Não foi à primeira, não será à segunda. Aguardamos uma terceira? O Arquivo Municipal de Paredes de Coura está a funcionar desde Maio do ano passado e, depois do cancelamento da inauguração oficial por essa altura, voltou a ter a abertura com mão de ministro agendada para amanhã. Surpreendentemente, ou não, a dois dias da data marcada, o Ministério da Cultura alega indisponibilidade de agenda de Pinto Ribeiro e vai daí o "corta-fitas" ficou novamente sem efeito.
Faz falta? Não! É mesmo preciso? Também não? A Câmara tomou, no ano passado, a decisão (mais que correcta) de abrir o equipamento ao público sem esperar pela palmadinha nas costas do Governo e, desde então, o Arquivo tem tentado impor-se junto dos courenses, e não só, na defesa do património arquivístico do concelho.
O que o cancelamento vem mostrar é que em Lisboa ainda há quem veja o país como capital e província, e que à província só vai se em tempo de férias ou em ocasiões festivas (e pelos vistos já nem nem nessas datas). Mas, a confirmar-se a presença amanhã, dia para que estava prevista a inauguração do Arquivo de Paredes de Coura, do ministro da Cultura em Vila Nova de Cerveira, onde também é esperado para inaugurar equipamento semelhante e para a abertura oficial da Bienal de Cerveira, então podemos mesmo falar em desconsideração para com os courenses. Merecemos?
Estar à espera que um ministro venha cá uma vez na vida, sem saber que terra é este, sem saber nada de nada sobre esta terra, estar cá 15 minutos, cortar um fita e ir à vidinha e ainda achar tudo isso um grande acontecimento é de parolos. Alguma vez é preciso vir cá um ministro para uma inauguração que seja? Não vamos ser mais tristes.
ResponderEliminarEntão porque é que lhe pediram para vir cá? Mais triste é tua crença e devoção pelo tacho que tens.
ResponderEliminarMas enfim, isto só mostra a capacidade de influência deste presidente de câmara assim como o valor que arrecadou ao longo destes anos todos, vergonhoso.
Faz parte do protocolo, convidar uma individualidade do Governo, para formalizar a inauguração, até aqui, até podemos dar de barato. O que não consigo entender, é que depois dos convites enderessados, se possa anular o acto da inauguração, porque sua excelência não tem disponibilidade.Isto é mais uma prova do pedantismo, dos nossos politicos e governantes.
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