22 junho 2006

Vamos contrariar



Um estudo de um investigador da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, que hoje vai ser apresentado, chegou à conclusão de que as brincadeiras das crianças na rua têm os dias contados. Tudo porque, diz Carlos Neto, o investigador em questão, as crianças têm agora o tempo bastante mais organizado e limitado, situação que lhes reduz a autonomia.
É cada vez mais "normal" aproveitar centros de tempos livres e as actividade extracurriculares das próprias escolas para ocupar as crianças e jovens. Veja-se, por exemplo, o que acontece no nosso concelho, em que as aulas na escola primária terminam às 15.30 horas, mas onde existem actividades várias até às 17.30 horas. Para muitos, se não mesmo todos, esta é uma oportunidade que não podem perder, com ensino de línguas, informática e outras actividades que só ajudam a enriquecer as nossas crianças.
E o tempo de brincar? Também o têm, quero crer, muito embora em menor escala. São os ritmos da vida moderna, poderiam dizer. Voltando à extinção anunciada das brincadeiras na rua, em Paredes de Coura é pena que os espaços exteriores, a rua, não sejam mais utilizados para as brincadeiras. Os novos (renovados) arruamentos e largos estão agora mais apetecíveis para a pequenada, seja para andar de skate ou para jogar à bola (cuidado com os joelhos). Se temos os espaços, podemos contrariar este cenário onde as crianças já não brincam na rua. Ou será que não?

2 comentários:

  1. Da maneira como estão alguns parques infantis mais vale mesmo brincar na rua. Aquele parque do centro de saúde até mete nojo.

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  2. Essa história de brincar na rua é muito linda mas tem alguns senãos. Primeiro, é preciso ver que só a zona central da vila tem condições para as brincadeiras na rua. E não esquecer que essas zonas são autênticos "desertos". Não há sombra, só pedra, pedra e mais pedra. Sinceramente, acho que não é o melhor lugar para deixar os meus filhos brincar.

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