Hoje e amanhã o património histórico de Paredes de Coura está em debate nas jornadas sobre Património Arqueológico e Turismo, que trazem até ao nosso concelho alguns especialistas desta área. Uma área que, refira-se, poderá ser utilizada como mais um factor de atracção para quem nos visita. Curiosamente, dei por mim a recordar que a Cividade de Cossourado foi o primeiro local que visitei em Paredes de Coura, nos idos de 1997. A proximidade do local onde me encontrava de férias ditou uma caminhada ao alto do monte para ver os trabalhos que a parceria entre a Câmara de Paredes de Coura e a Universidade Portucalense e que deixaram em exposição a recriação parcial de um fortificado da Idade do Ferro.
Hoje, quase 13 anos depois dessa primeira visita, constato que apesar de todo o desenvolvimento que, no concelho, tem havido no que respeita ao estudo e preservação do património arqueológico, a Cividade de Cossourado continua, tal como na altura, a aguardar a classificação por parte do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico. O pedido é de 1996, mas até à data continua sem seguimento. Não é, contudo, caso único no património do município, já que na mesma situação, em vias de classificação, está também outra estrutura do género, o Castro de S. Martinho, alguns quilómetros mais a Sul. Apenas o Castro de Romarigães, também na mesma zona, rica em património desta época, se encontra classificado como Imóvel de Interesse Público.
Estes três casos, a par com o troço da Via Romana de Braga a Tui, devem, aliás, estar integrados na Carta Arqueológica de Paredes de Coura, que será hoje apresentada no decorrer das referidas jornadas. O programa deste evento inclui, ainda, a inauguração do Núcleo de Arqueologia do Museu Regional de Paredes de Coura. Uma área que, curiosamente, já funciona há alguns anos naquele equipamento, pelo que não se percebe o porquê desta inauguração agora. De qualquer das formas, e tendo em conta que a autonomização desta área poderá significar a continuação de um olhar atento a este tipo de património no concelho, rico em achados arqueológicos, o último dos quais, creio eu, aconteceu há cerca de três anos, com a descoberta de vestígios de uma estação romana em Infesta.
Em relação a segunda parte das jornadas, a articulação entre o património e o turismo, esta seria uma boa forma de rentabilizar um valor latente no concelho. Resta saber em que moldes tal poderia (e deveria) ser feito, mas isso será certamente, assunto que não escapará à discussão nas jornadas deste fim de semana.
E para quando o regresso a Paredes de Coura de várias pecas arqueológicas espalhadas pelas caves de alguns Museus Nacionais????????????
ResponderEliminarCaro Lobo, desconheço do que fala. Quer pormenorizar?
ResponderEliminarSei que há várias pecas arqueológicas Courenses espalhadas pelos museus nacionais e que muitas delas nem em exposicao estao!!!!!
ResponderEliminarMas se der uma vista de olhos ao livro de Narcizo Alves da Cunha"No Alto Minho,Paredes de Coura "vai ver que já ele já faz mencao a esses achados e que estao fora de Coura.
Por exemplo:
1°_Ídolo pré histórico(foi encontrado pelo autor,em 1905,na propriedade de bravio,que fica a sul da regiao das antas,na serra da boulhosa.Está agora no Museu Etnológico de Lisboa).
2°-vários machados bronze(capítulo 7 do respectivo livro)estao no Museu Etnológico Português.
3°-A Ara De Lizouros(tb no museu de Etnologia de lisboa)
Sao estes alguns exemplos de achados arqueológicos fora de "CASA"....mais haverá...
Elucidado caro Sr° Bastos??
ResponderEliminarCaro Lobo, como lhe tinha dito, desconhecia por completo esta situação. Agradeço o seu esclarecimento.
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