28 setembro 2006

Carta educativa: baralhar e dar de novo

Depois da concentração das escolas primárias, o próximo objectivo da Câmara Municipal de Paredes de Coura é fazer o mesmo com os jardins-de-infância. Só que desta feita vão ser criados quatro pólos no concelho. A nova carta educativa foi aprovada na última Assembleia Municipal.
As críticas já começaram, muito embora de onde menos se esperasse, dos presidentes de junta do PS que não querem perder o ensino pré-escolar. Cossourado, Formariz, Bico e Cunha mostraram isso mesmo, votando contra o documento proposto pelo Executivo municipal. De referir, a propósito que os novos pólos vão funcionar na vila, em Cristelo, Mozelos e Rubiães.
“Ninguém gosta de perder para o vizinho, a fechar que fizessem só um novo, como com a escola primária”, criticou Etelvina Montenegro, presidente da Junta de Cossourado que chegou mesmo a dizer que, com quatro centros se estava a dar razão às críticas que o PSD fez aquando da concentração das escolas primárias.
De qualquer das formas, e mesmo com Pereira Júnior a garantir que não foram tidas em conta cores políticas na elaboração da carta educativa, ao que parece nenhuma das freguesias que vai ficar sem jardim-de-infância ficará a perder. Formariz e Cossourado já têm garantida a construção de creches, o mesmo acontecendo com Castanheira, uma vez que estes equipamentos vão localizar-se junto às áreas industriais. Bico assiste já à construção de um Lar e em Cunha funciona um centro de convívio para idosos que poderá transformar-se em centro de dia.
O objectivo da Câmara é ter a carta no terreno dentro de anos, mas é preciso esperar pelas fontes de financiamento para reorganizar a actual rede do pré-escolar e construir dois pólos de raiz. Que podem vir a ser três, isto se tiver seguimento a proposta de Filipa Guerreiro, deputada municipal do PS e responsável pelo projecto de arquitectura da Escola Básica Integrada, que defendeu a criação de um novo edifício na vila para acolher o pré-escolar, separando-o da escola primária.
Por definir estará também o modelo de funcionamento e gestão (conjunta?) da rede de jardins nos moldes da carta educativa. Definida parece estar a questão dos transportes, com Pereira Júnior a informar que o objectivo da criação dos quatro pólos foi evitar percursos com mais de cinco quilómetros.

1 comentário:

  1. Coura não é nem mais nem menos do que uma micro imagem do Pais no seu todo.
    Há um problema, crónico e geral, falta de cidadania e de politicos capazes.

    Em Coura existem muitas tricas, muita "panelinha", muitos vicios entranhados.

    Num mundo que se apresenta cada vez mais, como uma aldeia global, em Coura não se concretiza nada, porque não se quer perder para o vizinho, parafaseado a D. Bina, presidente da Junta de Cossourado.
    A freguesia de Carnaxide, de onde venho, tem mais população que o concelho de Coura e talvez até de Cerveira juntos.
    O concelho de Coura está divido em 21 freguesias.
    Não se criam sinergias entre as várias juntas. E se os presidentes de juntas vizinhas não se dão então é que é.

    O jardim de infância de Cossourado está aberto com 4/5 crianças. Tem 2/3 respoonsaveis por elas.
    Quem lucra com esta situação?
    Não são certamente as crianças!
    Há muita "panelinha" no nosso concelho, no nosso pais.

    Se, como dizes, houvesse mais gente presente aquando das Assembleias e as coisas seriam mais claras.
    Mas no fundo, como já disse, há uma crise grave de cidadania. As pessoas tendo ordenado, casa e dinheiro no bolso não querem nem saber o que fazem os que nos
    governam. É triste!
    Não há vontade para reinvindicar (males do estado novo? talvez) Os nossos governantes municipais, não pensam em termos de futuro. Pensam no "tacho" que têm nas juntas.
    Algumas pessoas conheço que trabalham em juntas, do nosso concelho, que me dissem claramente que o que conta são os euros no final do mês. Até com urticaria fico ao ouvir isto.
    Chego a evitar de saber o que se passa, para não me "passar".

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