria com a ambulância do INEM ao serviço da corporação courense. No final, contudo, a proposta acabaria por não avançar, por entender a assembleia, que não seria uma boa opção surgir com essa possibilidade na reunião que a autarquia courense vai ter, no início da próxima semana, com a Unidade Local de Saúde do Alto Minho. Até José Augusto Caldas, vereador do PSD, advertiu o líder da sua bancada que aquela não era a melhor opção para enfrentar uma negociação. “Se estivesse aí (na bancada social-democrata da AM) mandatava o presidente da Câmara para discutir este assunto, mas irmos para essa discussão a admitir que podemos perder, é uma má posição negocial”, explicou o vereador.

Do lado do PSD, pela voz de Olímpio Caldas, viriam ainda mais algumas críticas à proposta de Décio Guerreiro, nomeadamente no que respeita à eficácia da SIV e a sua substituição pelos bombeiros. “Temos sete bombeiros credenciados, mas seis deles são voluntários”, explicou, o que na prática significa, como adiantaria a seguir, que “temos uma ambulância INEM devidamente equipada, mas não temos bombeiros” para assegurarem o seu funcionamento a nível profissional. Olímpio Caldas, colocaria ainda o dedo na ferida, lembrando que “a SIV não garante assim tanto como isso" e que “nada substitui a urgência”.

Já Rosalina Martins, do Partido Socialista, lembrou que existe um protocolo assinado entre a Câmara de Paredes de Coura e o Ministério da Saúde, aquando do encerramento do serviço de urgências nocturnas,  que previa a existência da SIV no concelho, e que deste modo o protocolo não estará a ser cumprido. O que levou Décio Guerreiro a dizer que não se importa que acabem com o protocolo, porque “se a SIV veio com o fecho das urgências, que levem a SIV e reabram as urgências”, situação que Pereira Júnior diz estar fora de hipótese. A actuação do presidente da Câmara no processo do encerramento das urgências viria também a ser atacada por João Cunha, outro social-democrata, que criticou a forma como o autarca courense tem lidado com estas situações, do fecho das urgência ao encerramento do tribunal. “Tem sido a sua serenidade que tem resultado nisto tudo”, acusou, aconselhando Pereira Júnior a “não discutir, não negociar, a reivindicar”. Por último, deixou ainda a sugestão de que se aproveite a viagem de amanhã a Lisboa, para a concentração em frente ao Ministério da Justiça, e se “desvie o autocarro para o Ministério da Saúde. Preciso mais do centro de saúde do que do tribunal”, concluiu o deputado municipal do PSD. Curiosamente, na hora da votação do voto de protesto socialista, João Cunha foi o único membro da AM a abster-se, quando todos os outros votaram a favor.

25 junho 2012

Recordações do S. João (2)

Da noite de S. João ficou também esta crítica ao anunciado encerramento do Tribunal de Paredes de Coura. Como que a dizer que, se vai fechar, mais vale deitá-lo abaixo!

Recordações do S. João

O busto de Miguel Dantas coberto em noite de S. João. Será de vergonha?

20 junho 2012

Zangam-se as comadres…

Arcos de Valdevez: Chefe de gabinete acusa autarquia de o ter exonerado através de uma mensagem escrita – notícia da Rádio Geice

O caso da notícia aconteceu em Arcos de Valdevez, mas o mais certo é que, daqui em diante se comece a repetir noutros concelhos, quem sabe até em Paredes de Coura. É que, com os prazos das próximas eleições autárquicas a começarem a apertar e sabendo que há autarcas de longo tempo que, por imposição legal, vêem agora chegada a hora da saída, não falta quem tenha estado na sombra todo este tempo e agora procure um lugar de destaque. Nem que para isso, como parece ter acontecido em Arcos de Valdevez, tenha sair a criticar quem até aí apoiou. Ao mesmo tempo, não faltarão decanos que, antes da saída, quererão deixar descendência.

Aqui pelo burgo, muito se especula sobre quem substituirá Pereira Júnior na presidência da Câmara, e vão-se apontando nomes e especulando rivalidades. Para já, contudo, tudo calmo nas hostes socialistas que, inclusivamente, reelegeram o líder da comissão política concelhia no passado fim de semana, com uma equipa praticamente sem alterações, num claro sinal de continuidade. Resta esperar para ver se a continuidade também se alastra ao candidato.

19 junho 2012

Coura quer manter tribunal… nem que tenha de pagar por isso!

A Câmara de Paredes de Coura está na disposição de pagar os cerca de 11 mil euros anuais que custa o funcionamento do tribunal local. Esta intenção foi, aliás, anunciada ontem, no final da concentração que reuniu algumas dezenas de courenses e que tinha como objectivo contestar contra o plano anunciado pelo Ministério da Justiça de incluir o tribunal courense no lote de 54 tribunais a encerrar em todo o país.

Para Pereira Júnior, não é concebível privar os courenses de um serviço essencial como este, pois o encerramento do tribunal vai limitar o acesso dos munícipes de Paredes de Coura à justiça. Isso mesmo referiu também José Augusto Caldas, vereador do PSD na Câmara de Paredes de Coura, que lembrou que o facto do concelho ter uma população envelhecida e fracas acessibilidades é também importante nesta deslocalização dos serviços judiciários.

Sobre a intenção de, literalmente, pagar para ter a justiça a funcionar no concelho, o presidente da Câmara lembrou que o Governo já entregou outras competências às autarquias e que, deste modo, não seria de todo descabida esta situação de ter a Câmara a suportar os custos de funcionamento do Tribunal. Sugestão, aliás, que já outros municípios a braços com o mesmo problema apresentaram ao Ministério.

