22 março 2006

Escolas antigas, vidas novas

Ano e meio depois do encerramento das escolas primárias nas freguesias, a maior parte dos antigos estabelecimentos de ensino voltou a ter vida, com novos ocupantes e algumas obras de beneficiação. Edifícios há, contudo, que continuam sem ocupação ou ocupante definido, mas mesmo para esses julgo que surgirão pretendentes nos próximos tempos.
De entre todos, alguns têm sido mais falados que outros. É caso do edifício da antiga Escola da Costa, em Rubiães, que está a receber grandes obras para reabrir como albergue de apoio aos peregrinos de Santiago de Compostela. A abertura já esteve aprazada para este mês, mas, na semana passada, em declarações ao jornal Correio do Minho, António Esteves, vereador da Câmara de Paredes de Coura, apontava-a mais para o final do ano. O certo é que, aparentemente, os trabalhos parecem decorrer a bom ritmo, tanto no edifício principal, como na antiga arrecadação que também foi aproveitada no projecto do albergue.
Também em Vascões a antiga escola é mediática, até porque vai albergar o Centro de Educação e Interpretação Ambiental. De acordo com a última informação, a inauguração estará aprazada agora para a Primavera
Em Resende a escola vai receber a Junta de Freguesia, ao Ousam foram entregues as escolas de Antas, já recuperada, Bico, em vias de recuperação, Ferreira, Abróteas, Cerdeira, Cristelo e a da vila, e outros edifícios foram cedidos, em regime de comodato a algumas associações do concelho.
Em Castanheira reside, para já, um dos edifícios ainda por recuperar. O imóvel já foi entregue à Junta, e a freguesia gostaria de ali ver um centro de dia para apoio aos idosos, mas há quem prefira vê-lo a funcionar noutro local. O importante é que nenhuma das antigas escolas fique sem aproveitamento. E, se porventura isso acontecer, porque não fazer o que se sugere agora para Ponte de Lima, também a braços com o encerramento de algumas escolas, e transformá-las em centros comunitários onde as crianças e os jovens possam passar as tardes e os fins de semana em actividades lúdicas e pedagógicas. De certo modo seria, como defendem alguns acérrimos críticos da concentração de escolas, uma forma de as crianças continuarem ligadas à freguesia de onde estão afastadas durante o horário escolar.

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