11 agosto 2008

Silêncio e tanta gente

As notícias bem davam conta de que não teria havido foguetório nas festas do concelho, mas a organização trocou-lhes as voltas e o fogo sempre veio. A tragédia da Pirotecnia Minhota não estragou a edição de 2008 das Festas do Concelho.
Uma edição que trouxe muita gente até à vila, se bem que as atracções… sejam as mesmas de sempre. Mas também, se com as mesmas coisas de sempre as pessoas afluem em grande número, para quê mudar? As farturas não faltaram, os carrosséis também não, para delírio dos mais pequenos e desgraça dos pais, assim como os vendedores ambulantes que saltam de feira em feira, com artigos vindos de vários pontos do globo… e da China também. E outras bancas onde não faltam as estreias do cinema já em DVD, as sapatilhas de marca a preço muito concorrencial e aqueles óculos escuros que vimos na montra de uma qualquer loja, mas a um décimo do preço. É aproveitar, é aproveitar! Enquanto o preço não sobe ou enquanto a GNR não chega (que a ASAE ainda demora), para confiscar os artigos contrafeitos.
Não faltou também a música e, mais uma vez ficou evidente que o folclore continua a ser rei das festas de Coura. O folclore e o cortejo luminoso, contrapõem logo alguns. Que sim, concordo eu, que também se encheu a vila para ver passar o desfile dos carros alegóricos, engalanados a preceito. Mas não será o próprio cortejo, também ele, um pouco do muito folclore que temos para mostrar por Terras de Coura? Fica a questão.
As festas só terminam mais logo, com folclore, que mais haveria de ser. Nova enchente do Largo Hintze Ribeiro? É esperar para ver. Mais música até altas horas, porque parece que em Coura, durante as Festas do Concelho, ninguém prega olho. É o rancho a dançar até às tantas, o conjunto musical até mais tarde ainda e o fogo de artifício, o tão desejado fogo. Não há festa que se preze que não aposte no foguetório, como se isso fosse o símbolo máximo do valor dos festejos, e não importa a hora a que rebentam, importa é a quantidade de foguetes e o barulho ensurdecedor. Seja a meio da manhã ou da tarde, seja às duas horas da madrugada. O povo gosta? O povo aguenta? O sono recupera-se para a semana...

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