A política tem destas coisas. E, infelizmente, tem destas coisas muitas vezes. O que hoje é mentira, amanhã é a mais pura das verdades e a luta de hoje contra o que está mal passa a ser, amanhã, a defesa de tudo aquilo contra o que se lutava ontem.
Defensor Moura, (ainda) presidente da Câmara de Viana do Castelo, lutou, em Janeiro, contra a integração do seu município na Comunidade Intermunicipal Minho-Lima. Lutou, na minha opinião, sem razão de ser. Mas lutou, convicto de que estava certo, com uma força tal que não ousou em chamar às urnas os seus munícipes para referendarem essa adesão. Ganhou o referendo, ainda que sem força de lei, mas ganhou a sua luta. E ganhou mais! Ganhou oportunidade (há quem lhe chame coragem) e vá de criticar os eleitos do seu distrito, do seu partido, no Parlamento. Ganhou, por isso mesmo, mais alguns inimigos, nomeadamente os seus colegas autarcas socialistas do Alto Minho. E perdeu, também... Perdeu a hipótese de voltar a concorrer à Câmara de Viana do Castelo pelo Partido Socialista. Quando se luta por aquilo em que se acredita, são riscos que se correm.
Mas eis que, com Defensor Moura arredado da corrida autárquica e empurrado para o Parlamento nas próximas legislativas, o seu sucessor nas próximas eleições autárquicas, seu colega na vereação socialista de Viana do Castelo, chega-se à frente e... assim de repente, praticamente arrasa toda a razão da luta de Moura. A pensar na cadeira do poder em Viana, já admite, logo após as autárquicas, fazer o que Defensor Moura criticou e que lhe custou a cabeça, e levar Viana do Castelo para a CIM Minho-Lima.
Fez-se um referendo? Fez-se. Gastaram-se milhares em campanha e logística? Sim, gastaram-se. Valeu de alguma coisa? Aparentemente sim, valeu a promoção do líder da concelhia a (candidato a) presidente da Câmara. E assim vai a política no Alto Minho.
Ora então porque se gastaram uns milhares na campanha para o referendo, vamos lá deixar a porcaria que o senhor fez como está, porque pode ser uma grande porcaria, pode comprometer o desenvolvimento do concelho de viana do castelo, condiciona o desenvolvimento dos restantes concelhos do alto-minho, mas como se gastaram uns milhões é tá feito tá feito??
ResponderEliminarO substituto faz muito bem em tomar essa posição, não se esperava outra. O facto de ser da mesmo cor politica do defensor, o facto de ser o seu numero 2, não significa que tem que abanar a cabeça às suas más decisões, principalmente quando elas são motivas pelas razoes que são.
Tem toda a razao SR.Bastos.Quem ficou a perder com esse Sr. Moura foi todo o Minho.
ResponderEliminar" "escolha de José Maria Costa e a integração de Moura na quota do secretário-geral fizeram cair a ameaça de não recandidatura dos restantes seis presidentes de câmaras socialistas do distrito. O líder da federação garantiu que está assegurada a recandidatura dos autarcas de Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença, Vila Nova de Cerveira e Ponte da Barca.""
E assim está novamente o PS de acordo....contra certos profetas da desgraca como um tal de Venancio q achava que o que Defensor Moura fez estava certo para o Alto Minho.
Ainda bem que vozes de Burros nao chegam ao Céu..
Sr. Bastos a Hipótese de limpar comentários pelos comentadores está novamente aberta???????
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desculpe é mentira
ResponderEliminarsó os meus
é q posso limpar
""""" venancio disse...
ResponderEliminarSendo que para muitos não terá qualquer significado, as próximas eleições europeias, vão influenciar a decisão de alguns dos protagonistas neste processo do Dr Defensor Moura. Gostaria de ver a coragem dos mesmos a confirmar ou não a sua recandidatura antes de serem conhecidos os resultados da votação. Isto, porque ou muito me engano, ou se o PS sair penalizado, alguns vão repensar a posição, se saem por sua decisão, ou se arriscam a perder as próximas autarquicas, incluo neste grupo 3 dos actuais presidentes, Paredes de Coura, Ponte da Barca, e Monção. A ver vamos......
21 Maio, 2009 23:27""""
Aí tem a comfirmacao Venancio;eles aí estao a candidatos dos respectivos concelhos a que presidem...Contente?????
Não, Brasileira, não é esse o caso. A minha questão vai mais noutro sentido, no sentido de questionar se o agora candidato não fazia parte da equipa que decidiu realizar o referendo. A convocação do referendo não foi decidida pelo executivo vianense, um órgão colegial? Não fazia dele parte José Maria Costa? Não deu ele o seu aval à realização do referendo? É apenas por isso que questiono o recuo do agora candidato.
ResponderEliminarÉ certo que quando se erra só temos que assumir e dar a mão à palmatória, mas se reparar o actual candidato esteve sempre ao lado de Defensor Moura, até nas críticas aos deputados eleitos pelo PS. E agora, aparentemente, não está!
Caro Bastos,
ResponderEliminarParece-me que a opinião do senhor, sendo o número dois, de pouco valia. Repara que os nº 2, em termos políticos, são das pessoas com menos peso e com menos importância. A questão agora é outra, a questão agora é que o senhor é candidato e assumirá (se ganhar) a responsabilidade do concelho nas suas mãos. O que menos interessa aqui acho que é a posição que tomou ao lado do defensor moura, o que mais importa é as decisões e posições que toma agora, que é candidato a líder.