08 novembro 2006

Democracia à força

Se tudo correr como até agora, o actual presidente da Câmara de Viana do Castelo há-de continuar a sê-lo até ao final dos seus dias, nem que tenha cem anos. Só assim se justificam as suas declarações da semana passada em que diz que pondera recandidatar-se para levar por diante a sua cruzada de demolir o edifício Coutinho.
Ao que parece Defensor Moura não é homem de aceitar a derrota, especialmente quando estão em causa promessas megalómanas de deitar abaixo um edifício que os tribunais, e os moradores, teimam em recusar.
Estaremos, assim, diante de um caso de democracia à força, em que o que conta é a opinião das pessoas, desde que essa opinião seja coincidente com a minha. Caso contrário é a minha opinião que prevalece e ao diabo com as outras, venham ou não balizadas por decisões judiciais.
Assim sendo, pergunto eu, valerá a pena votar? É que se o homem quer continuar a bater no ceguinho, mais vale indigitá-lo directamente para mais um mandato e mandar o resto às urtigas.

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