Depois da concentração de ontem, os planos da autarquia passam, agora, pela participação na manifestação nacional agendada para o próximo dia 28, em Lisboa, em frente ao Ministério da Justiça. Do evento de ontem, contudo, há ainda a registar algumas ausências, nomeadamente de parte dos autarcas courenses, principalmente ao nível das freguesias e da Assembleia Municipal, já que todo o elenco camarário esteve presente. Mas também há que realçar, por outro lado, a presença de Jorge Fão, deputado socialista eleito pelo círculo de Viana do Castelo, o único dos seis eleitos que se associou ao protesto courense.

Abaixo ficam alguns ecos da concentração de ontem, através da Rádio Vale do Minho (ver vídeo abaixo) e da RTP (clicar aqui para ver o vídeo).

18 junho 2012

Tribunal de Paredes de Coura… em Valença?

Cada vez tenho mais a noção de que a intenção do Ministério da Justiça de encerrar o Tribunal de Paredes de Coura é baseada num estudo feito por alguém que, não querendo ter muito trabalho, sentou-se em frente a um computador e vá de reunir dados. Primeiro foi ao portal Citius e contou o número de acções ali registadas que, como já foi desmontado neste documento, não corresponde minimamente à realidade. Depois, porventura recorrendo aos mapas do Google, vá de calcular distâncias em relação aos concelhos vizinhos, tendo por base apenas a quilometragem e esquecendo a realidade das estradas nacionais que permitem essa ligação. Por último, esquecendo a actual partilha de meios humanos (juiz e delegada do Ministério Público) que existe entre Paredes de Coura e Vila Nova de Cerveira, apontam agora o Tribunal de Valença como o destino dos processos dos courenses.

É que, no ensaio para a reorganização da estrutura judiciária, publicado em Janeiro deste ano (o tal que levantou a questão do encerramento dos tribunais de Paredes de Coura e Melgaço) se apontava, como alternativa ao encerramento da estrutura courense, o desvio dos processos para Vila Nova de Cerveira (ver a partir da página 297). No entanto, o recém-publicado quadro de referência para a reforma da organização judiciária já vem defender que os processos oriundos de Paredes de Coura devem ser tratados pelo reforçado Tribunal de Valença (ver a partir da página 328).

Assim sendo, se o plano inicial de Janeiro já merecia fortes críticas, este último, datado de Maio, merece ser criticado ainda mais fortemente. Então e os processos já atribuídos ao juiz que alem de Paredes de Coura também exerce em Vila Nova de Cerveira? Passam para Valença? Ou vamos andar a saltar entre tribunais?

Esta nova disposição geográfica, contudo, trouxe-me à memória as declarações de Jorge Mendes, presidente da Câmara de Valença, pouco tempo depois de ser conhecida a intenção do Ministério da Justiça, manifestando a sua convicção de que o Tribunal de Valença iria acolher os serviços dos concelhos vizinhos. Coincidências?

 

 

PS: A propósito deste assunto, encontrei na internet, através da Ordem dos Advogados, alguns quadros que enumeram factores de ordem económica, social e outras que deveriam ser tido em conta com o encerramento dos tribunais. Desconheço quando foram feitos, mas julgo que permanecem actuais, pelo menos no essencial.

15 junho 2012

Sai uma manifestação (3)

 Mapa Judiciário: Paredes de Coura afirma que é "tontice" fechar tribunal que custa 12.000 euros por ano – notícia do Porto Canal

Pereira Júnior, presidente da Câmara de Paredes de Coura, não tem dúvida: fechar o Tribunal Judicial seria “uma prova de insensibilidade e uma tontice. E avança com números que contrariam a ideia do Ministério da Justiça. A começar pelos reduzidos custos de funcionamento e a acabar no elevado número de processos, muito superior aos mínimos exigidos por Paula Teixeira da Cruz. Passando, obviamente, pelas dificuldades acrescidas de estarmos num concelho do interior, sem grandes acessibilidades.

Sai uma manifestação (2)

Sobre a concentração da próxima segunda-feira, para contestar a intenção do Ministério da Justiça de fechar o Tribunal de Paredes de Coura, deixo aqui a nota de imprensa que a Câmara Municipal de Paredes de Coura enviou à comunicação social. Aproveito ainda para divulgar (mais abaixo) a moção que a Assembleia Municipal de Paredes de Coura aprovou no passado dia 24 de Fevereiro, e que reuniu o voto unânime de todos os partidos ali representados.

Nota de Imprensa

Câmara Municipal de Paredes de Coura

A Reforma da Organização Judiciária

A Reorganização da Estrutura Judiciária propõe uma eventual extinção do Tribunal de Paredes de Coura com base em critérios, definidos no próprio documento, que não encontram correspondência na realidade. A Moção, em anexo, que foi aprovada por unanimidade em Assembleia Municipal contraria, ponto por ponto, todos os argumentos estatísticos apresentados pela mencionada reorganização que revelam imprecisão bem como desconhecimento, dos seus recursos e a melhor forma de os optimizar e rentabilizar.

