Antes de mais fica o esclarecimento: não tenho nada contra o Festival de Paredes de Coura, conheço os seus organizadores e respeito o trabalho que desenvolvem em prol do concelho. Dito isto, não tenho qualquer problema em comparar os preços do Festival de Paredes de Coura com os do Festival de Vilar de Mouros, que ontem foram dados a conhecer. É que estamos a falar em 70 euros para os quatro dias ou 40 euros apenas para um em Coura, e somente 35 euros para o conjunto dos três dias alguns quilómetros rio abaixo. Ou seja, para três dias em Vilar de Mouros pagamos menos do que para um em Paredes de Coura.
É certo que a organização de Vilar de Mouros resolveu associar o preço ao simbolismo dos 35 anos de história do Festival e também que os 35 euros devem ajudar a convencer mais pessoas a participarem num evento que, nos últimos anos, tem decaído em termos de assistência. É a filosofia que, a meu ver, deveria ser utilizada nos jogos de futebol: bilhetes mais baratos para termos estádios cheios.
E em Paredes de Coura? Não precisamos de encher o recinto, porque todos os anos a organização tem tido a casa praticamente lotada, dentro dos limites aceitáveis para que o festival não se torne desconfortável, mas também não estou a ver os de Vilar de Mouros a perderem dinheiro logo à partida, ao tabelar os preços por baixo. Será que os patrocínios são maiores? Pode ser, mas isso é com a organização e ninguém os pode criticar por quererem tirar maior partido de um evento que há muito deixou de ser amador e enveredou pelo caminho profisional.
Já agora, e já sei que vou ser alvo de críticas por o fazer, não posso deixar de lembrar o protocolo assinado entre a Ritmos e a Câmara Municipal de Paredes de Coura. Não pelo seu valor declarado (100 mil euros, sem IVA), mas por tudo o resto que ele engloba, nomeadamente a prestação de serviços por parte de trabalhadores do município e a ocupação gratuita de espaços públicos. Penso que não custava nada à autarquia divulgar, porque certamente fará essas contas, os custos tidos com este serviço, nomedamente em salários, horas extra e trabalhos feitos por pessoas de fora da Câmara mas que compete à autarquia pagar. Dava, pelo menos, a ideia de que não há nada a esconder.
A diferença é que em Paredes de Coura o pessoal tem o apoio da câmara e em Vilar de Mouros só dependem dos bilhetes e sponsors para arranjar dinheiro. Ou seja, em Coura querem é ganhar dinheiro. queremos bilhetes mais baratos para o pessoal do concelho. Já.
ResponderEliminarNem com comentários polémicos consegues que haja post´s. Eu avisei-te! É impressão minha ou estás a ser ignorado?
ResponderEliminarO PROBLEMA NÃO É O FESTIVAL. É A CAMARA QUE APOIA O FESTIVAL E ESQUECE TUDO O RESTO. EU QUERIA VER SE HOUVESSE OUTRAS INICIATIVAS SE TINHAM O MESMO APOIO.
ResponderEliminarOh parolo, então a câmara é que tem de andar à procura das iniciativas? É que eu não vejo mais nenhumas. Se as há onde é que elas estão?
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