Domingo à noite. Dou por mim a ver a reportagem da SIC, que mostrou a vida de alguns casais portugueses, de Norte a Sul. Ponto comum a todos eles: residirem no interior do país, naquela metade que teima em resistir ao apertar do cerco em torno das vilas e aldeias que, com dificuldade, ainda povoam aquela faixa que quer mostrar que também é Portugal.
De Vimioso a Alcoutim, quatro exemplos de como se vive num pais que, na maior parte das vezes, parece esquecido pelo poder central em Lisboa. E ao ver a reportagem dei por mim a ver… Paredes de Coura, pois todos eles eram concelhos com uma grande área mas reduzida população onde se destaca a falta de oportunidades de trabalho para os jovens, já para não falar dos menos jovens.
Mas ao mesmo tempo são municípios que não baixaram os braços perante a dura realidade e que oferecem equipamentos sociais e culturais dignos de qualquer cidade do litoral, quando não mesmo melhores. Concelhos que, porventura abrindo mão de dinheiros que poderiam ser utilizados noutras áreas, oferecem incentivos à natalidade e à fixação dos habitantes e que disponibilizam terrenos a preço simbólico para a construção de habitação ou, mais importante, para atrair empresas para aquelas zonas. Nada que já não tenhamos ouvido antes aqui por Coura.
E da reportagem ressaltavam duas coisas. Por um lado a constatação, especialmente pelos de fora mas também por quem residia naqueles concelhos, de que usufruem de uma qualidade de vida superior à do Litoral mais povoado. Mas, como dizia uma das intervenientes na peça, “ haverá qualidade de vida sem emprego, sem oportunidades?”. Por outro lado, os autarcas foram unânimes em considerar que, apesar de todos os benefícios que atribuem aos seus munícipes, quer para incentivar a natalidade quer para atrair investimento e postos de trabalho, a solução do problema daqueles concelhos, um dos quais com apenas seis nascimentos registados no corrente ano, o principal está ainda por fazer e depende… do Governo. Se o Governo continuar a não olhar para a outra metade, de que vale o esforço dos autarcas para fazer parte de um único país?
De Vimioso a Alcoutim, quatro exemplos de como se vive num pais que, na maior parte das vezes, parece esquecido pelo poder central em Lisboa. E ao ver a reportagem dei por mim a ver… Paredes de Coura, pois todos eles eram concelhos com uma grande área mas reduzida população onde se destaca a falta de oportunidades de trabalho para os jovens, já para não falar dos menos jovens.
Mas ao mesmo tempo são municípios que não baixaram os braços perante a dura realidade e que oferecem equipamentos sociais e culturais dignos de qualquer cidade do litoral, quando não mesmo melhores. Concelhos que, porventura abrindo mão de dinheiros que poderiam ser utilizados noutras áreas, oferecem incentivos à natalidade e à fixação dos habitantes e que disponibilizam terrenos a preço simbólico para a construção de habitação ou, mais importante, para atrair empresas para aquelas zonas. Nada que já não tenhamos ouvido antes aqui por Coura.
E da reportagem ressaltavam duas coisas. Por um lado a constatação, especialmente pelos de fora mas também por quem residia naqueles concelhos, de que usufruem de uma qualidade de vida superior à do Litoral mais povoado. Mas, como dizia uma das intervenientes na peça, “ haverá qualidade de vida sem emprego, sem oportunidades?”. Por outro lado, os autarcas foram unânimes em considerar que, apesar de todos os benefícios que atribuem aos seus munícipes, quer para incentivar a natalidade quer para atrair investimento e postos de trabalho, a solução do problema daqueles concelhos, um dos quais com apenas seis nascimentos registados no corrente ano, o principal está ainda por fazer e depende… do Governo. Se o Governo continuar a não olhar para a outra metade, de que vale o esforço dos autarcas para fazer parte de um único país?
É um problema que depende, em grande parte, de LX e não das autarquias em causa.
ResponderEliminarO pais está a ficar mais e mais desertificado.
Como já disse n vezes; para os senhores que mandam, Lx é Portugal e o resto é paisagem.
Não querem saber.
As autarquias da peça da SIC de ontem são verdadeiramente interior.
Paredes de Coura... ainda "goza" dos beneficios dos vizinhos. E estamos perto de Espanha, que faz uma enorme diferença.
Faço parte dos que sairam de LX, por causa da qualidade de vida.
Não me arrependo... para já.
E reconheço qualidades em Coura que quem é de cá talvez não o reconheça.
Mas ainda há muito a fazer. Mais importante do que chamar gente é conseguir manter a que tem, a medio e longo prazo.
Formulas milagrosas não existem, nem em Coura nem em Alcoutim.
LX não que saber!
É o que temos... e não deveriamos estar conformados.
SB (de LX)