O Governo descobriu, ninguém sabe por que razão, que o grande atraso do país se deve aos tribunais. Acredita que após a extinção institucional do interior, o país caminhará, finalmente, na senda do progresso. Até ao presente ainda ninguém apresentou um estudo que mostre, de facto, as vantagens ou a poupança da extinção dos tribunais. É comum ouvirmos um discurso governamental de amor pela terra e pelo mundo rural. Só que na verdade este não corresponde à realidade. O que tem acontecido nos últimos tempos é precisamente o inverso. Esvaziam as localidades de competências e de serviços, ao mesmo tempo que exaltam as virtudes do mundo rural.

Assim, na segunda-feira, dia 18 de Junho, pelas 18.00h, todos os autarcas de Paredes de Coura,  Assembleia Municipal, Juntas de Freguesia e a população do município,  vão juntar-se em frente ao tribunal da comarca em defesa da manutenção desta estrutura.

                                                                 (António Pereira Júnior)

                                                                              Presidente

 

14 junho 2012

Sai uma manifestação!

A população de Paredes de Coura está a ser convocada para, na próxima segunda-feira, ao final da tarde, participar numa concentração/manifestação contra o anunciado encerramento do tribunal. O local escolhido para a concentração é, precisamente, o Largo 5 de Outubro, onde aquele equipamento está instalado.

Marcada para as 18 horas, a manifestação é convocada pela própria Câmara Municipal de Paredes de Coura, a pedido da Associação Nacional de Municípios Portugueses, que neste caso (ao contrário do que aconteceu recentemente com os empréstimos às autarquias) parece não ter conseguido chegar a acordo com o Governo. O protesto, pedido pela ANMP para todos os concelhos afectados pela intenção do Ministério da Justiça, surgiu, assim, como a forma mais imediata de contestação, aliada a acção de impugnação junto dos tribunais europeus. No final do mês haverá lugar a outro protesto, uma concentração a nível nacional dos eleitos locais dos concelhos afectados.

À Rádio Vale do Minho, Pereira Júnior, presidente da Câmara courense, explicou que sempre quis resolver este assunto de forma pacífica, tendo inclusivamente ido ao Ministério da Justiça para discutir este assunto com um chefe de gabinete da ministra, mas que ficaram esgotadas todas as diligências normais, gorando-se até a hipótese de reunir com a ministra, que prometeu há meses receber os autarcas, não o tendo feito até ao momento. A nível local o assunto foi amplamente discutido na Assembleia Municipal, gerando um raro consenso entre os vários partidos ali representados.

Ao mesmo tempo, contudo, chegam notícias de outros municípios que estão também a optar por outros meios no sentido de ver o nome do concelho retirado da lista de tribunais a encerrar. Veja-se, por exemplo, o caso de Mondim de Basto, município que está na disposição de pagar os 13.500 euros anuais que custaria a manutenção do tribunal no concelho, mas que parece não ter tido ainda resposta por parte do ministério e por isso mobiliza também a população para uma manifestação contra o encerramento, disponibilizando inclusivamente o transporte para quem nela quiser participar.

 

 

PS: Concordando com o essencial do protesto, como aliás já demonstrei aqui, não posso, contudo, deixar de fazer um pequeno reparo. É que a política tem destas coisas: numa semana diz-se que as manifestações são “um desperdício de energia” e na semana seguinte apela-se à manifestação ordeira para mostrar que os concelhos do interior “estão vivos e não vão resignar-se”.  Só lamento que em situações anteriores a posição da autarquia não tenha sido a mesma.

12 junho 2012

Apertar o cinto

Paredes de Coura: CEIA e piscinas municipais fecham portas em períodos de menor afluência para reduzir custos – notícia da Rádio Vale do Minho

Mais uma medida da Câmara de Paredes de Coura com vista à redução de custos. A juntar à deslocalização de funcionários de áreas com serviço mais reduzido para outras mais sobrecarregadas. Ou ao corte nos apoios às festas concelhias, Feira Mostra ou Festival. Ou a outros cortes, de maior ou menor dimensão, em áreas diversas, uns justificados, outros se calhar nem por isso (veja-se o caso das análises da água das fontes). Já para não falar naqueles a que se viu obrigada por Lisboa. E provavelmente (seguramente será mais acertado) não ficamos por aqui…

06 junho 2012

As críticas do deputado

  Foto retirada daqui.

Se dependesse do PSD, Paredes de Coura estaria bem melhor. É, pelo menos, essa a ideia com que se fica ao ler a entrevista a Eduardo Teixeira, deputado social-democrata eleito pelo círculo de Viana do Castelo, que o jornal O Coura publica na sua última edição, e onde o também líder do PSD distrital critica não só a gestão autárquica do PS, mas também as sucessivas promessas dos governos socialistas e o esquecimento a que o concelho foi votado.

“Faltou ambição e poder reivindicativo aos políticos socialistas de Coura”, refere o deputado do PSD, que fala ainda na ausência de uma política de desenvolvimento. “A política aqui desenvolvida levou à desertificação e ao isolamento”. Eduardo Teixeira vai ainda mais longe, referindo que, nos últimos quinze anos, os “reais e necessários” investimentos de Paredes de Coura não foram efectuados. “Em Coura só se viu o parque de estacionamento e mais nada”, acusa ainda o social-democrata, que parece desconhecer outros investimentos de relevo no concelho.

Conhece, contudo, as “fortes personalidades locais” que o levam a dizer que, no próximo ano, o PSD vai apresentar um “projecto de ambição e desenvolvimento para Paredes de Coura”. Nome de candidato é que ainda não surge nas páginas do jornal, mas o facto de apontar o próximo ano para ser conhecido esse projecto para o concelho faz pensar que a escolha não estará fácil, pois há uns meses Eduardo Teixeira dizia que a estratégia autárquica do PSD no distrito estaria definida até Junho. Ora como o candidato é, porventura, o ponto fulcral da estratégia, pode estar aqui a explicação do atraso.

