30 novembro 2009

Pouca terra, pouca terra

ponte da a3

De Espanha não vêm boas notícias, com os ventos a anunciarem o adiamento, por mais dois anos, da linha de alta velocidade na Galiza. Por cá, contudo, o processo (ou será o progresso?) está em andamento, com as possibilidades de traçado já em fase de consulta pública até Janeiro próximo.

É a hora de pegar em mapas e cartas topográficas e ver se o que nos propõem não colide com o que está no terreno ou, não menos importante, com o que se projecta para o futuro. O traçado pode ser consultado na Câmara Municipal de Paredes de Coura e nas juntas de freguesia directamente afectadas pela passagem do comboio de alta velocidade. No caso de Paredes de Coura estamos a falar de S. Martinho de Coura, Romarigães e Rubiães.

De acordo os traçados propostos, que podem ser consultados aqui e aqui, o ponto de entrada no concelho, vindo de sul, difere nas duas alternativas propostas. Enquanto que uma acompanha mais de próximo a A3 e vai entrar no concelho, em túnel,  junto ao Alto de Romarigães, a outra proposta leva o TGV mais para Oeste e só entra no município por alturas de S. Martinho de Coura. A partir daqui as duas alternativas fundem-se numa só proposta que, em direcção a Valença, deixa o concelho na zona de Antas, Rubiães.

É precisamente em S. Martinho de Coura, mais concretamente nos lugares de Ribeiro e Cachadas, que o impacto da passagem da linha de alta velocidade se vai fazer sentir com mais intensidade. É que, não se desviando dos aglomerados populacionais ali existentes, o comboio vai levar à frente algumas habitações. Uma das quais, curiosamente, está já à venda.

A linha de alta velocidade vai também passar muito próximo de algumas áreas de património classificado e protegido, caso do Castro de Romarigães, que ficará incluído na área do corredor de segurança com 400 metros de largura que ladeará a  linha e que será, também ele, uma condicionante a projectos futuros. A juntar a isto há ainda algumas zonas onde, e o próprio estudo não técnico o indica, o impacto na paisagem resultante da passagem da linha de alta velocidade vai ser elevado.

Factores que terão de ser devidamente ponderados na escolha do melhor traçado e que, por isso mesmo, devem ser alvo de esclarecimento e discussão. Em Ponte de Lima, a própria Câmara Municipal tomou as rédeas da campanha de informação dos munícipes e está a promover sessões de esclarecimento junto da população. Em Valença foi a própria população, nomeadamente uma associação de moradores de uma das zonas mais afectadas pelas propostas do traçado, que decidiu apresentar uma outra alternativa para a passagem do comboio. E por cá, vamos ficar à espera?

1 comentário:

  1. Melhor é mesmo ficar quietinho!!!!!!
    Ou nao vá alguem querer que o comboio lhe passe à frente da porta!!!!!!!Como alguns que tanto querem uma ligacao rápida à auto -estrada,quando a Auto-estrada está a 8 Km. do centro da Vila!!!!!!
    Melhorar a estrada que temos ...Tá Bem!!!!!Fazer uma via rápida????Tá mal!!!!!!

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