11 dezembro 2007

Unidos na hora da morte (2)

Como referido no post anterior, a proposta de Paula Caldas para o surgimento de uma casa mortuária em cada freguesia reuniu o consenso e o voto unânime da Assembleia Municipal de Paredes de Coura. Ainda bem. Mas será que esse consenso vai continuar com a tentativa de aplicação desta resolução no terreno?
A proposta agora aprovada visa o apoio, por parte da Câmara Municipal, à construção ou reconstrução de uma casa mortuária em cada freguesia. Acresce que na vila esse equipamento deverá ter capacidade para dois corpos em simultâneo e câmara de frio. O subsídio a atribuir será igual para todas as freguesias e a gestão destas estruturas ficará a cargo das respectivas juntas de freguesia.
Mas, e a Igreja onde fica no meio disto tudo? É que, como bem ressalvou o presidente da Junta de Freguesia de Paredes de Coura, o protocolo a firmar entre as várias partes, deve assegurar que qualquer religião terá direito a utilizar as casas mortuárias. Ora, sabendo de antemão que elas vão funcionar em edifícios da Igreja Católica, ou construídos em terrenos desta mesma Igreja, como se irá processar esse “entendimento”?
Olhando em volta e vendo alguns casos de que a comunicação social vai fazendo eco, em que pessoas de religiões diferentes viram vedado o acesso a cemitérios ou mesmo a um funeral condigno, quer-me parecer que vai ser preciso trabalhar muito para conseguir trazer para as paróquias o consenso conseguido na Assembleia Municipal.

8 comentários:

  1. Paula a marcar pontos, é assim mesmo, continua.

    Maria da Luz

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  2. Palhaçada. Tinha que vir da cabeça da Paula Caldas e tinha que ser aprovada por esta assembleia. Uma casa mortuária em cada freguesia? Poupem-me, poupem-nos! Entao nao serviam as nao sei quantas capelas que existem em cada freguesia e que abrem 1 vez por ano (na altura das respectivas festas). Sim, secalhar algumas necessitariam de ser ligeiramente adaptadas (um sistema de aquecimento e pouco mais), mas nao, vamos la construir que isso é que fica bem.

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  3. O anónimo anterior deve-se informar melhor e ver o que diz a proposta de Paula Caldas (em boa hora apresentada). Refere-se à construção OU RECONSTRUÇÃO de edificios, entre os quais capelas.
    Mas com a Igreja é preciso cuidado, tem se se salvaguardar os direitos daqueles que não são católicos. E sabe-se bem que eles dão um chouriço a quem lhes der um porco... E quem vai gerir??? Há que ter sensatez! Informem-se antes de falar

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  4. Pois anonimo, mas isso vai acontecer exactamente em quantas freguesias? Cá estaremos para ver. E já agora, qual o critério de a casa mostuária da vila ter capacidade para dois cadaveres em simultaneo e as outras nao? Nao deve ser com certeza por haver registo de mais mortes na vila ... Como eu tinha dito: palhaçada!

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  5. Palhaçada? Claro que a Vila tem de ter uma casa mortuária maior porque tem mais habitantes! E sala de frio para acolher alguma caso que seja preciso de todo o concelho! deixam-se lá de coisas, e dêem o braço a torcer: a Paula teve uma grande ideia, e a Câmara deve aceita-la. Sim porque a Câmara não é obrigada a aceitar as proposta da Assembleia...

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  6. Porque ñ aproveitam antigas escolas ou outros edificios? é escusado ser só capelas e novas construções.
    Quanto a Paredes de Coura aconselho prudencia

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  7. Exacto, a Vila tem mais habitantes sr. anónimo, acontece que tem mais habitantes jovens que as restantes freguesias, onde claramente há uma supremacia brutal de pessoas idosas. Tudo bem, nesta questão de morte ninguem está livre em idade nenhuma, mas compare lá o numero de mortes entre a vila e a esmagadora maioria das freguesias, vá mais longe, compare o nr de habitante idosos e o numero de mortes em habitante idosos. Câmara de frio, ok, concordo consigo, mas que esta é uma grande ideia, não concordo. Não se trata de dar o braço a torcer, é uma questão de convicção e de análise dos factos.

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  8. Ora aqui está a grande vocação de PdC.
    Os mortos, casas mortuárias e afins.
    Já agora, também a iluminação, desde que seja megalómana e provinciana.

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