05 junho 2012

Descubra as diferenças

 

Primavera Sound com preocupações ambientais promete recuperar eventuais estragos no recinto – notícia da Agência Lusa, via RTP

À primeira vista vejo algumas semelhanças entre o Optimus Primavera Sound, que a Ritmos organiza, já esta semana, no Parque da Cidade, no Porto, e o Festival de Paredes de Coura. Mas depois leio a notícia acima (já agora agradeço ao anónimo que a referiu num comentário a este post) e constato que, eventualmente, o que salta à vista são mais as diferenças do que as semelhanças.

Recordo, principalmente, os lamentos de quem visita Paredes de Coura no período pós Festival e se queixa do estado em que se encontra a praia fluvial do Taboão, em contraste com as exigências/contrapartidas negociadas na realização deste novo festival no Porto, onde a organização tem, após a realização do festival, três semanas para recuperar tudo o que tenha ficado estragado naquele espaço privilegiado do Porto. Pelos vistos o problema de Paredes de Coura é a falta de capacidade de negociação!

31 maio 2012

Nem à minha carteira…

Tribunal conclui que portagens não trouxeram benefícios ao Estado - notícia da Rádio Renascença

Pois! E o pior de tudo é que falta um mês para o final das isenções por discriminação positiva e do lado do Governo a prometida reavaliação continua sem avançar.

É ali ao lado!

Como dizia um comentador num post mais abaixo, a Câmara de Viana do Castelo anunciou que o apoio financeiro que habitualmente dá à VianaFestas, entidade municipal responsável pela organização da Romaria da Senhora d’ Agonia, vai sofrer este ano um corte de 20%. Ou seja, um corte de 50 mil euros, tendo em conta os 250 mil euros atribuídos em 2011.
E isto apesar de, como realça a autarquia, a romaria deste ano ter mais um dia do que no ano passado, em virtude do dia da padroeira calhar a uma segunda-feira. Ao mesmo tempo, o município vai também reduzir a sua participação na logística das festividades, nomeadamente nas bancadas e na iluminação. Cortes que, explica a Câmara, vão permitir usufruir da festa, mesmo cortando em coisas que lhe davam qualidade.
Será exemplo a seguir?

30 maio 2012

Eles andam aí! (2)

A tese de Júlia Paula Costa, presidente da Câmara Municipal de Caminha, de que a denúncia anónima que levou a Polícia Judiciária a efectuar buscas naquela autarquia estaria relacionada com questões político-partidárias, parece ter encontrado eco no PSD local. Só que, enquanto a autarca se limita a deixar as coisas no ar, a concelhia social-democrata vai mais longe e, criticando o facto de as buscas da PJ terem sido do conhecimento da comunicação social ainda antes dos inspectores chegarem à Câmara, não hesita em apontar responsabilidades (da fuga de informação, não da denúncia) a uma ex-assessora daquela autarquia.

Curiosamente,  a tal ex-assessora que o PSD de Caminha acusa sem identificar mas identificando ainda assim, estará agora a colaborar com o vizinho município de Vila Nova de Cerveira. Que, como os social-democratas caminhenses fazem questão de lembrar, é presidido pelo líder distrital do Partido Socialista. Será que a ex-assessora de que falam agora, é a mesma desta notícia?

Festival de queixas (2)

A entrevista de Filipe Lopes e João Carvalho, dois dos responsáveis pela empresa organizadora do Festival de Paredes de Coura, ao Notícias de Coura, continua a dar que falar. Desta feita com o próprio João Carvalho, aos microfones da Rádio Vale do Minho, a garantir que se mantém as mesmas boas relações, de há duas décadas, entre Ritmos e Câmara Municipal de Paredes de Coura. Explicações que fazem parte duma reportagem mais alargada sobre o Festival de Paredes Coura, e que podem ser escutadas a partir dos 5 minutos e 18 segundos no vídeo acima.

“A entrevista pôs toda a gente a dizer que nós éramos contra a Câmara. Não somos contra a Câmara”, esclarece João Carvalho, realçando que existe uma relação de amizade entre os organizadores e o presidente da autarquia. Mas, deixa o desabafo, “estamos descontentes com o corte, que foi este ano muito grande, ao Festival de Paredes de Coura, numa altura em que o Festival se vê à rasca para sobreviver”.

Eles andam aí!

A Câmara Municipal de Caminha foi, ontem, alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária. Justificação? Só a de que teve origem numa denúncia anónima, com informações contraditórias a surgirem na comunicação social por parte de fontes da autarquia, com uns a falarem em queixas de aproveitamento político e outros a ligar as buscas com episódios de contratação pública.

Certo, certo, só o facto de, nos últimos meses, as autoridades terem andado por diversas vezes de volta da Câmara de Caminha e da actuação dos seus responsáveis, nomeadamente com acusações de peculato e queixas sobre irregularidades nos concursos de contratação de funcionários. Aliás, já depois de concluídas as buscas no interior dos Paços do Concelho, a presidente da Câmara veio a público informar que os inspectores da PJ levaram documentação relativa à contratação de duas jornalistas para a assessoria do município. Mas não só, pois no rol de documentos confiscados também estariam alguns relacionados com a construção do canil municipal, cópias das horas extraordinárias e ajudas de custo de três funcionárias, das despesas de representação da presidente da Câmara e uma cópia da listagem das lembranças atribuídas por Júlia Paula Costa no Natal.

