21 fevereiro 2007

Como é que é?

Eu até compreendo, e incentivo, que um presidente da Câmara faça tudo pelos seus munícipes, mas há coisas que, sinceramente, não passam pela cabeça de ninguém. A questão das urgências tem dado muito que falar em Valença, com manifestações, cortes de estrada e acusações de parte a parte, com presidente da Câmara e ministro da Saúde a trocarem acusações, mas, independentemente de quem tenha a razão, que até terão os dois, há limites para tudo.
Eu, por exemplo, acho impensável ver um presidente da Câmara, que para todos os efeitos é o representante da ordem pública num município, a encabeçar um corte de estrada que sabe, à partida, ser ilegal. E não é por ter sido a ligação à fronteira, até poderia ter sido um caminho de cabras. É ilegal, ponto final. Podia apoiar, dizer que também estaria lá se não fosse a sua condição, mas participar é que não.
Ficou-lhe muito melhor a atitude que teve dias antes, ao demitir-se de todos os cargos ocupados nas estruturas do Partido Socialista. Não é que lhe valha de muito, mas marcou a sua posição junto do partido que o elegeu e que agora aparenta ter-lhe virado as costas.
E o que dizer da moção aprovada hoje na reunião de Câmara, em que o Executivo valenciano demonstra total abertura para dialogar com o ministro da Saúde mas, atente-se nisto, desde que esteja garantida a manutenção das urgências no concelho. Como? Abertura para dialogar sobre a manutenção das urgências, desde que esteja garantido à partida que aquilo que vão discutir e, assim sendo, já não precisa de discussão?
Só mais um reparo em toda esta história. É que, pelo parece, José Luís Serra tem conhecimento privilegiado sobre estas questões da Saúde e já alertou que também Paredes de Coura vai ser prejudicado. Depois das garantias dadas a Pereira Júnior sobre a manutenção das urgências no nosso concelho, em que é que ficamos?

3 comentários:

  1. Concordo que há temas que poderaim ser tratados na assembleia no período destinado ao público. De assim acontecesse a democracia em Coura e noutros concelhos seria mais horizontal.

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  2. Caro JAP, realmente o período de intervenção do público tem sido pouco utilizado. Mas olhe que as assembleias têm vindo a ter mais público. A última chegou a ter quase vinte pessoas a assistir, o que tendo em conta o habitual, é um número bastante bom. Pode ser que o próximo passo seja o aumento das intervenções.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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