13 fevereiro 2007

Somos tão poucos

Basta pegar na lista telefónica para ter uma noção da cruel realidade. Somos poucos, muito poucos, nem seis páginas completas ocupamos. A população de Paredes de Coura tem vindo a diminuir a olhos vistos. Basta consultar os resultados dos dois últimos Censos para verificar a tendência de queda. Melhor ainda, basta aproveitar as informações que os jornais locais nos dão, com nascimentos e óbitos, para verificar que, ano após ano, no concelho, morre mais gente do que aquela que nasce.
É claro que esta realidade não é exclusivo nosso, todo o interior do país sofre com a fuga das pessoas, principalmente aquelas em idade activa, para os grandes centros, em busca de melhores condições de vida. São essas condições de vida que as autarquias do interior têm procurado implementar, no sentido de fixar a população na sua terra Natal.
Paredes de Coura também o tem tentado. Ninguém o pode negar. As zonas industriais foram um dos principais passos no sentido de contrariar essa tendência e hoje, apesar de sub-ocupadas e depois de algumas unidades já terem encerrado, a indústria continua a dar trabalho a algumas centenas de courenses. Faltam mais projectos, ou melhor os projectos existem, falta é dar-lhes seguimento.
De tempos a tempos lá ouvimos falar deles, da unidade hoteleira que poderá surgir no Monte da Pena, de uma outra grande indústria que poderá vir para as nossas zonas industriais, da revitalização do comércio e do centro urbano. Uns concetizam-se, outros, como é normal, estão ainda em banho-maria. Outros, também, deixam de estar interessados no concelho.
Nos últimos dias, duas notícias de investimento, lembraram-me a posição de Paredes de Coura no mapa de investimentos do Alto Minho. Por um lado, a Dayco-Ensa, de Valença, que apresentou o projecto de ampliação das estruturas e, consequentemente, do número de funcionários. E nós aqui tão perto, mas, sem vias de acesso, também tão longe. A ser penalizados pelo isolamento que tentamos combater.
Por outro lado, de Braga vieram os ecos da contestação a uma fábrica de alumínios que a população não quer à porta e que se vai mudar para Lanheses, onde também já é contestada. A lembrar um projecto espanhol que chegou a ser apontado para a zona industrial de Formariz mas que foi abandonado. Não sei se por parte da Câmara, se por parte do investidor, mas se foi por causa da poluição, ainda bem que não veio.

1 comentário:

  1. è so para avisar, que ja faz uns anos que mandei cortar o meu telefone de casa, e que agora uso telemovel. Por isso nao se estranhem que o meu nome nao venha na lista. quento ao resto dou-lhe razao.

    ResponderEliminar

Agora que leu, pode deixar aqui o seu comentário. Já agora, com moderação e boa educação! O Mais pelo Minho reserva-se o direito de não publicar comentários insultuosos. Quaisquer comentários inadequados deverão ser reportados para o email do blogue. Muito obrigado!