A autarca, contudo, desvaloriza a situação, realçando que ninguém foi constituído arguido, e afirma estar a ser alvo de perseguição política, que apelida de cobarde por estar assente em denúncias anónimas. “Estão aqui em causa fins político-partidários”, critica Júlia Paula Costa, sem, contudo, mencionar nomes, mas pedindo uma investigação rápida, tendo em conta o período de eleições autárquicas que se avizinha. Pois… Se calhar até tem razão!

29 maio 2012

Uma feira que já era

feira 2Paredes de Coura ainda tem feira quinzenal? Tem! E tem dias que até consegue ali juntar um aglomerado humano digno de ser visto. Tem outros que… são o espelho do que é a feira actualmente, uma amostra daquilo que já foi. E, se dúvidas existissem, a notícia divulgada pela Rádio Vale do Minho na semana passada, a propósito do sorteio de lugares vagos na feira courense, tudo clarificava. Por um lado vemos que, neste momento, há 13 lugares vagos, quase todos no Largo 5 de Outubro e a maioria deles destinado à venda de têxteis. Mas por outro lado, de acordo com a notícia da Vale do Minho, temos apenas dez feirantes interessados no sorteio.

Desconheço se, até à hora limite para as inscrições, apareceram mais candidatos a ocupar os lugares vagos, mas se tal não aconteceu, a oferta maior do que a procura demonstra claramente o pouco interesse que a feira quinzenal de Paredes de Coura tem para os feirantes. Aliás, como admite a própria autarquia, que fala na concorrência de outras feiras do Vale do Minho e na nova realidade das trocas comerciais.

Ao mesmo tempo vemos a autarquia de Valença a apostar na feira semanal daquela localidade, dinamizando mais uma edição daquele mercado, aos domingos, uma vez por mês. Uma acção que, contudo, poderá não passar da primeira edição, já que os comerciantes valencianos não viram com bons olhos esta ideia da Câmara, alegando que a realização de uma edição extra da feira de Valença vai prejudicar ainda mais o comércio tradicional do concelho e a autarquia prometeu avaliar a experiência após esta primeira feira extra.

De qualquer das formas, esta situação vem confirmar as palavras da Câmara de Paredes de Coura, quando fala na concorrência dos mercados vizinhos, e atestar a pouca importância da feira courense no panorama regional. E o melhor é nem sequer falar na feira de Vila Nova de Cerveira onde, recorde-se, há alguns meses apareceram mais de 400 candidatos para o sorteio de… 19 lugares.

23 maio 2012

Mais um centenário em 2013

Foto retirada daqui.

Assinala-se, a 15 de Janeiro do próximo ano, o centenário do falecimento de Narciso Alves da Cunha. E já há livro prometido e tudo, da autoria de José Augusto Pacheco, professor da Universidade do Minho e presidente da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, que aproveitou a apresentação do seu livro de crónicas na última feira do livro para lembrar a efeméride e o projecto que tem em mãos. Desconhece-se, contudo, se, à semelhança do que aconteceu com o centenário da implantação da República e com o cinquentenário da publicação de “A Casa Grande de Romarigães”, também esta data vai ser devidamente assinalada pela Câmara Municipal de Paredes de Coura.

22 maio 2012

O ruído de uns e de outros

vista nocturna 1Depois do que se disse neste post, não fica mal lembrar que os problemas originados pelo ruído da noite não são exclusivos de Paredes de Coura, muito pelo contrário, especialmente nesta altura de festas estudantis. Que o digam os moradores de Lisboa, Coimbra e Porto (ou melhor, Matosinhos), com queixas semelhantes mas que vêem o caso ser encarado de forma diferente. Uns com reforço na fiscalização e mão pesada da autarquia, outros com tentativa de sensibilização dos afectados e outros ainda, talvez por verem o tribunal negar-lhes o direito ao sossego, optam por medidas mais drásticas e dispendiosas. É só escolher!

Isto é que é confiança!

O PSD de Vila Nova de Cerveira tem um novo líder que promete começar a trabalhar já nas eleições autárquicas de Outubro do próximo ano. Nada de mais, até porque as autárquicas de 2013 são o próximo acto eleitoral com que se deparará (se não houver novidades lá para S. Bento).

Curioso só o optimismo, a meu ver exagerado do presidente da distrital social-democrata, o deputado Eduardo Teixeira, que vê no novo líder do PSD cerveirense a pessoa certa para conquistar a presidência da Câmara local. Nada de mais, não fosse, nos últimos actos eleitorais, o PSD ter perdido sempre as eleições autárquicas naquele concelho. Em 2001 conseguiu apenas um vereador, com 31,27% dos votos. Quatro anos depois logrou eleger dois vereadores, subindo aos 33,79% (contra 61,35% dos socialistas), mas em 2009 voltou a cair, perdendo um dos vereadores e ficando abaixo dos 30%. Haja optimismo, portanto!

17 maio 2012

Tarde piaste…

JN 16.05.2012Mão amiga fez-me chegar a notícia que reproduzo acima. Pois… parece que há quem se tenha deixado dormir, embalado pelas promessas de tecnologia acessível a todos, e só tenha acordado agora para a triste realidade que é a distribuição da TDT em Portugal. O caso em foco é no Minho, mas nas notícias das últimas semanas não têm faltado exemplos de situações semelhantes um pouco por todo o país. É o que temos, dirão alguns! Mas podíamos ter mais, claro que podíamos. Haja quem reclame!

