25 setembro 2006

Laranja estragada I

Decididamente o PSD em Paredes de Coura não tem ponta por onde se lhe pegue. E quem tivesse dúvidas, ficaria esclarecido na última sessão da Assembleia Municipal.
Em análise estavam assuntos como a carta educativa do concelho, que prevê a concentração em quatro pólos dos 11 jardins de infância actualmente existentes, o regulamento municipal de estacionamento, que vai colocar parcómetros nas ruas da vila, e a aprovação da derrama e do Imposto Municipal sobre Imóveis. E o PSD onde esteve? Não esteve. Ou melhor esteve lá e, num repente da líder da bancada, abandonou a sala, acompanhado do PCP, deixando a maioria PS numa amena cavaqueira onde só faltou o café e as bolachas.
Não foi o PSD que mais de 40% dos courenses escolheram para os representar na Assembleia Municipal? No entender de Maria José Carranca parece que não, caso contrário não teria abandonado a sala por uma questão de pormenor, que nem sequer dizia respeito ao seu partido, deixando livre o único púlpito que lhe está reservado para fazer oposição no concelho. E agora o que é que vai dizer? Que não sabia de nada? Que não tem nada a ver como isso? Uma coisa não pode dizer, que não aprovou nada, porque ao sair da sala deu o seu voto ao PS. Uma coisa é votar contra, outra bem diferente é não votar.
A sessão de sexta-feira nem chegou a aquecer, pois o PSD saiu da sala ainda antes do período da ordem do dia. Depois da aprovação da acta, o presidente da AM reservou um período de 20 minutos para a apresentação de moções. O PS entregou duas, o PSD uma e o PCP outra. No entanto, a discussão gerada em torno da moção laranja, que pretendia que a construção de creches fosse uma prioridade no orçamento de 2007, acabaria por esgotar o tempo, levando a que a moção comunista fosse adiada para a próxima reunião.
Arlindo Alves, o representante do PCP, protestou, mas foi Maria José Carranca quem lhe tomou as dores e, depois de criticar o “exercício escandaloso da musculatura dos votos” por parte de José Augusto Pacheco, pediu a suspensão dos trabalhos por dez minutos. Quando o PSD regressou à sala, a sua líder explicou que foram desrespeitados vários artigos do regulamento e que não aceita poderes autoritários, pelo que os social-democratas se retiraram da sala, no que foram seguidos pelo único elemento do PCP, que ainda foi dizendo que a sua moção foi a primeira a ser entregue.
E depois? Depois foi ver a maioria a aprovar por unanimidade quase todos os assuntos, excepção feita à carta educativa, que provocou várias intervenções da bancada da maioria levando mesmo a uma divisão na votação. Uma fractura que a oposição não soube aproveitar.

3 comentários:

  1. assim se vê para onde caminha o psd...

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  2. Para onde caminhou. O buraco é tão fundo que exige uma ruptura com esta liderança.

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  3. O pá isto não é dizer mal, mas toda a gente sabe que a Maria José e o Fernando Carranca tem uma problema gravíssimo. A começar pensam que são muito inteligentes e se esprememos aquilo que dizem é zero, para não esquecer o facto de se acharem eloquentes, quando no meio dela só existem tiques de linguagem bacoca e má educação.

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