03 maio 2012

Um PSD com duas caras?

Terá o PSD courense uma cara no concelho e outra fora dele? A questão foi levantada por Carlos Barbosa, do grupo municipal do PS, na última Assembleia Municipal de Paredes de Coura, que voltou a abordar a questão do anúncio do encerramento do Tribunal de Paredes de Coura.

Carlos Barbosa, que tem assento na assembleia da CIM Alto Minho, em representação dos socialistas da AM courense, lembrou que naquele órgão foi também apresentada uma moção a repudiar o encerramento dos tribunais de Paredes de Coura e de Melgaço, documento que, destacou, terá merecido a oposição dos elementos do PSD representados na assembleia da comunidade intermunicipal. Ora, um dos elementos social-democratas que está nessa assembleia é precisamente Décio Guerreiro, líder da bancada do PS na AM courense e que, recorde-se, na última reunião tinha votado favoravelmente uma moção socialista a contestar o encerramento do tribunal courense.

Mesmo sem ver o seu nome referido, Décio Guerreiro acusou o toque e não tardou a responder ao líder da banca socialista, esclarecendo que votou contra não por estar a favor do encerramento dos tribunais mas por se tratar de um “documento político demasiado pesado”, explicando ainda que o próprio presidente da CIM, o autarca socialista de Melgaço, considerou que o momento não era oportuno. Apesar disso, afirmou em declaração de voto na altura, “este meu voto não retira o apoio à luta de Coura e de Melgaço”. As explicações, contudo, não pareceram convencer os colegas da assembleia courense, com Carlos Barbosa a referir que Rui Solheiro, apesar de questionar o momento em que era apresentada a moção, acabou por a votar favoravelmente.

Também Joaquim Felgueiras Lopes aproveitou para mandar a sua achega ao social-democrata, lamentando que “tenhamos uma posição em Coura e outra fora de Coura”. Insinuação que levou Décio Guerreiro a dizer que estava a ser acusado de não defender o seu concelho, quando o que estava em causa era um documento de combate político contra a ministra. “Repudio tudo o que são ataques baratos e baixos que nada dignificam quem os faz nem a AM de Paredes de Coura”, acabaria por dizer o líder do PSD. Carlos Barbosa, por seu turno, informou a assembleia que iria pedir o CD com as gravações da reunião da CIM para provar o que tinha dito antes. “Não retiro uma vírgula ao que disse aqui”, concluiu o representante do PS.

02 maio 2012

Festival de queixas

iphone02052012Queixas, críticas e lamentos. É isto que se pode ler na edição do Notícias de Coura que hoje chegas às bancas, numa entrevista a dois dos elementos da Ritmos, empresa responsável pela organização do Festival de Paredes de Coura, que não hesitam em apelidar de “ridículo” o apoio que a Câmara courense dá a este evento, chegando mesmo a dizer que “coloca em causa a realização do Festival”.
Os dois empresários vão ainda mais longe e dizem que, neste momento, o Festival de Paredes de Coura dá prejuízo  - “é o único mau negócio que a Ritmos tem” - e é suportado pelos lucros de outros eventos organizados pela empresa. Por isso mesmo os organizadores explicam que, se continuam a organizar o Festival de Paredes de Coura, “é por amor à terra”.
Filipe Lopes e João Carvalho, não perderam também a oportunidade de responsabilizar a Câmara de Paredes de Coura pelo não aproveitamento devido do Festival. “Não existe turismo em redor do Festival”, esclarecem, apelando a uma maior envolvência em torno deste evento de forma a aproveitar o potencial que tem para a promoção do concelho.
Depois, voltam à carga com um discurso que, aqui há uns anos, chegou a marcar uma reunião do executivo courense, dizendo que há outras autarquias dispostas a pagar o dobro do que paga a Câmara de Paredes de Coura para terem o festival no seu concelho. Identificando-se como os maiores investidores no concelho, os dois empresários dizem que a autarquia “tem medo de assumir que o Festival é um evento de excelência”, lamentando ainda que nunca tenham sido homenageados pelo município courense.

30 abril 2012

Contas aprovadas

Logo à noite há Assembleia Municipal. Na agenda, ponto principal, a apreciação e votação das contas do município referentes a 2011, com o presidente da Câmara Municipal a garantir que a execução financeira rondou os 68%, mas que a execução física do que estava planificado ascendeu aos 95%. No global, estamos a falar de cerca de 13 milhões de euros.

A votação de logo à noite, contudo, mais não será que um “pro-forma”, tendo em conta a maioria socialista na Assembleia Municipal, por um lado, e o facto de todos os documentos de prestação de contas da autarquia courense já terem sido aprovados, por unanimidade, pelo executivo camarário, ou seja incluindo os votos favoráveis da vereação social-democrata, pelo que não se espera voto em sentido contrário na sessão deste noite.

De registar, a propósito, a declaração de voto dos vereadores do PSD no final da votação, que realçaram a execução em torno dos 80% (em que ficamos, afinal?), o que “na actual conjuntura é, ainda que com atrasos nos pagamentos existentes, muito positivo”. No entanto, os social-democratas aproveitaram para deixar um recado ao executivo socialista, alertando que, se não contabilizarmos os apoio sociais e o investimento na Loja Rural, do total de investimento realizado, “pouco se destinou ao fomento económico e ao apoio à melhor dos rendimentos dos courenses”. “Obviamente, esta teria sido a nossa prioridade de acção”, remataram os dois representantes do PSD na vereação courense.

20 abril 2012

Portem-se bem, senão...

Secretário de Estado deixa o aviso: Os municípios que não apresentarem as suas propostas não beneficiarão de tolerância na redução de freguesias – notícia da Rádio Geice

Que é como quem diz: nós temos a maioria e se vocês não se entenderem a decidir, há aqui quem possa decidir por vós. Uma coisa é certa, depois de várias movimentação iniciais, assim que foi conhecida a proposta do governo, actualmente as coisas estão assim como que… paradas. Na Assembleia Municipal já por várias vezes se falou na necessidade de agendar uma reunião para discutir especificamente esta questão, mas até agora nada foi feito.

Bem, nada, é como quem diz, porque o PSD tem-se multiplicado em sessões de esclarecimento por todo o distrito, inclusivamente com a participação de deputados e membros do governo. Se calhar está a preparar o terreno para, quando a agregação de freguesias avançar, ser o partido melhor preparado para esclarecer os eleitores que no próximo ano vão ser chamados a eleger novos presidentes de junta.

As queixas de uns e de outros

O post anterior, sobre as mudanças no horário de encerramento de alguns bares que funcionam em Paredes de Coura, suscitou alguns comentários de frequentadores, indignados com a redução do horário de funcionamento. Mas indignados também com o aparente excesso de zelo da GNR, acusada de se fazer ver ao longo da noite, rua acima e rua abaixo e de realizar operações de controlo nas saídas da vila.

Pelos vistos, noutros pontos do distrito também há quem não veja com bom olhos a intervenção das autoridades. Veja-se o que acontece actualmente em Monção e Valença, com a GNR a promover acções de fiscalização a estabelecimentos comerciais e os comerciantes a queixarem-se de que isso é mau para o negócio.

Poderemos dizer que estamos perante casos de excesso de zelo. Mas, se pensarmos um bocadinho, talvez cheguemos à conclusão de que a GNR está apenas a fazer cumprir a lei. E quem a deve cumprir? Nós, pois então!|

09 abril 2012

Recolher obrigatório

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Conta, peso e medida é o que se espera, e exige, das decisões emanadas duma autarquia, seja sobre o que for. Quer se trate de decidir a taxa a aplicar em impostos municipais, quer se discuta o sentido do trânsito numa qualquer via municipal, não se pode escolher o oito ou o oitenta, há que ter, precisamente,… conta, peso e medida.

Vem isto a propósito da recente alteração, a nível municipal, do horário de funcionamento dos bares da vila que, depois de muito tempo abertos praticamente até às quatro horas da manhã, viram agora limitado o seu funcionamento, por decisão camarária, até às duas horas da madrugada. E, por muito que esta alteração desagrade aos proprietários dos bares, não se pode dizer que a redução da hora de encerramento seja uma completa surpresa, pois sempre que, em momentos anteriores, a Câmara Municipal de Paredes de Coura autorizou o alargamento do horário de funcionamento, desde logo ressalvou que esse alargamento ficava sujeito ao cumprimento das normas legais em vigor sobre o ruído.

É claro que quem lia o aviso a autorizar o prolongamento de horário dos bares, e em tempos da discoteca, desde logo concluía que aquilo era apenas para figurar no papel, pois ninguém acreditava, especialmente no Verão em que grande parte do movimento de clientes se verifica no exterior, que se conseguisse cumprir, numa qualquer noite movimentada de sexta ou sábado, os limites de ruído impostos pela legislação. Por isso, quando começaram a chegar queixas, mais do que as habituais, aos serviços da Câmara, não restou outra hipótese à autarquia que não fosse fazer cumprir a lei. E como chamar a GNR de nada vale, até porque esta força policial não dispõe de meios para verificar os níveis de ruído, a solução mais simples e rápida é reduzir o horário de funcionamento desses estabelecimentos.

Pessoalmente creio que é a opção correcta, ainda que haja quem defenda que, desta forma, se está a mandar os courenses que queiram esticar a noite para fora do concelho. Até pode ser assim, mas onde está a novidade? Há anos que as noites de Caminha e Ponte de Lima, por exemplo, são paragem obrigatória para muitos courenses. Além disso, ainda há pouco tempo a Câmara de Caminha tomou atitude semelhante relativamente aos bares daquela vila, também como medida punitiva pelo desrespeito do direito ao descanso por parte dos moradores vizinhos.

De qualquer das formas não posso deixar de questionar porque é que se opta pelo caminho mais fácil, mas ainda assim, reitero, desejável face ao cenário anterior, ao invés de se apostar na prevenção deste tipo de situações, nomeadamente com uma maior fiscalização das condições de funcionamento destes estabelecimentos, nomeadamente no que concerne ao seu isolamento acústico. Além disso, mais fácil ainda seria pensar um bocadinho antes de assinar de cruz o licenciamento de um bar ou discoteca. Bastava isso, se calhar, para não termos bares a funcionar até de madrugada, por debaixo de edifícios de habitação.

20 março 2012

Temos candidato?

scan0044Na edição de hoje do Notícias de Coura, José Felino, antigo presidente da Junta de Freguesia de Insalde pelo PSD, traça uma espécie de plano de acção caso fosse ele o presidente da Câmara de Paredes de Coura.
Será apenas um desabafo ou uma proposta de intenções? Teremos um José Felino candidato à câmara courense? E por que partido? Ideias não lhe faltam, mas de todo o artigo salta à vista uma palavra: gratuito! Mas também, para imaginar não é preciso dinheiro! (clicar na foto para aumentar)

19 março 2012

Antes provinciano que mal educado

Mas… isto ainda rende?? Sinceramente, procurei sempre abster-me de comentários sobre este assunto, até porque não assisti ao espectáculo em questão e só tive conhecimento da “interrupção” através de amigos que lá estiveram e pelo que veio na comunicação social. Sempre achei que, apesar da falta de respeito para com o público, de quem fez e de quem deixou fazer, havia muito exagero nas reacções. No entanto, não posso deixar de criticar quando alguém vem a público dizer que se trata de “provincianismo bacoco”. Pode ser, mas mesmo os “provincianos bacocos” demonstraram ter mais educação que certos “provincianos da capital” que, habituados ao “status quo” de pacóvio encartado, julgaram ter aura de estrela numa terra habituada a ver, quase todas as noites, um bonito céu estrelado.

16 março 2012

Marcas para o futuro

iphone16032012“Neste momento temos 10 milhões de euros em obras a decorrer no município” – Pereira Júnior, na última Assembleia Municipal

15 março 2012

A TDT.. já cá está… mas não parece

cobertura tdt 15032012Depois desta informação, surge agora a confirmação oficial de que o emissor da TDT já está instalado em Paredes de Coura. E, ao que parece, serve 99% (?) da população courense.

Só é pena que quem tem o dever de informar os cidadãos sobre este assunto continue a divulgar informação desactualizada, como a que se vê na imagem (clicar para aumentar), o que, infelizmente, pode muito bem ser aproveitado por algumas mentes mais gananciosas para continuar a fazer negócio à custa da ignorância das pessoas.

14 março 2012

O mal de uns é a oportunidade de outros

É sempre assim, há sempre quem veja no mal alheio uma oportunidade a explorar. E na política, então, esta situação é muito frequente. Por isso não será de estranhar que, quando se fala na possibilidade de serem encerrados serviços como os tribunais ou as repartições de Finanças em alguns concelhos da região, haja municípios que não estão nada preocupados com o assunto, até porque estão convencidos de que vão ganhar com isso.

Contudo, não deixa de ser estranho ler uma notícia como esta, em que o presidente da Câmara de Valença não esconde o seu regozijo por o concelho a que preside poder vir a acolher a concentração dos serviços de Finanças dos vizinhos municípios de Monção, Melgaço, Paredes de Coura e Vila Nova de Cerveira, numa espécie de “super balcão”. Não pela notícia em si, já que o encerramento das repartições de Finanças há muito que é falado, mas pela “reviravolta” de que fala o autarca que, depois de confrontado com o eventual encerramento das Finanças de Valença, vê agora esse ideia substituída pela concentração de todos os serviços dos cinco municípios.

A justificação, então, não convence ninguém, pois pensarmos que tal opção de concentração, a acontecer, se deve ao facto de Valença ser a segunda cidade do distrito… não merece comentários. E, partindo agora para o campo da especulação pura, seria muito lamentável que a escolha de Valença para acolher esse “super balcão”, se ficasse pura e simplesmente a dever…à cor do seu Executivo, como dá a entender a “reviravolta” referida na notícia.

À parte tudo isto, é de todo lamentável que este tipo de decisões tenha como base apenas e só justificações financeiras. É certo que o caso das Finanças é diferente do dos tribunais, até porque grande parte das operações já têm de ser feitas online. Mas ao mesmo tempo, a situação das Finanças é também diferente da dos tribunais porque é muito maior o número de pessoas que tem de se deslocar àquele serviço do que aos tribunais. Num concelho como Paredes de Coura, por exemplo, julgo que fará mais mossa o encerramento das Finanças do que o do Tribunal, e julgo que nos outros municípios afectados também.

Concluindo, são opções calculistas, mas mal calculadas, como esta, que continuam a contribuir para que os municípios do interior continuem a não apresentar factores de atractividade. Não que se possa dizer que uma repartição de Finanças ou um tribunal contribuam para o aumento da natalidade ou do número de habitantes dum concelho, por exemplo, mas na hora de somar todos os prós e contras, cada vez mais contras, a deslocação de Melgaço a Valença para pedir uma qualquer certidão, pesa certamente na decisão.

08 março 2012

A TDT… já cá está!

Ainda não tive oportunidade de testar, mas pessoa amiga já me fez chegar a informação de que o retransmissor prometido para Paredes de Coura, instalado ao que parece na Pena, Mozelos, já está em funcionamento. Basta fazer uma busca de canais num televisor equipado com descodificador e já lá aparece o sinal que, até agora, andava afastado das televisões courenses.

05 março 2012

No mínimo…

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Na Diocese de Viana do Castelo – Padres vão ganhar no mínimo 950 euros – notícia do Jornal de Notícias

… qualquer comentário a esta notícia merece alguma reflexão. E como não tenho, de momento, o tempo suficiente que me parece ser necessário para reflectir sobre este assunto, fico-me apenas pela simples indicação da notícia em questão. Sem comentários, apreciações, questões ou indignações… que as terei certamente!

As palavras dos outros (4)

placas praia fluvial

As vantagens e desvantagens do acesso rápido de Paredes de Coura à A3. A opinião de de Hernâni Von Doellinger, no blogue Tarrenego!